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Certificado Energético - o que virá mais? viva o ridiculo...


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o que creio que o Fernando está a querer dizer é que o certificado energético, que pode ser necessário e discutível, é valido para edifícios desenhados por técnicos competentes (arquitectos) e não competentes (engenheiros\desenhadores\construtores), ou seja...não vale a pena explicar, creio que percebes onde queremos chegar está bem que se legisle a qualidade energética dos edifícios, claro não nos moldes de hoje, há muito para limar principalmente na acreditação dos técnicos para o efeito, mas falta ainda trabalhar noutra área que devia ser mais exigente: a qualidade da arquitectura e o ridículo é aquela história de meter a carroça á frente dos bois

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Desse ponto de vista, estamos de acordo! Mas não deixam de ser assuntos distintos e a certificação energética, por muito hipócrita que seja, é um passo em frente que promove a qualidade, seja ela projectada por arquitectos, engenheiros, desenhadores, etc Ja agora note-se o exemplo americano, a "moda" da certificação energética tornou-se imperativa e domina a arquitectura que é muito mais abrangente...um mau caminho, mas é por onde vamos. E afinal não é preferivel à grande parte da pseudo-arquitectura deste país??

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Começo por vos dizer que estou mesmo revoltada com o estado das coisas! É ridicula a hierarquia das prioridades neste país, mas não é preciso ir muito longe para perceber porquê que as coisas são como são. Olhemos para o nosso modelo de conduta, o nosso primeiro-ministro eleito pela maioria da população! Será que agora ainda consegue repetir esta proeza?! Um aldrabão e espertalhão que soube bem subir na vida à custa de falta de ética. O gajo como engenheiro, perdão como bacharel em engenharia, mas político, conseguiu licenciar dezenas de horrores lá pelas terras dele e dos seus boys, sendo que não sei quantos estavam ora em RAN ora em REN!!! Depois como parece que estudou ambiente, zás! zás catrapaz, kabuum: Não, realmente não é preciso arquitecto para projectar o país, qualquer badameco, como se vê nas suas obras, sabe o que é uma porta e uma janela, mas já agora era "porreiro pah" se a construção conseguisse ser mais eficiente energéticamente!! Isso é que era! Esta coisa do ambiente tá na moda e tudo! O gajo teve mesmo uma ideia iluminada! Deve ter sido da sua experiência autodidacta como "arquitecto" que se apercebeu que uma boa arquitectura deve ser geradora de bons ambientes, quer exterior, quer interior, bravo!!! Agora expliquem-me, porquê que a Ordem dos arquitectos só permite que um arquitecto se qualifique como perito qualificado nestas andanças após 5 anos de experiência?! É esta a nossa área de competência!

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Para desfazer potenciais equívocos do meu post anterior, o que eu quero dizer é que se toda a arquitectura fosse feita por arquitectos, não haveria necessidade desta nova especialidade. É que para além de ser arquitecta por acaso também estudei o RCCTE na faculdade!

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joaquin, sabes que por um lado ate nem acho mal já viste o que era o saíres da faculdade e pensares "ah, ja tenho tacho na certificação" iria piorar o nível da ética profissional dos arquitectos quanto ao resto que dizes, tens razão em quase td..

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kwhyl, nem me vou ofender pela troca do nome, que deve ter sido lapso... Imagino que também sejas arquitecto, portanto isso faz de nós colegas de profissão. Deviamo-nos unir e reinvidicar as nossas competências e não olharmos de soslaio e com desconfiança para o nosso vizinho. Se eu quisesse tachos e não tivesse ética, não teria escolhido arquitectura e isso parece-me óbvio! Dava-me menos trabalho ser desenhadora ou então ter tirado uma engenharia qualquer com a vantagem de neste caso poder fazer arquitectura e ainda poder emitir certificados de qualidade energética dos edificios. Cada macaco no seu galho! Eu não estou a tirar direitos a ninguém e como tal acho legítimo querer que não mos tirem também a mim. Isto personalizando, mas acredito que uns mais, outros menos, todos nós arquitectos sofremos com isto.

