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Lichado

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Saiu-me mesmo um São Tomé...:) A imagem em anexo não tem qualquer tipo de edição 2d, à excepção do que está a encarnado. Telha romana, beirados, larós. Está convencido, ou vai agora dizer qualquer coisa do tipo "sim, mas...". É que eu gostaria que, ao menos uma vez, quando me fazem um desafio para apresentar resultados concretos, me dessem razão quando eles aparecem. Um homem pode sonhar...:\

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Não, não estou convencido mas, como diria Jack O Estripador, vamos por partes: Quando se escreve um texto do tipo Allplan = Allbosta, é natural que, quem conheça o Allplan, passe a duvidar daquilo que escreve. Não estava à espera que o melhor programa do Universo e Arredores precisasse de um plug-in externo para fazer uma coisa tão elementar como um telhado. O corte está giro, fosse eu fazê-lo e ainda teria de precisar de desenhar a 2D para o considerar pronto: Não se percebe como é feita a recolha das águas pluviais, a cumeeira parece mal resolvida, a cobertura do edifício mais recuado parece ser em chapa de fibrocimento e há por lá umas linhas que eu preferiria apagar, além de ter de acrescentar outras, mas teria de olhar para a peça com mais detalhe. Continuo a achar que o BIM não é um bom sistema para arquitectos. Não somos desenhadores, que pegam num edifício já concebido e o constroem virtualmente. Eu não sei muitas coisas quando estou a desenhar, quantas camadas vão ter a parede ou a laje, qual o tipo de caixilho ou a marca dos sanitários. E não acho produtivo andar a redesenhar, ou andar a alterar de forma exaustiva os parâmetros dos objectos à medida que vou tomando decisões. Ou a ter de cortar as paredes e as lajes aos bocados porque os revestimentos mudam de um espaço para o outro (isso então é que não tem mesmo nada a ver com construção, um piso tem uma laje, com revestimentos diversos, não tem N lajes, cada qual com o seu revestimento). Prefiro, e faria o mesmo se trabalhasse com Archicad ou Revit, ter um modelo correcto em termos geométricos, e depois criar janelas com detalhes, que posso alterar individualmente, sem ter que andar a corrigir o modelo todo. Quanto às medições, o medidor pede-me os desenhos em 2D e depois mede em Autocad. E quando há divergências com o empreiteiro, são confrontadas de papel e régua de escala na mão. Acho que o senhor do Vectorworks tem razão, BIM isn't happening. Pelo menos, não para arquitectos.

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Por partes então. Não é um plugin, é um objecto GDL. As águas pluviais correm livremente (não há caleiras porque se trata de um edifício classificado), não há cumeeira mas sim larós, o edifício recuado tem a cobertura simplificada porque não faz parte do projecto, é um edifício vizinho, não se apagam nem desenham linhas porque não se desenha. Por não sermos desenhadores é que usamos BIM, não construímos depois de resolver a arquitectura mas sim como parte integrante do processo de projecto, há muitas coisas que sei quando estou a projectar (sei que uma parede não é feita de papel nem cenouras ás rodelas), O tipo de caixilho e marca de sanitários é algo que se acrescenta na fase certa. Mais uma vez não se desenha nem redesenha, basta ir ao mapa de acabamentos e alterar a marca da sanita, a qualquer altura, para essa marca ficar a fazer parte do modelo, ninguém corta paredes ou lajes aos bocados ( a laje de betão é contínua, os acabamentos de pavimento e tectos são lajes específicas, tal qual como se constroi). Não vejo porque se há-de criar janelas com detalhe. Os detalhes são fornecidos pelos fabricantes, não há que reinventar a roda. Quanto ás medições, esse processo manual é o que está na origem dos famosos 30% em erros e omissões. E finalmente, acho que não é metendo a cabeça debaixo da areia que as coisas deixam de acontecer. Apenas não as vemos. E para acabar, mais uma vez, apesar de demonstrar o que me foi pedido, não convenci.

