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Brasilia | Praça da Soberania | Oscar Niemeyer


JVS

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Nao tenho imagens nem desenhos sobre esta obra. Publico-a por um motivo:
Foi rejeitada por Brasilia. O que a torna unica por si mesma.



Brasília rejeita obra de Niemeyer

PAULA LOBO

Arquitectura. Monumento gerou forte polémica

Projecto poderá ser convertido em carro do Carnaval de 2010

Um obelisco inclinado com 100 metros de altura e um edifício em forma de meia-lua para memorial aos ex- -presidentes da república do Brasil. A ideia de Oscar Niemeyer era homenagear a cidade que ajudou a construir com o urbanista Lúcio Costa, mas Brasília não gostou. A polémica alimentou jornais e blogues, deu azo a inquéritos e esclarecimentos, e só terminou com a publicação de uma carta do arquitecto a suspender "provisoriamente" o monumento. Entretanto, Niemeyer associou-se a uma conhecida figura do Carnaval carioca para transformar o projecto num carro alegórico que deverá desfilar no Rio, em 2010.

Segundo a imprensa brasileira, o projecto da Praça da Soberania - apresentado no passado mês de Janeiro por Oscar Niemeyer, de 101 anos - foi criado para responder a quatro desafios: arranjar estacionamento no centro da cidade (a obra contemplava parque subterrâneo para três mil automóveis), concretizar o desejo do presidente Lula da Silva de construir o Memorial dos Presidentes, atender ao pedido do governador do Distrito Federal para edificar um monumento ao cinquentenário de Brasília e resolver o problema da falta de zonas de lazer na famosa Esplanada dos Ministérios.

Niemeyer, autor dos edifícios mais icónicos da capital brasileira, elegeu como local de implantação da praça o eixo entre o Teatro Nacional e o Museu da República. E, de início, o arquitecto contou logo com o apoio do governador José Roberto Arruda. Mas as críticas não se fizeram esperar, nomeadamente por parte de urbanistas e arquitectos.

Como aquela zona de Brasília é classificada, está proibida a construção. Além do mais, argumentaram os críticos, a volumetria do memorial (onde seria instalada uma exposição permanente) não só bloqueava a visão dos edifícios circundantes mas também violaria as regras de urbanismo relativas ao espaço entre prédios.

Sylvia Fischer, da Universidade de Brasília, foi uma das vozes a defender que Niemeyer estava a prejudicar o seu próprio trabalho. Num inquérito promovido pelo jornal Correio Braziliense, 70% dos 4000 habi- tantes da cidade que responderam disseram não ao projecto. O IPHAN (instituto do património) também foi desfavorável. E o governador Arruda acabou por vir a público dizer que não havia tempo nem dinheiro.

Há dias, o arquitecto e o "carnavalesco" Joãosinho Trinta encontraram-se para debater uma parceria ousada: Niemeyer transformava o obelisco num carro alegórico e Joãosinho negociava com a escola Beija- -Flor um enredo de homenagem aos 50 anos de Brasília. A ideia, avança o Correio Braziliense, é convidar Lula e os ex-presidentes brasileiros ainda vivos para desfilar no Sambódromo (outra obra de Niemeyer), no Carnaval do Rio de Janeiro em 2010.

in http://dn.sapo.pt/2009/02/19/artes/brasilia_rejeita_obra_niemeyer.html

http-~~-//revistamdc.files.wordpress.com/2009/01/praca-da-soberania.jpg

Notícias
5/Fevereiro/2009
Niemeyer desiste de praça e envia projeto para arquivo
Arquiteto diz que intervenção no Plano Piloto de Brasília está ''provisoriamente'' suspensa

O arquiteto Oscar Niemeyer desistiu da construção de uma praça projetada por ele na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Apesar de o projeto ter provocado a reação negativa de muitos brasilienses e levado o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) a invocar o tombamento do Plano Piloto, o arquiteto vinha insistindo no empreendimento. Mudou de ideia e ontem anunciou que desistiu "provisoriamente" do projeto. Ele manifestou a decisão em um artigo publicado no jornal Correio Braziliense.

O Ministério Público Federal também havia entrado na polêmica, garantindo que pediria o embargo da obra se o projeto contrariasse o decreto de tombamento que proíbe edificações na Esplanada.

No artigo, Niemeyer admite que, aos 101 anos, estava envolvido "com entusiasmo" no debate dos últimos dias, mas foi desestimulado pelas notícias sobre as dificuldades financeiras do governo do Distrito Federal para tirar o plano do papel. Diante disso, ele diz ter se reunido com seus "companheiros de Brasília" e decidido enviar os desenhos para seu arquivo. "O único pensamento que nos ocorria era, compreensivos, agradecer o apoio que o governador, com inegável interesse, nos dera e pôr de lado - provisoriamente - a ideia que muito nos entusiasmara", escreveu, enviando o projeto para seu arquivo.

"Há esperança, quem sabe, de um dia a sua realização tornar a ser cogitada", afirmou, depois de admitir já ter imaginado ver a praça construída. No artigo, Niemeyer agradece o apoio recebido de vários amigos dispostos a defender seu plano de construir o Memorial dos Presidentes com um obelisco e um estacionamento para 3 mil automóveis, mas registra que, embora lamente magoá-los, sente "certo alívio em pôr um ponto final a essa celeuma".
O arquiteto ainda informa que, mais tranquilo, retomará agora a leitura do mais novo livro do amigo José Saramago e as aulas domiciliares de cosmologia e filosofia. "O que mais importa não são as tarefas que às vezes com sucesso realizamos, mas sim a luta por um mundo mais justo e solidário", concluiu o comunista.

Niemeyer foi procurado pelo Estado, mas os funcionários do seu escritório informaram que ele não estava e não quer mais falar no assunto.
Fonte: O Estado de S. Paulo

in http://www.asbea.org.br/

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