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joagin, agora sim, lapso, claro por acaso ainda estou a acabar o curso, não sendo por isso menos "arquitecto" que tu pois já tive a minha dose de projectação em ateliers e conheço bem demais a realidade da ética ou falta dela e o patobravismo instalado está muito perto da realidade onde vivo quando digo o que disse, é porque conheço bem a realidade, não estava obviamente a falar de ti,porque não te conheço, mas estava a falar das pessoas que conheço, supostamente "a nata da nata" da arquitectura que sei perfeitamente que se lhes fosse possível encostarem-se a certificação energética o fariam sem olhar para trás nestes tempos de crise. nesse sentido, agrada-me a ideia de que antes de um gajo se encostar tem de tentar ganhar a vida doutra maneira. e sim, a certificação energética, nos moldes em que esta preparada é um encosto bestial

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claro que é um encosto, mas voltando ao inicio do topico e ao que o Fernando aponta, se o estado português fosse um estado de direito, uma meritocracia, 1º possivelmente nem haveria esta necessidade da certificação energética dos edificios porque se os edificios fossem concebidos por profissionais competentes e com zelo, seguramente que cumpririam os requesitos ambentais que agora estão sobre as luzes da ribalta, mas antes disto já eram preocupação nossa. Se não nos roubassem o pão n era preciso agora andarmos a ver aonde nos podemos encostar e aonde podemos ir buscar as migalhas! no meu caso especifico, sinto-me duplamente enganada, pois tirarm-me o pão e não me deixam depenicar as migalhas durante uns anos.

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não vamos pensar que se os projectos fossem feitos apenas por arquitectos todos esses edificios seriam energéticamente eficientes. Não vamos ser ingénuos. É um facto que se está a pôr a carroça a frente dos bois, como alguém já disse, mas não se esqueçam que apenas pode ser certificado aquilo que é mensurável e objectivo. Seria, de facto interessante um certificado de qualidade arquitectónica, mas como se mede e classifica isto...? de qualquer modo, percebo e concordo com o Fernando: a resolução do 73/73 sim, é bem mais prioritária. Em relação a esta actividade, actualmente quem pode está cheio de trabalho e a encher a carteira porque são poucos e ainda está tudo por certificar. Mas isto naõ vai durar muito, daqui poucos anos haverá muitos técnicos e pouco património construido por certificar. Apenas o novo em construção ou remodelação.

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...nem haveria esta necessidade da certificação energética dos edificios porque se os edificios fossem concebidos por profissionais competentes e com zelo, seguramente que cumpririam os requesitos ambentais que agora estão sobre as luzes da ribalta...


Ah sim??:D
Não é verdade! A certificação energética é rigorosa e tem critérios de exigencia que mesmo com o facilitismo anterior não era minimamente cumprida por muitos desses ditos "competentes e zelosos profissionais".



Continuo a dizer que são assuntos distintos...tanta gente frustrada, como é natural, mas não vejo ninguem a fazer nada a não ser lamentar e falar para as paredes...Porque não esclarecem estas questões na Ordem? Epa é verdade...mas qual Ordem???:D

...a que supostamente existe para defender os interesses e a dignidade da profissão. perguntem-lhes pelo 73 já agora...
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Soundtracker, sim! a certificação energética é rigorosa e conheco-a bem pois fez parte da minha formação na faculdade! Se lesse os posts anteriores escusava de se precepitar pois eu também referi que a Ordem não permite a Arquitectos com menos de 5 anos de experiência profissional que se qualifiquem como peritos nesta área. Quanto às competências dos arquitectos, não acredito que se possa formar arquitecto algum sem conhecimentos e sensibilidade sobre a relevãncia das suas opções arquitectónicas na qualidade ambiental interior. É óbvio que esse conhecimento sem aplicação do RCCTE não é cientifico, mas ainda assim é bastante suficiente para na generalidade dos casos resultar numa arquitectura com um bom desempenho energético, coisa que os nossos rivais nos licenciamentos camarários (eng., desenhadores, whatever) não possuem, percebeu ou quer um desenho?

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  • 2 weeks later...

"Edifícios com melhor certificação energética terão maior valor no mercado"

Diário de Leiria (DL) - Quais são as mais-valias da nova regulamentação sobre eficiência energética dos edifícios?

Domenico Medori (DM) - Com a certificação energética de edifícios ficamos todos com uma noção de quanto necessitamos de gastar em energia para podermos ter o mínimo de conforto térmico, quer na nossa casa, quer no nosso local de trabalho, caso este seja num edifício de serviços.

Hoje em dia, o cidadão comum tem, normalmente, uma noção da qualidade da construção do imóvel de que é proprietário ou que vai adquirir. A partir de agora há um estudo feito por especialistas nesta área da energia, com intervenção de peritos qualificados, como é o caso da CPU Energia, que quantificam o comportamento energético do imóvel, permitindo assim a sua comparação com outras construções semelhantes.

O proprietário ficará também a conhecer algumas medidas de melhoria que, se aplicadas ao seu imóvel, poderão melhorar o seu desempenho energético e melhorar a classe de eficiência energética atribuída.

