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Lisboa | NovAlcântara - Ampliação do terminal de contentores | ?


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Sobre o projecto.

Gostava de colocar neste primeiro post info sobre este projecto que estah a causar polemica em todas as classes profissionais menos na que se devia preocupar com este tipo de assuntos.

PRIMEIRAS NOTICIAS SOBRE O PROJECTO

O Governo anunciou o lançamento do projecto Nova Alcântara, que engloba a ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura, através de um túnel, e a ampliação, reorganização e reapetrechamento do terminal de contentores de Alcântara.
O primeiro-ministro presidiu segunda-feira, 28 de Abril, à cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento entre todas as entidades envolvidas neste projecto, que deverá estar concluído em 2013.
No que diz respeito à intervenção ferroviária, a solução concretiza-se na conexão entre a linha de Cascais e a linha de Cintura, através de uma ligação em túnel, permitindo a continuidade dos serviços Urbanos de passageiros entre estas linhas, e da construção de uma nova estação de Alcântara-Terra mais próxima da actual e futura ocupação urbana.
Os maiores benefícios em termos de mobilidade verificam-se ao nível das poupanças de tempo de viagem, bem como do acréscimo relevante de conforto, ao eliminar a necessidade de fazer percursos a pé para mudar de comboio.
A nível nacional e internacional, será possível, a partir da linha de Cascais, apenas mudando de comboio no Oriente, utilizar os futuros serviços de Alta Velocidade e demorar para o Porto ou para Madrid apenas pouco mais de 2h e 3h30, respectivamente.
O plano de investimentos para a intervenção portuária prevê a ampliação, reorganização e reapetrechamento do terminal de contentores de Alcântara; obras de melhoramento das acessibilidades marítimas, permitindo o acesso a navios porta-contentores com calado máximo de 15,50 m e 400 m de comprimento o que permitirá o TCA tornar-se novamente num terminal deep-sea; criação de uma zona de acostagem e operação de barcaças viabilizando o transporte fluvial de cargas, articulando o terminal com áreas logísticas, tal como a plataforma logística de Castanheira do Ribatejo; e a construção da ligação ferroviária desnivelada entre o terminal e a Linha de Cintura, em articulação com a ligação para passageiros.

http://www.moptc.pt/tempfiles/20080428175628moptc.pdf

in http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=616110&page=9&highlight=liscont

Alcântara recebe investimento de 407 milhões de euros até 2013

Governo promete que tráfego ferroviário, rodoviário e marítimo vão fluir melhor, mesmo com o quádruplo dos contentores

O projecto foi apresentado na ausência do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mas com uma delegação de peso do Governo: primeiro-ministro, ministro das Obras Públicas e secretária de Estado dos Transportes estiveram ontem em Alcântara para anunciar o fim do "bloqueio" ao nível ferroviário, rodoviário e portuário que ali existe. Com o projecto Nova Alcântara, um investimento de 407 milhões de euros, a pagar por várias entidades, o Governo quer levar a cabo intervenções em várias frentes, no terreno e no leito do rio, até 2013.
No final das intervenções, Alcântara terá um terminal de contentores com quase o quádruplo da actual capacidade, uma linha ferroviária desnivelada, a construir em túnel, entre o terminal e a Linha de Cintura. Uma nova zona de acostagem e de operação de barcaças também fazem parte do projecto. Está ainda prevista uma ligação fluvial entre o terminal de contentores de Alcântara, concessionado à Liscont (ver caixa), e a plataforma logística de Castanheira do Ribatejo.

Dos 407 milhões de euros previstos para o investimento, a principal fatia será assegurada pela empresa privada que está a explorar a concessão do terminal de contentores: 227 milhões de euros. O restante investimento será assegurado pela Administração do Porto de Lisboa e pela Rede Ferroviária Nacional, que investirá cerca de 59 milhões de euros.

Ligação em túnel

A ligação ferroviária da Linha de Cascais à Linha de Cintura, em túnel, irá permitir, segundo a informação ontem disponibilizada, a continuidade dos serviços urbanos de passageiros entre as duas linhas e a construção de uma nova estação subterrânea em Alcântara-Terra. O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações estima uma procura para a Linha de Cascais, com aumentos na ordem dos 39 por cento, de 41,8 milhões de passageiros, em 2017, contra os actuais 30 milhões (acréscimo de 11,5 milhões de passageiros).

Entre os benefícios que esta intervenção irá trazer, a nível nacional e internacional, será, segundo o Governo, um conjunto de ligações directas de todo o corredor Cascais--Oeiras à zona ocidental da cidade e à Linha de Cintura, "permitindo ganhos de tempo e acréscimos de conforto substanciais", como frisou a secretária de Estado, citada pela Lusa.

"As pessoas não têm que sair de um comboio e andar bastante a pé para apanhar outro comboio, porque vão ter ligações a qualquer estação de metro que esteja ligada à Linha de Cintura, vão poder chegar directamente à Gare do Oriente e futuramente ao novo aeroporto de Lisboa e a Setúbal, também com prazos bastante razoáveis e com conforto", revelou. Comparando os tempos hoje realizados entre Cascais e Sete Rios, por exemplo, estima-se uma redução do tempo de viagem em cerca de 30 minutos.

Fonte: Publico


VIDEOS

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"]YouTube - Terminal Contentores em Alcântara[/ame]

http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2...-E4F2569D6247}

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php...342675&tema=29

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=115155
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O presidente da Junta de Freguesia de Alcântara discorda da ampliação do terminal de contentores prevista no projecto NovAlcântara e vai apoiar o movimento de cidadania que lança esta segunda-feira uma petição contra esta decisão governamental.

«Sou totalmente contra a expansão do terminal à custa do rio e da doca do Espanhol, acrescentando mais uma muralha que dificulta o acesso ao rio», declarou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, José Godinho (PCP).
«Uma parede de aço desceu sobre a cidade»
Lisboa: extensão de contentores em Alcântara condenada
O Governo anunciou, em Abril, a ampliação do terminal de contentores em Alcântara, que vai triplicar a actual capacidade para um milhão de TEU`s (um TEU equivale a um contentor de 20 pés), e uma intervenção ferroviária que inclui a ligação desnivelada entre este terminal e a Linha de Cintura, para transporte de carga, e a ligação desta à linha de Cascais, em túnel.
O autarca encara com bons olhos a intervenção ferroviária, mas defende que se deve manter em Alcântara «a coexistência dos paquetes de cruzeiros com os contentores e com a náutica de recreio».
«Com o decreto-lei 188/2008 [que estabelece os termos da concessão do terminal portuário de Alcântara] saiu o Euromilhões à Mota-Engil e à Liscont [empresa concessionária do terminal e que é controlada pela construtora]. A Liscont só tem a ganhar, porque vai ficar isenta de taxas, graças ao investimento que vai fazer na ampliação, e mesmo que não atinja um milhão de contentores, recebe uma indemnização do Estado», comentou o presidente da junta.
No início de Outubro, o PSD acusou o Governo de favorecer a Liscont concedendo-lhe a exploração até 2042 do terminal de contentores de Alcântara e triplicando o espaço disponível, sem concurso público e violando o prazo legal das concessões.
José Godinho frisou também que o porto poderia crescer sem ter de destruir a doca do Espanhol e lamentou que «queiram meter contentores» numa «marina bonita» como a doca de Santo Amaro.
Por isso, declarou-se «solidário com o espírito» da petição «Lisboa é das pessoas, mais contentores não!», que é hoje apresentada.
A petição, uma iniciativa de um grupo de cidadãos liderados por Miguel Sousa Tavares, pede a revogação do DL 188/2008 alegando que a ampliação da capacidade do terminal é «incompreensível, desencessária e inaceitável» e cria uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo, implicando um período de obras de aproximadamente seis anos na zona das Docas.
Quanto à outra componente do projecto NovAlcântara - a intervenção ferroviária- José Godinho mostra-se favorável, embora a considere «insuficiente».
«Penso que se devia aproveitar a oportunidade para alargar mais o túnel, pelo menos mais 100 metros. Isso permitia tirar aquela horrível ponte metálica provisória que está lá desde o 25 de Abril e que dificulta o acesso as Docas», sugeriu o autarca.
Entre os moradores e comerciantes daquela zona, o desconhecimento sobre as implicações do porjecto é quase generalizado.
Ainda assim, algumas pessoas contactadas pela Lusa destacaram como «muito positiva» a remoção da passagem aérea que ligava as estações de Alcântara-terra e Alcântara-Mar que «arejou as vistas».
Um morador do empreendimento Alcântara-Rio elogiou a passagem do comboio em túnel e salientou que as novas ligações vão contribuir para melhorar as acessibilidades.
in http://diario.iol.pt/sociedade/alcantara-contentores-peticao-presidente-da-junta-de-freguesia-comboio-terminal/1006669-4071.html

Lisboa: Movimento de cidadãos lança petição contra contentores em Alcântara e admite acção popular