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Seja o que for, não vem com o pugram, thats the point. Eu também sei muitas coisas quando estou a conceber um espaço, mas uma coisa é concepção e outra é construção.O objectivo do projecto é criar peças escritas e desenhadas que permitam a comunicar de forma eficaz aquilo que concebemos. Se isso se consegue melhor com BIM do que de outra forma, ainda está por provar. Eu sei que uma laje não é feita de cenouras, não sei é a espessura que vai ter o acabamento final. E com tanto BIM perfeito, o empreiteiro que construiu o único projecto que aparece no seu blogue como "sem surpresas" também deixou pendurado o pilar que se vê na visualização, tipo Bonjour Tristesse? Não, não me convenceu

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Começo a perceber o seu nick. O objectivo do projecto não é criar peças escritas e desenhadas. O objectivo do projecto é criar arquitectura. As peças escritas e desenhadas são o modo como nós os arquitectos comunicamos as nossas intenções aos constructores. A sua afirmação é equivalente a dizer que o objectivo de uma composição de música é criar pautas. Não sabe a espessura do acabamento final? Mosaico, soalho, autonivelante, parquet, isolamento, betonilha, pavimento radiante, não sabe que espessura têm? Ok. Eu sei. O pilar, sendo de madeira, não pode tocar no chão senão apodrece. Tem um garfo em aço cravado no pavimento e aparafusado à base do pilar, reservando alguns centímetros entre este e o pavimento, de modo a que a água pingue e não se acumule na base da peça. Qualquer arquitecto que tenha projectado com estruturas de madeira sabe que esta é a maneira correcta de construir. Lamento, mas o tiro foi no pé.

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I stand corrected, quanto ao pilar. Quanto à espessura do revestimento, refiro-me a que não sei qual é quando estou em estudo preliminar, porque ainda não sei qual vai ser o revestimento. Percebeu? O objectivo do projecto é criar arquitectura? Há muita gente que discorda de si. Eu também, porque isso o tornaria num fim, e não num meio. Não lamente, acontece a todos. Pelo que já li escrito por si, também os seus sapatos não devem andar em grande estado

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O objectivo do projecto é criar arquitectura? Há muita gente que discorda de si. Eu também, porque isso o tornaria num fim, e não num meio.


Para sí, o projecto é o conjunto de folhas (ou ficheiros) que representa e transmite a ideia"O objectivo do projecto é criar peças escritas e desenhadas que permitam a comunicar de forma eficaz aquilo que concebemos"

Para mim, o projecto é o processo de fabrico dessas ideias.

Por exemplo: quando estou a analisar o levantamento, ou a legislação relevante, ou quando estou reunido com o cliente ou o engenheiro, estou a trabalhar no projecto.

Continuo a dizer que eu sei exactamente qual a espessura de cada pavimento. Posso não saber que pavimento usar em dado momento do projecto (repare no termo), mas isso não me impede de saber a espessura deles todos, colocar aquele que me parece mais adequado (com um clique) e depois, se for caso disso, alterá-lo (com outro clique). Sem dramas.

Já agora, tem piada reparar que primeiro, dizia que "gostava de ver o corte construtivo de uma cobertura em telha Lusa no Archicad".

Quando eu indiquei o link, já disse que "Estão lá umas lindas imagens, sim senhor, também tenho um desses para o Cinema 4D. Não vi foi o corte construtivo automático à escala 1:20".

Quando lhe mostrei esse corte, aí já mudou a agulha para "Seja o que for, não vem com o pugram, thats the point".

Ou seja, o point passou de querer ver algo feito pelo Archicad para querer ver algo feito pelo Archicad sem recurso a objectos? Um point móvel, portanto. Ajusta-se à realidade do momento.

Finalmente, quanto á sua falta de crença no BIM "Se isso se consegue melhor com BIM do que de outra forma, ainda está por provar."