Muito em breve, no mercado imobiliário, um imóvel de fraca categoria energética será penalizado comercialmente, à semelhança do que acontece actualmente com os electrodomésticos de baixa classe energética. Os imóveis com bom desempenho energético tenderão a valorizar-se relativamente aos demais.

DL - Há, em contraponto, algum aspecto que esteja menos bem na nova lei?

MM - Desde que este novo pacote legislativo entrou em vigor (meados de 2006 - com aplicação para os edifícios existentes a partir do dia 1 de Janeiro 2009), já vários aspectos identificados na altura com alguma fragilidade, foram revistos e melhorados, o que indicia que em situações futuras o mesmo possa vir a acontecer.

Noutro aspecto, o modelo matemático subjacente à certificação premeia a existência e qualidade de elementos energéticos "activos" (painéis solares, esquentadores, etc.) mas ainda valoriza pouco os elementos "passivos" (isolamento das paredes, coberturas, vidros duplos) que são muito importantes para o bom desempenho energético dos edifícios.

Esta situação, aparentemente estranha, terá uma explicação na dificuldade de obtenção de dados e da impraticabilidade de se verificar ‘in loco’ e com rigor alguns destes elementos "passivos", no caso de edifícios já existentes.

DL - As novas exigências legais vêm agravar a situação do sector da construção, já debilitado com a crise financeira? Ou é uma oportunidade para diferenciar o tipo de construção?

MM - As novas exigências, se por um lado vêm trazer um maior rigor e uma maior exigência na construção, por outro vêm premiar e diferenciar a boa construção. Como referi, os edifícios com melhor certificação energética terão maior valor no mercado.

DL - Qual tem sido a reacção dos construtores às novas imposições legais?

MM - Como estamos perante uma nova realidade, tem havido alguma resistência por parte de quem ainda não reconheceu a mais-valia que a certificação energética vem trazer ao sector da construção e do imobiliário.

As reacções têm sido muito diversas: muitos promotores imobiliários que sempre se preocuparam com a qualidade nas suas edificações reconhecem as mais-valias deste novo sistema. Outros apenas vêem neste processo mais um custo para os seus empreendimentos, não se tendo ainda apercebido da oportunidade de poderem demonstrar a qualidade dos seus imóveis nesta área do comportamento energético, que será cada vez mais importante na vida futura dos edifícios.

DL - Esta certificação energética coloca Portugal na linha da frente destas preocupações?

MM - Ao contrário de outras directivas europeias, neste caso, Portugal foi um dos países pioneiros nesta área, estando no grupo dos cinco países que estão a implementar esta Directiva dentro dos prazos Fixados pela Comissão Europeia (Portugal, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Irlanda).

DL - Qual o motivo e os objectivos da entrada da CPU Energia e Ambiente nesta área da certificação energética?

MM - Desenvolvendo o grupo CPU Consultores as áreas da avaliação imobiliária (de que é líder em Portugal) e de projectos de urbanismo e de arquitectura, há mais de 25 anos, fazia todo o sentido a criação da empresa CPU Energia e Ambiente, dedicada a novas áreas de prestação de serviços, nomeadamente a certificação energética, complementando e enriquecendo a variedade dos serviços que presta, aproveitando, em benefício dos seus clientes, o ‘know-how’ adquirido e as sinergias internas que se geram com este novo sector.

in http://www.diarioleiria.pt/19515.htm

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  • 3 weeks later...

Soundtracker,
sim! a certificação energética é rigorosa e conheco-a bem pois fez parte da minha formação na faculdade! Se lesse os posts anteriores escusava de se precepitar pois eu também referi que a Ordem não permite a Arquitectos com menos de 5 anos de experiência profissional que se qualifiquem como peritos nesta área. Quanto às competências dos arquitectos, não acredito que se possa formar arquitecto algum sem conhecimentos e sensibilidade sobre a relevãncia das suas opções arquitectónicas na qualidade ambiental interior. É óbvio que esse conhecimento sem aplicação do RCCTE não é cientifico, mas ainda assim é bastante suficiente para na generalidade dos casos resultar numa arquitectura com um bom desempenho energético, coisa que os nossos rivais nos licenciamentos camarários (eng., desenhadores, whatever) não possuem, percebeu ou quer um desenho?


