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Arquitectura.pt


Ivo Sales Costa

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Everything posted by Ivo Sales Costa

  1. ????????? Não concordo nada com isso. Tal como não concordo que o tecto exista por oposição ao chão ou por mera interpretação do vazio. Para ser sincero não sou nada adepto destas conversas tipo pescadinha de rabo na boca onde nos sentamos a falar e no final a coisa não dá em nada porque a conversa rapidamente se assume como um playground onde todos defendem as suas posições e ninguém questiona aquilo que é realmente importante... O tecto não passa de um limite como tantos outros que constituem uma base de estruturação do espaço e não serve para mais nada senão isso mesmo. A forma como o tipo que controla o espaço se apropria do mesmo não nos diz respeito sob nenhum ponto de vista, esse trabalho não faz parte do dominio do arquitecto, nós actuamos antes do espectáculo começar e é essa humildade que deve imperar, daí que faça sentido, sob o ponto de vista da análise e critica arquitectónica que a obra seja experienciada à partida para a vivência do dia a dia e não durante a mesma, porque aí a interpretação do arquitecto dá lugar à da pessoa em todas as escalas da sua existência, da intelectual à fisica. Quanto a espaço publico aí a conversa é outra e vale a pena especular. Mas aí a conversa é outra...
  2. Artigo Original publicado em AspirinaLight.com http-~~-//aspirinalight.com/wp-content/uploads/rk9.jpg A localizar-se entre Jeddah e Mecca, o novo aeroporto Saudita visa sobretudo facilitar a viagem dos cerca de dois milhões de peregrinos que ano após ano se deslocam até Mecca durante as celebrações do periodo sagrado, incluíndo também um terminal único para a familia Real. Ambos os terminais funcionam de forma complementar um ao outro e ao próprio esquema de implantação, centrando-se a especulação formal nos dois grandes vazios operados sobre os volumes construídos e que constituem a base de circulação interior dentro das duas estruturas que constituirão o aeroporto apesar de funcionarem de forma autónoma uma da outra. Ficam algumas imagens e o texto que acompanhou a divulgação do projecto por parte do OMA: http-~~-//aspirinalight.com/wp-content/uploads/rk3.jpg http-~~-//aspirinalight.com/wp-content/uploads/rk6.jpg http-~~-//aspirinalight.com/wp-content/uploads/rk5.jpg NEW JEDDAH INTERNATIONAL AIRPORT ” For 33 days per year the new Jeddah Airport will host the influx of two million Muslims for the holy Hajj period in Mecca. No other airport in the world can claim such overwhelming specificity of its use. These programmatic requirements form the base for a new approach to both the organization of the airport and its architecture. Predictability over indeterminacy Airports come in two sizes: too big and too small. Fundamentally compromised by the necessity to accommodate unpredictable future expansions, airports are ultimately forced to ‘gamble’ on their right size. In terms of its design the airport is condemned to a permanent open end. With the Hajj as one of the main defining elements, the new Jeddah International Airport presents a unique situation: its expansion is a given in advance, occurring at a fixed moment for a fixed length of time. This relative predictability allows the design of the Jeddah airport to acquire a level of specificity unheard of in a ‘regular’ airport: allowing the rehabilitation of the particular over the general, of centrality over linearity, and of character over blandness. Arrival over departure Airports are primarily places one leaves from. With the business trip and the vacation as the airport’s main, perhaps even only, use, the excitement of going away generally outweighs that of coming back. This discrepancy is also expressed in the design of the airport, with departures generally located in a ‘grandiose space’ on top (mostly under a billowing roof) and arrivals located in a flat utilitarian luggage-collect-space below, making the first acquaintance with a new destination often one of disappointment. The unique condition and purpose of the new Jeddah International Airport presents us with a compelling reason to consider arriving with the same consideration as leaving. (Mecca you don’t leave, to Mecca you go!) The surface required by the Hajj equals that of the airport itself. Accommodating the Hajj theoretically means building the same volume twice, with one volume being empty for most of the year. In the current situation this is solved by having the Hajj section as a temporary structure in the form of a big tent. Design Proposal. The initial proposal resulted in six different schemes with an emblematic quality. The final design follows the organizing principal of ‘the ring’. Both the main terminal and Royal pavilion with their crescent-like