Jump to content

Recommended Posts

Posted

Intervenções na Cidade - Antiga Fábrica de Gás da Matinha – Lisboagás
Sofia Brogueira Henriques

http://img525.imageshack.us/img525/2113/ic009gas11401b44es8.jpg

http://img525.imageshack.us/img525/7169/ic009gas21408548ps3.jpg


A proposta:

TRANSPARÊNCIA – UMA QUALIDADE A PRESERVAR
As estruturas dos gasómetros – esbeltas e delicadas, hoje “volumes sem massa” – são construções excepcionais, desmaterializadas e incompletas. O olhar atravessa as estruturas e tem como plano de fundo o Céu e o Rio. As malhas estruturais finas dos gasómetros sobrepõem-se e surgem com maior clareza contra um fundo de cor sem forma definida.

Torna-se então importante garantir que o espaço à volta dos gasómetros permaneça livre, para que esta capacidade de “serem atravessáveis pelo olhar” não desapareça.

Propõe-se então a construção dos vários equipamentos apenas ao nível do piso térreo e nos limites do terreno, constituídos de uma matéria sólida e opaca, distinguindo-se das estruturas esbeltas dos gasómetros.

SUSTENTABILIDADE – USOS E ACESSIBILIDADES
Pela sua dimensão e escala, os gasómetros tornam-se uma referência no imaginário colectivo e são parte da identidade da cidade.

Hoje à margem da vida da cidade, torna-se imperativo resgatar este espaço para a cidade e, acima de tudo, dar-lhe um uso colectivo, público e social, que possa pôr em evidência o passado industrial ligado, outrora, à sustentabilidade da cidade.

PADRÕES DE USO SUSTENTÁVEL DO TERRITÓRIO
Pretende-se então que este território dê resposta à carência de equipamentos públicos existente na envolvente próxima, que se está a tornar cada vez mais de carácter residencial.

Apesar de encontrarmos no Parque Expo uma enorme concentração de equipamentos de excepção, a falta de equipamentos públicos de uso quotidiano é prova do “incompleto”/”mau” funcionamento interno desta parte da cidade.

Assim, a proposta prevê para esta área um espaço de carácter colectivo que possa ser suportado e suporte de uma envolvente sobretudo habitacional tornando-se parte de um sistema urbano articulado.

PROGRAMA:
USO EFÉMERO — GASÓMETROS que funcionariam como suporte de usos efémeros de excepção: concertos, exposições, teatros, espectáculos, desfile, palestras, (etc.) e permanentemente como Miratejo.

USO PERMANENTE — MURO que alberga as actividades de uso quotidiano: ginásio/balneários, creche/brincatório, centro-dia/centro de convívio, alguns espaços para ateliers, cursos, conferências e equipamento de apoio (wc, arrumos), zonas administrativas e estacionamento.


O que disse o júri:
Pela apropriação do espaço da antiga Fábrica de Gás da “Matinha”, espaço que, de facto, parece carecer de intervenção, pelo modo como requalifica e potencia as suas formas industriais, pelo seu programa de carácter social e modo como propõe compatibilizar actividades de carácter efémero, pela qualidade das imagens que comunicam a proposta.


Contributo para uma reflexão:
Uma grande estrutura industrial apropriada para um uso lúdico é a provocação lançada por Sofia Brogueira Henriques. Tornar um espaço hostil à escala humana em palco para encontros improváveis, abertos a uma vivência que lhe julgaríamos impossível. A proposta fica também como pergunta: pode a cidade regenerar-se partindo de não-lugares pré-existentes, dando lugar a outras formas de existência urbana mais plena de vida?


Fonte:
Blog _ Trienal de Lisboa

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.