Ainda está or provar como? A quem? A sí, ou ao universo em geral? É que existem neste momento muitos milhares de projectos feitos com BIM, e ainda estou para conhecer um único caso de um gabinete que passe de BIM para CAD. Para mim, isso é prova suficiente.
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Bem... Esta discussão começa a perder todo o seu sentido inicial, por nada. Que eu saiba Revit, ArchiCAD e Allplan são os 3 BIM. Sendo os 3 baseados numa mesma tecnologia, as únicas diferenças serão o método e o processo de cada um. Isto porque com mais ou menos trabalho tudo se consegue nos 3 (bem... quase tudo, já que TODOS apresentam pontos fracos e pontos fortes). Portanto a questão aqui não é se o BIM é ou não uma tecnologia de futuro, se é ou não melhor que o processo CAD. Os engenheiros e designers de equipamento, também todos começaram com softwares CAD genéricos (o AutoCAD foi rei e senhor) e estão todos a migrar para programas dedicados (SolidWorks, Inventor, entre muitos outros que para aqui não interessam). Os Arquitectos e Engenheiros da Construção vão seguir o mesmo caminho. E isso não é uma suspeita, é uma certeza, leve o tempo que levar. Agora voltemos às guerras... Tanto um como outro têm razão em alguns pontos, e até parece que em alguns pontos estão de acordo, mas não estão só porque sim. Fazer projecto é fazer espaço e fazer construção, pelo menos para mim. São coisas indissociáveis, e andam a par uma da outra. Mas voltamos à vaca fria - o processo de projecto. O Lichado ao que parece prefere uma abordagem mais ampla ao projecto adicionando a informação à medida que a vai requerendo, e para não levar a modelação 3d ao extremo recorre à adição a 2d - sinceramente não vejo mal nenhum nisso - é um processo como outro qualquer, faz uso do BIM na mesma (tabelas, quantidades, dados quantitativos, controlo, etc), e economiza tempo na produção de desenhos técnicos. O Miguel vai ao detalhe no 3D, modelando até a exaustão, para que todos os cortes fiquem perfeitos e o modelo se aproxime mais à realidade da construção. Gasta mais tempo a modelar (é evidente, por isso é escusado dizer o contrário), poupa mais tempo em acrescentos de desenho 2d (que invariavelmente vai existir na mesma - como o lichado disse e bem, o corte apresentado, pelo menos para mim, está longe de estar acabado e apresenta "erros graves" - e se não dão para corrigir a 3d terão de ser feitos a 2d - não tenho nada contra a adição de elementos a 2d, tenho contra que não se admita que se o faça), e continua a ter acesso a todos os elementos quantificados, de forma mais ou menos fidedigna. E não diga que muda ou altera o modelo 3d com um clique, pois isso não é verdade, e como certamente sabe, por vezes as alterações são bem "penosas", e não o são porque se domina mais ou menos o programa ou o projecto, simplesmente a edição 3d nunca será tão fluida quanto a edição 2d (se não considerarmos ter que corrigir dezenas de desenhos, e falarmos só de um). Por isso continua a usar BIM, mas o seu BIM não é mais do que o BIM dos outros só porque o Miguel faz as coisas de uma maneira, que julga certa, que é diferente da dos outros. O que muda - o processo ou a abordagem. O meu processo, passa por uma mistura dos dois. Faço a 3d usando as ferramentas BIM todo o projecto como um todo, despreocupado, com questões de pormenor em fases para os quais o projecto ainda não está capaz de receber esse pormenor, controlando todas as medições e índices, controlando "grosso modo" os custos e as geometrias, e à medida que o processo me vai exigindo avanços ou recuos, vai-se adaptando o modelo - fazendo com que os fins justifiquem sempre os meios - adicionando elementos ora a 3d ora a 2d, consoante for necessário. Continuo a usar BIM, e faço uso de uma coisa