
adolf loos
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http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=24383&e_id=&c_id=7&dif=tv&hora=17:30&dia=15-11-2008
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quando alteram o tema do ano lectivo de 07/08 para 08/09?
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a universidade nao faz nada por ti, tu deves ser o interessado.Eles auxiam-nos mas nos temos que ser os interessados, seja qual for a universidade em causa.Infelizmente para uns certos seres pensantes e para uma grande parte da populaçao que nao conhece o mundo da arquitectura , pensa muitas vezes entre optar por um aluno de uma publica e uma privado escolhe a publica, mesmo correndo o risco de ser um aluno desenrascado , em deteriorimente de um bom aluno de uma privada(o mundo dos preconceitos).Acho que se perde muitas vezes tempo a saber , ou argumentar qual a melhor universidade em ves de esforçaren-se na sua formaçao para servir as pessoas, alias é esse o objectivo do arquitecto, procurar satisfazer as necessidades das pessoas, fazemdo-as faliz e nao perder tempo em descussoes inuteis.
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Arquitectura: Criadores do Ninho de Pássaro projectam teatro em São Paulo
adolf loos replied to Peter's topic in Arquitectura
Com estes prazos miseros como pertendem que a obra tenha uma qualidade construtiva duradoura.É lamentavel que se proceda desta forma, mesmo estando perante uma dupla de arquitectos mais conceituada do mundo.Pertendem tudo feito para ontem e o resultado é o esperado.Estes arquitectos tambem depois de um documentario passado na Nacional Geographic sobre o estadio ninho de passaro em que os aspectos dos acabamentos nao eram muito alvo de interesse , deixou-me com algumas duvidas.Bem sei que a obra tinha prazos dado que era um acontecimento importante, mas mesmo assim. -
Este topico possui uma larga lacuna, nao se consegue ao colocar as duas vertentes andas/andas-te perceber quais a percentagens de cada uma.Os resultados obtidos nao esclarecem o objectivo da pergunta.
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EXPOSIÇÃO ARMÉNIO LOSA. CASSIANO BARBOSA. ARQUITECTOS: "NOSSO ESCRITÓRIO" [1945-1957] Inauguração 28-10-2008 28 OUT – 06 DEZ 2008 Museu dos Transportes e Comunicações Edifício da Alfândega, Porto Ter – Sex 10h – 18h Sáb + Dom + Fer 15h – 19h Entrada Livre Co-organização: FAUP – Centro de Documentação/ Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos - OASRN Investigação/ Projecto/ Coordenação: Arquitecto Manuel Mendes Visita Guiada: 8 NOV, 17h30 com Arquitecto Manuel Mendes A FAUP, Centro de Documentação e a Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, OASRN inauguram no próximo dia 28 de Outubro, 3ª feira, pelas 22h00, no Museu dos Transportes e Comunicações (Edifício da Alfândega, Porto) a Exposição Arménio Losa. Cassiano Barbosa. Arquitectos: "Nosso Escritório" [1945-1957], dois autores referenciados na bibliografia relativa ao processo da Arquitectura Portuguesa do Séc. XX, que contribuíram na ampliação da cidadania da arquitectura, do seu ofício e saber, nas suas dimensões técnica e artística, política e social. A inauguração vai ser precedida, às 22h00, por uma conferência pelo Arquitecto Manuel Mendes, na Biblioteca do Museu dos Transportes e Comunicações. A exposição é realizada no âmbito das Comemorações do Centenário de Nascimento de Arménio Losa, uma das mais destacadas figuras no panorama arquitectónico português do século XX, promovida pela OASRN em conjunto com várias personalidades e instituições, numa homenagem onde terão lugar uma série de acções que pretendem divulgar a um público alargado a obra do arquitecto e a actividade do cidadão. O ciclo, comissariado pelo Arquitecto Pedro Ramalho, integra exposições, conferências, debate, visitas guiadas, concurso de fotografia, e a edição do Mapa/Roteiro Arménio Losa na cidade do Porto. Sobre a Exposição Arménio Losa. Cassiano Barbosa. Arquitectos: "Nosso Escritório" [1945-1957] "Tal como a praticou Le Corbusier, "a arquitectura é uma missão que exige dos seus