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Conjunto habitacional de 10 fogos nas Fontaínhas, Porto - ESAP


asimplemind

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Desta vez apresento-vos o meu último trabalho do passado ano (2º ano) realizado na ESAP e que constava da edificação de 10 fogos de habitação social numa zona que actualmente está num estado bastante avançado de degradação e que por sua vez é a zona mais rica do Porto em termos de paisagem envolvente!




é esta a paisagem a sul onde temos, para além da maravilhosa exposição solar, uma vista a 180º sobre o rio douro, as pontes S.joão, D.maria pia, Infante e D.Luis I e ainda o mosteiro da serra do pilar.


Aqui nota-se bastante o problema principal do terreno q é a enorme diferença de cota de uma rua para a outra. cerca de 13 metros.




Maqueta do Terreno:



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A ideia:




Memória descritiva

A abordagem ao programa funcional do conjunto habitacional foi executada tendo em conta os aspectos vivenciais do local. Através de uma observação do lugar, deu-se conta das qualidades de fixação que o terreno apresenta. O acesso à rua de S. Vítor, que faz ligação às outras artérias, a exposição solar, a envolvente urbana e toda a paisagem que se pode avistar, sugeriu uma ideia base de elaboração da proposta.
Pretende-se criar um conjunto de habitações que formam uma massa volumétrica voltada a sudoeste, onde a interacção com o lugar e a ocupação do mesmo é feita através das relações visuais entre as diferentes cotas do espaço.
O projecto desenvolve-se segundo duas cotas que fazem a ligação da rua de Gomes Freire para o largo Baltazar Guedes, privilegiando a circulação automóvel de acesso ao estacionamento pela rua de menor cota e dando maior relevância à circulação pedonal pela rua de S. Vítor. O volume correspondente ao espaço de estacionamento cria uma fachada do terreno, mas à medida que a rua sobe, a sua cota vai-se ligar à cota da laje exterior, criando um espaço comum.
A generalidade dos fogos organiza-se segundo uma área de doze por cinco metros ao longo de três pisos, destinando o rés-do-chão e o segundo piso à zona dos quartos e o primeiro piso para a zona comum que conjuga uma cozinha, sala, quarto de banho e uma despensa. O segundo piso comporta dois quartos, uma casa de banho e um pequeno espaço de estar que é perfurado por uma abertura na laje do tecto, iluminando até ao rés-do-chão o outro espaço de estar/trabalho que se encontra junto ao quarto e ao quarto de banho.
A partir da necessidade de protecção solar e de arejamento, desenvolveu-se um sistema de janela e portada que permite ser ajustada conforme a incidência solar, dando também mais privacidade à zona do quarto inferior. A aplicação da portada em todas as aberturas verticais permitiu criar diferentes aspectos nas fachadas consoante o posicionamento das portadas. Assim, o edifício vai adquirindo diferentes peles, partindo da resolução de um problema funcional.
A proposta de organização de um espaço de transição da malha urbana para uma zona mais degradada da cidade, tornou-se o conceito base do desenvolvimento do projecto, tentando dar maior coerência à organização dos espaços da cota inferior, deixando a massa volumétrica a fazer fachada com a rua superior e mantendo sempre a presença visual da paisagem e o acesso privilegiado às habitações e ao espaço exterior.

Algumas Maquetas de Estudo da Solução:




Planta implantação com sombras:




Axonometria:




Alçado Sul:




Alçado Norte:





(4 habitações tipo)
Planta Piso R/C com quarto casal:





Planta Piso entrada com sala + cozinha:




Planta 2º Piso com quartos:




Maqueta Final do Conjunto (escala 1/200):










Maqueta Final da Habitação Tipo (escala 1/50):










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Resposta à pergunta mais frequente: sou sincero e digo que não pensei naquelas pessoas de mobilidade reduzida! foi um erro meu.. :wall:

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Em relação ao projecto, sinto que ficou mto àquem das minhas expectativas e sinto também que este local merecia algo bastante mais elaborado, mas devido ao pouquissimo tempo de execução do trabalho, tive de levar avante a primeira ideia que me surgiu e mesmo assim foi tudo um bocado feito sob pressão. Os rigorosos tão mto pouco expressivos pois foi a primeira tentativa em CAD (:)).
Em relação ao processo de trabalho, não tenho nenhum dos desenhos em casa, por isso mesmo não os coloquei, mas seria essencial para perceber o desenvolvimento do trabalho, na medida em que todo ele foi desenhado e trabalhado através do desenho.


any comments? gostava realmente de saber as vossas opiniões pois sinto que falta mta coisa a este trabalho e que um dia mais tarde hei-de pegar nele para reestruturá-lo completamente.