27 de Outubro de 2008, 20:53
Lisboa, 27 Out (Lusa) -- O escritor Miguel Sousa Tavares assegurou hoje que o movimento de cidadãos contra a ampliação do terminal de contentores de Alcântara avançará com um acção popular se o decreto-lei que permite a obra não for revogado pelo Parlamento.
O recém-criado movimento lançou hoje uma petição à Assembleia da República pedindo a revogação do decreto-lei que permite a extensão da concessão à empresa Liscont e a triplicação da capacidade do terminal de contentores.
O escritor e jornalista Miguel Sousa Tavares, que integra o movimento, garantiu que, se após a recolha das quatro mil assinaturas necessárias, os deputados não decidirem pela revogação do diploma, o movimento prosseguirá com a recolha de assinaturas para permitir uma acção popular.
"Continuaremos até às 40 mil assinaturas para pôr uma acção popular contra o Governo", afirmou Sousa Tavares, numa conferência de imprensa em que foi lançada a petição.
O movimento de cidadania "Lisboa é das pessoas. Mais contentores, não", integra a Associação dos Concessionários da Doca de Santo Amaro, e reuniu hoje dezenas de pessoas num restaurante da frente ribeirinha.
Estiveram presentes no lançamento da petição o ex-presidente da Câmara, Carmona Rodrigues, a vereadora Helena Roseta, os fadistas Carlos do Carmo, José da Câmara e António Pinto Basto, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, o interprete e compositor Rui Veloso, entre outros.
ACL.
Lusa/Fim
in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/213d850818317da32fac82.html

Movimento de pessoas de vários quadrantes contesta nova muralha à beira rio

Lisboa: cidadãos contra alargamento do terminal de Alcântara
28.10.2008 - 10h14 José António Cerejo
A contestação do projecto de alargamento do terminal de contentores de Alcântara arrancou baixinho, quase a medo, mas está a crescer semana a semana. Ontem foi lançado um movimento de cidadãos que já pôs a correr uma petição sob o lema "Lisboa é das pessoas, mais contentores não!".
Depois de uma primeira fase em que provocou estupefacção por ser projectada à revelia da Câmara de Lisboa, a obra começou a ser posta em causa pelos mais directos prejudicados: os donos dos bares e restaurantes da zona das docas, que empregam 700 pessoas e poderão ter de fechar as portas. A seguir veio uma onda de indignação causada pela notícia de que a principal beneficiária do projecto governamental era a Liscont, uma empresa do grupo Mota/Engil, de que o socialista Jorge Coelho se tornou presidente há alguns meses.
Nas últimas semanas, o PSD e o movimento Cidadãos por Lisboa, da vereadora Helena Roseta, assumiram a dianteira no combate político ao projecto, a que se tem associado a Junta de Freguesia de Alcântara (PCP) e vários comentadores, com destaque para Miguel Sousa Tavares.
Ontem, ao fim do dia, uma plateia de personalidades de diferentes áreas e proveniência políticas deu o pontapé de saída de um movimento que pretende barrar o caminho à contentorização da zona de Alcântara - do mesmo modo que há 15 anos um outro movimento impediu a urbanização de vastas áreas da zona ribeirinha. Gonçalo Ribeiro Telles, Miguel Sousa Tavares, Frederico Collares Pereira (presidente da Associação dos Concessionários da Doca de Santo Amaro), Luís Rodrigues (deputado do PSD), Helena Roseta, Fernando Nobre (presidente da AMI), Rui Veloso e Carlos do Carmo foram alguns dos que compareceram num dos restaurantes das docas para apoiar a iniciativa e a petição que já está na Internet (http://www.gopetition.com/online/22835.html).
A ampliação da capacidade do terminal, começa por dizer o texto dirigido ao presidente da Assembleia da República, "vai implicar a criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre Lisboa e o rio Tejo". Os autores sustentam que a prorrogação por 27 anos da concessão do terminal à Liscont e a "triplicação" da sua capacidade, conforme previsto no Decreto 188/2008, de 23 de Setembro, afigura-se "completamente incompreensível, desnecessária, e inaceitável para mais sem concurso público".
O texto, que termina com o pedido de revogação daquele decreto, invoca um relatório do Tribunal de Contas, de Setembro de 2007, para defender que o porto de Lisboa "apresenta desafogadas capacidades instaladas e disponíveis, para fazer face a eventuais crescimentos do movimento de contentores".
Alertar os lisboetas
"O nosso objectivo é alertar as consciências dos munícipes para as implicações da ampliação do terminal", afirma Frederico Collares Pereira, representante dos proprietários dos bares e restaurantes da doca de Santo Amaro.
De acordo com o empresário, uma das consequências mais imediatas e graves do projecto está no facto de a zona das docas, "um dos únicos locais em que há maneira de chegar ao rio", ter de fechar para obras durante seis a oito anos.
"Estamos a tentar perceber desde Abril o que é que vai acontecer em concreto, mas ninguém nos diz nada." Collares Pereira, todavia, não tem dúvidas sobre uma coisa: "Os parques de estacionamento que nos rodeiam vão ser transformados em estaleiros de obras durante todo esse tempo."

in http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1347778

Mota-Engil começa obras em Alcântara apesar da contestação política

A empresa vai para o terreno já este ano, começando pelas demolições dos edifícios sem uso.
Ana Baptista
A contestação à expansão do terminal de contentores de Alcântara, uma obra da Mota-Engil, aumentou de tom. Depois do PSD, corre agora na internet uma petição para parar o projecto e o Tribunal de Contas está a investigar o prolongamento da concessão sem concurso público. Mas, nada disto assusta a Mota-Engil, o accionista maioritário da Liscont, a concessionária deste terminal, que pretende arrancar com a obra já este ano.
“A parte de demolição dos edifícios antigos situados no terminal e que não têm uso começa já este ano”, disse ao Diário Económico,
Gonçalo Moura Martins, administrador da área de Ambiente e Serviços da Mota-Engil. Será esta área que permitirá aumentar o parque de contentores, ou seja, a área onde eles serão descarregados. Segue-se a extensão do cais em direcção a norte, uma obra que, por ser mais complexa, arrancará “em finais de 2009, princípios de 2010”. Em simultâneo iniciar-se-ão as obras de enterramento da linha ferroviária de mercadorias, uma fase do projecto que está avaliado em 60 milhões de euros.
Para Gonçalo Moura Martins todo este processo decorreu com total transparência. “Quando um concessionário faz um investimento é-lhe conferido o prolongamento da concessão pelo período que demorará a amortizar o investimento. Não é novidade nenhuma”, referiu, relembrando que o prazo da concessão passou de 2015 para 2042. Prolongar a concessão sem concurso público foi, aliás, a melhor solução encontrada pelo Governo para avançar com este investimento de 227 milhões de euros, essencial para o porto de Lisboa e para o País, disse o mesmo responsável. “A concessão está em vigor, por isso não pode haver concurso”, diz o responsável da Mota-Engil.
Segundo Gonçalo Moura Martins, existiam duas soluções, mas nenhuma delas viável. Ou resgatar a concessão, ressarcindo a concessionária, “o que demoraria muito tempo”, ou esperar que a concessão acabasse, ou seja, por 2015, atrasando o investimento. A Mota-Engil explicou ainda que a insenção do pagamento da renda fixa – por ocupar a zona
in http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/empresas/pt/desarrollo/1179330.html

Polémico projecto de contentores apresentado na reunião de câmara

A Administração do Porto de Lisboa (APL) apresenta hoje em reunião pública da Câmara da capital o projecto de ampliação do terminal de contentores de Alcântara, contestado por um movimento de cidadãos apresentado esta semana
O projecto de triplicação da capacidade do terminal, decorrente de um decreto-lei que alterou a concessão da exploração da empresa Liscont, será apresentado no período antes da ordem do dia, em que os responsáveis da APL responderão a perguntas dos vereadores.
Na segunda-feira, o movimento «Lisboa é das pessoas. Mais contentores, não», que inclui diversas figuras públicas, entre as quais o ex-presidente da Câmara Carmona Rodrigues e a vereadora Helena Roseta, e a associação de concessionários da Doca de Santo Amaro, apresentou-se revelando que lançou uma petição ao Parlamento para revogação do decreto-lei, admitindo avançar para uma acção popular contra o projecto.
Na penúltima reunião da Assembleia Municipal, em que foi aprovada uma moção contra o projecto, o presidente da Câmara afirmou que não foi apresentada à Câmara «qualquer construção de uma muralha de aço em Alcântara» mas um projecto que contempla o desnivelamento do nó ferroviário, aumentando a frequência dos comboios e a capacidade de escoamento dos contentores.
O projecto tem também sido contestado através de moções na Assembleia Municipal e pelo PSD na Assembleia da República, que pediu a apreciação do decreto-lei.
Lusa / SOL

in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=114952

Helena Roseta acusa Governo de favorecer Mota-Engil

Helena Roseta diz que o Governo favoreceu Jorge Coelho, ao aprovar um decreto-lei que prolonga a concessão da exploração do terminal de contentores de Alcântara, por mais 27 anos, à empresa Mota-Engil, presidida por Jorge Coelho.
A vereadora da Câmara Municipal de Lisboa não compreende porque é que o executivo prolongou o contrato sem promover um concurso público. O Rádio Clube tentou entrar em contacto com Jorge Coelho, no sentido de obter mais esclarecimentos, mas até ao momento ainda não foi possível obter quaisquer declarações.
A Administração do Porto de Lisboa vai hoje explicar à autarquia o projecto de ampliação do terminal de contentores de Alcântara. O projecto prevê a triplicação da capacidade da infra-estrutura, o que tem provocado a contestação pública.
O movimento de cidadãos " Lisboa é das pessoas. Mais contentores não" já pediu à Assembleia da República que revogasse o decreto lei que altera as bases de concessão do terminal e que dá à Liscont, a exploração até 2042.