servidores vocação. Que, consagrada ao bem da habitação [habitação que abriga os homens, o trabalho, as coisas, as instituições, os pensamentos], a arquitectura é um acto de amar, e não uma encenação". Arménio Losa (1908-88) e Cassiano Barbosa (1911-98) são autores referenciados na bibliografia relativa ao processo da Arquitectura Portuguesa do século XX, sublinhando-se o seu contributo à ampliação da cidadania da arquitectura, do seu oficio e saber, nas suas dimensões técnica e artística, política e cultural. No todo da sua obra entre 1945 e 1957, o edifício de casas-andar de habitação na rua da Boavista (1945), ou o edifício de ângulo para comércio, escritórios e habitação no encontro da rua de Sá da Bandeira com a rua de Guedes de Azevedo (1946), ou o edifício de contiguidade na frente urbana da rua de Ceuta (1950) testemunham compreensível exemplaridade, como testemunham, igualmente, certa excepcionalidade , se presente a arquitectura dos seus percursos formativos e profissionais. Excepcionalidade que, assim mesmo, sem a compreensão da sua razão de ser, tem servido a alguns para repetida evocação de um novo localizado. Um novo validado e divulgado pelo que reproduz de figuras ou modelos do que aqueles repetidamente entretecem como arquitectura moderna. Evocação que, por quixotesca sonhação na (a)ventura de alguma história e de alguma crítica, tem servido à confabulação desse mágico moderno localizado, contribuindo para o esquecimento da originalidade que é marca e ferida na exposição da modernidade (es)forçada característica da situação portuguesa. A realização desta exposição quis-se como construção | estação provisória para um (re)conhecimento mais detalhado e rigoroso, de um período das suas vidas, na militância por uma arquitectura do seu tempo - a cidade, a casa, a profissão, a cultura.
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Parabéns asimplemind, li com muita curiusidade os teus artigos expostos no teu blog e gostei imenso.Um que me despertou a atenção foi o porquê e o para quê da forma*, de facto o tema de o tema sda tecnologia no tempo comtemporaneo se sobrepor à arquitectorica, ao ives, dos conceitos que sao a base desta, é algo que espelha um em certa medida a sociedade contemporanea.Alias são é desconcertante ver que , fazendo uma reflexão a arquitectura desde o inicio do seculo XX, a quantidade de estilos arquitectonicos surgiram a uma velocidade estonteante, é um facto que esta aconpanha a sociedade , sendo muitas vezes, como no modernismo apologista e demasiado pregressista para a epoca.Como mum seculo , a arquitectura alterou tanto , como numa actividade liberalista, onde o arquitecto dita a criaçao , gerando-se muitas formas de ver o mundo.Com isto quero dizer que estamos numa especie de revivalismo, em que o individualismo criativo é a peça chave para o estado da arquitectura.No entanto numa altura da historia enpregnada pelo individualismo, por uma sociedade hipertexto, de comportamente mimeticos, a arquitectura , ou mais propriamente os arquitectos apoderam-se da imagens que transmite para os seus edificios como a unica alternativa , para que estes possam ser "unicos".Eu perguntava , a arquitectura nao é uma actividade que pertende criar edificios permeiemo bem estar das pessoas?A arquitectura nao devia ser pensamente, com base nas teorias coerentes e nao metaforicas como o pos-modernisto tem exaltado desmesoradamente? Com uma sociedade que vive ferneticamente , o bem estar momentaneo parece ser o que mais satizfaz as pessoas, e nao se preocupar com edificios bem concebidos , que sejam para durar na iventualidade a vida dos proprios. Abraços:)