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  • 8 months later...

qual a classe econômica que irá habitar o teu projeto? algumas coisas me preocupam quanto a forma em planta, disposição das ocupações e o excesso de circulação vertical. Quando se projeta um conjunto habitacional.. independente da classe econômica alguns fatores têm de ser respeitados. Como o fator econômico técnico na disposição das áreas molhadas quanto ao aproveito de instalações hidráulicas e etc... na verdade o que falta no seu projeto é a capacidade de adaptação lógica, qual tecnologia esta sendo aplicada? que tipo de estrutura? você quer um projeto com tempo de vida contado? quando essa parte periférica degradada da cidade começar a tomar um rumo diferente? uma nova classe social começa a se apropriar dessa área e junto vem a necessidade talvez de uma ampliação, uma adequação das necessidades... o que será feito? talvez eles coloquem teu conjunto abaixo para construir outro no lugar...por uma dificuldade criada pela solidez permanente da área molhada e das circulações verticais. eu quando penso em projeto para conjunto habitacional.. prefiro primeiro chama-lo de sistema habitacional. Soluções flexíveis e econômicamente viáveis são necessárias. pense por exemplo na reformulação de sistemas habitcionais na Itália, predios perimetrais em quadras que existem a séculos e que ja atenderam a diversas demandas habitacionais ou comerciais de diversas rendas... ou pense nos lofts em antigas fábricas do Soho em NY..

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tens razão. este projecto, como já foi referido, foi feito em passo galopante e sem grande desenvolvimento a nível de detalhe... basicamente tornou-se um projecto de ideia para o local que poderia ter sido bastante melhor adaptado se tivesse havido tempo e autocrítica suficiente para reconsiderar certas opções projectuais. É assim que vamos aprendendo :)

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  • 3 months later...
  • 1 month later...

pelo que percebi este trabalho é do ano passado 05/06...este ano, a essência do terreno foi idêntica à do teu ano(pendente bastante acentuada; grau de degradação muito elevado, envolvente muito interessante e exposição solar favorecida) e o programa pelo que sei também é o mesmo, apesar de nos terem sido pedidos 16 fogos. Não sei és da mesma opinião, mas ao longo do desenvolvimento do projecto, são-nos incutidos princípios e conceitos de habitação social, mas no fim do ano, parece que quem se vira para esse campo, sai mais prejudicado, do que aqueles que optam por um caminho mais arriscado... eu assumo e concordo que o risco deve ser um aspecto sempre inerente a um projecto, pois ele é fundamental para indicar-nos o caminho de um bom projecto, mas o que me faz uma certa confusão é aperceber-me, que só porque alguém propõe fazer uma "casa da música" num local onde não faz sentido criar um edificio desse risco, dá-se logo mais valor ao projecto... parece que o racionalismo que tanto está ligado à boa arquitectura portuguesa , só por não correr riscos "estúpidos" está a ser esquecido... enfim...talvez isto tudo seja só a azia provocada pelas notas que por ai se deram...

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  • 2 months later...

Com todo o respeito para aluno do 2º ano as maquetes do terreno deixam muito a desejar...

e a parte de excluires as pessoas com mobilildade reduzida... na minha faculdade um projecto assim nem chegava ao fim, quanto mais daria para passar...


Então ainda bem que não andei na tua faculdade senão coitadinho de mim..
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Gongax, com certeza nem todos têm a tua capacidade de projectar maquetas, infelizmente não podemos ser bons em todas as áreas. O asimplemind frequenta agora o 6ºano e com certeza as exigências e as suas capacidades estão muito mais avançadas que no seu segundo ano, na altura as preocupações de acessibilidades não eram tão divulgadas como agora são.

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Gongax, com certeza nem todos têm a tua capacidade de projectar maquetas, infelizmente não podemos ser bons em todas as áreas.
O asimplemind frequenta agora o 6ºano e com certeza as exigências e as suas capacidades estão muito mais avançadas que no seu segundo ano, na altura as preocupações de acessibilidades não eram tão divulgadas como agora são.



eu n disse que faço maquetas melhor, as minhas tb são assim, mas no 1º ano vi maquetas muito melhor, percebes?

e entao até é natural que há 6 anos nao houvesse tanta preocupação com as acessibilidades, mas pensei k o asimplemind andasse no 2º agora...percebes?

cumps
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