http://radioclube.clix.pt/noticias/body.aspx?id=13865

APL quer aumentar terminal de contentores

A Administração do Porto de Lisboa apresenta hoje oficialmente o seu plano de ampliação do terminal de contentores de Alcântara à Câmara Municipal de Lisboa.
9:23 | Quarta-feira, 29 de Out de 2008

João Carlos Santos
A proposta de ampliação do terminal de Alcântara é apresentada hoje
A Administração do Porto de Lisboa (APL) apresenta hoje em reunião pública da Câmara da capital o projecto de ampliação do terminal de contentores de Alcântara, contestado por um movimento de cidadãos apresentado esta semana.
O projecto de triplicação da capacidade do terminal, decorrente de um decreto-lei que alterou a concessão da exploração da empresa Liscont, será apresentado no período antes da ordem do dia, em que os responsáveis da APL responderão a perguntas dos vereadores.
O presidente da Junta de Freguesia de Alcântara manifestou já a sua discordância da ampliação do terminal e disse ir apoiar o movimento de cidadania que lançou uma petição contra esta decisão governamental.
"Sou totalmente contra a expansão do terminal ção do terminal de contentores em Alcântara, que vai triplicar a actual capacidade para um milhão de TEU's (um TEU equivale a um contentor de 20 pés), e uma intervenção ferroviária que inclui a ligação desnivelada entre este terminal e a Linha de Cintura, para transporte de carga, e a ligação desta à linha de Cascais, em túnel", afirmou José Godinho.
O autarca encara com bons olhos a intervenção ferroviária, mas defende que se deve manter em Alcântara "a coexistência dos paquetes de cruzeiros com os contentores e com a náutica de recreio".
José Godinho frisou ainda também que o porto poderia crescer sem ter de destruir a doca do Espanhol e lamentou que "queiram meter contentores" numa "marina bonittura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo, implicando um período de obras de aproximadamente seis anos na zona das Docas.
No início de Outubro, o PSD acusou o Governo de favorecer a Liscont concedendo-lhe a exploração até 2042 do terminal de contentores de Alcântara e triplicando o espaço disponível, sem concurso público e violando o prazo legal das concessões.
in http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/438421

Mota Engil ultrapassa lei com concessão por 57 anos

29-Out-2008
O governo decidiu alargar a concessão do terminal de contentores de Alcântara à empresa Liscont, detida maioritariamente pela Mota-Engil, liderada por Jorge Coelho. Apesar da lei prever 30 anos para a duração máxima das concessões, com esta prorrogação a concessão será de 57 anos, e sem concurso público. Esta situação já motivou o lançamento de uma petição por vários cidadãos. O deputado Municipal do Bloco Heitor de Sousa considera a decisão "um escândalo".
O governo decidiu prorrogar o prazo de concessão do terminal de contentores de Alcântara por mais 34 anos a uma empresa detida maioritariamente pela Mota-Engil, perfazendo 57 anos o total da duração da concessão. Um dos objectivos do prolongamento do contrato é a triplicação da capacidade do terminal, considerada por muitos desnecessária.
Este é um dos motivos que levou um movimento de cidadãos (que inclui Gonçalo Ribeiro Telles, Miguel Sousa Tavares e Helena Roseta) a lançar uma petição contra esta decisão do governo, alegando que a triplicação da capacidade do terminal "afigura-se completamente incompreensível, desnecessária, e inaceitável para mais sem concurso público", dado que a Administração do Porto de Lisboa "apresenta desafogadas capacidades instaladas e disponíveis, para fazer face a eventuais crescimentos do movimento de contentores".
Por outro lado os peticonantes denunciam que "apesar da lei prever 30 anos para a duração máxima das concessões, com esta prorrogação a duração desta concessão será na prática, de 57 anos, o que, tal como o Tribunal de Contas sublinha, impede os benefícios da livre concorrência por encerrar o mercado por períodos de tempo excessivamente longos."
Pedro Soares, coordenador autárquico do Bloco, já tinha alertado para esta situação em artigo de opinião no Esquerda.net. "Agora veio o Governo com o projecto Nova Alcântara. Desta vez parece que foi a Câmara a apanhar com tudo já decidido. O facto é que foi decretada a revisão do contrato com a entidade que explora o terminal de contentores em Alcântara, conferindo-lhe, com muito pouca transparência, o prolongamento da concessão até 2042, o aumento da capacidade de movimentação de contentores e a extensão do cais para nascente em aproximadamente 500 metros, bem como do terrapleno situado entre o novo cais e o actual, em cerca de 55 mil metros quadrados."
Uma das situações que mais incomoda o grupo de cidadãos que lançou a petição é o facto desta ampliação do terminal poder implicar "a criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo."
Esta situação foi também abordada pelo vereador José Sá Fernandes que assegura que lutará contra este projecto "política e judicialmente" se se confirmarem os piores receios. "Se existirem mais contentores em Alcântara constituindo uma barreira, eu sou completamente contra e lutarei até às últimas instâncias contra isso", sublinhou Sá Fernandes. No entanto, o vereador explica que com o enterramento da linha de comboios na zona, o escoamento dos contentores será em princípio mais célere. "O que eu acredito é que muito embora haja muitos mais contentores, eles são escoados muito mais rapidamente, através de uma conduta subterrânea a toda a hora, ao contrário do que acontece hoje, que são três vezes por dia", explicou.
Heitor de Sousa, deputado municipal do Bloco, considera um "escândalo" a prorrogação do contrato para um total de 57 anos à empresa detida pela Mota-Engil. E sublinha que o principal problema do projecto é precisamente a triplicação da capacidade do terminal e a sua extensão de 700 para 1700 metros. "O abaixamento da linha de comboio permitirá uma escoação rápida dos contentores, o que torna inútil e desnecessário o aumento da capacidade e da extensão do terminal, que assim vai ocupar ainda mais a Frente Ribeirinha", afirmou ao Esquerda.net.
in http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=8903&Itemid=28

Estivadores concentram-se frente à Câmara de Lisboa

Dezenas de estivadores do porto de Lisboa concentram-se hoje frente à Câmara Municipal em defesa do projecto de ampliação do terminal de contentores de Alcântara, que a Administração do Porto de Lisboa está a apresentar em reunião do executivo.
Alguns trabalhadores insultaram o escritor Miguel Sousa Tavares, que integra um movimento de cidadãos contra aquele projecto, quando este entrava para os paços do concelho.
Sousa Tavares acabou por abandonar a reunião, quando o presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Manuel Frasquilho, iniciou uma apresentação do projecto que começava com um filme.
«Não fui convidado para uma acção de propaganda da APL. Ainda se fossem mostrar o contrato que assinaram», disse Sousa Tavares aos jornalistas à saída da reunião.
O escritor e jornalista afirmou ter sido convidado para uma «discussão na Câmara» sobre o projecto em que a APL tammbém estaria representada.
Sousa tavares acabou por abandonar o edifício da autarquia sob escolta policial, por razões de segurança, como o próprio admitiu aos jornalistas.
Questionado sobre se o protesto dos estivadores resultava de uma acção concertada, Sousa Tavares respondeu «com certeza».
«Estão a ser manipulados porque lhes deram uma informação falsa. Os postos de trabalho deles não estão ameaçados», afirmou, escusando-se a concretizar quem estará a manipular os trabalhadores.
João Alves, da direcção do Sindicato dos Estivadores, disse aos jornalistas que «o crescimento da actividade do porto, com o alargamento do terminal, pode vir a representar a criação de postos de trabalho em grande número, entre 500 e 600».
Diário Digital / Lusa
in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=356375&page=1

Lisboa: Petição contra contentores em Alcântara já reuniu mais de 4000 assinaturas