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Arquitecta Maria Moita vence 3º Prémio Fernando Távora 07.04.2008 - 23h02 Sérgio C. Andrade O projecto de uma viagem para estudar a “Arquitectura para o desenvolvimento. Intervenções de emergência e de permanência no sudoeste asiático” valeu à arquitecta Maria Moita a 3ª edição do Prémio Fernando Távora. O anúncio do vencedor foi feito hoje à noite, numa sessão pública realizada na Câmara Municipal de Matosinhos, onde o júri justificou a sua escolha pelo facto de a proposta apresentada por Maria Moita manifestar “a convicção de que a arquitectura pode e deve ser uma mais-valia no processo de reconstrução em locais remotos que sofreram as consequências devastadoras de desastres naturais ou bélicos”. O Prémio Fernando Távora é uma iniciativa da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos e tem o valor de 5000 euros, para ser utilizado numa viagem de investigação, que deverá resultar num registo documental e numa conferência. No seu projecto, a arquitecta premiada propõe-se visitar países como Timor-Leste ou o Siri Lanka e analisar, “in loco”, o papel que a arquitectura teve (e pode continuar a ter) nestes dois países respectivamente afectados pelos conflitos anteriores à independência de 1999 e pelo tsunami do Natal de 2004. Dará, assim, sequência ao trabalho em que já esteve envolvida em Timor, em 2002/3, onde participou na construção e reconstrução de escolas promovidas pelo Banco Mundial e pelo Ministério da Educação do jovem país. Licenciada pela Faculdade de Arquitectura do Porto e com pós-graduação na Universidade Politécnica da Catalunha, em Barcelona, Maria Moita visitou já também Moçambique, onde investigou a relação da arquitectura com a descolonização. O júri deste ano foi formado pelos arquitectos Nuno Teotónio Pereira, Eduardo Souto de Moura e Filipa Guerreiro e pelos professores João Lobo Antunes e Ferrão Afonso. Na acta, os jurados destacaram duas outras componentes da proposta de Maria Moita: “o profundo compromisso para o exercício da cidadania no mundo globalizado; e o reconhecimento da importância de propor soluções rigorosas proporcionadas pelos recursos locais que, de algum modo consubstanciam uma linguagem mais depurada, vital para a cultura contemporânea”. Ao 3º Prémio Fernando Távora concorreram 24 arquitectos, com propostas que, em grande parte, se destacaram “pela qualidade e excelência”, notou o júri. Nas edições anteriores foram distinguidos, no ano passado, a arquitecta Sílvia Benedito, com a proposta “Quadrícula Emocional: Um urbanismo híbrido entre natureza e arquitectura nas cidades atlânticas portuguesas do século XVI”; na primeira edição, foi premiado o arquitecto Nélson Jorge Mota, que estudou o espaço doméstico da burguesia portuense do século XIX em comparação com as habitações da burguesia europeia do século XVII.
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Segundo o sitio da internet : http://74.125.45.104/search?q=cache:koWbEQDwY_UJ:passatellicrudiallafermatadel2.wordpress.com/2008/03/23/casa-levene-el-escorial-madrid-spain-nomad-arquitectos-eduardo-arroyo/+casa+levene%2Bresina&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=7&gl=pt o exterior é feito com basalto e o interior com resina de ambâr(color).
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muito obrigado peter , é claro que conta com a ajuda de todos como tambem os outros menbros podem esperar de mim a ajuda para esclarecer duvidas deste ou outros generos(caso eu saiba). :rolleyes:
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obrigado pela ajuda Legrias, fica bem:)
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Caro Legrias o projecto em questao é a casa "Casa Levene" (Madrid) de Eduardo Arroyo
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A Sociedade de Consumo - Baudrillard Código do Item9789724414089 Ano2007 ISBN9789724414089 Price9,90 € ( 10,40 € com IVA) (edição portuguesa, 2007) A presente obra de Jean Baudrillard constitui uma das principais contribuições para a sociologia contemporânea, e é hoje uma obra consagrada internacionalmente. Nela procede o autor a uma análise profunda e estimulante daquilo que constitui um dos fenómenos mais característicos das sociedades desenvolvidas da segunda metade do século XX, mostrando de que forma as grandes corporações tecnocráticas suscitam desejos irreprimíveis, criando novas hierarquias sociais que substituíram as antigas diferenças de classes. O consumo, na qualidade de novo mito tribal, transformou-se, segundo o autor, na moral do mundo contemporâneo.
