Jump to content
Arquitectura.pt


Liberdade de Concepcao


JVS

Recommended Posts

De facto portugal possui um fosso face a europa de decadas mesmo.Como é possivel uma lei como a 73/73 ainda nao ter sido aprovada tendo passado tanto tempo, mas caso ela seja aprovada ira acontecer o que siza diz, que vai aver cada vez mais uma tendencia para a especializaçao. O futuro do arquitecto em portugal actual com apossibilidade de outras que nao arquitectos de assinarem projectos revela um desreipeito pelo arquitecto.é de facto miseravel tratarem o "estatuto" do arquitecto desta forma, sendo que nem a ordem tem demonstrado algo significativo para que isso se altero.Exemplo disto foi a saida da Arq. rosseta para a camara de lisboa, é deprimente isto. No entanto esta tendencia para a limitaçao do canpo criativo do arquitecto é algo que se verifica hoje e que as imobiliarias a quererem dinheiro rapido e facil , nao se vislumbra nenhuma alternativa para alterar esta tendencia.É o capitalismo duro. Pensar no arquitecto como uma proficional que nao tem ainda o seu estatuto perfeitamente alicersado numa sociedade , permitindo outros assinarem projectos é ridiculo, digno de pais de terceiro mundo onde parece ate que existem faltas de arquitectos para saciar o pais.

Link to comment
Share on other sites

Essa limitação do campo criativo do arquitecto, não vira do seu interior, quando se cria estereótipos de beleza. (duvida minha) O que é bonito..., e o feio é o inverso? (será que existem projectos feios e bonitos, é lógico que sim. Mas é assim tão obvio o bonito e o feio, o museu guggenheim em bilbao, é feio ou bonito? ( todos o achamos feio- ou quase todos) Será que não compre tudo o que foi solicitado ao arq. pondo bilbao na rota de muitos turistas, cidade desconhecida ate hoje e neste momento com visibilidade e com retorno económico. Julgo que a casos que podem ultrapassar o estereotipo de beleza. Cumprem bem a sua função. Note-se só entrei numa de bonito ao feio. Pois acho que essa discussão por vezes é bastante pessoal, não se podendo dar uma opinião sem ser pessoal. E para Frank Gehery o museu e bonito.) Não se critique tanto, abertamente os dá classe.

Link to comment
Share on other sites

Desculpem mas nao posso concordar totalmente com voces, primeiro, a Economia sempre ditou a Arquitectura, nao e de hoje, e de sempre, a limitacao do campo criativo do arquitecto por parte do cliente/imobiliaria nao e nada de novo, ou melhor, e novo em Portugal, onde o arquitecto ainda e visto como o artista. Por ultimo pergunto-me quem e que pode ditar o que e belo ou nao, de certo, todos concordamos que a legislacao muitas das vezes refreia essa liberdade (entao se pegarmos na lei das acessiblidades, uiiiii)., mas ao mesmo tempo todos sabemos que e a unica coisa que protege o cliente, e ao mesmo tempo a nos mesmos (senao qualquer dia o cliente anda a procura de quem lhe faca um T3 com 40 M2). A questao estetica ainda vai dar que falar, Corbusier como nao tinha trabalho na Europa, foi trabalhar para a India, se achas que estas certo o suficiente para decidir da estetica criada pelos outros, entao nao seras melhor que os Academistas dessa mesma Epoca, se por outro lado tens um espirito critico sobre a mesma o melhor que podes fazer e criticar, e participar na educacao estetica da sociedade (que na verdade eu acho que seria muito mais util do que andarmos para aqui a mandar bitates uns aos outros :rolleyes: ). Por ultimo, o 73/73 fez sentido no tempo em que foi criado, o Pais precisava urgentemente de habitacao, e nao havia Arquitectos para tal (na verdade a maioria dos arquitectos estava-se a borrifar para isso). Pecou-se porque nao se formou mais profissionais durante os 80s (o mesmo que com a medicina se formos a ver) e de repente temos uma nova classe de arquitectos cujo mercado nao teve tempo de assimilar.

Link to comment
Share on other sites

O factor económico e o factor legislação, são apenas mais uns items a juntar ao programa funcional do edificio! Não deixam de ser funções que o edificio tem de cumprir. Penso que deve ser apenas a função que deve dar origem à forma. E é a forma que, ao provocar determinado sentimento no utilizador, possibilita a criação da opinião se é belo ou feio, daí ser relativo de pessoa para pessoa. Neste sentido, não podemos falar de "liberdade de concepção" por parte do Arquitecto. Ele apenas dá forma ás ideias de função, "Imagina a evidência".

Link to comment
Share on other sites

Esclareçam-me uma dúvida; _ Afinal o que é a Ordem dos Arquitectos??? - O que faz??? - Qual é o seu poder na sociedade e parlamento??? Desde já, quero dar os parabéns ao JVS por opinar neste tema que por sinal é pertinente nesnte momento em que a Arquitectura tal como a humanidade vive uma crise que aponta para uma revolução...