que a tecnologia tem vindo a fazer cair em desuso - o domínio das escalas de representação e da versatilidade dessa mesma representação, adequando o nível de informação à escala a que vai ser reproduzida. E aqui, eu acho, que o Revit leva a melhor sobre os restantes (sem querer entrar em polémicas) já que permite apresentar a mesma planta ou desenho técnico, à mesma escala, com diferentes representações dos mesmos elementos (exemplo ter o preenchimento das paredes sem camadas a solido preto, para uma representação com um fim, e a sólido cinza, ou a trama diagonal, sem camadas, para outro fim, e com camadas, para outro fim), entre outras ferramentas de representação 2d/3d de elementos 3d (elementos escondidos, tracejados, ocultos, semi-ocultos, etc), sempre mantendo a consistência entre peças desenhadas, quantidades, custos, etc. Mais uma vez, uso uma ferramenta BIM, a diferença é o processo. Qual é o melhor software? Para mim será o Revit, para o Miguel será o ArchiCAD, para o Lichado é o Allplan. Para outros serão outros (Vectorworks, Bentley, etc), porque são os que melhor dominam ou porque são os que melhor se adaptam às suas necessidades ou melhor, aos seus métodos e abordagens ao projecto. Qual é o melhor processo ou método? Cada qual use o seu, ou crie o seu. Eu gosto de desenhar, logo passo mais tempo a desenhar e menos tempo a queimar pestanas em frente ao computador (é a vantagem do BIM, que optimizando as peças desenhadas e o tempo da sua produção, liberta-me mais tempo para ser criativo), mas há quem parta logo para o computador desde que lhe entregam o projecto. São meios e não são fins, por isso cada qual usa o seu, sem eu ter que dizer que o meu é melhor que teu. Para finalizar é isto que me irrita nos comparativos de softwares - falasse muito, mas não se compara nada. Que me interessa saber qual o processo que usam com os softwares. O que interessa às pessoas que procuram informação nestes "debates" é que se falem dos prós e contras dos softwares, das suas funcionalidades, dos seus pontos fracos, da sua evolução, das suas limitações e das maiores dificuldades, do tempo de aprendizagem e implementação, dos custos dessa implementação, etc etc etc. Por isso vamos a ser objectivos e deixar de lado os processos e argumentos "do meu é melhor que o teu" só porque sim. Já agora outra questão, e esta em resposta ao Miguel... Todos nós mudamos a direcção da agulha à medida que as coisas vão evoluindo. TODOS, incluindo o Miguel. Nâo é só o Lichado, ou eu que se adaptamos às suas "provocações" ou à evolução das conversas. Toda a gente o faz e é normal que assim seja... Desde que não se parta para a porrada e aí ninguém fica bem na fotografia - já aconteceu aqui e não vai voltar a acontecer. Já me acusaram de ser "malvado" porque critico tudo e todos, mas pelo menos encontro coisas positivas e negativas em tudo e todos, porque não há nada perfeito neste mundo (talvez a natureza seja a excepção à regra), e como tal todos nós temos coisas criticáveis - para o bom e para o mau. Já lhe disse uma vez e volto a dizer... Se quer que a sua opinião tenha valor (valor com letra maiúscula) não se limite a apontar os defeitos dos outros e as vantagens de si ou dos seus softwares e/ou equipamentos - seja imparcial nos juizos e faça um esforço para reconhecer as vantagens que os outros têm (softwares, pessoas, etc), ou reconhecer que errou (não estou a dizer que o fez ou deixou de fazer), porque todos nós já sabemos que a sua tendência será sempre pró-ArchiCAD. Mas mesmo as opiniões de um pró-ArchiCAD poderão ter valor, da mesma maneira que um pró-Allplan ou um pró-Revit, desde que as considerações tenham alguma imparcialidade, com toda a parcialidade que possa existir e vai existir sempre... Desculpem o longo discurso...