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Eu tenho uma duvida referente ao material que faz o revestimento interior desta casa , queria pedir se poderiam-me ilucidar sobre os materias desta casa.Queria tanbem se alguem me ajudar a saber qual o material de revestimento exterior do mesmo edificio. http://bp1.blogger.com/_a8zxkONzN_E/R0S4xBVb_4I/AAAAAAAAAok/jzDRfrqOw3Y/s1600-h/49502821ey4.jpg
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"Caiu-se num arraial" O arquitecto Eduardo Souto de Moura é incontornável para todos os que apreciam arquitectura e não só. Em Setembro, representa Portugal na Bienal de Arquitectura de Veneza. Em entrevista ao Expresso, revela as suas principais preocupações e expectativas do mundo da Arquitectura em Portugal. Quarta, 10 de Setembro de 2008 às 9:55 Texto de FERNANDA PEDRO Em que estado se encontram os nossos centros históricos? Houve algumas coisas que foram feitas, também não se pode dizer que foi tudo mau e criticar tudo. Da parte das câmaras de Lisboa, independentemente dos partidos, tem já havido uma certa apelação a isso, a uma libertação de burocracias - e do Porto também. Estou convencido que faltam duas coisas para finalizar o bolo com a cereja em cima. Há uma parte da legislação que tem de ser alterada e tem de existir maior pragmatismo para duas coisas, que é a instalação de elevadores e abrir os rés-do-chão para garagens. Isto é, os centros históricos eram ambientes para uma população mais idosa que saiu. Hoje, é grande atractivo para uma nova geração. Essa nova geração vive lá, vai ao supermercado e não pode trazer as compras até ao 4º ou 5º andar pelas escadas, cheia de sacos, e ainda por cima deve parar o carro à porta para descarregar e depois ir estacioná-lo a meio quilómetro de distância. É necessário transformar alguns quintais nas traseiras, de tantos em tantos edifícios em garagens, para que as pessoas fiquem com os carros relativamente perto. Mas não é transformar a cidade para os carros, o Metro já resolve muitas destas questões do acesso. Este tipo de soluções já foi ensaiado em cidades europeias. Outra questão: esta operação para recuperar os centros históricos chegou a Portugal quando se levantava a crise internacional e que depois por sistema dominó chega ao nosso país; então as peças vão caindo. No fundo, o que falta é o dinheiro para investir. Aqui no Porto é pior, porque o ambiente é a crise da crise. É talvez a cidade mais preocupante de Portugal porque tem o maior número de desempregados e instalou-se um certo adormecimento provocado por essa crise. As pessoas estão a aceitar essa situação, o que leva a que a nível de iniciativa em relação ao resto das cidades portuguesas o Porto esteja em último. Só no futebol está em primeiro. É preocupante, todos dizem que a cidade é lindíssima, e é, património da UNESCO, e precisa de uma progressão financeira de outra maneira. Não pode ser a que está - estão muitos estrangeiros a investir, quebrou-se a fronteira da baixa decadente e que ninguém vai para lá e não se investe nada. Mas neste momento já existe alguma coisa na Avenida dos Aliados, mas isso é um bocado a jóia da coroa e a cidade não são monumentos e peças, tem de ser um todo onde haja quarteirões anónimos com livrarias, cafés, galerias de arte. Acredita nas Sociedades de Reabilitação Urbana (SRU)? Acredito, preocupam-me algumas coisas mas não as SRU. O que me preocupa muitas vezes são os resultados dos projectos. Não queria que esta aceleração levasse a um aligeiramento dos critérios de recuperação. Acho um erro que muitos edifícios com estruturas de madeira, tectos e escadas, sejam demolidos para serem feitos em betão. Quando está tudo em ruínas, sim senhor, faz-se em betão, que é muito seguro. Há um património que não são só fachadas. Há um património interior, existem escadas de sucupira, tectos pintados, portas com 3,5 metros pintadas a tinta de óleo, interruptores de porcelana. Depois existe outra questão, que é haver um incentivo da manutenção. Existe um aligeiramento dizendo que os caixilhos podem ser de alumínio pintado e de PVC, que ao longe ninguém nota, parece madeira, mas