29 de Outubro de 2008, 16:46
Lisboa, 29 Out (Lusa)- A petição "Lisboa é das pessoas, mas contentores não!", já reuniu desde o seu lançamento, segunda-feira, mais de 4.000 assinaturas, condição necessária para que a Assembleia da República discuta as reinvindicações dos signatários do documento.
A petição, apresentada segunda-feira por um movimento de cidadãos liderado pelo escritor Miguel Sousa Tavares e que integra a Associação dos Concessionários da Doca de Santo Amaro, pede a revogação do decreto-lei que permite a extensão da concessão à empresa Liscont e a triplicação da capacidade do terminal de contentores de Alcântara (DL 188/2008).
A Lei que consagra o direito de petição (43/90) obriga a apreciar em plenário as peticões subscritas por mais de 4.000 cidadãos.
Às 16:15 de hoje, a petição tinha 5.000 assinaturas.
Miguel Sousa Tavares assegurou na segunda-feira que o movimento de cidadãos avançará com uma acção popular se o decreto-lei que permite a obra não for revogado pelo Parlamento.
"Continuaremos até às 40 mil assinaturas para pôr uma acção popular contra o Governo", afirmou Sousa Tavares, numa conferência de imprensa em que foi lançada a petição.
O documento salienta que a ampliação da capacidade do terminal de contentores de Alcântara implica a criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo e que vai sujeitar aquela zona a um período de obras de cerca de seis anos, impedindo a população de aceder ao rio pelas "Docas".
O fim da actividade lúdica desta zona, adianta o texto da petição, vai pôr em risco 700 postos de trabalho.
Os signatários consideram que a obra, é "incompreensível, desnecessária, e inaceitável", sublinhando que "os terminais de contentores existentes nos portos de Portugal no final de 2006 tinham o dobro da capacidade necessária para satisfazer a procura do mercado".
Os abaixo-assinados pedem que a Assembleia da República impeça "este atentado estético e económico contra o País" e revogue o DL 188/2008.
RCR.
Lusa/fim
in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/b8252f87e2dc819e3e6fec.html

Lisboa: Porto nega que alargamento de terminal de contentores crie muralha de aço frente ao rio

29 de Outubro de 2008, 18:08
Lisboa, 29 Out (Lusa) -- A Administração do Porto de Lisboa (APL) garantiu hoje que o alargamento do terminal de contentores de Alcântara não vai criar uma barreira entre cidade e rio, afirmando que é necessário para responder às necessidades portuárias da capital.
No período antes da ordem do dia da reunião pública da autarquia, o presidente da APL, Manuel Frasquilho, afirmou que o Porto vai atingir um ponto de "saturação" em 2012 e que o alargamento é necessário para dar resposta às necessidades portuárias da capital e tornar o porto competitivo.
"Só podemos responder ao mercado com condições operacionais e físicas", argumentou, referindo que é preciso pensar o crescimento do Porto de Lisboa numa lógica ibérica, prevendo uma "plataforma integrada" dos portos atlânticos e mediterrânicos da Península.
Em relação às preocupações manifestadas pela oposição camarária quanto ao aparecimento de uma "muralha de aço" de contentores em Alcântara, o presidente da APL contrapôs que serão demolidos edifícios que já não cumprem funções portuárias com alturas entre os "15 e 17 metros", mais do que a cota de nove metros máximos resultante do empilhamento de contentores.
Frisou que o alargamento previsto será feito "sem crescimento de qualquer barreira visual" com a acumulação de contentores, acrescentando que a ligação ferroviária subterrânea prevista no projecto vai permitir a redução de "mil camiões TIR" por dia a circular por Lisboa e que será reforçado o transporte de contentores pelo rio em barcaças, com cada embarcação a permitir levar o que teria de ser carregado em cerca de 40 camiões.
Com a ligação ferroviária subterrânea à Linha de Cintura -- a que passará a estar ligada também a linha de Cascais, também subterraneamente -, os dois comboios diários que escoam contentores poderão passar a quinze por dia, destacou.
Em termos de investimento futuro, a APL prevê gastar cerca de 220 milhões de euros, 142 milhões dos quais até 2013, enquanto a concessionária do terminal, a Liscont, gastaria 226 milhões, 146 até 2013.
A perspectiva de lucro é de um aumento de "mais de cem por cento", com os actuais 3,7 milhões de euros por ano actuais a passarem a 8,6 milhões.
Respondendo a uma questão levantada pelo presidente da autarquia, António Costa (PS), Manuel Frasquilho rejeitou a possibilidade de o terminal de contentores passar para outro local: no Poço do Bispo não há condições de navegabilidade para navios de maior porte, enquanto na Trafaria (margem Sul), "as acessibilidades actuais são um caos", para além de ser preciso um "estudo hidrográfico sério" para avaliar a profundeza do leito do Tejo.
Manuel Frasquilho referiu ainda que o projecto da APL prevê uma requalificação do largo frente à Estação Marítima de Alcântara e a manutenção do espaço das Docas tal como está.
APN.
Lusa/fim
in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/a840a0c3e36e5b7bf1328c.html

Costa afirma que novo terminal não é muralha de aço

O presidente da Câmara de Lisboa escusou hoje antecipar-se à «posição formal» que a autarquia irá assumir sobre a expansão do terminal de contentores de Alcântara mas adiantou que «não está em causa nenhuma muralha de aço»

«Aquilo que foi informado pela Administração do Porto de Lisboa, tal como já tinha sido anteriormente, é que não está em causa nenhuma muralha de aço», disse o presidente da autarquia, António Costa (PS), aos jornalistas, à margem da reunião pública do executivo municipal.
O projecto foi apresentado pelo presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Manuel Frasquilho, durante a reunião.
«O projecto de obra em concreto, quando for formalmente apresentado, a Câmara pronunciar-se-á», disse, referindo-se ao parecer que a autarquia dará sobre o projecto, embora não tenha competências para o licenciar porque está na zona de jurisdição da Administração do Porto de Lisboa.
António Costa sublinhou que a demolição de edifícios da Administração do Porto de Lisboa em Alcântara, bem como o aumento da capacidade de escoamento do terminal de contentores prevista do projecto vão impedir a criação de uma «muralha de aço» entre a cidade e o rio Tejo.
«Vamos poder ter um porto mais eficiente, com uma cidade mais próxima do rio», declarou.
Costa sublinhou ainda que está prevista a ligação da linha de Cascais à linha de cintura, beneficiando a maioria dos passageiros, já que, afirmou, «70 por cento dos destinos localizam-se nas Avenidas Novas», ficando assim os «cidadãos melhor servidos do que indo para o Cais do Sodré».
O autarca referiu-se ainda às vantagens da construção de um túnel para ligar Alcântara-Mar a Alcântara-Terra, «eliminado o conflito entre o comboio e o carro».
Durante a reunião, António Costa destacou a importância da actividade do Porto de Lisboa, ao mesmo tempo que, afirmou, a autarquia promoveu uma «visão de conjunto integrada de 19 quilómetros» da frente Tejo do Concelho.
Essa «visão integrada», recordou, foi apresentada no plano estratégico elaborado pela autarquia no âmbito do protocolo que assinou com o Governo para a passagem de áreas sem uso portuário na frente ribeirinha para a jurisdição municipal.
«Quero que Lisboa seja um cidade portuária e, pelo que tenho interpretado, a maioria nesta Câmara quer que Lisboa continue a ser uma cidade portuária. Eu não quero um porto só com uma marina de iates ou com um terminal de contentores mas um porto que fortaleça a base económica da cidade», afirmou.
A expansão do terminal de contentores está a ser contestada por um recém criado movimento de cidadãos que lançou uma petição pedindo a revogação do decreto-lei que alarga a concessão do terminal à empresa Liscont, detida maioritariamente pela Mota-Engil, até 2042, com a triplicação da capacidade da infra-estrutura para receber contentores.
Além da extensão da concessão, sem concurso público, é contestado o impacto visual do terminal, alegando que constituirá uma barreira entre a cidade e o rio Tejo.
Lusa / SOL
in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=115035