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Numa das edições do Allplan News, vem um sr. a dizer que o BIM é o futuro. O sr. do Vectorworks diz que não. Tirando o Rui Venda e o Miguel K, não conheço ninguém que trabalhe em BIM. Aliás, dos meus colegas e ateliers aqui próximos, não conheço sequer ninguém que trabalhe noutra coisa que não Autocad. O cliente do licenciamento particular em áreas metropolitanas, procura num atelier: Quem ponha mais área, quem aprove mais depressa e quem cobre menos. Com a entrada em vigor da Lei 60/2007 e obrigatoriedade de projecto de execução pode ser que as coisas mudem. Mas, para já, cliente nenhum está disposto a pagar mais do que a esc. 1/100. Portanto, um atelier estará disposto a investir naquilo que o torna mais competitivo no seu core business. E se o seu core business fôr a esc. 1/100, até um Datacad serve. Eu gosto do Allplan, também na parte de desenho urbano e loteamentos, tem ferramentas próprias que tornam o atelier mais produtivo, também nesta áreas. Quando fôr a próxima Tectónica já peço então demonstrações mais profundas sobre Revit e Archicad

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Miguel, quanto a ateliers que mudaram de BIM para CAD, sei de pelo menos 2. Os motivos que os fizeram mudar podem ser válidos ou não, mas a verdade é que regressaram ao CAD. Lichado, o sr. do vectorworks não diz que o BIM não é o futuro... pelo contrário... diz que é o futuro, mas é ainda um futuro distante (pois a sua adopção está e continuará -segundo ele - a ser lenta). Mas indubitávelmente será o futuro. depois não sei onde é que a lei 60/2007 obriga a projecto de execução :) por fim, eu trabalho na zona de Lisboa, e grande parte dos projectos que tenho feito, têm projecto de execução. Aliás, tenho alguns clientes que vieram ter comigo para fazer apenas o projecto de execução de edifícios cujo projecto de arquitectura era de outros autores. Tenho também feito muito projecto para o estado, e é sempre com projecto de execução.... por isso, as realidades são muito distintas. Continuo a fazer tudo a 2D, tenho vontade de mudar para BIM, mas a dificuldade em escolher a plataforma mais adequada à minha maneira de trabalhar, aliado aos custos do software em si e da implementação do mesmo, são os grandes factores que me mantêm no 2D - para não falar nas experiências falhadas de que tenho conhecimento!

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Miguel
Experiências falhadas também conheço. Talvez esses dois casos que involução que aponte (BIM para CAD) não o sejam verdadeiramente, mas sim apenas gabinetes CAD que não conseguiram, por razões sobejamente conhecidas e estudadas, dar o passo evolutivo.

Quanto à sua angústia de mudança, que muita gente sente nesta altura, o que lhe posso dizer é que para cada experiência falhada existem outras tantas de sucesso. Informe-se junto de quem conseguiu. Aliás, até as experiências falhadas servem de lição, porque nos ensinam o que devemos evitar.

Eu estou aqui a partilhar a minha experiência, com exemplos concretos, e estou sempre disponível para explicar o que faço e como faço.

Mesmo que haja gente que sistemáticamente ponha em dúvida o que digo, que me insulte e despreze, que me ataque pessoalmente, penso que estou a prestar um serviço à profissão em partilhar o que sei.

Não é para os velhos do Restelo que cá estou (alguns curiosamente bem novos), mas para os que, como o miguel, querem realmente aprender para depois poderem tomar uma decisão fundamentada.

Por isso, pergunte á vontade, crie tópicos tipo "10 passos a evitar na implementação do BIM num atelier", e eu terei todo o gosto em participar. Mesmo sabendo que, cada vez que escrever aqui umas linhas, me caiam em cima com questões da lana caprina.

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Mas, para já, cliente nenhum está disposto a pagar mais do que a esc. 1/100.


Muitas vezes julgamos que o mundo é mais uniforme do que realmente é.

Se eu trabalhasse num mercado como o seu, em que nenhum cliente está disposto a pagar mais do que a escala 1:100, provávelmente também não adoptaria o BIM.

Com esse pressuposto em vista, acredito que para si não seja fácil entender que o BIM é uma mais valia no processo de construção.

A única coisa que lhe posso dizer, neste caso, é que existem outras pessoas, outros arquitectos, que trabalham em ambientes diferentes, cujos clientes sabem dar valor à qualidade, e que, para esses, o BIM não só é o futuro como é uma realidade há já alguns largos anos.
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Não. não julgo que o mundo seja minimamente uniforme. Sei que a realidade dos ateliers por onde tenho passado, e os que gravitam nesta zona é uma, mas também sei que existem muitas outras. Sei que os ateliers que conseguem encomenda pública trabalham com projecto de execução. E os que trabalham com grandes grupos imobiliários também. E sei de outros, cujo trabalho conheço, que não se podem dar ao luxo, da maneira que anda o mercado, de interromper o seu fluxo de trabalho durante uma semana que seja. E outros ainda, que compraram Archicad e voltaram ao Autocad LT. Se tira frases minhas do contexto, pode brincar com elas à vontade. Não será muito honesto, mas pode. E não, não tenho clientes dispostos a pagar projecto de execução se a isso não forem obrigados. Mesmo que as derrapagens orçamentais ultrapassem sempre, e em muito, o seu valor. Só acontece com a encomenda pública, que raramente aparece. Quanto ao seu discurso de autovitimização, só lhe posso dizer que a expressão Allbosta é sua. Miguel Barroso: A obrigatoriedade de projecto de execução vem no nº 4 do Artº 80 da Lei 60/2007. Aliás, sei de ateliers que intimam autarquias a exigir o projecto de execução aos requerentes, ao abrigo da nova lei; sendo que se trata de projectos feitos por gabinetes sem capacidade para tal, abrindo aos melhor preparados novas frentes de trabalho. Quiçá o cliente que lhe pediu projecto de execução relativo a projecto de outro autor não seria um caso desses