Cara colega, quanto aos 5 anos de experiencia profissional para se poder ser perito também os engenheiros necessitam de os ter para também poderem ser peritos, nesse caso estamos em pé de igualdade.
Quanto ao facto de achares que la por na universidade termos uma cadeira ou outra que aborda superficialmente o assunto, eu estou agora a acabar o 4º ano (ou 1 de mestrado segundo bolonha como lhe quiserem chamar) e também tive e tenho essa cadeira e a verdade é que com o que aprendi não me sinto minimamente preparado para responder sobre assuntos energéticos dos edificios. E estão muito enganados os que pensam que o problema não existiria se fossem só arquitectos a projectar, a maioria ainda projecta casas "à souto moura" com muitos envidraçados sem querer saber do conforto térmico porque segundo eles "o ar condicionado serve para alguma coisa"
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Quanto ao facto de achares que la por na universidade termos uma cadeira ou outra que aborda superficialmente o assunto, eu estou agora a acabar o 4º ano (ou 1 de mestrado segundo bolonha como lhe quiserem chamar) e também tive e tenho essa cadeira e a verdade é que com o que aprendi não me sinto minimamente preparado para responder sobre assuntos energéticos dos edificios. E estão muito enganados os que pensam que o problema não existiria se fossem só arquitectos a projectar, a maioria ainda projecta casas "à souto moura" com muitos envidraçados sem querer saber do conforto térmico porque segundo eles "o ar condicionado serve para alguma coisa"


esse fenómeno que refere de projectar "à maneira de " tem um nome - má arquitectura! e acredite q a formação q tive n foi em nada superficial.
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esse fenómeno que refere de projectar "à maneira de " tem um nome - má arquitectura! e acredite q a formação q tive n foi em nada superficial.


é má arquitectura mas também é praticada por arquitectos! Quanto ao certificado energético pelo sei para se ser técnico mesmo os engenheiros têm que se ter uma formação que não é nada fácil, por isso devo então deduzir que o seu curso de arquitectura é ainda mais completo que o de engenharia porque nem o deles lhes permite fazer os certificados energéticos sem a devida formação!
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é possivel q no meu curso realmente tenha tido formação mais especifica q os de engenharia, n me admirava nada, mas no entanto eu n estou a dizer q n é preciso formação e nunca disse isso. é preciso é n confundir formação com avaliação de conhecimentos. seja aonde for q se obtenha essa formação despois há q ser aprovado no exame da adene p poder em pleno exercer a função de perito qualificado. aonde ponho muitas ressalvas é nessa exigência das ordens, quer dos arquitectos, quer dos engenheiros, em exigir 5 anos de pratica profissional p se puderem inscrever p exame! n concordo com este requesito, nem vejo justificação p tal

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é possivel q no meu curso realmente tenha tido formação mais especifica q os de engenharia, n me admirava nada, mas no entanto eu n estou a dizer q n é preciso formação e nunca disse isso. é preciso é n confundir formação com avaliação de conhecimentos. seja aonde for q se obtenha essa formação despois há q ser aprovado no exame da adene p poder em pleno exercer a função de perito qualificado. aonde ponho muitas ressalvas é nessa exigência das ordens, quer dos arquitectos, quer dos engenheiros, em exigir 5 anos de pratica profissional p se puderem inscrever p exame! n concordo com este requesito, nem vejo justificação p tal


quanto a isso também desconheço as razões mas deve ser pelo mesmo motivo que so se pode tirar um doutoramento depois de X anos de experiencia... digo eu...
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n é preciso anos nenhuns de experiência p tirar o doutoramento! e até se pode fazer directamente logo a seguir aos 5 anos da antiga licenciatura, sem passar pelo mestrado antigo, desde que se terminasse com média igual ou superior a 16... isto em portugal. em contrapartida p vários paises estrangeiros n é preciso esta nota, basta cartas de recomendação. agora com bolonha, n sei ao certo, mas deve-se manter os mesmos critérios parece-me um abuso por parte das ordens profissionais este controle sobre as opcções profissionais dos seus membros efectivos q já fizeram prova das suas aptidões. n me parece muito constitucional... é q, convenhamos, uma coisa é exigirem os 5 anos de experiencia p os profissionais puderem tutorizar estagios, q acho bem, mas outra bem diferente é esta de vedarem acesso a uma especialização dentro da prórpia área profissional

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E impedir uma pessoa de exercer a profissão resultante do curso aprovado pelo estado que tirou é constitucional? tambem não me parece


Estás a referir-te àqueles cursos, tipo, "Arquitectura da Moda", e outros do género, que dão licenciatura mas não são reconhecidos pela Ordem?
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Estava a referir-me na generalidade aos cursos de todas as areas que o estado reconhece mas que depois as ordens ( oa, oe, etc) so reconhecem os de algumas universidades apesar de muitas vezes o programa ser o mesmo e alguns professores tambem os mesmos

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