Estivadores ameaçaram e injuriaram Sousa Tavares
Escritor só saiu da Câmara de Lisboa com escolta policial por se opor a obras na Doca de Alcântara
2008-10-30
NUNO MIGUEL ROPIO
Com ameaças e impropérios. Assim foi recebido esta quarta-feira pelos estivadores do Porto de Lisboa, junto à Câmara Municipal, Sousa Tavares, líder do movimento de cidadãos contra o alargamento do terminal da Doca de Alcântara.
Cerca de 200 trabalhadores aguardaram a chegada do escritor, aos Paços do Município de Lisboa, pelas 15 horas, para o insultar e tentar coagir fisicamente. "Vai mas é escrever livros para o Porto" ou "javardo" foram as frases disparadas violentamente, em uníssono, contra Miguel Sousa Tavares, que contou com a protecção da Polícia Municipal.
O escritor e jornalista tinha sido convidado pelo presidente de Câmara, António Costa (PS), para participar na discussão sobre o alargamento do Porto de Lisboa, como representante do movimento de cidadãos "Lisboa é das pessoas. Mais contentores, não", que lançou uma petição, onde pedem a revogação do decreto-lei que prevê não só a triplicação do terminal de contentores de Alcântara, como a renovação da concessão de exploração da Liscont [do grupo Mota-Engil] até 2042.
Sousa Tavares acabou, uma hora depois, por abandonar a reunião pública quando se apercebeu que estava prevista uma apresentação prolongada do projecto de alargamento de Alcântara, a cargo de Manuel Frasquilho, presidente da Associação do Porto de Lisboa (APL). "Não fui convidado para uma sessão de propaganda da APL. Ainda se mostrassem o contrato que assinaram", alegou, considerando que o protesto dos trabalhadores não passava de uma acção concertada.
O jornalista teve então de se refugiar no primeiro andar, onde fica o Salão Nobre da Câmara, descer pelo elevador de Costa e sair pela porta lateral, junto à Igreja de São Julião. Acabou por sair num carro descaracterizado da Polícia Municipal, que o levou ao seu veículo pessoal.
Ao JN, João Alves, da direcção do Sindicato dos Estivadores do Porto de Lisboa, Centro e Sul, explicou que "os 900 mil contentores previstos com o alargamento são o movimento de um ano". "Não vão estar ali todos concentrados. O que não cresce nesta actividade morre e o nosso maior concorrente é Tanger. Há aqui espaço para criar mais 400 ou 500 postos de trabalho", disse. "Esse senhor [sousa Tavares] tem de perceber que quem é manipulado é ele e que está a colocar o nosso trabalho em causa. Não estarão aqueles senhores das Docas por detrás desse movimento?", questionou, ainda, o dirigente.
A petição do movimento, que integra os Concessionários da Doca de Santo Amaro, pretende que Assembleia da República analise reivindicações que nela constam. Segundo Miguel Sousa Tavares, ontem, às 16 horas, o documento já tinha sido subscrito por cinco mil pessoas.
Segundo Manuel Frasquilho, o Porto de Lisboa tingirá um ponto de saturação em 2013, daí a necessidade de alargamento da infra-estrutura."Os edifícios existentes serão demolidos porque não cumprem as suas funções. Falamos de alturas que atingem os 17 metros. Os contentores, com o alargamento, empilhados não ultrapassam a cota dos nove metros", frisou, durante a apresentação ao executivo municipal (ver caixa).
O presidente da APL salientou ainda a retirada de mil camiões da capital, quando o porto estiver ligado por túnel ferroviário à Linha de Cintura. O projecto de ampliação do terminal será enviado à autarquia na próxima semana para esta dar um parecer sobre a obra.
in http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=1036004

Alcântara: novo terminal de contentores apresentado hoje

Empresa do grupo Mota-Engil, a Liscont apresenta, esta quinta-feira, os planos de alargamento do terminal de contentores em Alcântara, intervenção que está já a levantar polémica, sobretudo pelo impacto visual e ambiental que pode causar naquela zona de Lisboa.
Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato dos Estivadores mostra-se, contudo, de acordo com a obra, sem a qual «o porto de Lisboa vai acabar por morrer».
«Se não houver expansão do terminal de contentores e se não for aprovado o projecto de expansão para o porto de Lisboa, obviamente, este porto morre. Este porto tem que fazer face aos desafios da competitividade. É essencial e primordial a sua expansão», sublinha Vítor Dias.
Já o presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, assume-se contra a decisão do Governo de ampliar o terminal de contentores, já que, além de não conhecer bem o projecto, a parte que conhece, preocupa-o.
«Em termos de impactos ambientais não sei quais são as consequências, por exemplo, para as areias do Tejo. Também sou contra por se fazer um prolongamento de uma concessão por mais 27 anos sem concurso público», afirmou, em declarações à TSF, José das Neves Godinho.
Quanto às promessas da Liscont de benefícios sociais e económicos, Neves Godinho considera-as «uma falácia».
in Diario Digital

António Costa nega impacto visual do terminal de contentores

"Não está em causa nenhuma muralha de aço", disse o presidente da autarquia de Lisboa ao ser confrontado pelos jornalistas sobre o impacto visual da ampliação do terminal de contentores em Alcântara.
Mário de Carvalho*
11:47 | Quinta-feira, 30 de Out de 2008

Adrian Bradshaw/ EPA
Em causa está a triplicação da capacidade do terminal de contentores de Alcântara
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa escusou, quarta-feira, antecipar-se à "posição formal" que a autarquia irá assumir sobre a expansão do terminal de contentores de Alcântara, mas adianta que "não está em causa nenhuma muralha de aço".
"Aquilo que foi informado pela Administração do Porto de Lisboa, tal como já tinha sido anteriormente, é que não está em causa nenhuma muralha de aço", disse António Costa aos jornalistas, à margem da reunião pública do executivo municipal, onde o projecto foi apresentado pelo presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Manuel Frasquilho.
O presidente da autarquia sublinha que a demolição de edifícios da Administração do Porto de Lisboa em Alcântara, bem como o aumento da capacidade de escoamento do terminal de contentores prevista no projecto vão impedir a criação de uma "muralha de aço" entre a cidade e o rio Tejo.
"Vamos poder ter um porto mais eficiente, com uma cidade mais próxima do rio", referiu António Costa, realçando ainda que está prevista a ligação da linha de Cascais à linha de cintura, beneficiando a maioria dos passageiros, já que, afirmou, "70% dos destinos localizam-se nas avenidas novas", ficando assim os "cidadãos melhor servidos do que indo para o Cais do Sodré".
Por sua vez, o presidente da Administração do Porto de Lisboa revelou que o projecto da ampliação do terminal de contentores de Alcântara deverá ser enviado na próxima semana à autarquia, que se pronunciará sobre a obra.
Questionado sobre as consequências da petição que contesta a obra, o responsável escusou-se a comentar a iniciativa: "Não sou político. Não comento os movimentos de cidadãos nem as movimentações dos partidos".
A petição do recém-criado movimento de cidadania 'Lisboa é das pessoas. Mais contentores, não' pede a revogação do decreto-lei que permite a extensão da concessão à empresa Liscont, do grupo Mota-Engil, e a triplicação da capacidade do terminal.
Além da extensão da concessão, sem concurso público, é contestado o impacto visual do terminal, alegando que constituirá uma barreira entre a cidade e o rio Tejo.

in http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/439392

Terminal de Alcântara: «É o mercado que manda»

Liscont apresentou projecto no Porto de Lisboa e defendeu que não haverá uma «muralha de aço» entre a cidade e o Tejo
«É o mercado que manda». Foi desta forma que o presidente da Liscont, concessionária do terminal de contentores de Alcântara, explicou a necessidade de ampliar a estrutura. Em 2013, contará com mais 500 metros de cais, e triplicará a sua capacidade. Quanto às críticas ao projecto, Eduardo Pimentel garantiu que não aumentará o fosso entre Lisboa e o Tejo. Em relação ao alargamento da concessão até 2042, apontou que é necessário para amortizar o investimento.
Manuel Alegre pressiona Governo
Depois de uma visita guiada aos jornalistas pelo terminal e de serem divulgadas as alterações que este irá sofrer nos próximos cinco anos, o presidente da Liscont, cujo principal accionista é a construtora Mota-Engil, refutou as críticas feitas ao projecto. «Não vai ser criada muralha de aço nenhuma. O que aqui se está a discutir é um conceito de cidade», disse ao PortugalDiário. No início da apresentação das alterações que vão ser feitas explicara a visão da empresa: «Lisboa sempre foi, é, e deve continuar a ser, uma cidade portuária. Essa é a nossa opinião, e por isso apresentamos um projecto».

«A alternativa que temos se pararmos e deixarmos o porto definhar e morrer é transformar Valência no Porto de Lisboa», disse Eduardo Pimental, defendendo que não existe qualquer alternativa em Portugal para esta estrutura, nem sequer Sines, por uma questão económica. «O transporte marítimo é 20 vezes mais barato do que o transporte rodoviário e cerca de 10 vezes mais barato do que o transporte ferroviário. É por isso que na cadeia logística se procura aproximar os portos dos locais de consumo».
A empresa aponta que a actual capacidade de 340 mil movimentos de contentores anuais se esgotará em 2012 e que por isso era um imperativo aumentar a estrutura para poder comportar quase o triplo. «Era uma necessidade, porque é o mercado que manda. Se não fizermos este investimento deixamos de ter mercado e depois quando ele se fizer daqui a dez anos já não há cá mercado», disse o presidente da Liscont.
Mais 500 metros de cais
Segundo explicou, o projecto prevê «aumentar em 500 metros o cais para montante do rio», será ainda aumentada a área para contentores, após a demolição de parte dos edifícios que se encontram no terminal, e ainda construído um túnel ferroviário que irá ligar a outro da Refer, que permitirá a ligação da linha de Cascais à Cintura Interna. O investimento que a Liscont prevê ascende aos 226 milhões de euros.
«Durante este ano vão demolir-se estes edifícios, vai fazer-se a repavimentação desta zona em estudo. As obras importantes, que são o prolongamento de 500 metros de cais e a plataforma ferroviária iniciam-se sensivelmente a meio de 2010 e estarão terminadas em Março de 2013», disse o responsável ao PortugalDiário.
Morais Rocha, administrador da Liscont, explicou que além dos 130 postos de trabalho existentes irão ser criados «mais 250». Além destes há ainda postos indirectos: «O que estamos a estimar é ter por ano 27 mil aplicações de trabalho, ou seja vamos ter 27 mil homens por turno e por ano».
«Não somos beneméritos»
Eduardo Pimentel recusou ainda as críticas apontadas ao alargamento da concessão até 2042. «Nós não somos beneméritos nem filantropos, os investimentos têm de ser amortizados e remunerados e portanto é preciso tempo para pagar e para remunerar estes investimentos», disse aos jornalistas.
O anúncio deste projecto foi recebido com fortes críticas e deu origem a um movimento de cidadãos que exige que o decreto-lei que prolonga a concessão à Liscont seja revogado. A petição já foi assinada por mais de 8000 pessoas, um número superior ao necessário para que seja levada a discussão na Assembleia da República.
in http://diario.iol.pt/sociedade/contentores-terminal-porto-de-lisboa-lisboa-apl-liscont/1007777-4071.html