Link to comment
Share on other sites

JVS o que é o belo, sabes? deves saber contudo o que para ti é belo, quanto muito ou o belo é a aquilo que a maioria acha que é belo? o belo para ti é o meu belo? é uma questão muito complicada.. quem é que define se um edifício é feio ou bonito? um arquitecto da câmara?qual?um tipo qualquer que não consegue fazer projectos e mal sucedido na sua carreira vai ***** qualquer projecto que lhe passe pelas mãos a dizer que não são belos? uma comissão de "censura"? é complicado JVS, não consegues....por isso, tens de pegar em algum lado e pegas nas leis, técnica, a técnica essa sim que é universal e não é compatível com subjectividades

Link to comment
Share on other sites

eu não aprendi nada disso, aprendi a ser arquitecto talvez...mas no fundo ainda não aprendi nada....aprendi contudo que devemos desenvolver um método, uma linguagem..devemos fazer projectos que,como dizia o Lacerda "que esteja lá a nossa falha nos dentes no projecto". a mim não me ensinaram o bom e o mau, o belo e o feio, deram-me as bases para eu construir o meu caminho como arquitecto.. e esse meu caminho, será aquele que eu muito bem entender, desde que faça boa arquitectura (para alguém) por tudo isto,adoro a FAUP...saíram tantos gajos de lá com percursos tão diferentes que mesmo que houvesse uma comissão de censura instruída no seu seio seria complicadissimo descobrir o belo, lol ve la se compreendes o mundo do subjectivo e não queres ser o dono da beleza, tá? estas a tornar a discussão numa estupidez porque achas que devias mandar matar os arquitectos que não fazem como gostarias de fazer...por isso aceita e tenta fazer o melhor que sabes, mas que seja mesmo teu...

Link to comment
Share on other sites

JVS

o que é o belo, sabes?
deves saber contudo o que para ti é belo, quanto muito
ou o belo é a aquilo que a maioria acha que é belo?
o belo para ti é o meu belo?

é uma questão muito complicada..
quem é que define se um edifício é feio ou bonito?
um arquitecto da câmara?qual?um tipo qualquer que não consegue fazer projectos e mal sucedido na sua carreira vai ***** qualquer projecto que lhe passe pelas mãos a dizer que não são belos?
uma comissão de "censura"?

é complicado JVS, não consegues....por isso, tens de pegar em algum lado e pegas nas leis, técnica, a técnica essa sim que é universal e não é compatível com subjectividades


Quando corre mal os arquitectos que licenciam são sempre os maus da fita!!!
Eu conheço inúmeras histórias de arquitectos que para justificar a sua incompetência têm sempre este argumento na manga quando os seus clientes tentam perceber porque é que os projectos são indeferidos!
Posso referir ainda a quantidade de projectos que entram nas câmaras assinadas por arquitectos (só se forem no papel) que nem sabem onde irá ficar a dita "obra", este fenómeno vai desde o norte até às ilhas!

Por isso sempre achei que o 73/73 é uma falsa questão enquanto existir arquitectos que baixam as calças por euros, e não digam que têm de comer porque esse argumento não cola!!!

p.s. eu não trabalho no licenciamento!:rolleyes:
Link to comment
Share on other sites

(editado,pois estava a responder a uma questão em outro sítio, e enganei-me) gostas do pawson, eu também só que o pawson é fabuloso e tu e eu ainda não somos pelo menos. acredito no entanto que o pawson nunca pôs em lado nenhum a questão do que é o belo. criou um método e uma linguagem que tomou como sua, por ser reflexo do seu modo de pensar e viver....e criou o belo, o belo para ele curiosamente o belo para ele é o meu belo e o teu será o belo de todos os legisladores das câmaras de Portugal? é melhor não tentar implementar a censura, não vá com a má formação existente em Portugal, algém censurar um projecto do pawson. os arquitectos também têm de comer, felizes daqueles que não têm de se vender

Link to comment
Share on other sites

  • 3 months later...

…de facto duvido muito que nas próximas décadas se chegue a um consenso entre o gosto do público, o dos arquitectos e dos empresários… …toda a nossa liberdade está limitada ao que se consegue fazer perante as expectativas do cliente, a opinião que o técnico acha válida para o lugar e a legislação aplicável… Seja como for a liberdade não é só um direito. É também uma obrigação…e sem um mínimo de regras…os arquitectos actuais perdiam-se em sonhos de vaidade…

Link to comment
Share on other sites

Apesar de ainda estar um pouco longe de ser arquitecta, gostaria de dar a minha opinião... Eu concordo com o que o Prof. Godin disse. Não há liberdade sem limites senão é livre arbítrio e livre arbítrio um arquitecto nunca terá, o seu projecto tem uma função, um objectivo, um cliente, um contexto histórico, existem os factores económicos, sociais, políticos, etc, etc, etc. São todos estes factores que parecem limitar a criação mas são eles que lhe dão um sentido e possibilitam a sua compreensão. Cumprimentos a todos :)

