Passando a ironia, o que diz só demonstra uma enorme ignorância sobre a relação entre arquitectos camarários e arquitectos projectistas. Já conheci técnicos camarários extremamente competentes que tudo tentam para resolver os problemas levantados pelos processos que analisam e outros que nem deviam ser autorizados a chegar-se ao pé de um processo. Também já conheci arquitectos projectistas que nem deviam estar inscritos na Ordem, tal é o grau de irresponsabilidade e incúria e que, sim, tentam enganar as Câmaras informando mal processos ou arranjando expedientes manhosos para não se detectarem os incumprimentos à lei, e outros que em cada projecto tentam respeitar as regras com bons projectos e um cuidado extremo em tudo o que apresentam.
E digo isto sendo eu projectista.
Cuidado com as generalizações....
Quanto ao termo de responsabilidade, deixe-me só dar-lhe um exemplo: um arquitecto entrega com uma comunicação prévia para umas obras simples num apartamento os termos de responsabilidade de autor e coordenador . Em fase de obra decide o arquitecto fazer alterações que deviam estar sujeitas a licenciamento, como alterações na estrutura, só que estas não estão bem acondicionadas e levam a que haja problemas nos pisos adjacentes.
O que acontece? Obra embargada e processo de contra-ordenação (ou queixa-crime, dependendo da gravidade do problema), com possibilidade de processo na Ordem.
É precisamente para estas situações que existem termos de responsabilidade, para responsabilizar o arquitecto perante a entidade licenciadora que se compromete a fazer o projecto entregue.
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