A normalização da altura a que se deve cortar uma planta é desnecessária e contra-producente. Um desenho técnico, tal como qualquer outro desenho é uma representação e deve ser moldado e adequado de modo a conter o máximo de informação e de maneira que esta seja lida da forma mais clara possível.
O que é fundamental é perceber de que maneira se pode representar aquilo que projectámos. A representação em planta tem muitas limitações e é óbvio que se deve previligiar a informação que só se consegue perceber em planta. Distâncias e ângulos entre paredes, eixos ou alinhamentos, localizações de portas, janelas e escadas, armários, etc...
Quanto mais se escrever nas plantas mais baralhado vai ficar o empreiteiro. A informação deve ser sucinta.
Há situações em que a representação de elementos arquitectónicos em planta é muito difícil, por exemplo quando duas janelas se sobrepõem. Nestes casos não me parece producente desenhar muitas plantas e é por isso se desenham alçados, cortes, cortes construtivos, mapas de vãos e pormenores.
Se as representações forem simples, qualquer empreiteiro sem grande formação as consegue perceber. E se não conseguir lá estará o arquitecto para prestar esclarecimentos técnicos à obra.
Há, inclusivamente, a possibilidade de usar maquetas e modelos virtuais. Que em tipos de arquitectura mais complexos é mesmo indispensável.
O que é importante é que esteja tudo claramente representado e sem incoerências, porque se não estiver até problemas legais podemos vir a ter.