Link to comment
Share on other sites

Dream acho q entre o livre e o arbitrário há uma boa distância, e compreendendo a arquitectura como uma arte, devemos por isso procurar ao máximo tornar a liberdade omnipresente num projecto senão somos rapidamente engenheiros... E de todos os factores que falaste parecem-me sempre questionáveis até de um sentido artístico e não seguir os ideais totalmente utrapassados dos falsos filosofos (não tou a dizer q ele é, não sei) em que muitas vezes o q lhes falta é essa mesma criatividade e se refugiam num discurso que já se vai tornando um clássico,ainda que muitos se sintam na vanguarda ao dizê-lo!! ... Havia muito dizer, mas tenhos uns alçados por fazer :)

Link to comment
Share on other sites

Olá Space Invaders. Eu falei a pensar em extremos, acho que qualquer extremismo em qualquer situação mesmo fora da arquitectura é negativa, sempre. Não anulei de maneira nenhuma o lado artístico-criativo da arquitectura! O pensar que a arquitectura não é só arte não invalida, como é claro, que pense que não é arte. E tens razão quando dizes que entre a liberdade e o livre arbítrio há um grande distância, também nunca disse o contrário. Liberdade pressupõe sempre limites, livre arbítrio não (é um extremo). Apenas afirmei que a arquitectura nunca nasce descontextualizada, e conta com muitos factores que ao limitar o projecto, também o ajuda a evoluir e a ser o que é. Com os meus melhores cumprimentos (e esperando que tenhas tempo para continuar com o que querias dizer :)), DreamSpaces Girl:menina:

Link to comment
Share on other sites

A beleza deixa de ter importancia.

A minha opiniao eh sou contra esta Liberdade de Concepcao. Rebaixa o arquitecto a desenhador ou engenheiro. Jah sabemos que as leis e que a economia rege 80% do nosso trabalho.



whaooo! Pensamento profundo...JVS, esmeraste-te.

...mas se me permites a liberdade, cura esse teu complexo de superioridade para entrares na real.

É o que dá a porra das faculdades fabricarem "arquitectos-artistas"...não há pachorra.
Link to comment
Share on other sites

...mas não estás sozinho... esta prosa só pode ser produto de psicotrópicos meio janados em ebulição:

Dream acho q entre o livre e o arbitrário há uma boa distância, e compreendendo a arquitectura como uma arte, devemos por isso procurar ao máximo tornar a liberdade omnipresente num projecto senão somos rapidamente engenheiros... E de todos os factores que falaste parecem-me sempre questionáveis até de um sentido artístico e não seguir os ideais totalmente utrapassados dos falsos filosofos (não tou a dizer q ele é, não sei) em que muitas vezes o q lhes falta é essa mesma criatividade e se refugiam num discurso que já se vai tornando um clássico,ainda que muitos se sintam na vanguarda ao dizê-lo!! ... Havia muito dizer, mas tenhos uns alçados por fazer :)


... a imaginação destes tipos, não pára.
Link to comment
Share on other sites

Vitor, so hoje vi com um largo sorriso, o teu comentário, e tenho a dizer-te que o mundo faz-lo o próprio indivíduo, se consideras que procurar um sentido artístico na arquitectura é em boa verdade um erro, que no fundo aquilo é 80% normativo, terei d concordar um pouco contigo, ainda que a percentagem um pouco menor, porém isso aplica-se a programas com um grau d complexidade superior a uma casa ou um edifício de habitação ou de escritórios, e esses edifícios fazem 90% duma cidade, programas que são em boa verdade o "grande sumo" da nossa profissão. E nesse programas, o peso normativo em relação ao projecto final - imaginando mais um hipotético valor - anda na ordem dos 30% o que dá espaço para alguma criatividade, desde que esse esforço e extra dedicação exista no indivíduo...e não faça um trabalho em cima do joelho, para ganhar o dinheiro antes das férias do verão para ir pra republica dominicana refastelar-se ao sol e a comer umas bananas e ver as ondas andar pra frente e pra trás..., típico comportamento (de muitos direi) que vêem a arquitectura de uma forma mercantil, como instrumento de ganhar muito dinheiro, porém a quantidade de arquitectos que profileram hoje em dia em Portugal vão retirando o sonho desse El Dorado, e se acabam a fazer projectos para cumprir normas, projecto atrás de projecto, um irmão do outro e primo do que já viu e lá se enchem as cidades de cimento, em que mesmo sendo-se arquitecto ou amante da profissão não se contam mais do que momentos...

Link to comment
Share on other sites

estética é ética com um "s". apenas 10% do que está construído foi projectado por arquitectos, e talvês 1 % tenha cumprido esse projecto. Começo a questionar-me se a melhor estética é simplesmente a mais apropriada face a todas as condicionantes, como diz a SpaceGirl. Mondrian não é menos criativo por limitar as regras do jogo.

Link to comment
Share on other sites

Please sign in to comment

You will be able to leave a comment after signing in



Sign In Now
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.