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Foi ontem consignada a empreitada para a realização de obras de recuperação da Cava do Viriato. Esta fortificação defensiva, situada em Viseu, vai ser recuperada no âmbito do Programa Polis da cidade. As obras estão orçadas em dois milhões de euros.

A Cava de Viriato, uma fortificação defensiva situada em Viseu, em forma de octógono com dois mil metros de perímetro, vai começar a ser recuperada, no âmbito do programa Polis.
A empreitada, orçada em dois milhões de euros, foi ontem consignada, devendo as obras de recuperação e arranjo paisagístico de parte deste monumento nacional estar acabadas no prazo de nove meses. O representante da autarquia na sociedade Viseu Polis, Américo Nunes, realçou que esta fortificação defensiva - constituída por um talude de 15 metros de altura e um fosso externo - é “algo sui generis na Península Ibérica”. Contou que existe “um monumento parecido no Iraque”, em Samarra, e lembrou que, até hoje, se mantém a dúvida se a Cava de Viriato tem mesmo origem romana (século I antes de Cristo) ou se esta será árabe (século XI depois de Cristo). “Os próximos tempos vão ser interessantes. Vai haver um trabalho de pesquisa arqueológica que vai complementar o que em tempos fizemos”, afirmou Américo Nunes.
A Cava de Viriato é monumento nacional desde 1910 e está definida no Plano Director Municipal como espaço cultural. A intervenção vai incidir nas ruas dos Plátanos, do Coval e do Picadeiro (zonas do interior do octógono onde existem habitações), onde serão enterradas as infra-estruturas de abastecimento de água, luz e telefone e feitos pavimentos com acabamento em granito. Haverá uma praça entre a Rua do Picadeiro e o Coval que servirá de entrada para a Cava do Viriato, onde ficarão equipamentos de apoio. A empreitada compreende ainda a recuperação de algumas zonas do talude. “É um projecto de requalificação que fica aquém do que pretendíamos”, devido aos cortes orçamentais, lamentou Américo Nunes, mostrando-se, no entanto, convicto de que, no futuro, será requalificada toda a área da Cava. O mesmo lamento foi deixado pelo presidente da autarquia, Fernando Ruas, lembrando que inicialmente estava prevista a criação de um centro de interpretação em articulação com o Ministério da Cultura e outros equipamentos ligados ao Ambiente e ao Desporto, que foram abandonados. O autarca social-democrata lembrou que a Cava de Viriato “durante anos nunca teve qualquer intervenção” e que “foi um monumento ignorado durante muito tempo”, considerando fundamental dotá-la de condições para atrair a Viseu quem se interessa por turismo cultural.


in: http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=1a12f743d8c861e47769de0bb2b17221

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