Dreamer Posted April 10, 2007 Report Posted April 10, 2007 Hugo Silva</B> __________________________ Eduardo Souto Moura, responsável pela arquitectura da primeira fase da rede de metro do Porto, considera que a empreitada é "exemplar para Portugal" e defende a construção da linha da Boavista na segunda fase, criticando as vozes que se têm levantado contra aquele projecto. Na hora de fazer o balanço de 13 anos de trabalho para a Metro do Porto, o arquitecto preferiu abordar o futuro. Na inauguração da exposição "Infraestruturas Urbanas - Metro do Porto 19994/2005", organizada pela secção Norte da Ordem dos Arquitectos, Souto Moura fez um balanço positivo do trabalho feito, assinalando que, ao contrário de outras obras, "que custam muito mais e demoram o dobro do tempo do previsto", no caso da rede de metropolitano do Porto os limites financeiros e temporais foram cumpridos. O arquitecto falava na conferência que antecedeu a cerimónia de inauguração. Mas não perdeu muito tempo com as memórias. Preferiu lançar a discussão do que ainda está por fazer. Nesse contexto, exemplificou com o caso da polémica em torno da Linha da Boavista, cuja execução defendeu. "Dizem que a linha servirá apenas os ricos que moram na Avenida da Boavista. Mas isso não é verdade. Até porque o metro tem é de vir cheio de Matosinhos, onde há 60 mil pessoas", concretizou o arquitecto. "A Linha da Boavista é uma alternativa em que se podem fazer poucas estações, porque o que interessa é pôr o metro a andar depressa e a transportar as pessoas de Matosinhos para o centro do Porto", pormenorizou Souto Moura, lembrando, ainda, a importância daquela extensão para resolver o estrangulamento da rede na Senhora da Hora. "Quando comecei a trabalhar no Metro do Porto, há 13 ou 14 anos, a linha da Boavista era a espinha do projecto", acrescentou Souto Moura, que convidou para a mesa da conferência Oliveira Marques, presidente da Comissão Executiva da Empresa do Metro, e João Monteiro, responsável da Normetro (construtor). Ambos os oradores convidados sublinharam a importância da Arquitectura no desenvolvimento da empreitada. Quando a conversa versou a renovação urbana de que foram alvo várias áreas dos concelhos por onde passa o metro, Oliveira Marques reiterou que esses trabalhos só representam 17% dos custo total. "Seria impossível construir um metro de superfície sem estas obras de compatibilização urbana, tendo em conta, até, a segurança. Pôr isto em causa, hoje, já não é sinal de falta de informação ou de falta de debate, é sinal de estupidez", considerou. Terminada a conferência, seguiu-se a inauguração da exposição, que ocupa uma das salas da Alfândega do Porto. A mostra está dividida em três módulos. O primeiro aborda a renovação urbana operada no âmbito da construção do metro. O segundo diz respeito à complexidade construtiva ligada aos trabalhos subterrâneos. O terceiro pormenoriza os projectos de algumas estações. No topo dos módulos, três ecrãs vão passando imagens associadas à empreitada. A mostra pode ser vista até ao próximo dia 29. De segunda a sexta, das 10 horas ao meio-dia e das 14 às 18 horas; aos sábados e domingos, das 15 às 19 horas. Link:http://jn.sapo.pt/2007/04/10/porto/souto_moura_defende_linha_boavista.html Quote Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...
Recommended Posts
Join the conversation
You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.