Alcântara: Manuel Alegre quer saber motivos ampliação terminal

O deputado do PS Manuel Alegre questionou hoje o Governo sobre quais os motivos para ampliar o terminal de contentores de Alcântara e para prorrogar agora a concessão à empresa Liscont, do grupo Mota-Engil.
Num requerimento entregue hoje na Assembleia da República, Manuel Alegre pergunta ainda ao ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Nunes Correia, qual é a sua opinião sobre os impactos ambientais da ampliação do terminal de Alcântara.
«Não sei que benefícios o projecto de ampliação do terminal de contentores do porto de Lisboa em Alcântara pode trazer aos cidadãos; sei que lhes tira rio, espaço, paisagem, bem-estar. E também o direito à beleza que faz parte dos direitos de cidadania», escreve Manuel Alegre, no requerimento.
O ex-candidato presidencial independente refere que a lei define para as concessões de actividades portuárias um limite «não superior a 30 anos» e obriga a que sejam atribuídas por concurso público.
«A actual concessão do terminal de Alcântara foi atribuída, por concurso, por um prazo inicial de 20 anos. Este prazo já foi prorrogado em 10 anos, terminando em 2015», recorda, em seguida.
Manuel Alegre questiona depois o Governo sobre «quais as razões de uma prorrogação, desde já, por 27 anos e sem concurso, de uma concessão que só termina em 2015».
Referindo que o decreto-lei que prorroga a concessão à Liscont por mais 27 anos a justifica com a necessidade de renovar o terminal de Alcântara devido a «novas circunstâncias verificadas no mercado dos serviços portuários», Alegre quer saber quais são essas «novas circunstâncias».
«Em que estudos comparativos se baseiam? Qual a política nacional portuária que lhe está subjacente?», interroga.
Por outro lado, o deputado do PS e vice-presidente da Assembleia da República aponta que não foi feito «nenhum estudo de impacto ambiental» e que «nem consta que o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional tenha tido, até à data, qualquer posição sobre esta matéria».
«Qual a opinião do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional sobre os impactos ambientais das transformações que se pretendem levar a cabo com a ampliação do terminal de contentores de Alcântara», pergunta Manuel Alegre.
Diário Digital / Lusa
in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=356561

Lisboa, 30 Out (Lusa) - O aumento da capacidade de escoamento do Porto de Lisboa com o túnel ferroviário subterrâneo e por via fluvial vai reduzir em dois dias o tempo médio de permanência dos contentores em terra, revelou fonte da Liscont.

Em declarações à Lusa após uma visita ao Porto de Lisboa, Morais Rocha, administrador da Liscont, concessionária do terminal de Alcântara, explicou que com o aumento do escoamento via fluvial e através do túnel ferroviário o tempo médio de espera dos contentores deverá passar de sete para cinco dias.
Morais Rocha falava após uma visita ao Porto de Lisboa, que se seguiu a uma apresentação do projecto de ampliação do terminal de Alcântara, que envolve a demolição de alguns edifícios e o avanço e alinhamento do cais actual de forma a poder triplicar a capacidade actual.
Quanto à possibilidade de utilizar o porto de Sines em vez de ampliar o terminal de Alcântara, Rocha Morais afirmou: "Não faz sentido andar a passear carga de camião ou comboio. Isso tem um custo de transporte [que se reflectiria no preço dos produtos]".
O projecto, que prevê que a capacidade passe de 340.000 para 900.000 contentores/ano, inclui a demolição do actual edifício administrativo da Liscont, dos edifícios entre a vedação Norte do terminal e a Doca do Espanhol e de outros espaços (a poente do topo de Doca), o prolongamento do cais do terminal para montante (cerca de 500 metros) e a construção de uma plataforma de manobra e descarga de composições ferroviárias.
A propósito das críticas de que o projecto terá como consequência a construção de "uma muralha de aço" com cerca de 1,2 quilómetros entre a cidade e o Rio Tejo, o administrador da Mota-Engil Ambiente e Serviços Eduardo Pimentel afirmou que "os edifícios actualmente existentes e que serão demolidos são mais altos do que as pilhas de contentores".
"Quando falamos de 900.000 a um milhão de contentores por ano não é aqui parados. Isso nunca aqui caberia. É o número de contentores que por aqui passam ao longo do ano", afirmou, sublinhando que "a altura a que ficarão é a mesma".
"Não vai haver nem mais um contentor em altura do que já existe hoje", garantiu.
A contestação a este projecto originou a criação de um movimento de cidadãos que lançou segunda-feira uma petição contra a obra, pedindo a revogação do decreto-lei que alarga a concessão até 2042 do terminal à empresa Liscont, detida maioritariamente pela Mota-Engil.
Até às 16:15 de quarta-feira a petição já tinha sido assinada por cerca de 5.000 pessoas, mais 1.000 do que o mínimo necessário para que possa ser apreciada no Parlamento.
A petição foi lançada por um movimento de cidadãos liderado pelo escritor Miguel Sousa Tavares e integra a Associação dos Concessionários da Doca de Santo Amaro.
O documento salienta que a ampliação da capacidade do terminal de contentores de Alcântara implica a criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo e que vai sujeitar aquela zona a um período de obras de cerca de seis anos, impedindo a população de aceder ao rio pelas "Docas".
Em termos de investimento futuro, a Administração do Porto de Lisboa prevê gastar cerca de 220 milhões de euros, 142 milhões dos quais até 2013, enquanto a concessionária do terminal, a Liscont, gastaria 226 milhões, 146 até 2013.
A perspectiva de lucro é de um aumento de "mais de cem por cento", com os actuais 3,7 milhões de euros por ano actuais a passarem a 8,6 milhões.
SO.
Lusa/Fim
in http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1036205

Demolições em Alcântara começam já este ano

Por Sónia Trigueirão
Liscont e Mota-Engil explicaram ontem em conferência de imprensa a prorrogação por 27 anos do contrato de concessão e a necessidade de fazer obras já. Garantiram também que não vai haver nenhuma «muralha de aço» a tapar a vista para o Tejo
A prorrogação por 27 anos do contrato de concessão do terminal de contentores de Alcântara foi hoje justificada pelo presidente da Mota-Engil Ambiente e Serviços, Gonçalo Martins - num encontro marcado só para esse efeito com jornalistas - com a necessidade de amortizar o investimento feito pelo concessionário nas obras de ampliação daquela estrutura portuária.
Por seu lado, Rocha Morais, o representante da Liscont (a empresa da Mota-Engil que tem a concessão do terminal) explicou o porquê de se avançar com a ampliação agora.
Segundo Rocha Morais, os armadores estão a comprar navios cada vez maiores por ficar mais barato transportar cada vez maiores quantidades de contentores.
Se nada se fizesse, adiantou aquele responsável, «a partir de 2009, os navios iam ter de procurar alternativas», disse, sublinhando as potencialidades de outros concorrentes como o porto de Valência. Segundo Rocha Morais, só assim Lisboa poderá continuar na rota dos grandes armadores internacionais.
Os responsáveis das duas empresas quiseram deixar claro que não vai haver nenhuma «muralha de aço», sublinhando o facto de os contentores terem uma grande rotatividade e não serem empilhados mais de cinco de cada vez.
Lembraram ainda o facto de os edifícios que serão demolidos serem mais altos que os contentores.
O objectivo deste investimento é aumentar a capacidade do terminal de Alcântara, de 300 mil contentores para um milhão por ano.
Para concretizar esta ampliação, será necessário demolir o actual edifício administrativo da Liscont e os restantes imóveis, situados entre a vedação norte do terminal e a Doca do Espanhol.
Será ainda necessário, explicaram os responsáveis da Mota-Engil e da Liscont, fazer um prolongamento do cais do terminal, em mais de 500 metros, e construir uma plataforma de manobra e descarga de composições ferroviárias.
Com ou sem petição, asseguraram aos jornalistas, as demolições avançam até ao final do ano - numa referência ao Movimento de Cidadãos, que integra, entre outros, Miguel Sousa Tavares e Helena Roseta, e que está a reunir assinaturas para impedir a concretização deste projecto.
A polémica estalou quando foi publicado o decreto-lei governamental, determinando o alargamento da concessão à Liscont, até 2042 (mais 27 anos), sem concurso público e ainda com um regime de isenção de taxas portuárias único no sector, como revelou em primeira mão o SOL (edição de 4-10-2008).
O PSD fez, logo a seguir uma conferência de imprensa denunciando a eventual «ilegalidade» deste processo e, depois de ter escrito um artigo de opinião muito crítico sobre o assunto, Miguel Sousa Tavares lançou o movimento de cidadãos.
A conferência de imprensa de ontem (ver vídeo acima) foi apenas mais uma das iniciativas em que, entretanto, se desdobraram, ao longo dos ultimos dias, a Liscont e a Administração do Porto de Lisboa, para responder às criticas ao projecto.
sonia.trigueirao@sol.pt
in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=115155