shape enclose an internal oasis that can accommodate different forms of use. The layout of the airport is organized in such a way that Airport and Hajj become a single integrated whole without forcing the airport to double in size. The design realizes departures and arrivals on the same level allowing both to benefit from the same spatial conditions. The realization of departure and arrival on a single level creates a large surface that equals that of the Hajj, allowing the Hajj to be accommodated on the same footprint as the airport itself. No longer realized as a separate section, the Hajj becomes the almost casual by-product of a particular airport design. The Hajj becomes the invisible twin that – at fixed moments – allows the airport to expand its size. “ [>>]
  3. Como pessoa que de alguma maneira participou do evento devo dizer que a forma como tudo se processou me deixa verdadeiramente orgulhoso, não deixo no entanto de verificar que o arquitecto em portugal insiste em devorar o espaço dos outros por temer ver o seu próprio espaço devorado. Enquanto autor do AspirinaLight.com acredito que de alguma forma o pequeno contributo que vou dano à quase inexistente critica de arquitectura em Portugal ajudou a que a organização entendesse que a minha opinião sobre os trabalhos a concurso pudesse ser relevante. Participei com o maior dos prazeres e a consciência fica tranquila. Existe da nossa parte (e aqui generalizando) uma profunda falta de respeito pelo limite do trabalho do colega do lado. De alguma forma se pretende que o nível se encontre por baixo, que o barómetro da execução seja tido e achado perante o que o minimo se consegue alcançar e nunca perante o alcance da excelência, ou pelo menos de alguns requisitos que atestem a maior competencia na resposta a um determinado problema. O concurso não foi de modo algum exigente. Uma mera apresentação de imagens ou montagens que fossem suficientemente expressivas para garantirem a eligibilidade de uma ideia perante as outras, com uma memória descritiva a acompanhar e justificar o desenvolvimento do processo. Aqui a porca torce o rabo. Projecto, enquanto actividade, enquanto um somatório de ideias apelidadas de conceitos, será sempre, na sua primeira e mais importante instância, o resultado do envolvimento intelectual com um assunto. Com a sua essência. Com aquilo que o fervilhar ao longo do tempo se consiga fazer expressar num resultado, e neste caso a concretização era, repito, muito pouco exigente. A questão do render não é, ao contrário do que se possa dizer, um dilema interminável. Com o tempo (e com os resultados também) acabará por se entender o quão fundamental é a aproximação do resultado à sua futura concretização prática e material. Construída. A tectónica simulada que se insiste em desconsiderar mas cuja valência neste tipo de processos é fundamental para o resultado. Entendo como absurdamente paradoxal que se continue a acreditar na essência do desenho e da maquete bem fotografada como garante de trabalho acima de qualquer suspeita e em vantagem sobre outra plataforma de trabalho. Não é. É parte e não todo. Por si só não se sustenta. Venham as alegorias Miesianas de que "God is in detail" e outros romances do género, cuja importancia na nossa profissão muito estimo mas cujo acompanhamento ao tempo moderno se mostra como desajustado. É insuficiente. O tempo anda a uma velocidade bestial. Em todas as profissões se assiste a um acelerar permanente da velocidade e dos métodos. Não se opera hoje um rim como há 50 anos. Nem como há 5 anos. Não deixo de lamentar a falta de tacto na abordagem à critica do trabalho alheio. Pode não se ter dirigido na direcção que se desejasse e pode ter tido uma avaliação final discordante da esmagadora maioria, pessoalmente não faço ideia daquilo que se possa apontar a quem elegeu os trabalhos distinguidos, mas acredito que no fim de contas possa vir a imperar o bom senso de entender que neste espaço de concurso, a aposta na concretização da ideia, expressa através de uma boa apresentação ao nível daquilo que era a substância dos elementos requeridos se venha a entender como fundamental na escolha de um vencedor. Pode ter sido apenas uma opinião isolada no meio de tantas outras que se dirigiram a todos nós de forma elogiosa, mas não deixo de assinar a minha resposta. Da minha parte foi um enorme prazer...
  4. aquilo que eu retiro disto é quase sempre a mesma coisa: por mais vezes que estes deboches aconteçam nunca vão deixar de me surpreender. Já agora se alguém souber os números do euromilhões e nao me levar absolutamente nada pela divulgação dos mesmos, façam o favor de me contactar... isto é uma profissão algo trabalhosa e que exige um certo orgulho pelo que se faz, tive um professor no 2º ano que costumava dizer que as compras por catálogo eram na La Redoute.
