Jump to content
Arquitectura.pt


Parabéns Oscar :)


R-L

Recommended Posts

  • 5 months later...
Jornal da Madeira - ‎18 horas atrás‎

O arquitecto Oscar Niemeyer, de 101 anos, deu ontem entrada de emergência no hospital no Rio de Janeiro por volta das 15:00 (19:00 em Portugal) queixando-se de dores lombares. Segundo o hospital, o arquitecto foi avaliado pela equipa médica tendo realizado vários exames, entre eles uma tomografia. Az dores lombares indicavam apenas uma distensão muscular e Niemeyer foi autorizado a regressar a casa no final da tarde de ontem.
De acordo com informações dos seus familiares sentiu dores na coluna nos últimos dias e só ontem foi convencido a ir ao hospital.

in http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=4&id=125947&sdata=2009-06-12
Link to comment
Share on other sites

  • 4 months later...

Óscar Niemeyer em recuperação nos cuidados intensivos

Nome influente da Arquitectura Moderna Internacional tem obra na Madeira

O arquitecto brasileiro Óscar Niemeyer, de 101 anos de idade, está em recuperação na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, após ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, citada pela agência Estado, a recuperação do arquitecto prossegue dentro do esperado.

Niemeyer foi submetido a uma operação de três horas, na tarde da passada quarta-feira, para retirar um tumor no cólon.

O problema foi detectado após uma primeira intervenção, no último dia 24, para a retirada de um cálculo na vesícula.

Autor de alguns dos mais emblemáticos edifícios brasileiros, nomeadamente o complexo governamental de Brasília, Niemeyer é considerado um dos nomes mais influentes na Arquitectura Moderna internacional. Na Madeira o arquitecto foi responsável pelo projecto do Casino Park Hotel.

Recebeu em 1988 o mais alto galardão da arquitectura internacional, o Prémio Pritzker, dos Estados Unidos.

Lusa

in http://www.dnoticias.pt/default.aspx?file_id=dn01013204041009

Link to comment
Share on other sites

  • 1 month later...
Arquitectura: Oscar Niemeyer celebra hoje 102 anos

Considerado um dos nomes mais influentes na arquitectura moderna, o brasileiro Oscar Niemeyer festeja hoje o seu 102.º aniversário com um almoço e um sarau junto à família e amigos próximos, no seu ateliê em Copacabana, Rio de Janeiro. (Veja vídeos no fim do texto)

Maria Luiza Rolim (www.expresso.pt), com Lusa

16:30 Terça-feira, 15 de Dez de 2009

Oscar Niemeyer é autor de algumas das maiores obras de arquitecturas do mundo

António Lacerda/EPA

Aos 102 anos, completados hoje, Oscar Niemeyer não perdeu o ânimo nem a energia para o trabalho. O arquitecto brasileiro dedica-se actualmente a desenvolver o projecto da nova Marquês de Sapucaí, a famosa passarela do Samba prevista para 2011 no Rio de Janeiro, e já se dispôs a projectar um estádio de futebol no Brasil para o Campeonato do Mundo de 2014 a ter lugar no país.

No dia 25 de Novembro, o arquitecto que ajudou a projectar a capital Brasília fez a sua primeira aparição pública após a recuperação, no lançamento da quinta edição da revista "Nosso Caminho", publicação que dirige com a sua esposa, Vera Lúcia.

A revista trimestral sobre arquitectura, arte e cultura homenageia nesta edição o compositor Tom Jobim, um dos nomes que mais representam a música brasileira na segunda metade do século XX.

Um livro, 1100 fotografias

A data será comemorada não apenas no Brasil. Em Portugal, será hoje lançado o livro bilingue português-inglês "Olhar Niemeyer, Look at Niemeyer", no Centro Cultural de Belém em Lisboa.

O livro, coordenado por Carlos Oliveira Santos, edição bilingue (Português/Inglês), contém um texto e um desenho inéditos de Siza Vieira e reúne imagens seleccionadas das 1100 tiradas por fotógrafos de 11 países que se candidataram a um concurso internacional realizado em 2007 pela Comissão para as Comemorações dos 100 anos de Oscar Niemeyer - Portugal.

Apesar da idade avançada, Niemeyer, um dos grandes renovadores da arquitectura no século XX, trabalha diariamente no seu atelier com vista panorâmica para a Praia de Copacabana.

O arquitecto desenhou a maioria dos prédios públicos de Brasília, como os Palácios do Planalto, da Alvorada, do Itamaraty, a Catedral, os edifícios do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional.