põe-se a mão e é quente. Não é uma questão de temperatura mas um problema de carácter. Os edifícios naturalmente têm de ser recuperados, porque são património e têm de ter a sua identidade própria. Dizem que sou um poeta. Como vê a arquitectura actual? Não vejo mal. Estou muito preocupado com muitas coisas em Portugal. Mas a arquitectura é um grupo profissional que tem cumprido os objectivos. Não é por acaso que a arquitectura portuguesa é bem tratada no estrangeiro, como outras disciplinas. O que é certo é que os arquitectos portugueses são convidados para dar aulas nas universidades estrangeiras, e não são dois ou três mas muitos. Sei que muitos ateliês estrangeiros aceitam todos os anos arquitectos portugueses na sua renovação de estagiários. E temos muitos arquitectos que têm obra lá fora, já não falo no Siza, que praticamente só trabalha no estrangeiro, mas um Carrilho da Graça, um Byrne, um Mateus, eu e uma série de profissionais que trabalham lá fora. E internamente acho que há uma geração - considero que não existe a geração rasca, foi uma frase muito infeliz -, sou optimista porque vejo que há uma geração antes dos 50 anos, a dos 40, muito boa. É difícil ser arquitecto aos 30, porque é preciso ganhar lastro, não se abre um escritório de arquitectura e depois as pessoas tocam à campainha a dizer: quero fazer um prédio. A geração dos 40 tem imenso valor, basta ver nas revistas e nas exposições que estão a construir lá fora. Tenho muitos ex-alunos que estão a trabalhar lá fora. Nesse aspecto vejo que existe uma qualidade acima da média em relação ao resto da Europa. Posso dizer, sem ser patriota, 10 nomes de muitos bons arquitectos portugueses que estão ao mesmo nível dos melhores da Europa, e em muitos países europeus não consigo encontrar esse número - talvez três ou quatro com o dobro ou o triplo da população. Agora, isto não é um mar de rosas, as condições de trabalho para esses arquitectos em Portugal são difíceis e muitas vezes se eles trabalham para fora não é só pela honra de ter sido escolhido mas também por uma questão financeira. A crise chegou à construção civil e chegou também aos arquitectos e engenheiros. E as condições de trabalho de muita gente, posso dizer que são degradantes. Não é o meu caso, mas são obrigados a fazer projectos a um preço que das duas uma: ou aldraba, não faz o que deve fazer e muita gente honesta não consegue fazer isso, ou trabalha em actividades paralelas, como nos 3D e maquetas, e vendem os seus serviços como se fosse uma empresa comercial, porque o próprio projecto de arquitectura não dá dinheiro. Isso deixa muita gente aflita, a dar aulas, muitos a emigrar e outros a ir para Lisboa, como eu, porque aí é que há o pouco trabalho que existe em Portugal. Acha que a internacionalização da nossa arquitectura, com nomes como o Siza ou o seu, é que tem motivado os jovens a escolher esta profissão? A arquitectura entrou em moda aqui há uns anos. Foi uma profissão emergente. Quando disse que gostava de pintura, foi uma reacção lá em casa, pintores nem pensar, que morriam de fome. O que não é bem o caso - hoje um bom pintor leva mais por um quadro que um projecto de arquitectura. Uma família conservadora como a minha disse: não vais nada para pintura mas para arquitectura. E a arquitectura era uma coisa que não se sabia bem o que era. As pessoas não chamavam arquitectos, ainda hoje está por fazer a lei, o famoso 73/73, que felizmente penso que agora vai para a frente. Em que os projectos de arquitectura são para os arquitectos, as doenças dos olhos devem ser tratadas por oftalmologistas e não por oculistas. Os engenheiros têm a função de materializar e fornecer caminhos e métodos aos arquitectos, mas não têm a formação cultural para desenhar edifícios. No meu entender, da mesma forma como nós por intuição podemos construir um edifício que não caia, mas se calhar gastamos muito ferro por medo, o que não é conveniente. Cada um deve ter o seu papel e trabalhar em equipa. Mas, de repente, a arquitectura foi uma profissão emergente. Tal como outras que estão a acontecer agora, como a fotografia. Os arquitectos paisagistas