  5. Concordo. No entanto acredito que a arquitectura se faz muito pela linguagem corporal e que a iconografia da forma e do objecto, da implantação e daquilo que a mesma representa para o lugar, no que à sua futura caracterização ou marco referêncial constituem pontos fundamentais na abordagem ao processo de projecto. Também nao sou grande adepto de frases feitas, há uma que me fica do professor Manuel Mateus no fim do 5º ano quando procurava abrir os olhos a uma jovem que tinha resolvido o exercicio em pouco mais de 2 meses com prejuizo claro para o resultado final. Dizia ele que projecto é "o resultado do envolvimento intelectual com um assunto". É mesmo, e o bom resultado depende do nível de envolvimento.
  6. E eu que pensava que era só o Dom Quixote que lutava contra os moinhos de vento... Pessoalmente tirei o curso na Lusiada, como poderia ter tirado noutra qualquer, o grupo em si estará de parabéns sem duvida. A Universidade aqui acrescenta muito pouca ou nenhuma relevância à discussão. Vamos lá pessoal, um pouco mais de tino. A faculdade ou o rumo de ensino que escolheram ou pelo qual tiveram de seguir não vale nada no mercado de trabalho, é importante que isto fique presente.
  7. Artigo original publicado em AspirinaLight.com http-~~-//aspirinalight.com/wp-content/uploads/fp11.jpg É um misto de utopia desmesurada e visão urbana optimista o proposto pelo gabinete de Norman Foster para a cidade de Masdar em Abu Dhabi, uma proposta de referência no desenvolvimento sustentável e na procura de novas formas de criar lugar habitável. O projecto de seis milhões de metros quadrados é baseado no modelo árabe da cidade murada articulado com tecnologia moderna de modo a alcançar uma sustentabilidade com desperdício energético nulo e continuo aproveitamento das energias utilizadas. O programa geral inclui a sede para a futura companhia energética de Abu Dhabi, uma universidade e um forte núcleo comercial apoiado por um Innovation Center. A cidade desenvolver-se-à em duas fases, suportadas em primeiro lugar pela central nuclear que se transformará na área de intervenção para a grande construção numa segunda fase. Assim, garante-se o crescimento urbano progressivo evitando que intervenções de pequena escala acabem por consumir o plano geral. Masdar transformar-se-á num dos centros estratégicos de Abu Dhabi, com o interface de transportes a operar a curta e longa distância com o aeroporto internacional, permitindo a utilização oportuna da modernas redes viárias e a inserção do lugar na estrutura feroviária e de transporte urbano. A aposta da eco-cidade não deixa de surpreender pela fonte de investimento, os Emiratos Árabes Unidos, maná exportador de petróleo e nação plena de auto-suficiência energética aposta assim numa estrutura a larga escala de uma urbe construída de raiz. Um investimento suportado pelo plano de desenvolvimento daquele país onde a qualidade da produção arquitectónica tem sido um dos princípios de estruturação urbana e ambiental que certamente constituirá um importante objecto de análise nos anos que se seguem. Para já fica o objectivo do “Zero Carbon” http-~~-//aspirinalight.com/wp-content/uploads/fp2.jpg http-~~-//aspirinalight.com/wp-content/uploads/fp41.jpg
  8. Sem duvida. Mas nesse sentido nem há grande razão para alarme, pelo menos da parte dos engenheiros. É que no que ao conhecimento técnico da infraestrutura diz respeito, não temos, nós arquitectos, uma grande formação nesse sentido. No entanto e no sentido inverso parece imperar a noção de que uma casa ou o que quer que seja pode ser fruto de uma mente brilhante, uma caneta e um papel e o primeiro cliente que nos pegue na mão, e é aí que nós arquitectos sentimos que por vezes o nosso trabalho é acima de tudo deixado para quem quer que se atreva a ser artista. Não entenda Keepper isto como qualquer tipo de afirmação mais acicatada dirigida a si especificamente. É um desabafo que se não consegue evitar, acredito que o compreende.
  9. Trabalhos de desenho técnico que esperemos nós, aqui deste lado, se não imiscuam na prática da arquitectura. Certamente que não.
  10. lol, faz diferença para eles.... a ver vamos se é mais um daqueles concursos em que os trabalhos vão identificados pelos autores. ainda no mês passado participei num concurso em inglaterra e estava de tal modo mal habituado ao que se faz por cá que por pouco não se violaram as regras de anonimato num dos pontos fundamentais. De qualquer modo o concurso é muito interessante
  11. Como aconteceu não sei porque inicialmente não prestei grande atenção ao concurso por manifesta impossibilidade de participação. Sei é que primeiro houve uma grande vontade em formar uma equipa de elementos da comunidade do arquitectura mas quando o concurso foi oficialmente lançado surgiu essa condicionante de ter alguem com pratica a coordenar os trabalhos e a dar a cara pelos mesmos, desse modo percebe-se bem o porquê de a coisa por aqui ter acalmado porque o que movia o grupo, pelo que me pareceu, era a vontade de trabalhar em conjunto e em igualdade de circunstancias.