Certa vez afirmou que não é o ângulo recto que o atrai, mas "a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida".

A beleza de seu traçado levou as Nações Unidas a declarar a cidade de Brasília património cultural da humanidade em 1987.

Um dos seus projectos mais recentes é o Museu Nacional de Brasília, uma cúpula com quase 90 metros de diâmetro, um mezanino e sobre ele uma rampa com 30 metros de balanço, que é um mirante da cidade.

Obras mais importantes

Nascido no Rio de Janeiro, Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho deu início à carreira no atelier de Lúcio Costa, o seu futuro parceiro na criação de Brasília, no terceiro ano de curso na Escola de Belas Artes.

Niemeyer foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do betão armado. Alguns dos projectos importantes do arquitecto no Brasil são os conjuntos arquitectónicos da Pampulha, em Belo Horizonte, e do parque Ibirapuera, em São Paulo.

No estrangeiro, destacam-se 15 prédios do bairro residencial de Hansa, na Alemanha, a torre da Defesa e sede do Partido Comunista Francês, em Paris, os anexos da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e uma urbanização no Algarve, em Portugal.

Doutor honoris causa pela UTL

Nos anos 60, Oscar Niemeyer concebeu o projecto para um conjunto de hotel, casino e centro de congressos no Funchal, Madeira, que acabou por ser concretizado cerca de dez anos depois.

Conhecido pela aversão às viagens de avião, Niemeyer não veio a Lisboa para receber o esta prova de reconhecimento da academia portuguesa. Não o fez também aquando da grande exposição sobre a sua obra que atraiu muitos milhares de visitantes ao Pavilhão de Portugal no Parque das Nações, no Verão de 2001.

Desde o passado dia 04, o arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer é doutor honoris causa pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL).

in
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/553088
Link to comment
Share on other sites

REPORTAJE

Niemeyer, poeta del hormigón armado

La Fundación Telefónica recorre la obra del arquitecto brasileño

ÁNGELES GARCÍA - Madrid - 18/09/2009

Las formas de la mujer, la ciudad de Río y los vaivenes de la política son las curvas que han inspirado la monumental obra, en generosidad y en tiempo, de Oscar Niemeyer (Río de Janeiro, 1907). Una obra en la que, así lo decidió el artista un buen día, la vida manda sobre la arquitectura. Y esa premisa inspira sus 457 construcciones dispersas por todo el mundo. Entre otros, el primer edificio del artista en España, el Centro Cultural Internacional de Avilés (Asturias), hoy en construcción.

Su fenomenal peripecia vital y ese rotundo compromiso con las curvas centran la exposición que le dedica hasta el 22 de noviembre la Fundación Telefónica de Madrid. En ella, dibujos, croquis, textos y fotografías cuentan una vida que ya surca rumbo a los 102 años.

Lauro Cavalcanti, arquitecto y amigo de Niemeyer desde hace más treinta, ha sido el encargado de comisariar la exposición. Está convencido de que su trabajo es un calco de lo que hubiera querido contar Niemeyer. Cuenta que el artista se recupera de la rotura de una vértebra, pero que ni eso le impide seguir trabajando a diario en su estudio de Río de Janeiro.

La exposición está montada para en el gran público, no para los técnicos. Se muestra la obra en orden cronológico, junto a paneles explicativos que dan cuenta de las circunstancias en las que se ejecutó la construcción. En el arranque del recorrido, un manifiesto enviado desde Río por Niemeyer, da cuenta de su pensamiento. De entrada, advierte que no cree en una arquitectura ideal porque sería la repetición, la monotonía. "Cada arquitecto", dice, "debería tener su propia arquitectura. Aprecio las cosas diferentes". En este punto, el comisario explica que cuando el alemán Walter Gropius visitó la casa de las Canoas, hoy sede de la Fundación Niemeyer y entonces vivienda familiar, objetó que sería muy difícil hacer otra casa similar. "Yo soy único", respondió Niemeyer "y mi casa tiene que ser única".

La revolución de las formas instigada por Niemeyer está ligada a su descubrimiento de la capacidad moldeable del hormigón armado. Así se puede ver desde sus primeros trabajos fechados en 1936, como la sede del Ministerio de Educación en Río. Aunque es con el proyecto de la sede de la ONU, en 1940, cuando ensaya a fondo con las posibilidades del hormigón.