também eram de recurso e o mesmo se passava com os arquitectos. Até quando fui chamado para o Metro do Porto, no princípio estava rodeado de engenheiros e quando dava uma sugestão, diziam-me: 'Você vai escolher os azulejos, deixe-se estar sossegadinho'. E depois não foi nada disso, perceberam a utilidade e fiz quase todas as estações. Isso mudou, o Siza teve o papel muito importante nisto tudo. O Teotónio Pereira, em Lisboa, e o Távora, no Porto, prepararam o terreno para que aparecesse o Siza, que realmente mudou a arquitectura nacional, fazendo dele uma figura pública. Ele contribuiu para essa alteração e é uma espécie de Figo, de herói. Muita gente nova foi atraída por essa imagem, um português que ganha o prémio Nobel da arquitectura e recebe a medalha de ouro do imperador do Japão. Isto cria uma atmosfera que leva a que os miúdos, no fim das conferências, venham pedir autógrafos, como se fosse uma banda de "rock" e, claro, se não dou dizem que sou um parvalhão e, por outro lado, aparece a crítica a dizer que o Souto de Moura dá autógrafos como um roqueiro. Mas isso dá uma imagem do arquitecto que não é bem assim. Está a cair-se num arraial, e há pouco trabalho para os 16 mil arquitectos, não é fácil. Pensa que a nova direcção da Ordem dos Arquitectos pode dar alguma ajuda e criar medidas para isso? Sou presidente da Assembleia e não tenho muita disponibilidade, mas quando aceitei foi exactamente para acabar com esta telenovela do 73/73 e definir de uma vez por todas o que cada um pode fazer. O problema aqui é que hoje existe uma maneira moderna de trabalhar na arquitectura que mexe com os sentimentos. Um arquitecto não precisa de imensa informação, mas precisa de saber custos, os materiais que vai usar, precisa de trabalhar com engenheiros de mecânica para os edifícios não custarem balúrdios em manutenção e energia, precisa de encontrar um sistema construtivo mais adequado. Necessita de uma equipa de engenheiros. Eu e toda a minha geração trabalhámos com os engenheiros desde o primeiro dia. Sou incapaz de ir ver um terreno para fazer um concurso ou um projecto novo sem eles. Não é o artista que leva um cavalete e medita para ver se o sítio lhe dá inspiração. Não é inspiração mas transpiração. É chegar a um sítio e o engenheiro diz-me: foge daqui que existe um curso de água. Começa logo no início um espoletar de soluções, e essa dicotomia que se inventou e que não é real entre alguns engenheiros e arquitectos não sei como começou e devia acabar. É um problema de inércia. Por isso aceitei este cargo para ajudar e tenho falado com o primeiro-ministro, ministros, secretários e deputados. E todos eles dizem que sim, mas que leva algum tempo. O que é necessário mudar na arquitectura? O problema número um para mudar: não se pode continuar a fazer projectos com os prazos que os clientes nos impõem. Não é que não se consiga, o que se faz é mau. Copia-se tudo lá de fora, por que não se copia isso? Por exemplo, um projecto importante, num sítio importante, onde todos vão ver durante anos, que vai afectar muita gente, que custa muito dinheiro, e cá dão-nos um prazo de três ou quatro meses? Tudo atabalhoado. Depois diz-se: a obra resvalou. Uma mentira. O Estado e os clientes gostam de mentir a eles próprios. O português gosta de ser o 'chico esperto'. A arquitectura é uma arte social que desenha espaços, mas a coisa mais importante para desenhar espaços é o tempo. É mais importante o tempo na arquitectura que o espaço. E lá fora, os projectos demoram o que for preciso, um ano, dois. E, se forem coisas complicadas em sítios públicos muito importantes, levam três anos, porque há um período de debate com maquetas, todas as câmaras têm um "stand" com os novos projectos, as pessoas fazem sugestões, vêm os partidos, as juntas de freguesia e o arquitecto vai anotando e mudando. E quando está tudo decidido, a construção é muito cara e então é tudo detalhado ao milímetro e ninguém pode falar, nem o arquitecto pode ir à obra para não baralhar tudo. E a obra tem de andar muito rapidamente, seis ou sete meses. Aqui é ao contrário. Ou há eleições, ou porque vai chover no Inverno