mario_17 Posted April 12, 2007 Report Posted April 12, 2007 O Conceito Na procura de uma resposta pertinente e coesa de intervenção urbana para um ambiente arquitectónico deteriorado por vários exemplos daquela que é vulgarmente apelidada “má arquitectura” de que era palco o local de intervenção, (Av. da Anil - Covilhã) procurei reflectir sobre qual o tipo de arquitectura que pudesse atenuar a catástrofe arquitectónica em causa. Teria de ser algo com um impacto visual de tal forma forte que captasse a atenção dos transeundos, do cidadão em geral, desviando-a do restante. Porém uma imagem visual não iria fazer o público permanecesse e criasse “laços” com o local, e como sempre tive presente que o principal objectivo possibilitar através do projecto contornar o problema de “desertificação” ao longo de vários períodos do dia,dado que se trata de uma zona meramente habitacional, constatei facilmente que uma procura meramente formal estava desde o inicio por mim posta de parte, pois não penso que um projecto possa partir de uma forma aleatória de que se gosta, mas sim de uma intenção vincada que responda a questões especificas. Comecei por imaginar um espaço propício à interacção entre os seres humanos, de circulação informal, mas organizada no que respeita à tipologia dos serviços, este espaço situar-se-ia no centro de uma praça constituida por um plano horizontal, seria um espaço que não limitasse o utilizador do edifício a um espaço fechado, mas que o protegesse, abrigando-o e libertando-o ao mesmo tempo. As relações do terreno com o espaço de intervenção são divergentes no que respeita á altimetria das cotas, assim tornava-se necessário captar o público para a edificação, esse objectivo foi conseguido graças a vários túneis localizados nas ruas circundantes que desaguam no núcleo do edificio. Assim possibilitaria um uso frequente por parte da população pois seria totalmente transitável, devolvendo espaço ao cidadão. A forma do edificio surge como referi de uma necessidade de cativar os cidadãos para uma zona esquecida no que respeita ao ócio, bem como de uma procura de interação multipla entre todos os elementos que têm relação com a edificação. Este é composto por várias formas monóliticas de grandes dimensões que intersectam e suportam uma caixa de vidro de dimensões bastante grandes e formas fluidas constituindo o primeiro piso. Os pilares, de formas orgânicas e dinâmicas foram conseguidos através do estudo de percursos, rotas, trilhos que possam ser feitos pelos utilizadores do espaço. A forma original dos volumes seria rectilínea, chegando ao estado proposto devido ao desgaste causado pela fricção causadada pela velocidade, bem como pelos infinitos percursos possiveis dentro do conjunto. Este espaço terá apenas uma barreira fisica superior, porém bastante permeável á luz em pontos estratégicos, não existindo paredes delimitadoras do polígno de implantação ao nível do rés do chão. Os espaços de serviços situam-se dentro destes monolítos e estam agrupados e distiguidos entre si através de jogos de luz. Todas as abertura nestes volumes, com escepção das comunicações verticais (por motivos evidentes) serão voltadas para a circulação mais centrada do edificio, privando, leia-se protegendo, o público da envolvente pelicular. O piso superior será “envolvido” por uma capa translúcida, sobretudo por razões de segurança, não tendo qualquer pretenção de criar uma barreira visual, uma vez que os serviços se vão desenvolver dentro dos monólitos que como também ja disse, se prolongam verticalmente, intersectando a laje divisória dos pisos, porém, e graças ao aspecto translúcido do material usado no invólucro, poderá manter-se a leitura de continuidade de todo o edificio. Comentem sff.. Quote
thelastgropius Posted November 16, 2008 Report Posted November 16, 2008 Parece me bastante intressante, pena nao se conseguir ver todo o projecto. Mas parece me bem resolvido. Abraço Quote
ricardo Posted November 17, 2008 Report Posted November 17, 2008 " constatei facilmente que uma procura meramente formal estava desde o inicio por mim posta de parte, pois não penso que um projecto possa partir de uma forma aleatória de que se gosta, mas sim de uma intenção vincada que responda a questões especificas." na minha opiniao o discurso nao bate certo com o que apresentas. A envolvente segundo dizes´não tem qualidade, no entanto nem uma foto da envolvente aparece. Na planta nem os edificios aparecem, por isso não se percebe como a tua proposta pode melhorar o espaço envolvente, e os tais estudos para chegar á forma. Não é por fechares os olhos ou desviares o olhar que ele se torna melhor. Até nos desenhos tecnicos se percebe que o que querias era fazer um edificio igual ao da Zaha Hadid. Se a envolvente não presta poquê que crias uma praça? Quote
asimplemind Posted November 18, 2008 Report Posted November 18, 2008 para que servem aqueles riscos todos à volta dos volumes? Quote
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