El modernismo de Niemeyer está caracterizado por su famoso culto a la curva, pero también, precisa el comisario, por su afán de integrar sus construcciones con el entorno. La vegetación está siempre integrada y es cómplice de los edificios y del uso que se les va a dar. Las grutas naturales, por ejemplo, forman parte de sus edificios más emblemáticos. El conjunto arquitectónico, sede de la Bienal de SãoPaulo, es un claro ejemplo de esta forma de trabajar.

El propio Niemeyer ha querido que la exposición muestre detalladamente su forma de trabajar. Antes de construir, dibuja y escribe mucho. "Hasta que la idea no está clara sobre el papel" dice Lauro Cavalcanti, "no empieza a trabajar con el edificio". Por eso la muestra recoge numerosos esbozos de gran tamaño de lo que luego serían sus edificios más populares.

¿De qué edificio se siente Niemeyer más orgulloso? Cavalcanti cree no equivocarse al señalar la sede parisina del Partido Comunista realizada en 1965 durante sus años de exilio en Francia. "Siempre ha agradecido que el entonces presidente Charles de Gaulle le permitiera trabajar como un técnico francés más. También está muy satisfecho de todo lo construido en Brasil". ¿Sigue Niemeyer teniendo un pensamiento de izquierdas? "Totalmente", responde el comisario.

El primer edificio que Niemeyer ha creado para España, el centro cultural de Avilés, es también una forma de mostrar sus últimos ensayos tecnológicos. En él ha utilizado la silicona para conseguir eludir las líneas rectas en las cúpulas.Con casi 102 años, el artista "aún trabaja cada día", dice el comisario

in http://www.elpais.com/articulo/cultura/Niemeyer/poeta/hormigon/armado/elpepicul/20090918elpepicul_6/Tes

REPORTAJE: VIAJE

El São Paulo de Niemeyer

JUAN MANUEL BONET 03/02/2008

Una megalópolis y un arquitecto muy especiales. Seguimos la huella de Niemeyer, que ha cumplido cien años, en la mayor ciudad brasileña. Con dos guías de lujo. Por Juan Manuel Bonet. Fotografía de José Manuel Ballester

En el alba pálida, desde el taxi que nos conduce de Garulhas al centro de São Paulo, mientras le voy contando algo de los parajes que atravesamos, Ballester empieza a cazar imágenes al vuelo. Luego lo veré construyendo esas fotografías meditadas al milímetro que son su especialidad. Compatibles con estas otras veloces: como apuntes de pintor. Voy garabateando mis propias notas. Las primeras instantáneas del arrabal terminan teniendo un aire muy de Buenos Aires. Entrevemos el viaducto do Chá y algunos de los rascacielos que bordean la autopista que cruza el centro. También esos edificios estrechos y verticales, de estilo híbrido y nombres pomposos –de Versalles para arriba–, que fueron, en su día, lo más. Proliferación de graffiti como cuneiformes, que ya me habían llamado la atención en mis viajes anteriores.

El primer día, por la tarde, tras una visita a Dan y un almuerzo con Peter y Flávio Cohn en A Figueira –empezamos con buen pie, ya que este restaurante propiedad de un gallego de Monforte, con su higuera, sus cristaleras, su botellería tan Bijou (Carlos Pazos), sus bebidas, sus manjares, es “pura felizidade”–, decidimos que nuestra primera visita sea al Copan. Una de las obras maestras del hoy centenario Oscar Niemeyer. La cumbre del estilo brasileño fifties, orgánico: una serpiente de 34 plantas, en pleno caos, en pleno laberinto urbano. Los bajos, muy deteriorados, albergan una popular cafetería. El administrador nos sube hasta la 32. Mi vértigo se dispara. Por una escalera de caracol que da al vacío, Ballester sube hasta la 34: el helipuerto, un plano sin barandilla, en las espectaculares fotografías sobre fondo de cielo de tormenta, como una alfombra voladora sobre Pauliceia desvairada, como rebautizara a su ciudad natal Mário de Andrade, uno de los padres del modernismo paulista y el alma de Klaxon. Mári
o de Andrade, amigo de Blaise Cendrars, el primer entusiasta, en 1924, de la metrópolis ultramoderna. Klaxon: presencia del klaxismo, en Ismos (1931), de Ramón Gómez de la Serna.

A lo largo de nuestra estancia, volveremos una y otra vez al Copan, convertido por Ballester en el auténtico centro de su fotovisión paulista. Todos los días lo saludaremos de lejos, igual que al seudo-Martinelli, que a la postre resultó ser el Banco do Estado de São Paulo. Casi a la sombra sinuosa de la serpiente, en medio de la paz dominical, repentinamente nos veremos casi envueltos en una teatral pelea de travestis: el único momento de peligro. (Peligro. Miseria. Imaginamos otras visiones de São Paulo: esto, para Andrés Serrano; esto, para Salgado; esto, para Bruce Weber...).

