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Gondomar | Multiusos | Alvaro Siza Vieira


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Complexo custou 20 milhões de euros e pode receber eventos distintos O pavilhão multiusos de Gondomar, projectado pelo arquitecto Siza Vieira, é amanhã inaugurado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Um investimento de 20 milhões de euros vocacionado para eventos desportivos, musicais e outros, anunciou ontem o presidente da autarquia, Valentim Loureiro.

Considerando o Multiusos Gondomar Coração de Ouro "o maior equipamento do género na Grande Área Metropolitana do Porto, o presidente da câmara está optimista quanto ao futuro do complexo. "Vai ser um atractivo para a área metropolitana, tal como são, embora sem querer comparar, a Casa da Música e o Museu de Serralves". Valentim Loureiro disse mesmo ao jornalistas, durante uma visita guiada pelo arquitecto Siza Vieira, que esta "é uma obra que vai marcar" a sua passagem pelo município.

O custo total do pavilhão foi de 20 milhões de euros, dos quais quatro milhões gastos na aquisição de terrenos. Quanto a financiamentos, o projecto recebeu uma comparticipação de cerca de 15%, ou seja, três milhões de euros. Valentim sublinhou que a autarquia de Gondomar está entre as nove do País "consideradas honradas" pelas associação de construtores. "Só mandamos fazer coisas se tivermos dinheiro, não ficamos a dever nada a ninguém", frisou.

O novo ex-líbris de Gondomar, que abre amanhã com Ourindústria, a maior feira nacional de ourivesaria, e receberá , ainda este mês, "um grande concerto de artistas da cidade". Mas o grande evento já agendado a fase final do Campeonato Europeu de Futsal, organizado pela UEFA e pela Federação Portuguesa de Futebol, que irá decorrer em Novembro. "Depois virão outros eventos", disse Valentim Loureiro.

O multiusos, com uma área total de 53 mil metros quadrados, tem todas as condições para receber provas de andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins, voleibol e ginástica, assim como grandes concertos de música, salientou, por seu lado, o arquitecto responsável pelo projecto.

Para gerir este espaço, completamente climatizado e com quatro bancadas - uma amovível e as restantes retrateis - com uma capacidade máxima para 6500 espectadores, estando ainda equipado com bares e restaurante, "vai ser criada uma empresa municipal", a primeira lançada por Valentim Loureiro. "Até agora não tínhamos empresas municipais, mas agora temos essa necessidade, pois é difícil aos vereadores gerirem directamente este tipo de equipamentos", disse o autarca, acrescentando que o executivo "está ainda a estudar os seus estatutos."

Questionado sobre a criação no concelho um parque de negócios da ourivesaria, Valentim Loureiro disse ter já obtido garantias do primeiro-ministro de que será concretizado até 2013.

Imagem colocada
Um multiusos para o Grande Porto



Tirei esta noticia do Diario de Noticias. Se arranjarem mais informação e fotos diponibilizem.

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fui lá hoje tirar fotografias!! Não me deixaram entrar por causa da exposição de ourivesaria nem me deixavam tirar fotografias do exterior... !


...agora também já proibem tirar fotos do exterior ? é bem...

desconhecia este projecto. ver se pesquiso um pouco mais sobre ele.
Aquele laranjinha...hummm...um rasgo de excentricidade do arquitecto Siza ?

Curiosa pelo motivo que o levou a tomar essa opção.
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O tijolo terá certamente uma razão para além de estética. Eu creio que seguramente será para controlo de custos! fazer uma cofragem para betão aparente é de longe muito mais dispendioso do que cofrar paredes de qualquer maneira e depois revestir a tijolo. Penso que será essa uma das razões. Mas no entanto até me agrada, vai mudando um pouco a expressão. Esse controlo de custos também se nota na pala em que a parte de baixo é feito através de uma cofragem para betão aparente e a parte de cima está todo mal acabado... Em termos do que pude observar do interior tem acabamentos semelhantes ao Parc Esportiu Llobregat. Já irei disponibilizar as fotos, para já estou a escrever um artigo sobre o edifício para o meu blog por isso depois irei colocar fotos. A razão para nao deixar tirar fotos foi por causa da exposição do ourindustria que supostamente nao se pode andar de maquina para depois se irem fazer cópias das peças. Mas quem é que tirava fotos ás peças do exterior? Chateei-me com os seguranças mas eles também não têm culpa nenhuma estão a cumprir ordens de uma série de burocratas armados em senhores do mundo. Mesmo assim fui tirando fotografias à sucapa.

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O tijolo terá certamente uma razão para além de estética. Eu creio que seguramente será para controlo de custos! fazer uma cofragem para betão .


Bem, como não havia referência ao facto de ser tijolo. Pensava que era mesmo a cofragem de betão pintado :)

No entanto, tijolo não existe só laranja.
Portanto e como referes, foi uma opção sobretudo estética.

Não consigo ter á partida uma opinião formada acerca disso.
Talvez as fotos ajudem a clarificar como ficou o geral.:icon14:
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ainda não fui lá, devo ir um dia destes, mas para km kiser saber mais o edifício já está publicado, num livro recente do Carlos Castanheira chamado qq coisa tipo "projectos recentes de álvaro siza". n é exactamente isto mas parecido... tem este entre outros projectos dos últimos tempos dele, incluindo as piscinas de Cornellà de Llobregat, das quais tentarei por algumas fotos que lá tirei há mais ou menos um mês.