  12. É necessário ter um arquitecto com actividade de 5 anos a coordenar a equipa, penso que foi por isso que o projecto de participação do arquitectura.pt refreou
  13. atençao que o problema continua por resolver... o novo topico continua incorrecto
  14. Calma Liii, tudo se resolve, faz uma nova entrada e logo te apagam a primeira!
  15. actualizado com texto em português no AspirinaLight ! deixo-vos aqui uma pequeninissima imagem interior que encontrei pela net
  16. Artigo original publicado em www.AspirinaLight.com Um dos aspectos fundamentais na abordagem aos problemas do urbanismo depende quase invariavelmente da qualidade de desenho e organização das estruturas de transportes. Nesse sentido, as oportunidades recentes de novas abordagens a projectos feitos de raiz constituem uma importância capital no entendimento desta questão, que se nunca deverá dissociar do termo “Contemporâneo”. A actualidade do desenho é fundamental para que seja suficientemente atractivo. O admirável conceito da sedução. Em Bilbao, cidade com um suporte humano suficientemente corajoso para ir apostando em novas formulações de hipótese, Norman Foster dispôs dessa estranha generosidade por parte da vizinha Espanha. Tudo resulta. Em actualidade, síntese e inteligência.
  17. e essa tua contribuição, JVS, ajuda-nos em quê? explica-me que eu não percebi...
  18. Tens razão sim senhor, era só uma achega de dois blogs que consumo diariamente. Vou reunir a minha lista de favoritos e depois meto-a por aqui!
  19. Ai que tu nem me pareces deste meio homem.... Insira aí o City of Sound e o Subtopia na secção internacional saxabor...
  20. Deixem-me esperar mais um pouco pelo resultado de um concurso e depois vão perceber porque é que eu me arrepiei quando vi estas imagens...
  21. confesso que me assusta muito ver a vossa tãop ampla disponibilidade, sobretudo quando se chega aqui a comparar este trabalho de voluntariado à entrega de um bombeiro caramba. Isto não se trata de serviço humanitário ou de solidariedade... não estamos a falar dos arquitectos sem fronteiras, estamos a falar de uma organização de milhões que sabe perfeitamente como funciona a formatação da cabeça dos jovens na universidade, que sabe o peso de um evento como uma Trienal na mente de um jovem com ambições e vontade de saber e que se presta a fazer uso disso porque sabe que o mesmo correrá por gosto e que por isso não se cansará... Vocês aqui não estão em questão, andam a 3, 4 anos de perceberem como o sistema se come a si mesmo e por isso sujeitam-se ao conto da cinderella e ao paleio do bom orador que recebe 5 mil euros por um par de horas de conversa enquanto que o jovem papa 2 livres trânsito. agora acham que essa diferença expressa justiça, com o tempo darão razão ao termo 'exploração'. Nota: Fui convidado para trabalhar tanto no núcleo de Cascais como no teatro de operações á beira Tejo, recusei liminarmente porque não pagavam em monetário. Terei trabalho feito por mim, em nome de outrem nos dois pólos e em lado nenhum colocarei os pés, puro principio de respeito pelo trabalho e à justiça da remuneração. Tenho a felicidade de trabalhar num meio de alta rotação e nomes cheios de gabarito mas não será isso que me fará andar ao som da flauta de Harmelin. Não se trata aqui de nenhum preconceito de inferioridade, muito pelo contrário, é o recalcamento consequente de perceber que o monstro se constrói por cima e é por cima que ele se alimenta infelizmente. Seria óptimo que este ou qualquer outro tipo de manifestação vos ajudasse no final receber mais qualquer coisa pelo esforço que acabarão por considerar inglório, ficaria muito, muito feliz. Da minha parte fico-me por aqui.