Petição entregue na Assembleia da República

Movimento contra mais contentores em Alcântara satisfeito com debate público sobre projecto
31.10.2008 - 12h32 Sofia Rodrigues
O movimento de cidadania “Lisboa é das pessoas. Mais contentores, Não!” entregou hoje a petição contra o projecto de ampliação do terminal de contentores de Alcântara, com mais de oito mil assinaturas, ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Depois de uma reunião de quase uma hora com Jaime Gama, Frederico Colares Pereira, presidente da Associação de Concessionários da Doca de Santo Amaro, mostrou-se satisfeito com um primeiro objectivo atingido. “Pretendíamos que o projecto fosse discutido. A sociedade os lisboetas não sabiam e já estão a aperceber-se do que se está a passar”, disse o elemento do movimento, ao lado do jornalista Miguel Sousa Tavares, que tem dado a cara nesta contestação.
Frederico Colares Pereira indignou-se também com o desconhecimento da Câmara Municipal de Lisboa sobre o projecto. “Isto é uma vergonha, com uma obra destas a câmara não saber”, disse o responsável dos concessionários das Docas, acrescentando que o movimento “não quer pôr em causa a actividade portuária”.
O movimento pondera avançar com uma acção popular, que exige 40 mil assinaturas, para impedir a concretização da ampliação da capacidade do terminal e o prolongamento da concessão à Liscont do grupo Mota-Engil, por mais 27 anos.
in http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1348256&idCanal=12

Gama garante que Assembleia discutirá questão dos contentores

EVA CABRAL
Lisboa. Movimento Cívico quer revogar lei que autoriza alargamento
Contestatários querem reunir uma petição com 35 mil assinaturas
O movimento cívico que contesta a ampliação do terminal de contentores em Alcântara - e que dinamiza a petição "Lisboa é das pessoas. Mais contentores não" - foi ontem recebida pelo presidente do Parlamento, Jaime Gama que lhes garantiu que a matéria será debatida pela Assembleia da República.
Frederico Colares Pereira, presidente da Associação dos Concessionários da Doca de Santo Amaro, referiu à Imprensa que a petição tinha recolhido até ao dia de ontem cerca de dez mil assinaturas, apesar de se estar a fazer esforços para se angariar as 35 mil assinaturas , o que lhe permitirá poder pedir a revogação do decreto-lei que autoriza o alargamento da área com contentores em Alcântar.
O presidente dos Concessionários da Doca de Santo Amaro considerou ser natural que uma entidade privada como a Administração do Porto de Lisboa (APL) negue que a ampliação do terminal de contentores implique uma "muralha" com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a cidade de Lisboa e o rio Tejo, mas frisou que cabe aos poderes públicos porem um travão neste tipo de situações.
Frederico Colares Pereira deixou claro que ao Movimento Cívico cabe reclamar que o terminal de contentores de Alcântara não aumente, uma vez que o Tejo "é dos lisboetas e de todos os portugueses", mas contestou a ideia de que estão contra as actividades portuárias. Segundo adiantou "até ao momento todos conviveram de forma salutar e sem conflitos" acrescentando que este clima se " tornará impossível no futuro caso a Associação do Porto de Lisboa triplique, como pretende, a actual capacidade do terminal de contentores de Alcântara".
Frederico Colares Pereira defendeu, ainda, que a ampliação do terminal de contentores de Alcântara "deve ser discutida com os cidadãos" bem como a prorrogação do prazo de 27 anos para a concessão daquela actividade à Liscont.

in http://dn.sapo.pt/2008/11/01/cidades/gama_garante_assembleia_discutira_qu.html

Professor lança petição a favor de ampliação de terminal de contentores

Ontem às 22:43
Um professor universitário lançou na Internet uma petição que defende a ampliação do terminal de contentores de Alcântara. Em declarações à TSF, João Quaresma Dias disse não perceber os argumentos daqueles que estão contra este alargamento.

João Quaresma Dias diz que parece que Lisboa não fazer conviver actividades portuárias e de lazerJoão Quaresma Dias discorda de argumentos contra o alargamento do terminal de contentores
Um professor universitário lançou, na Internet, uma petição a favor da extensão do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa, dada a importância da estrutura para o desenvolvimento e sustentabilidade da cidade e do país.

Ouvido pela TSF, João Quaresma Dias disse estar «indignado» com aquilo que se passa com este terminal e disse mesmo que «parece que Portugal não consegue fazer conviver actividades de índole portuária juntamente com as actividades de recreio e de lazer».

O docente e coordenador do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, primeiro signatário da petição “Em Defesa de Lisboa”, não percebe alguns dos argumentos contra a extensão deste terminal, em particular aqueles que falam em contentores no centro de Lisboa.

«Sabemos que as cidades portuárias que têm contentores têm os terminais portuários a alguns quilómetros do centro da cidade, como em Barcelona, que fica a 2,2 quilómetros», exemplificou este professor, que lembrou que Alcântara não fica no Rossio.

Outro dos argumentos contestados por este docente do ISEL é o de que o terminal de contentores tem uma taxa de utilização baixa ou o de que este terminal não deve ser ampliado por causa da construção de urbanizações de luxo na zona.

João Quaresma Dias lembrou que um eventual fim do porto de Lisboa poderá colocar em risco em particular «as pessoas da zona norte de Lisboa, que vêem escoar as suas produções pelo porto de Lisboa e são alimentadas nas importações pelo porto de Lisboa».

«Se o porto de Lisboa acabar vem tudo de Roterdão de camião. Vamos meter 200 mil contentores por ano no mínimo pelas estradas da Europa e de Portugal», concluiu.

Na sexta-feira, foi entregue na Assembleia da República uma petição contra o projecto de ampliação deste terminal, que até quinta-feira à tarde já tinha recolhido mais de oito mil assinaturas.

Esta recolha foi lançada na segunda-feira por um movimento de cidadãos liderados pelo escritor Miguel Sousa Tavares e que subscreveram a petição “Lisboa é das pessoas. Mais contentores não».

Estes signatários querem a revogação do decreto-lei que alarga a concessão até 2042 do terminal à empresa Liscont, detida maioritariamente pela Mota-Engil, e defendem que as obras de ampliação de seis anos irão impedir a população de aceder ao rio pela zona das “Docas”.

in http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1037327
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Alcântara: três estudos de impacte ambiental

Anúncio foi feito esta segunda-feira pelo ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia

O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, anunciou esta segunda-feira que o projecto NovAlcântara vai ser alvo de três estudos de impacte ambiental (EIA), nomeadamente quanto à ligação ferroviária, o aprofundamento do cais e o terminal de contentores, escreve a Lusa.
Em declarações no Parlamento, o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional anunciou que a REFER ficará encarregue da apresentação de um EIA sobre a ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura em túnel, enquanto a Liscont deverá encomendar um estudo sobre a arrumação de contentores.

Contentores: «Obras não avançam sem avaliação ambiental»

Alcântara: nova polémica em torno do terminal

O ministro, que falava aos jornalistas à saída do debate na especialidade do Orçamento de Estado, na Assembleia da República, referiu ainda que um terceiro EIA incidirá ainda sobre o «aprofundamento do cais», sem revelar qual a entidade que ficará responsável por esta questão.

Questionado sobre se estará nas suas mãos o futuro do projecto NovAlcântara, Nunes Correia respondeu que a decisão tanto poderá ser «aprovar como rejeitar», lembrando que tal «depende» do estudo de impacte ambiental.

O ministro lembrou que, segundo as estatísticas, 95 por cento dos EIA «são aprovados, mas com condições».

Algumas intervenções «são possíveis»

Sobre o avanço de obras na zona do terminal de Alcântara antes da aprovação dos respectivos estudos de impacte ambiental, o ministro esclareceu que algumas intervenções «são possíveis» por não estarem dependentes do estudo, como demolições.

Entre outros planos, o projecto NovAlcântara prevê o desnivelamento da linha ferroviária de Cascais e a sua ligação à linha de Cintura através da estação de Alcântara-Terra e o polémico alargamento do terminal de contentores do Porto de Lisboa (com um aumento da capacidade de 340.000 para 900.000 contentores por ano).