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Por lapso meu não referi que as fotos anexadas pertencem a um colega meu e foram tiradas no dia da inauguração.

Podem ver mais trabalhos do mesmo autor, Ricardo Loureiro, em:

www.olhares.com/rloureiro

http://fotologue.jp/rloureiro

Apesar de estarmos a falar de gondomar e o autor das fotos ter o seu sobrenome Loureiro não existe qualquer ligação do mesmo à máfia da familia loureiro.

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Ainda bem que disseram que era do Álvaro... nunca... jamais... a sério?!?!? lol

Mas penso que, ao se ter afastado da linguagem a que está habituado, mostra alguma fragilidade a trabalhar este de tipo forma exterior. À parte da pala, muito dele, e mesmo retirando o laranja do tijolo, parece-me, em termos formais, uma das obras mais pobres dele. Vale, pelo menos, pelo esforço de sair da sua comfort zone.

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Esta não é certamente a única obra fora da confort zone ... do "pouco" que vi a única parte que tem alguma fragilidade é a dita pala. Havia decerto outros argumentos para realizar uma zona para protecçao sol/chuva no exterior. De resto não acho de todo uma obra das mais pobres e há que dar valor a quem arrisca e não a quem descobrindo uma formula, a repete e repete até à exaustão !

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Se comparares este edificio com o museu Casa de Serralves, um dos projectos mais interessantes que conheço, vês bem a pobreza formal e espacial desta proposta. E se a pala é frágil como elemento dissonante, é também o mais trabalhado e dinâmico.

Pelas imagens o resto do edificio é basicamente um enorme corpo sem grande tratamento de vãos e abuso de fachadas cegas. Se fosse enterrado era um bunker, e mesmo assim não se distancia muito.

O extremo formalizado em cilindro é algo gratuito e aquelas entradas em semi arco são, no mínimo, inconsequentes em termos formais ou espaciais.

há que dar valor a quem arrisca e não a quem descobrindo uma formula, a repete e repete até à exaustão !


não achas que é o mesmo que:

Vale, pelo menos, pelo esforço de sair da sua comfort zone.



ps: Vou fazer uns esquissos para melhor ilustrar o que pretendo dizer, em relação por exemplo aos semi-arcos, e devo-os postar na segunda-feira, porque vou passar uns dias sem ligação à internet.
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the_architect: suponho que nunca lá tenhas ido através dos comentários que fizeste. Não considero esta obra pobre, nem a pretendo considerar como uma obra de referência. É sem dúvida um edifício interessante tanto a nível formal como funcional e a sua beleza alcança-se precisamente através da sua individualidade, pelo facto de o volume principal não ser circular mas sim elíptico, pelo tratamento a nível do detalhe, pelos espaços interiores etc...

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Sim nunca lá estive e assumo esse handicap, não me posso pronunciar acerca do interior por isso mesmo, mas a diferença entre o volume ser elíptico em vez de circular não altera em nada a minha formulação crítica já que continua gratuita (a forma), onde está a justificação formal?

E se te referes ao tratamento a nível do detalhe em termos exteriores então indica-me por favor onde se encontra esse detalhe, por que eu não encontro nenhum. Vejo apenas fachadas cegas de tijolo. Se for detalhe interior então de facto tenho de me remeter ao silêncio porque não conheço.

Mas uma vez que nas imagens não encontro qualquer abertura, à excepção das entradas, tenho de concluir que não existe relação interior/exterior, a não ser que existam alguns pátios interiores que permitam uma iluminação zenital, e que não seja possível a sua percepção a não ser pelo interior. Já agora peço-te que me esclareças nesse aspecto uma vez que já lá estiveste.

E se chamo pobre ao tratamento formal exterior é apenas por comparação... todos sabemos que existe bem pior.

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the_architect: mais uma vez discordo com aquilo que afirmas pois demonstra que não te acercaste da obra e que não analisaste a fundo as fotografias que viste. Duvido que tenhas tido uma percepção total do edificado para o analisares dessa forma. O tratamento a nível de detalhe é até bastante rico mesmo no exterior. Possivelmente nas fotos disponíveis não se consegue aperceber da quantidade de desenho que toda a capa exterior tem. Mas volto a frisar que esta obra, ao contrário por exemplo do centro desportivo de Llobregat teve os custos bem controlados e isso vê-se em algumas escolhas que foram feitas onde há paredes que foram deixadas apenas com blocos de cimento.

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Também não concordo com a opinião de the_architect. Acho que o facto de ser um edifício com grandes superfícies cegas resulta em parte do próprio programa (As janelas não são o mais adequado para um multiusos). É também pelo seu "brutalismo" formal que o edifício se pode tornar interessante, ou seja, mais escultórico e menos arquitectónico. A escolha do tijolo por Siza não é uma novidade, todos nos lembramos de várias intervenções com tijolo: Habitações em Haya, Biblioteca de Aveiro, Vitra. Embora esta minha opinião seja superficial (só vi fotos), o muito pouco que vi agrada-me muito. Mas posso estar enganado.

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Foi tirada hoje por mim no Museu da Electricidade. A exposição está muito simples sem ser simplista e muito completa sem ser exaustiva. Estive também a analisar os painéis com as plantas desta obra que me deixaram muito curioso (graças ao arquitectura.pt). Tenho de lhe fazer uma visita um dia destes.

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