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Veneza não inaugura ponte de Calatrava

Polémica. Arquitecto espanhol minimiza críticas

Críticas sobre a obra do espanhol levam políticos a cancelar cerimónia

A data da inauguração já estava marcada. A ponte concebida pelo arquitecto espanhol Santiago Calatrava deveria ser inaugurada no próximo dia 18, com a presença do Presidente da República, Giorgio Napolitano. Mas, como caiu uma chuva de críticas em Veneza sobre esta quarta ponte sobre o Grande Canal, as autoridades italianas resolveram cancelar o evento.

Os trabalhos da moderna ponte, construída com aço, pedra de Ístria e vidro, estão a ser duramente contestados. Primeiro, porque o orçamento suplantou, em muito, a verba inicialmente prevista - de 7,2 passou para 11,2 milhões de euros; segundo, porque as associações ligadas a deficientes vieram a público protestar pelo facto de a estrutura não contemplar um acesso mais facilitado para os cidadãos portadores de dificiências.

Numa entrevista concedida ao jornal El Pais, o arquitecto de Valência minimiza as contestações, considerando-as "inúteis". Lembra que o projecto esteve a consulta pública durante um ano na Praça de São Marcos, não tendo havido, na altura qualquer protesto. Quanto à falta de atenção para com os deficientes, Calatrava justifica-se: "Acho injusto que me culpem disso. De início o município não achou necessária a instalação de um elevador horizontal, porque já existe o vaporetto (barco)."

No entanto, Santiago Calatrava reconhece: "A execuçãoda ponte ficou completamente fora das minhas mãos, de acordo com a lei veneziana [Lei Merlone]. Fui apenas o seu consultor artístico." Esteticamente disse ter seleccionado o "encarnado veneziano" e "o arco semelhante ao de todas as pontes de Veneza", além do uso de elementos clássicos como a pedra e o bronze.

Os trabalhos da ponte levaram três anos a terminar. Foi na semana passada que a obra ficou concluída.

Não é a primeira vez que Santiago Calatrava é contestado. Alguns dos seus projectos foram-no, no passado, nomeadamente em Espanha, onde a concepção da nova ópera ultramoderna de Valência, o Palácio das Artes, foi criticado na sequência de fugas de água, quando choveu torrencialmente em Outubro de 2007, que levou os bombeiros a retirar água durante três dias.

O arquitecto lamenta a não inauguração. "É pena que os operários, que trabalharam tanto, não tenham uma inauguração adequada. Trabalhou-se para entregar a Veneza uma obra à altura da cidade. Sinto uma enorme gratidão por Itália."- L.F.

in http://dn.sapo.pt/2008/09/04/artes/veneza_inaugura_ponte_calatrava.html


O arquitecto espanhol Santiago Calatrava considerou «injusta» a polémica à volta da ponte que construiu sobre o Gran Canale de Veneza, informa o jornal ABC.

A polémica surgiu depois da Autarquia ter decidido cancelar a inauguração com a presença do presidente da República, Giorgio Napolitano, perante a ameaça de protestos de partidos de direita. «Tudo isto é injusto, porque é como se quisessem dizer que sou culpado, quando eu nem sequer sou responsável», comentou o arquitecto.
As principais críticas contra a ponte são o elevado custo de construção em relação à proposta inicial, dado que passou de 7,2 milhões para 11,2 milhões de euros, para além da inexistência de passagem para pessoas incapacitadas e até dúvidas em relação à segurança da estrutura.
Em todo o caso, na cidade ninguém consegue passar sem abrir a boca de espanto perante a última obra do arquitecto da Estação Oriente, em Lisboa.

in http://diario.iol.pt/internacional/veneza-calatrava-ponte/987234-4073.html
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um tema polémico numa Veneza onde o tempo não passa, numa Italia onde o tempo não quer ser objecto para a arquitectura, onde o re- ipsis verbis é sempre a primeira opção, onde a arquitectura contemporânea é sempre remetida para os arrabaldes dos centros históricos, custa-me a querer como é que deixaram o calatrava fazer uma ponte em veneza. será uma abertura da política de património italiana? já não era sem tempo

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bem, melhor comecar a renovar antes que a cidade se afunde toda :rolleyes:. editado, devia de comecar a ler melhor os posts antes de postar. de qualquer forma, que isto sirva de aviso aos politicos, que tanto gostam de entregar projectos em as constructoras, libertando-se assim da questao de terem de aturar o arquitecto...