Niemeyer, de nuevo, en los edificios de la Bienal. Fantásticas las despojadas, esenciales fotografías que Ballester toma del interior de la Oca, un espacio galáctico, marciano, de un minimalismo compatible con lo orgánico, algo que también sucede, hoy, en las esculturas de Ernesto Neto. Fantásticas también las de los porches. Nos acostumbramos a frecuentar, cerca, un quiosco donde parten, con machete, cocos verdes, de agua tan refrescante.

Tras los pasos de Gregori Warchavchik. Este ucranio formado en Italia fue el primero en hacer, aquí, arquitectura funcionalista. Cuando mi primera visita, su propia casa modernista estaba en ruinas. En Madrid, yo se la había vendido a Ballester como una suerte de ruina maya de Yucatán. Hoy la restauran, así como el umbrío jardín tropical que la rodea, obra de su mujer, Mina Klabin; perdió la magia arqueológica, pero felizmente será centro de documentación arquitectónica. También conocía la vecina casa estudio –hoy museo– del pintor lituano Lasar Segall, para el cual su concuñado proyectó un espacio especialmente acogedor. Visitamos ambos lugares. En el primero, abundante cosecha de imágenes, algunas, en movimiento: sonido de pájaros... y de reactores despegando o aterrizando en Congonhas.

Un raro: Flávio de Carvalho. Pintor expresionista, arquitecto, hombre de teatro, inventor de un traje para el hombre tropical. Uno de sus chalets redondeados, estilo barco, en el barrio de Jardims, luce un cartel que indica que se alquila. A los Cohn, cuya galería está a dos pasos –gran barrio Jardims: tiendas de moda de la rua Óscar Freire y adyacentes, restaurantes, el hotel Emiliano, librerías a la última o de viejo (sebos)–, les propongo, soñando, montar juntos en ese chalet una “oficina modernista”.

No conocía la Ciudad Universitaria. Menos espectacular que la de Caracas, en ella abundan los espacios hermosos como la plaza del antiguo Rectorado, con su monumental columna. Nos retiene, sobre todo, un edificio de donde no hay modo de arrancar a Ballester, que sube y baja a la carrera, cámara en ristre: la Facultad de Arquitectura, obra tardía de Vilanova Artigas, cerca de la cual nos maravillan unos árboles con flores de un amarillo único.

Más sitios. La pinacoteca do Estado y su reforma (años ochenta) por Paulo Mendes da Rocha; saludamos al paso a Tarsila do Amaral, representada en la colección por uno de sus maravillosos cuadros del período antropofágico; en la librería, doy con el reciente diario paulista de Jürgen Partenheimer, titulado Copan, de cubierta naranja y verde, y donde sale mucho el emblemático edificio de Niemeyer: durante el mes que pasó aquí, el alemán residió en él. También de Mendes da Rocha el aéreo pórtico en la Praça do Patriarca. Cerca, al fin, el auténtico Martinelli –no gran cosa, pero histórico: el primer rascacielos o aranhaceus, paulista– y el ciertamente impresionante Banco do Estado de São Paulo. El Estadio Municipal, tan thirties, tan metafísico. La fábrica de Lina Bo Bardi, reconvertida en centro cultural, animadísimo. Factorías antañonas, entre ellas, la de la cerveza Antarctica, cerca de unas vías del tren; y un poco más allá, en una placita arbolada, una blanquísima iglesia déco: todo esto me trae de nuevo a
la memoria el extrarradio literario y deprimente de Buenos Aires. En la avenida Paulista, tan energética, el Museu de Arte de São Paulo (MASP), también de Lina Bo Bardi –el director era su marido, P. M. Bardi: esta pareja italiana dejó una huella profunda en la cultura moderna brasileña–, y debajo su porche minimalista, sede los domingos de un pequeño rastro, donde compramos fotografías originales del francés Marc Ferrez, el gran nombre del ochocientos carioca.

Lina Bo Bardi: un mito. Ballester, que se queda una semana más, verá la residencia de la pareja, la Casa de Vidrio: ya no estaban los cuadros de Morandi, pero sí las pilas de diarios como de la víspera, la biblioteca, la monumental nevera de época...