e é preciso começar no Verão, ou porque vamos perder a verba da UE, os projectos são mal feitos. E como são mal feitos, têm pouca informação, levam o dobro do tempo. Depois há improvisos e isto dá um dispêndio de energia e financeiro brutal. E o Estado tem de dar o exemplo e não pode entregar obras de arquitectura por concurso ao mais barato, que é o que faz. O Estado tem de exigir o número de peças, de desenhos e de informação que estava legislado pelo Ministério das Obras Públicas (MOP) e que neste momento liberalizou - cada um entrega e leva o que quer. Chegando ao ponto de me pedirem para fazer um palácio da Justiça e perguntarem quanto levava. Eu respondi: levo de acordo com a tabela do MOP. E disseram-me: mas o Ministério da Justiça não segue a tabela do MOP, queremos 20 a 30% de desconto. A partir daí estava tudo dito. Não aceitei fazer o projecto por uma questão de princípio, nem era pelo dinheiro. Quando chegamos ao ponto em que o próprio Estado mente a ele próprio, não vale a pena. Este é o problema principal, porque isto degrada. Porque as pessoas gostam de fazer arquitectura, submetem-se a condições incríveis, e como não são super-homens nem super-mulheres, os projectos sofrem e nem sempre são bem feitos. Por isso também estou na Ordem dos Arquitectos porque tem de existir uma nova legislação e vai ser muito difícil. Por exemplo, a Europa liberalizou e a Bélgica não aceitou este estatuto e levou uma repreensão da Comunidade Europeia. Os arquitectos andam entusiasmados com as formas e pensam pouco nisto, mas acho que é fundamental arrumar a casa. O cliente, os bancos, as pessoas que têm dinheiro, os construtores, os projectistas, estabelecem as regras do jogo. Com um baralho de cartas posso jogar à sueca, bisca ou canasta, mas tenho de saber o que vou jogar. E eles também. O importante são os projectos serem mais bem pagos, até já me contento com a tabela existente, mas que seja aquela, e a seguir tem 10 a 20 páginas a dizer: pagando este tanto, o projectista terá de fazer isto, isto, etc, e de certeza que os projectos ficam melhor. Os projectos são divididos em quatro fases: programa base, estudo prévio, anteprojecto e projecto de execução. Obriga a revê-los quatro vezes, a fazer maquetas quatro vezes e, nas últimas duas fases, a entregar orçamentos e saber na fase final se o projecto fica muito caro ou barato e rectificar para melhorar. Ontem pediram-me para fazer um projecto num mês. Não merecemos isto. A questão do tempo dos projectos é o principal. E há outras coisas que se arrastam, como por exemplo ter-se uma tabela e ser-se melhor remunerado. Porque, no fundo, os arquitectos não falam muito nos honorários, mas eu falo muito. Porque como me reduzem o tempo, e como é pouco tempo, mesmo que o pagamento seja mau, dá ela por ela. Mas não pode ser,,, E todos dizem que o Estado é mau pagador... É um ciclo vicioso: como o Estado não paga, os privados também não. Porque o privado diz que não tem reembolso e isso é uma bola de neve. http://aeiou.bpiexpressoimobiliario.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ei.stories/201
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deem uma vista de ohas a estes videos, um abraç [ame="http://www.youtube.com/watch?v=-A8fiFUR_4s"]YouTube - Arquitetura da Felicidade - A Morada de Hoje, Parte 1[/ame] [ame="http://www.youtube.com/watch?v=tBgU2YBAlFk"]YouTube - Arquitetura da Felicidade - A Morada de Hoje, Parte 2[/ame] [ame="http://www.youtube.com/watch?v=1Fjo0zkm_tI"]YouTube - Arquitetura da Felicidade - A Morada de Hoje, Parte 3[/ame] [ame="http://www.youtube.com/watch?v=AcdKxXTJ75s"]YouTube - Arquitetura da Felicidade - A Morada de Hoje, Parte 4[/ame] [ame="http://www.youtube.com/watch?v=1ry0Fn4jgPs"]YouTube - Arquitetura da Felicidade - A Morada de Hoje, Parte 5[/ame]
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Estava pesquisar na net e encontrei estes videos, aproeitem para dar uma vista de olhos neles, eceem a vossa opiniao:) parte 1 parte 2 parte 3 parte 4 parte 5
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jotas queria´perguntar se estudas na universidade lusofona do porto?
