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HABITAÇÃO MÍNIMA (em Portugal?)


Há necessidade de redefinição das tipologias habitacionais actuais em Portugal?  

18 members have voted

  1. 1. Há necessidade de redefinição das tipologias habitacionais actuais em Portugal?

    • A tipologia do T3 ocupa mais de 70% da habitação em Portugal. Deve manter-se essa opção.
      1
    • Soluções mais rentáveis, com 30-50m2 seriam uma boa solução.
      12
    • Não há procura em Portugal para a adaptação da oferta mobiliária para tipologias com áreas mínimas.
      5


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argos, tenho pensado no seguinte, em 3 belissimas vantagens do nosso atrasado portuguesismo. é certo que em Portugal não temos, nem teremos uma vida urbana como eu e tu gostaríamos porque 50 anos de ditadura da mente e ditadura da evolução construíram um país individualizado nas suas belíssimas casas grandes, com jardim que substitui o jardim ou a praça publica, com plasma gigante que substitui o cinema e o teatro e uma nespresso acompanhada de internet que substitui o fantástico café com jornal. ora. 1.não sei onde vives em Londres, mas acredito que num minúsculo e caro apartamento com pouca vista e pouco sol, enquanto eu no porto vivo num 5 piso com duas fachadas panorâmicas sobre os telhados do sec XVIII, generoso em áreas e em preço 2.apesar na ineficaz vida urbana há ainda alguma escolha, escolha essa que posso percorrer de carro, a meu bel prazer, com inúmeras hipóteses de estacionamento e possibilidade de rapidez de deslocação entre espaços, enquanto tu, refém dos óptimos transportes públicos perdes a liberdade de fazer uma promenade architectural no teu carro a ouvir a tua musica, pelos becos mais recondidos 3. na minha curta hora do almoço, no meu Portugal, consigo ter um luxo diário capaz de ser apenas desenvolvido com sorte uma vez por mês, ao jantar por um qualquer cidadão da Europa evoluída. almoçar uma refeição completa, sentado, numa esplanada de restaurante pela módica quantia de 5 euros a pergunta que te faço, é se estas 3 aparentes vantagens não serão reflexo duma qualidade de vida perdida pelas cidades da Europa evoluída? que obviamente, não vale a pena ressalvar o quanto ganhas...

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por acaso vivo a 15 minutos do British Museum, durante um ano caminhei meia hora para o meu local de trabalho, vivo sim, num minusculo apartamento T1 (com cerca de 33 m2), vivo no 2º andar (na verdade, dificilmente viveras em Londres acima do sexto), e posso dizer, que me faz uma confusa imensa dormir a noite, porque o silencio e tal que no inverno me chega a lembrar algumas noites qu passei no alentejo, nao tenho automovel, e mesmo se tivesse estaria reservado para viagens para fora da cidade. mas esta nao e a questao, nao estou a tentar comparar Londres com qualquer cidade Portuguesa, ate porque em londres, pouco se vera aquilo a que que se possa chamar de centro historico, em lado nenhum se encontrara urbanidade com 800 anos. o que eu quero apontar e que a dependencia do automovel em Portugal e deveras grande, mesmo dentro das grandes cidades, a nao ser que se viva no nucleo (leia-se concelho) e muito dificil levar uma vida sem automovel, quanto a promenade arquitectural, bem, nao fazes ideia do que descobres a ver os itios a pe ou de bicicleta, na verdade acho mesmo que a bicicleta e a velocidade perfeita para descobrir uma cidade. os almoços, bem, no sitio onde trabalhava no soho, havia um restaurante france a fazer 2 courses lunch for 7.99, claro que se fosses para o vinho, la ias para os 25 pounds por pessoa, mas sim, tenho saudades de comer em Portugal, mas aprendi tambem que em portugal se pensa muito com o estomago.

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  • 4 weeks later...

Entenda-se a Habitação, não enquanto “a casa” ou “o lar”, mas como espaço criado na sua generalidade para Habitar. Trata-se, acima de tudo, da conceptualização possível do Acto de Habitar Contemporâneo, associado a áreas mínimas e temáticas cuja actualidade é indiscutível. Em causa está a defesa de uma tipologia, onde ao público em geral, com pouco acesso e conhecimento das reposnsabilidades e trabalho de um arquitecto, parece ser necessário apresentar possíveis aplicações práticas na actualidade. No entanto, a ideia de Habitação mínima não se pode limitar a esse conceito. É necessário procurar a viabilidade da Habitação mínima, entendida como ponto de partida para novas respostas na habitação contemporânea, projectada por arquitectos, acessível ao utilizador comum e enquanto espaço de apropriação que responda às necessidades de uma cultura doméstica contemporânea. Tendo em conta a actual condição da sociedade, numa época de transformações politicas, culturais e sociais, rodeada por uma crise mundial, em que classificações e conceitos na cultura urbana se encontram desvanecidos, prevê-se a apropriação do espaço do habitar por uma cultura doméstica contemporânea, sob a crença de que a Habitação mínima será capaz de responder a uma procura crescente de apartamentos económicos. Surge a necessidade de juntar todos estes factores, na tentativa de aprendizagem e entendimento de possíveis reflexos e influências que possam inspirar novas interpretações do Habitar Contemporâneo. Óbvio que quando nos referimos a Habitação mínima, esta teria de surgir juntamente com outras tipologias, que dessem respostas às necessidades habituais de habitação, mas cumprindo, entre outros, os mesmos requisitos económicos. E, ao contrário do que se possa pensar, é numa altura é que muitos jovens, casais sem filhos e mesmo idosos se parecem indignar com a falta de oferta na habitação e mesmo de apoios para a adquirirem, que essa mesma casa dita económica pode surgir enquanto solução temporária, de transição. Se existe fragilidade nos empregos, mas a vontade de deixar a casa dos pais é mais do isso mesmo, uma vontade e passa a necessidade, porquê seguir o mesmo caminho de endividamento para uma vida inteira? E como alguém referia nos tópicos anteriores, de em Portugal se estar habituado a viver em áreas grandes e se dever continuar a fazê-lo... a história não o parece confirmar, desde as construções pelo SAAL aos típicos bairros de pescadores na costa portuguesa, entre muitos outros exemplos. De referir que a população não parou no tempo: os modos de vida mudaram, já poucos tÊm a mesma vida que os papás tinham nessas casas "grandes" (esses mesmos papás passaram por outros tempos, em que trabalharam e muito para atingir esse nível, tendo começado bem por baixo..) Isso é Portugal!!!

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