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S. Bento - Porto - shopping a vista


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Invesfer estuda shopping para a Estação de S. Bento

Proposta de requalificação do edifício e da área envolvente ainda em fase embrionária
00h30m

CARLA SOFIA LUZ
A Invesfer projecta um centro comercial na Estação de S. Bento, na Baixa do Porto. O estudo de reabilitação contempla a construção de um shopping acoplado ao edifício classificado. A ideia foi mostrada à Câmara do Porto e ao IGESPAR.
Ainda não há um projecto definitivo para a antiga estação ferroviária, desenhada pelo arquitecto Marques da Silva. No entanto, os primeiros desenhos já foram dados a conhecer, em reuniões informais, pela Invesfer - empresa do grupo REFER - ao Município do Porto e ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), que colocaram algumas reservas.
A auscultação prévia das entidades é confirmada pela Direcção de Comunicação e Imagem da REFER, sublinhando que o "estudo de requalificação e valorização da Estação de S. Bento e áreas adjacentes" está a ser desenvolvido pela Invesfer, através da associada ESBento. A solução prevê o aproveitamento dos terrenos contíguos nas ruas da Madeira e do Loureiro para expandir a zona comercial no interior da estação, classificada como imóvel de interesse público em 1997.
O estudo, explica a REFER em resposta por escrito ao JN, está "ainda em fase embrionária", remetendo mais informações sobre as valências a introduzir na estação para quando "os trabalhos estiverem mais avançados".
O estudo prévio foi apresentado ao vereador do Urbanismo da Câmara, Lino Ferreira, numa reunião a pedido da Invesfer, mas não entrou qualquer processo para apreciação municipal. A solução suscitou reservas ao autarca.
"A REFER veio apresentar-nos um estudo prévio, porque querem criar uma unidade comercial no interior da Estação de S. Bento. Considerámos que tem uma carga excessiva, pois é mais um centro comercial e exige estacionamento, planos de trânsito e outras infra-estruturas a contemplar em fase de projecto", referiu Lino Ferreira, que aconselhou a Invesfer a contactar o IGESPAR, uma vez que o edifício está classificado.
"Seria uma sobrecarga muito grande para a zona, porque teria não só os passageiros, mas também os clientes do centro comercial", continua. Na sessão, a representante da empresa manifestou interesse em colocar o estacionamento na Avenida da Ponte.
O vereador sugeriu que, ao abrigo da nova legislação, apresentassem uma proposta para a elaboração do plano de pormenor para a avenida, integrando a Rua do Loureiro, à Câmara (à semelhança do que fará o grupo Montepio no quarteirão da Escola Académica). A empresa ainda não deu resposta. Em 2006, o Executivo autorizou a Porto Vivo a lançar um concurso público para a elaboração daquele plano.
A consulta ainda não foi lançada por considerar-se que "não é uma prioridade absoluta". Mas Lino Ferreira garante que a Autarquia não está dependente da Invesfer para elaborar esse documento. "A maior prioridade é trabalhar o edificado existente" na Baixa, especifica o autarca, acrescentando que "estão a ser preparados os termos de referência para que possa ser lançado o concurso de concepção do plano de pormenor da avenida".


http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=1048607
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primeira reacção: uma raiva tremenda sobre todos os autarcas e investidores que continuam a acreditar que tudo se resolve com um modelo Shopping

segunda reacção: um baixar de braços face à estupidez generalizada, um baixar de braços à minha própria impotência, um baixar de braços à aceitação do modus vivendi dos portugueses que assenta num enorme desconhecimentos dos valores patrimoniais e dos valores urbanos

terceira reacção: critica construtiva: nos últimos anos temos vindo a compreender que o desenvolvimento urbano dos sítios, principalmente no Porto, em no Portugal em geral assenta única e exclusivamente no seguinte: quando há um problema, há uma solução o shopping. se o bolhão está a cair de podre, transforma-se em shopping, se ao lado de um shopping há um terreno vazio, outro shopping (via catarina - grand plaza) se ao pé da Câmara municipal há um volume novo sem uso, shopping (trindad domus), se uma grande superficie, o ikea, está sozinho numa zona industrial. anexasse-lhe um shopping...

a baixa do Porto, e as suas zonas adjacentes,neste momento têem o via catarina, grand plaza, trindade domuns, bom sucesso, peninsula, brasilia, central shopping, dolce vitta, parque nascente e... s.bento shopping,
em gaia mais o arrábida e o gaia shopping
em matosinhos o norte e mar
em gondomar, esposende, maia....

é este o modelo de desenvolvimento que queremos?
eu não

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primeira reacção: uma raiva tremenda sobre todos os autarcas e investidores que continuam a acreditar que tudo se resolve com um modelo Shopping

segunda reacção: um baixar de braços face à estupidez generalizada, um baixar de braços à minha própria impotência, um baixar de braços à aceitação do modus vivendi dos portugueses que assenta num enorme desconhecimentos dos valores patrimoniais e dos valores urbanos

terceira reacção: critica construtiva: nos últimos anos temos vindo a compreender que o desenvolvimento urbano dos sítios, principalmente no Porto, em no Portugal em geral assenta única e exclusivamente no seguinte: quando há um problema, há uma solução o shopping. se o bolhão está a cair de podre, transforma-se em shopping, se ao lado de um shopping há um terreno vazio, outro shopping (via catarina - grand plaza) se ao pé da Câmara municipal há um volume novo sem uso, shopping (trindad domus), se uma grande superficie, o ikea, está sozinho numa zona industrial. anexasse-lhe um shopping...

a baixa do Porto, e as suas zonas adjacentes,neste momento têem o via catarina, grand plaza, trindade domuns, bom sucesso, peninsula, brasilia, central shopping, dolce vitta, parque nascente e... s.bento shopping,
em gaia mais o arrábida e o gaia shopping
em matosinhos o norte e mar
em gondomar, esposende, maia....