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De facto portugal possui um fosso face a europa de decadas mesmo.Como é possivel uma lei como a 73/73 ainda nao ter sido aprovada tendo passado tanto tempo, mas caso ela seja aprovada ira acontecer o que siza diz, que vai aver cada vez mais uma tendencia para a especializaçao. O futuro do arquitecto em portugal actual com apossibilidade de outras que nao arquitectos de assinarem projectos revela um desreipeito pelo arquitecto.é de facto miseravel tratarem o "estatuto" do arquitecto desta forma, sendo que nem a ordem tem demonstrado algo significativo para que isso se altero.Exemplo disto foi a saida da Arq. rosseta para a camara de lisboa, é deprimente isto. No entanto esta tendencia para a limitaçao do canpo criativo do arquitecto é algo que se verifica hoje e que as imobiliarias a quererem dinheiro rapido e facil , nao se vislumbra nenhuma alternativa para alterar esta tendencia.É o capitalismo duro. Pensar no arquitecto como uma proficional que nao tem ainda o seu estatuto perfeitamente alicersado numa sociedade , permitindo outros assinarem projectos é ridiculo, digno de pais de terceiro mundo onde parece ate que existem faltas de arquitectos para saciar o pais.
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Acho que o tema do ordenamento do territorio deve sere algo nao debatido liveanamente mas debater casos especificos, que possam ser tratados. No que se refere a historia que o argos contou, a criança nao significa necessariamente a generalidade , mas sim um caso isolado, todos sabemos que as noticias podem ser tendenciosas com fins politicos ou outros.. No entanto estes problemas devem-se muito a questoes politicas e a criaçao de medidas para o desenvolvimento.Por tudo o mundo existem paises que possuem polos populacionais mais desemvolvidos referentes ao resto do pais.O caso da França é um caso que retrata esta ideia.
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É isso que distiingue um pedreiro de um arquitecto ou a boa da ma arquitectura, a questao do conceito.
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"A ideia construida" - Campo Baeza - Caleidoscopio
adolf loos replied to piroclasto's topic in Arquitectura
ja li o livro e aconselho, é de leitura acessivel.O tema da luz da tectonica é algo que subjaz a mensagem do arquitecto baeza. -
É um facto que ao longo dos tempos , surgiram varios estilos arquitectonicos , e que por isso nao é anormal que hoje em dia exista estilos que reflitam a sociedade contemporanea.Mas enquanto que durante muito tempo as questoes basicas na arquitectura era a chave para a beleza que fez perdurar até aos nossos tempos.O que sera mais inportante na arquitectura , o facto de existirem principios teoricos que se coadunem com o contexto , ou seja o bem pensamento arquitectonico, ou criar puramente com base nos meios coomunicaçao social uma obra acente na banalizaçao daquilo que é a arquitectura. No entanto parece que cada vez é preciso reformular (arquitectos e afins), as noçoes que temos do que é arquitectura, nao como uma necessidade estretimamente apenas, com com um luxo adjacente que espelha a sociedade actual(a pele da arquitectura).Encontramo-nos numa especie de segundo modernismo, embora acente em conceitos que partem das questoes contextuais,mas que nao tem eco em varias partes do mundo.Se é consensual que que os principios rossianos se refletem mais intensamente na europa medeterranea , em outras zonas do planeta , como a cultura holandesa acente em grande medida no OMA e que tem derivaçoes como o caso de zara hadid (englaterra), que parecem tem outra abordagem , que sendo projecta o mundo da arquitectura mesmo para os mais leigos da materia. Sera no entanto muito cedo para tecermos opinioes rezoabelisticas no que toca a este assunto, mas tambem no que respeita a arte no geral.Nao é prodente como se verifica actualmente atribuir o designio de obra de arte a algo com tao pouco tempo de "vida" .É a mistica que torna algo contemplativo. Falta em meu intender voltarmos constantemente a reviver a historia ,aprendendo com ela e com os velhos mestres de entao, para nao chegarmos a becos sem saida no que respeita ao campo da arquitectura.E antes de mais falta perguntar em termos de consciencia , o que é a arquitectura?e qual o seu fim, para que se destina? No meu intender o que mais valoriza a arquitectura , tal como diz zumthor, é saber que quando vimos um bom edificio é ter a noçao de que a boa ideoa , ou seja o conceito forte esteve presente no edificio desde o inicio.Por isso digo que segundo o meu pensamento a arquitectura é conceito, o usso dos materiais por vezes aplicados de forma banal(as vezes), sem conceito é uma pura obra de construçao que poderia ser projectada por uma qualquer pessoa, o que valoriza a obra sao os conceitos fortes que estao muito para alem da propria construçao. desde ja agradeço, um abraço e comprimentos:)