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em conversa com o Srs da nemetschek (Allplan) eles próprios não gostam de se afirmar 100% BIM perferindo antes a expressão CAD/BIM será por aquilço que nó sentimos no dia a dia..onde a necessidade das velhinhas ferramnats 2D de CAD aparecem sempre?? Bom Trabalho

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Não se zanguem ...pq no fundo estamos a falar dos mesmos donos Nemetschek.... Quanto ao "melhor software" ou até mesmo a melhor qualidade de m...(bosta,caca,etc) cada um utiliza o que tem, tanto em sfwt como em tudo na vida, eu cá estou satisfeito com a minha.......... Só condeno alguns fanatismos, será que o tal de ArchiCAd é assim tão perfeito e ´so alguem como um ArchiGuru o descobriu... uma vez que le se encontra disponivel a nivel mundial.

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Miguel Barroso:
A obrigatoriedade de projecto de execução vem no nº 4 do Artº 80 da Lei 60/2007.
Aliás, sei de ateliers que intimam autarquias a exigir o projecto de execução aos requerentes, ao abrigo da nova lei; sendo que se trata de projectos feitos por gabinetes sem capacidade para tal, abrindo aos melhor preparados novas frentes de trabalho.
Quiçá o cliente que lhe pediu projecto de execução relativo a projecto de outro autor não seria um caso desses


Obrigado, Lichado!... que raio, já li isto tudo de trás para a frente não sei quantas vezes, e isto tinha-me escapado!

Por acaso os projectos de execução que me encomendaram antes, foi muito antes desta nova lei - desde pequenos construtores, que para não serem confrontados com desconfiança, e para maior controlo de custos, me pediram o projecto de execução, a particulares para se defenderem de construtores menos escrupulosos e para garantirem um maior rigor na execução.

Em geral recomendo aos meus clientes todos que façam projecto de execução - e explico bem as vantagens do mesmo - em algumas situações onde não foi feito PE por falta de tempo, ou de disponibilidade financeira, as complicações surgiram, desde desentendimento entre promotor e construtor, derrapagem de custos, resultados finais aquém do que seria desejável, enfim...

Verdade seja dita, que tb já tive um ou outro cliente (felizmente os dedos da mão chegam e sobram para os contar) em que não tive qualquer interesse nem vontade em fazer o projecto de execução, por diversas razões que não interessam agora referir...

bem, mas onde é que íamos... ah... o AllPlan... mais um para juntar às várias opções de BIM.

Aproveito para voltar a perguntar uma questão que não obtive resposta:
Quais as diferenças entre as várias versões do Allplan? (da 100 à 700, os preços são muito diferentes)

Entretanto o site da Mestre Clique também parece estar em baixo... :)
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É normal, ainda hoje descubro coisas no RGEU... Eu também recomendo o projecto de execução, mas muitas vezes este é olhado como uma ingerência do arquitecto na obra deles. E há uns quantos que já reclamam dos honorários, porque o primo deles pagou 1500€ pelo projecto da moradia, com especialidades incluídas. Mas a coisa há-de mudar. Só pode. Quanto às diferenças entre Allplans, não sei bem, até à versão 2006 era ao módulo. Penso que a 100 é equivalente ao Autocad LT, a 700 é uma das que temos, com Arquitectura, Topografia, Planeamento Urbano, Vias, Paisagismo, Animação, Modelação 3D, Ripados, Edição de Bitmaps e mais uns quantos nice to have. Temos mais uns equivalentes ao Allplan 300, que tem a parte de Arquitectura e Modelação 3D, e não tem render avançado. Ainda vem com hardlock, que eu gosto muito, acho que a versão 2009 é que já não vai ter.