  22. http://aspirinalight.com/wp-content/uploads/rs1.jpg Entrevista recente de Helena Roseta à publicação Domingo (nº 10224) da passada semana conta com vinte e nove questões feitas à bastonária da Ordem dos Arquitectos, que quer ser também presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Em vinte e nove questões, por uma vez apenas Helena Roseta é solicitada a falar abertamente sobre arquitectura: Convenientemente nobres as intenções da adolescente Helena acrescento eu. Existe uma tendência apressada do nosso povo em correr para o primeiro lugar sentado. Uma espécie de cansaço crónico que nos leva a procurar assento no primeiro momento disponível para descanso. O paralelismo imediato para com os lugares de destaque público é por demais evidente. Basta lembrar que há cinco anos apenas, Valentim Loureiro, hoje arguido num dos principais processos judiciais da nossa praça, Liderava para além da Câmara Municipal de Gondomar, o Metro do Porto e a Liga de Clubes Profissionais de Futebol. Uma única pessoa presidia a uma das maiores autarquias do norte do país, à empresa responsável pelo mais importante esquema de transportes públicos a norte do país e à entidade reguladora da competição desportiva que mais capital injecta na nossa economia. Hoje, Roseta, propoe-se como presidente à mais importante autarquia do país enquanto lidera aquela que será a Ordem profissional com maiores problemas para resolver no que ao mercado e condições de trabalho dos associados diz respeito. Fez Helena questão de entregar o cartão do PS mas não colocou o lugar na Ordem à disposição. É fácil perceber porquê. Sabe que não pode vencer Lisboa e sabe também que passado o mês de Julho poderá voltar tranquilamente para o Cais do Sodré desenvolver a sua actividade como Bastonária. Aqui o problema exclui-se da pessoa para passar a constituir base no sistema que permite tamanha manipulação no desempenho de cargos públicos, com o consequente prejuízo para todos aqueles que dependem profissionalmente de uma gestão equilibrada da entidade que deveria ser um garante de apoio no desempenho e salvaguarda dos direitos da respectiva profissão, nesse sentido a Ordem dos Arquitectos continua a somar infelicidades na forma como vai dando ênfase ao célebre dito de Souto Moura, "O arquitecto é antropófago. Alimenta-se de si próprio". A coisa ganha outra dimensão quando atentamos no facto de que hoje em dia se acumulam cargos e cargos nos ombros de uma só pessoa para quem um dia com 48 horas seguramente não serviria para desempenhar as suas funções com exemplaridade num deles apenas. A tendência é para se tornar cada vez pior. Nota: Em meados de 2003 o Arquitecto Pedro Mendes foi obrigado a mudar uma conferência de apresentação no edifício sede da Ordem do auditório para uma apertadíssima biblioteca onde metade dos presentes foi obrigada a abandonar o recinto por manifesta falta de condições da sala para um evento do género. Na altura, Mesas, estantes, bancos, tudo serviu para tentar acompanhar a apresentação com um mínimo de dignidade. Nesse dia a conferência teve início no auditório mas foi transferida para a biblioteca uma vez que iria acontecer de urgência uma reunião da administração. Sentaram-se 8 pessoas num auditório com capacidade para o triplo enquanto que na sala ao lado um profissional convidado pela organização se viu obrigado a apresentar alguns dos seus trabalhos em condições deficientes. Esperemos que daqui por dois meses, quando voltar para o seio dos Arquitectos, Helena Roseta entenda que nós não pedimos tanto esforço como Lisboa, pedimos apenas a estima de quem foi eleito para trabalhar por nós.
  23. Dois livres trânsito que custam o quê à Trienal ? Quantos Livres Transito serão necessários, para pagar justamente com o devido custo para a organização, o vosso trabalho? A questão aqui não é o pagar, a questão é o quanto se paga e qual a implicação do gasto na gestão do evento. Em Portugal a coisa funciona da seguinte maneira: o empregador tem lucro de 100, paga 20%, tem custos de 10% e fica com 70% para si. Os 70% que ficam para si são invariavelmente fundos que se não chegam a aplicar a não ser em beneficio próprio criando uma estagnação do capital ganho fazendo aquilo que em economia se caracteriza por regressão do investimento, é ridiculo. Mas com patrocinios na ordem dos 10 mil euros, entradas ao preço que todos sabemos e ainda mais participações da ordem, do estado e mesmo da propria camara de Lisboa, alguém duvida que poderia ser pago algo condigno? com um minimo de dignidade? Não estou a falar em 1000 euros, falo nuns miseros 400 euros cuja saída do bolo de receitas da trienal teria uma implicação minima nas contas finais e que resultariam em injecção do lucro na economia do país, isto não é raciocinio dificil, são factos. Depois o rebuçadinho do termo "voluntários"... uma organização de milhões a precisar de voluntariado é por demais ridiculo. E eu quando vou a um museu, exposição, concerto geralmente pago, e bem! Mas se por lá andasse a trabalhar de certeza que me pagariam qualquer coisinha....
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