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Para que o Clive não fique triste pela classe politica italiana,lembro-lhe visto que vive em Portugal que já se deve ter apercebido que os portugueses são muito parecidos,eu diria mais, são iguais! Relembro um episódio ocorrido no Porto quando esse grande economista da petrogal chamado de Fernando Gomes que queria colocar um tapete rolante na rua 31 de janeiro e que defendeu com unhas e dentes as potencialidades do equipamento, mas o Mestre Siza veio a publico dizer que era um disparate tal, que este sr politico cheio de certezas e que já chegou a dar uma disciplina de economia urbana na Universidade Lusiada do Porto???? (porque será) abandonou o projecto com o rabinho entre as pernas!!!! ah, ah ah, estes politicos de pacotilha!!!!!!:rolleyes::alvarosiza:

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Assim, à primeira vista, não posso afirmar que me desagrada, se bem que ajudava ver outros enquadramentos. Já tive a oportunidade de visitar Veneza e creio que um quarto atravessamento do canal não é de todo despropositado. E é de louvar que se comece a construir algo contemporâneo, algo novo no velho, caso contrário a cidade de Veneza será cada vez mais um Museu e não uma cidade que se transforma. É das tais cidades que a meu ver só se visita uma vez na vida, porque quem lá foi à 10 anos viu o mesmo que lá está hoje e daqui a 10 anos provavelmente não se verá nada de muito distinto. A não ser que... esta tendência de mumificar a cidade se altere.

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  • 3 weeks later...

Calatrava propõe soluções para evitar quedas em ponte que concebeu para Veneza




Roma, 01 Out (Lusa) - O arquitecto espanhol Santiago Calatrava propôs à Câmara de Veneza algumas modificações na ponte que projectou para o Grande Canal, aberta ao público a 11 de Setembro, para evitar que continuem a ocorrer quedas e escorregadelas.





Segundo informou a imprensa italiana, este fim-de-semana desde a abertura da ponte ocorreram múltiplas escorregadelas e quedas e dez turistas tiveram que ser atendidos no hospital.
Numa nota, o estúdio Calatrava informou terça-feira que a 23 de Setembro enviou aos técnicos dos canais da Câmara da cidade um relatório sobre como resolver estes incidentes.
O "problema" é que a obra de Calatrava tem degraus mais compridos que outros, que obrigam a olhar sempre por onde se caminha, enquanto o vidro que reveste alguns deles engana às vezes sobre a inclinação do degrau.
Calatrava explica na sua nota que este tipo de degraus são normais, que são habituais no resto das pontes de Veneza devido à semi-arcada para que as barcas possam passar por baixo.
O arquitecto considera que o problema é mais uma questão de "percepção" de cada pessoa do que um problema "técnico".
Apesar disso e perante o pedido da câmara, propôs que se substituam os 24 degraus de vidro (os mais compridos) com outros de pedra vulcânica, material já presente nalguns troços da ponte.
"É um trabalho fácil, que se pode completar numa ou duas noites, caso se queira evitar ter que encerrar a ponte", acrescenta Calatrava.
A Câmara de Veneza explicou terça-feira que não se vão fazer alterações na obra arquitectónica e que se limitarão a avisar com cartazes os peões para que tenham cuidado com os degraus.
Segundo a conselheira de obras públicas de Veneza, Mara Rumiz, o problema é só de "percepção", pelo que a solução "menos complicada e menos dispendiosa" é a de avisar as pessoas que atravessem a ponte, "como também sugeriu o estudo de Santiago Calatrava".
Rumiz acrescenta que todos os dias atravessam a passagem, a quarta ponte que cruza o Grande Canal, cerca de 15 mil pessoas, e que os incidentes por quedas são numerosos em Veneza diariamente.
A ponte está há dias a ser vigiada pela polícia municipal para evitar que arruaceiros causem danos à estrutura.
A obra de Calatrava, baptizada como "Ponte da Constituição", foi aberta sem pompa e circunstância a 11 de Setembro depois da ameaça de protestos ter levado a Câmara a cancelar a inauguração que estava prevista para três dias antes.
TM.
Lusa/Fim

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-10-01 00:40:04

in http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=365743&visual=26&tema=5

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