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Aqui, http://www.allplan-news.com/eng/a3_museum.pdf, as potencialidades do BIM. Tenho de reconhecer que, pelos vistos, há ambientes em que a coisa funciona e num edifício de dimensões consideráveis.
O resultado não é das minhas preferências, em termos arquitectónicos, mas pelos vistos funcionou em termos construtivos.

A entrevista deste senhor, http://www.allplan-news.com/eng/a3_sobek.pdf, também revela alguns pontos que partilho, nomeadamente no que diz respeito à relação arquitecto/engenheiro. Penso que seria uma mais valia se, desde as faculdades, houvesse logo uma colaboração estreita estudantes de arquitectura/ estudantes de engenharia.

Este também tem a sua piada, http://www.allplan-news.com/eng/a3_bregenz.pdf.

Aqui, http://www.allplan-news.com/eng/a2_5boats_e.pdf um projecto feito com colaboração entre Microstation e Allplan.

Neste, http://www.allplan-news.com/eng/080128_PDF_Alpenbad_UK.pdf acho interessante a evolução de um estudo formal até ao projecto.

Este tipo de intervenções, http://www.allplan-news.com/eng/080118_PDF_Bauherrenpreis_UK.pdf espero que comece também a tornar-se mais frequente em Portugal.

Há uma coisa interessante nalguns destes projectos, que é a possibilidade que a tecnologia hoje permite de equipas em países distintos participem no mesmo projecto (acho que o Buzzsaw serve para isso).

Agora, não sei se isto foi tudo 100% BIM, como o museu, ou alguns deles tiveram outras abordagens. Felizmente temos alta tecnologia a rodos ao nosso dipor.
Mas já construímos catedrais, sem computadores, il disegno é la cosa mentale.

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O Buzzsaw, tanto quanto eu sei é uma plataforma logistica, tipo servidor, onde todos os projectistas têm os ficheiros armazenados e onde podem trabalhar em total cooperação, mesmo que se encontrem em pontos geográficos distintos. No entanto o BIM (penso que todos os BIM's) leva isso mais à frente, usando esse tipo de trabalho colaborativo em tempo real, com equipas a trabalhar sobre o mesmo projecto, sobre o mesmo "ficheiro" em tempo real e a observar a evolução como um todo. O BUzzsaw penso que não permite essa abordagem - é mais como que um repositório de informação actualizada. Dos projectos que apresentas todos eles tiveram uma abordagem BIM. Tanto quanto eu percebi das tuas intervenções nesta discussão, tu próprio usas o BIM, embora aparentemente não explores todo o seu potencial enquanto tecnologia. Mas como eu disse, é um "problema" de abordagem e de método (não é um problema claro, é antes uma opção). O importante aqui reter é que a ferramenta se adapta à tua abordagem, e será talvez por isso que a usas e se calhar a não trocas. E por fim terminas em beleza com "o desenho é coisa mental". E tens toda a razão. Não há nenhuma ferramenta, BIM ou não-BIM, CAD ou não-CAD, que seja tão rápida a reflectir o nosso pensamento quanto o é o nosso lápis na nossa mão - mesmo para aqueles que não sabem, ou não gostam ou não querem desenhar à mão. E é aqui que eu encontro outra vantagem para a abordagem BIM - menos tempo a desenhar peças desenhadas no computador, mais tempo a pensar projecto no papel. Não vejo o BIM como um potencial de negócio - projecto mais depressa, logo tenho mais lucro - vejo o BIM como um potencial para projectar melhor, pensar melhor, oferecer mais do que nos distingue dos demais - a Criatividade.

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Posso ainda acrescentar que o Allplan é uma solução transversal, ou seja, não é um BIM em que o arquitecto desenha o edifício e depois vai importando os projectos de especialidades que cada engenheiro faz no seu software. O Allplan permite que toda a equipa projectista trabalhe sobre o mesmo edifício virtual, no mesmo software, uma vez que tem módulos específicos para cada especialidade. Já agora, gostava de saber como se partilha um projecto por vários utilizadores numa rede, nos outros BIM. Um demonstrador de Revit uma vez disse-me que era possível, mas depois não chegámos a aprofundar o tema.

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