Mi estancia termina por donde empezó: en A Figueira, o, insisto, a felizidade. Descubrimiento de la caipiriña de maracuyá. El propio espacio central del restaurante, y la higuera, y la botellería, pasan al registro de imágenes.

in http://www.elpais.com/articulo/portada/Sao/Paulo/Niemeyer/elpepusoceps/20080203elpepspor_5/Tes

REPORTAJE

El siglo curvo de Oscar Niemeyer

El arquitecto que inventó la ciudad de Brasilia cumplió ayer 100 años

ANATXU ZABALBEASCOA - Madrid - 16/12/2007

Vota Resultado 246067 votos Odia el ángulo recto tanto como el capitalismo. Oscar Niemeyer, que cumplió ayer 100 años, ha sido un comunista convencido y un arquitecto atípico: nunca ha pensado que la arquitectura pudiera cambiar el mundo. "Para cambiar la vida de los pobres hay que salir a la calle y protestar", asegura. En los últimos días, el ático con vistas a la Playa de Copacabana desde el que defiende a los desheredados ha visto circular al embajador ruso, que le llevó el collar de la unidad de los pueblos, al presidente Lula, que le impuso la Medalla al mérito cultural y a un enviado de Nicolas Sarkozy, que le impuso la Legión de Honor.

El arquitecto Oscar Niemeyer, condecorado con la Orden de las Artes y las Letras de España

El arquitecto brasileño celebra sus 100 años en plena actividad creativa -

Artífice de la ciudad de Brasilia, pocos creadores cuajan una obra capaz de representar el espíritu de su país y menos mantienen, inquebrantable, un perfil tan obcecado. Niemeyer no acudió a recoger el Pritzker que le concedieron en 1988. Tampoco el Príncipe de Asturias del año siguiente. Tiene miedo a volar. Puede parecer una anécdota, pero es un rasgo de carácter en alguien que, durante años, y para construir la capital del país, recorrió en coche los más de mil kilómetros que separan Brasilia de su piso en Rio de Janeiro.

Desde la terraza, Niemeyer alarga la vista para atisbar las curvas de las bañistas y las montañas que luego lleva a sus diseños. Frente al mar, más allá del Pan de Azúcar, puede ver el platillo volante de su Museo en Niteroi. Y en la misma ciudad, pero muchas estaciones de metro tierra adentro, están sus monumentos a los obreros huelguistas y los campesinos sin tierra.

Niemeyer fue un carioca desocupado y bohemio que decidió estudiar cuando, a los 21 años, se casó con Annita, una inmigrante italiana con la que compartiría éxitos, exilio y una hija. Siendo estudiante, conoció a Le Corbusier y a Lucio Costa, el urbanista al que llamaría para dibujar Brasilia en los años 50. Desde que, en 1945, donara su despacho para montar la sede brasileña del partido, ha sido también un comunista autor de hermosas iglesias, como la de San Francisco en Belo Horizonte, que tardaron 16 años en consagrar porque tenía un aspecto irreverente.

Por ese carné, le han negado varias veces el visado para Estados Unidos. Y aunque en 1939 desembarcó para levantar el pabellón brasileño en la Feria de Nueva York, no consiguió entrar para dar clase en Yale ni para convertirse en decano de Harvard. De Gaulle promulgó un decreto que le permitió construir en Francia el tiempo que la dictadura militar lo obligó a exiliarse en París. Allí levantó la sede del Partido Comunista. Y esa conexión política lo llevó a construir la Editorial Mondadori en Milán.

Siempre ha defendido que la lucha política es más importante que la arquitectura y para homenajear a su abuelo, un ministro del tribunal supremo de quién dice haber heredado la solidaridad, sus últimos trabajos los ha firmado con su nombre completo Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer. "Mi abuelo fue un hombre útil y murió pobre. Qué orgullo", ha dicho. Su receta para la eterna juventud es actuar como si tuviera cuarenta años. Hace dos, se casó con su secretaria de sesenta. Y hoy, además de en Avilés, construye un auditorio en Ravello, un parque acuático en Postdam y la Plaza del Pueblo en Brasilia. Todo sin moverse ya de Copacabana. Convencido de que deben erradicarse las desigualdades, quiere que se le recuerde como "un ser humano que pasó por la tierra como los demás". Felicidades.

in http://www.elpais.com/articulo/cultura/siglo/curvo/Oscar/Niemeyer/elpepicul/20071216elpepicul_3/Tes
Link to comment
Share on other sites

Please sign in to comment

You will be able to leave a comment after signing in



Sign In Now
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.