é este o modelo de desenvolvimento que queremos?
eu não



completamente de acordo e sem nada a acrescentar! ;)
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A primeira proposta para a colocação de um shopping na estação de Sº Bento foi a uns bons dez anos e era da altoria do arquitecto nuno leonidas, na altura fiquei perplexo com o projecto. O projecto de intervenção apresentado incidia sobra a parte mais interior da estação entre o enorme hall e a entrada do túnel ou seja a gare dos comboios. Assim neste projecto estava previsto demolir as estruturas em alvenaria e madeira com um só piso que delimitam a gare e construir ai duas estrutura com rés-do-chão e primeiro andar (cada um com uns bons quatro metros pelo menos de pé direito) uma na ala Norte e outra na ala Sul, uma ponte liga a meio da gare as duas alas, todo o conjunto tinha uma plasticidade muito pobre e sobre tudo não respeitava a estação,
Três coisas que para mim são fundamentais naquela estação e que o projecto apresentado na altura não respeita são: o contacto com o exterior na gare dos comboios, uma pessoa entrando ou saindo do comboio sente que chegou ao centro do Porto, acontece uma coisa semelhante com a estação do Oriente em Lisboa, além disso o contraste entre as estruturas direitas e homogéneas da estação com a amalgama de cores e feitios do casario sempre foi no meu entender um dos aspectos que contribuiu para o carácter pitoresco da estação, lembro-me que quando vivia no Porto era frequente ver estudantes de belas artes e arquitectura a desenhar essa relação que se dá da gare de comboios com o exterior da estação. A questão da segurança com a interacção entre comboios, passageiros, clientes do shopping também não é de desprezar, o Eduardo Souto Moura teve de ampliar os cilindros da estação da casa da música, que eram para ser uma espécie de parapeito de varanda sobre o interior da estação, devido a falta de segurança com as catenárias do metro que lhes passam por baixo, uma ponte passando por cima das catenárias na estação de Sº Bento tem o mesmo problema. E por ultimo outro problema que se levanta na proposta é a entrada principal do shopping que da para Sul da gare numa zona que de facto, no meu entender precisa de ser bastante melhorada, mas a forma como o projecto a trata não respeita as características da zona a apresenta-se de forma niilista como uma frente de shopping com um grande parque de estacionamento em frente e não um espaço acanhado em forma de cunha que é.
Não sou contra a valorização de um pequeno shopping na estação, mas sou contra algo projectado por economistas cuja única finalidade é a da máxima rentabilização financeira do projecto. A valorização comercial de um equipamento como este pode beneficiar muito a relação entre a cidade e a estação, essa valorização deve ser feita por caminhos mais heterodoxos, que passem pelo aproveitamento das características mais particulares desse espaço como lugar de encontro e reunião (por exemplo) com a zona pedonal da gare a ser usada para esplanadas sem prejuízo de quem a usa para apanhar o comboio.

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Se estes investidores se lembrarem, ainda vão para os USA aclamar que a solução para o mercado financeiro está nos shoppings... haja paciência... O pior disto tudo é que uns começam a canibalizar os outros, e consequentemente vem a decadência e o pior é que o comércio de rua fica cada vez mais fragilizado... Quanto a mim o conceito de renovação mais conseguido ainda é aquilo que se propõe para o Ferreira Borges, que aparente e felizmente conseguiu fugir ao estigma do comércio de massas...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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  • 3 weeks later...

uma pergunta(ou três): será que o conceito de espaço público em Portugal tem de sempre assentar no fim lucrativo? será que os portugueses não sabem "passear" em espaços que só dependem do seu valor patrimonial, simbólico, natural ou apenas "passeiam" em sítios onde haja montras? será que os portugueses sempre que "passeiem" ou se desloquem de um sítio para o outro têm de o fazer rodeados de montras que lhe apelem ao consumismo, não pode haver apenas o conceito simples de "passear" ou de "deslocar-se", fruto de necessidades ?

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isto, na minha opinião, deve-se à falta de imaginação que se vive por parte das entidades que gerem o espaço. e também ao sedentarismo dos portugueses... aqueles que dizem que não são sedentários só porque ao domingo não ficam em casa, mas vão até aos shoppings, ainda que não comprem nada, e dizem que vão dar uma voltinha e "esticar as pernas", mas na volta, deparam-se com "alguns" espaços de fast-food, os quais abrem o apetite aos miúdos e graúdos e lá se contribui num factor colateral - a obesidade... Isto tudo para dizer que continuamos sempre num bom caminho, criam-se espaços públicos de domínio comercial e não cultural, acaba-se com o pequeno comércio local, numa cidade que possui tantos shoppings que alguns acabam mesmo por estar abandonados. O incentivo em "conhecer/aprender" de carácter público irá ser extinguido em pouco tempo... até porque os shoppings hoje em dia até servem para efectuar exposições, o que por vezes não é mal pensado, já que as pessoas não se deslocam aos verdadeiros locais de cultura, mas desse modo vamos acabar um dia a ter o Mercado Ferreira Borges como shopping, a Ponte D.Luis também, o actual Museu de Fotografia (antiga Cadeia da Relação), a antiga Alfândega... enfim... Os senhores executivos é que mandam... infelizemente!:) brindemos!

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