3CPO Posted May 15, 2007 Report Posted May 15, 2007 Intervenções na Cidade - Antiga Fábrica de Gás da Matinha – Lisboagás Sofia Brogueira Henriqueshttp://img525.imageshack.us/img525/2113/ic009gas11401b44es8.jpghttp://img525.imageshack.us/img525/7169/ic009gas21408548ps3.jpgA proposta:TRANSPARÊNCIA – UMA QUALIDADE A PRESERVAR As estruturas dos gasómetros – esbeltas e delicadas, hoje “volumes sem massa” – são construções excepcionais, desmaterializadas e incompletas. O olhar atravessa as estruturas e tem como plano de fundo o Céu e o Rio. As malhas estruturais finas dos gasómetros sobrepõem-se e surgem com maior clareza contra um fundo de cor sem forma definida. Torna-se então importante garantir que o espaço à volta dos gasómetros permaneça livre, para que esta capacidade de “serem atravessáveis pelo olhar” não desapareça. Propõe-se então a construção dos vários equipamentos apenas ao nível do piso térreo e nos limites do terreno, constituídos de uma matéria sólida e opaca, distinguindo-se das estruturas esbeltas dos gasómetros.SUSTENTABILIDADE – USOS E ACESSIBILIDADES Pela sua dimensão e escala, os gasómetros tornam-se uma referência no imaginário colectivo e são parte da identidade da cidade. Hoje à margem da vida da cidade, torna-se imperativo resgatar este espaço para a cidade e, acima de tudo, dar-lhe um uso colectivo, público e social, que possa pôr em evidência o passado industrial ligado, outrora, à sustentabilidade da cidade.PADRÕES DE USO SUSTENTÁVEL DO TERRITÓRIO Pretende-se então que este território dê resposta à carência de equipamentos públicos existente na envolvente próxima, que se está a tornar cada vez mais de carácter residencial. Apesar de encontrarmos no Parque Expo uma enorme concentração de equipamentos de excepção, a falta de equipamentos públicos de uso quotidiano é prova do “incompleto”/”mau” funcionamento interno desta parte da cidade. Assim, a proposta prevê para esta área um espaço de carácter colectivo que possa ser suportado e suporte de uma envolvente sobretudo habitacional tornando-se parte de um sistema urbano articulado.PROGRAMA: USO EFÉMERO — GASÓMETROS que funcionariam como suporte de usos efémeros de excepção: concertos, exposições, teatros, espectáculos, desfile, palestras, (etc.) e permanentemente como Miratejo. USO PERMANENTE — MURO que alberga as actividades de uso quotidiano: ginásio/balneários, creche/brincatório, centro-dia/centro de convívio, alguns espaços para ateliers, cursos, conferências e equipamento de apoio (wc, arrumos), zonas administrativas e estacionamento.O que disse o júri: Pela apropriação do espaço da antiga Fábrica de Gás da “Matinha”, espaço que, de facto, parece carecer de intervenção, pelo modo como requalifica e potencia as suas formas industriais, pelo seu programa de carácter social e modo como propõe compatibilizar actividades de carácter efémero, pela qualidade das imagens que comunicam a proposta. Contributo para uma reflexão: Uma grande estrutura industrial apropriada para um uso lúdico é a provocação lançada por Sofia Brogueira Henriques. Tornar um espaço hostil à escala humana em palco para encontros improváveis, abertos a uma vivência que lhe julgaríamos impossível. A proposta fica também como pergunta: pode a cidade regenerar-se partindo de não-lugares pré-existentes, dando lugar a outras formas de existência urbana mais plena de vida? Fonte:Blog _ Trienal de Lisboa Quote
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