Na semana passada, o vereador do Ambiente da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, anunciou que a área dos estudos de impacte ambiental da ligação da Linha de Cascais à de Cintura e das obras no Porto de Lisboa vai ser alargada para abranger todo o Vale de Alcântara.

«Isto é uma reviravolta na maneira de olhar a cidade», disse Sá Fernandes, sublinhando que com as garantias dadas em reuniões que manteve com a Administração do Porto de Lisboa (APL), Refer e Liscont (concessionária do terminal de contentores) vai ser estudado todo o sistema ecológico do Vale de Alcântara.

«Finalmente vamos tratar o vale de Alcântara como um sistema», afirmou, acrescentando que serão feitas bacias de retenção de água ao longo do caneiro de Alcântara e uma linha paralela ao caneiro por onde possam escoar as águas pluviais.

Sá Fernandes acrescentou ainda que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) acompanhará os estudos e que nenhuma obra avançará sem esse trabalho concluído.

«Nenhuma obra vai avançar sem que esteja concluída a avaliação de impacte ambiental. A única coisa que avança sem isso, no caso do Porto de Lisboa, é a demolição de dois edifícios vazios na frente do terminal», afirmou.

in http://diario.iol.pt/ambiente/contentores-alcantara-ambiente-ministro-estudos-lisboa/1011648-4070.html

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O problema não reside nas duas questões apresentadas, que parecem de forma diferente valorizar Lisboa, a ver: 1. A construção do terminal poderá colocar finalmente Lisboa como portal transatlantico de mercadorias, ao nível dos portos mais conhecidos da Europa. Aliás, esta intenção vêm em documentos estratégicos internacionais e nacionais - "Portugal - Porta do Atlântico". A pergunta reside numa questão estartégica "o que é que os outros estão a fazer? Como está a evoluir o mercado associado aos transportes de mercadorias por mar? e será que há mercado e condições de futuro para justificar o investimento?". Já todos conhecemos grandes ideias que resultaram ultrapassadas, com fundos "enterrados" e em contextos em que aquele investimento fazia falta em muitas outras coisas. O resultado positivo e eficiente da intervenção poderá ser muito benéfico para a economia portuguesa, claro que em prejuízo da paisagem ribeirinha. 2. A recusa de intervenções nocivas à paisagem, a coragem para devolver o espaço ribeirinho aos cidadãos é outra vertente a saudar, desta feita no campo da qualidade de vida, e numa vertente muito utilizada no âmbito da regeneração urbana. Mas o uso de espaços industriais, portos, etc na reconversão e devolução ao espaço público ocorre com a extinção do uso para o qual o espaço foi destinado, e muito raramente quando as actividades aí instaladas ainda funcionam. Depois também convém saber até que ponto Lisboa suporta actividades ribeirinhas de ócio e lazer, uma vez que continua a haver uma barreira fisica (linha férrea) e os espaços já existentes estão muitas vezes vazios. Ou seja, seria um grande investimento para um retorno que não é garantido (mesmo em qualidade de vida). Não apresentando qualquer solução, resta-me apenas uma opinião convicta de que a única coisa que sobressai é mais do mesmo, ou seja, grandes investimentos, supostamente bons para os portugueses, servem apenas para escamotear negocios o menos transparentes possiveis, favorecer os amigos de sempre e deixar as empresas emergentes e dinâmicas incrédulas na realidade portuguesa. Faz-se como no ilusionismo, cria-se uma diversão e dá-se o golpe. E com isto, a questão do terminal ou do espaço público ribeirinho é o menos importante.

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Projecto para Alcântara será alvo de três estudos de impacto ambiental, diz ministro


In Público (11/11/2008)

«Arrumação de contentores será um dos aspectos a ser alvo de análise, através de um estudo encomendado pela Liscont, referiu no parlamento Nunes da Silva

O projecto NovAlcântara vai ser alvo de três estudos de impacte ambiental (EIA), relativos à ligação ferroviária, ao aprofundamento do cais e ao alargamento do terminal de contentores, anunciou ontem o ministro do Ambiente, Nunes Correia, citado pela agência Lusa.

Em declarações no Parlamento, o governante explicou que a Rede Ferroviária Nacional ficará encarregue da apresentação de um estudo de impacte ambiental sobre a ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura em túnel, enquanto a Liscont, a empresa do grupo Mota-Engil que detém a concessão do terminal portuário de Alcântara, deverá encomendar um estudo sobre a arrumação dos contentores. O terceiro estudo incidirá sobre o "aprofundamento do cais", referiu Nunes Correia, sem revelar qual a entidade que ficará responsável por ele.

O projecto NovAlcântara prevê não só o desnivelamento da linha ferroviária de Cascais e a sua ligação à Linha de Cintura, através da estação de Alcântara-Terra, como o polémico alargamento do terminal de contentores do porto de Lisboa, com um aumento da capacidade de 340 mil para 900 mil contentores por ano. Questionado sobre se estará nas suas mãos o futuro deste projecto, Correia respondeu que a decisão tanto poderá ser "aprovar como rejeitar", dependendo dos resultados dos estudos de impacte ambiental. O ministro lembrou que, segundo as estatísticas, 95 por cento dos EIA "são aprovados, mas com condições".

Sobre o avanço de obras na zona do terminal de Alcântara antes da aprovação dos estudos, o ministro esclareceu que algumas intervenções "são possíveis" por não estarem dependentes do estudo, como demolições. Na semana passada o vereador do Ambiente da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, anunciou que a área dos estudos de impacte ambiental da ligação da Linha de Cascais à de Cintura e das obras no Porto de Lisboa vai ser alargada para abranger todo o Vale de Alcântara e respectivo sistema ecológico. "Nenhuma obra vai avançar sem que esteja concluída a avaliação de impacte ambiental.

A única coisa que avança sem isso, no caso do porto de Lisboa, é a demolição de dois edifícios vazios na frente do terminal", afirmou o autarca, acrescentando que serão feitas bacias de retenção de água ao longo do caneiro de Alcântara e uma linha paralela ao caneiro por onde possam ser escoadas as águas pluviais. Segundo Sá Fernandes, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil acompanhará os estudos e nenhuma obra avançará sem que esse trabalho esteja concluído.

Depois de reuniões com as entidades envolvidas nas obras ferroviárias e portuárias, o autarca disse também estar garantida "a criação de pelo menos quatro aberturas" entre os molhes de contentores, para evitar o surgimento de uma "muralha de aço" entre a cidade e o rio.»

in http://cidadanialx.blogspot.com/
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«arquitectosporlisboa@gmail.com

Caros amigos

No seguimento da recente polémica sobre a destruição de Alcantara com uma ampliação da Liscont, pergunta-se: para quando um Plano Director do Porto de Lisboa, que seja apresentado aos seus cidadãos, e discutido públicamente.
Nós defendemos a cidade de Lisboa e também o seu porto, e que as actividades deste só beneficiem a Cidade em vez de a prejudicar.
Por exemplo, para quando a demolição dos Silos da Trafaria?

Estamos completamente contra os contentores em Alcântara, e muito mais contra com a sua ampliação, que nos tentam impingir à força, e contra a nossa vontade de Lisboetas.

A Zona de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos é muito adequada para terminais de passageiros, com duas Gares Maritimas notáveis, e que devem ser rápidamente classificadas como Património Nacional, e mantidas em funcionamento para os grandes navios de cruzeiros que nos visitam todos os dias.

Os contentores e as outras actividades portuárias têm certamente outras localizações possíveis, mais capazes em capacidade e de expansão futura. A própria APL diz que Alcântara mesmo ampliada esgotará em 2020.

Deixamos aqui uma proposta para o novo terminal de contentores de Lisboa, que se desenvolve do terminal da Sotagus para Norte até ao cais da Matinha, isso daria um terminal moderno, com 3 vezes a área de Alcântara já ampliada , segundo a proposta da Liscont, e com capacidade para a movimentação de 3 milhões de TEUS por ano, 3 vezes a capacidade da "Alcântara" da Liscont, e isso , pode ser perfeitamente compatibilizado com as outras actividades do Porto de Lisboa.

Dentro deste estudo admite-se como bom uma Nova Pequena Gare de Passageiros, e exclusivamente essa finalidade, para complementar, Alcântara e Rocha, na Zona do Terreiro do Trigo/Jardim do Tabaco, ( cais já em obras) .

A solução que se propõe é fácilmente expansível, aumentando a largura do cais para o Mar da Palha. E as suas acessibilidades são muitas vezes superiores às de Alcântara, e o seu pior defeito.

Esta solução não prejudica Lisboa, pois vai ocupar uma zona degradada da cidade com montes de barracões e armazéns abandonados.

Este estudo é uma achega para a discussão do futuro da Cidade de Lisboa e do seu porto.

Arquitectos por Lisboa
»


in http://cidadanialx.blogspot.com/
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