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Duvidas em estacionamentos subterrâneos


Bruno_Rosa

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Ola Para quem me possa ajudar, tenho as seguintes duvidas: Num estacionamento subterrâneo existe alguma regra quando a distancia a que uma saida possa ter no espaço. ? A que distancia maxima deve estar uma pessoa de uma escada/elevador? Ou aqui não se aplica ? O professor disse-me que para fazer um sistema estrutural independente dos edificios que lhe ficam por cima [do estacionamento], podia fzer um sistema com laje com 1,2 metros de espessura. Mas ele disse aquilo para despachar pois nao se estava para se chatear e não explicou porque. Quem sabe porque ? Hmm e acho que não é mais nada :nervos:

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Oh |||ARK||| existem certos elementos do corpo docente que são excepção à regra e tu bem sabes ;)

Bruno_Rosa, acredita naquilo que disseste... foi mm para te despachar... não sei quem é o teu prof, mas pessoas dessas é coisa que não falta, por isso, habitua-te :)

Anyway, consulta os manuais que te recomendaram.

However, vou disponibilizar aqui dois documentos sobre estacionamentos...

Um deles foi fornecido por um prof que eu tive no 4º ano, e o outro é sobre as varias formas de desenho dos estacionamentos

Espero que te tenha ajudado

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Bruno,

Lajes de 1.2 m é uma brutalidade cuja aplicação não imagino...pode ser que existam, mas não sei se é uma solução viável, quer sob o aspecto construtivo, quer sob o aspecto económico.

Em Portugal é habitual recorrer-se a lajes fungiformes (sem vigas) para parqueamentos, maioritariamente com recurso a "cocos". É um tipo de laje que eu não gosto, por ser perigosa em regiões sismicas, mas é correntemente aplicada no nosso país e se calhar muito admirada por arquitectos e engenheiros por evitar as tão propaladas "guerras" do engenheiro "chatear" o arquitecto por ter que pôr uma viga num local esteticamente inaceitável....mas isso é outra história.

Quanto à sua espessura, e apenas como elemento orientativo, este tipo de lajes fungiformes, na sua variante aligeirada, para cargas de 10 KN/m2 (1000 Kg/m2) ela poderá rondar os 45 cm para vãos de 8.00 m.
No caso de garagens públicas a sobrecarga a considerar é menor (5KN/m2) e portanto talvez seja possível, do ponto de vista mecânico, aumentar esse vão.

Com recurso ao pré-esforço é, seguramente, possível obter vãos bastante maiores e mais baratos, ainda que eu não tenha experiência disso.

Posto isto, fica aqui esta nota, porque me parece haver um desfasamento muito grande com o valor apresentado pelo teu professor.

Neste caso também podes usar perfeitamente a tua técnica do "consultar o prédio ao lado" ...

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1.2m é a altura de uma viga para um vão de 12m (mais coisa menos coisa)

Isso para vigas "convencionais", porque se se recorrer a perfis metálicos, conseguem-se maiores vãos com a mesma dimensão de viga, ou menores alturas de viga para esse mesmo vão...
A aplicação de perfis em vigas é pouco utilizado em Portugal, sendo uma prática comum no centro da Europa. Com elas conseguem-se vigas mais delgadas e mais leves, e consequentemente lajes mais finas...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Obras de Eng. Específica, por si só, já específica que não são edifícios, mas se usares a cabeça, e conjecturares um laje fungiforme a suportar cargas que estão além do descrito no REBAP, então coisas como barragens, em zonas de grande vão debaixo da bacia de retenção, podem ser um exemplo. Vi, com acuidade a construção do troço do metro até Odivelas, recordo-me das enormes secções existente nas ditas "lajes" (Ou vigas, já que nestes casos muitas vezes é indistinto) qualquer coisa entre 50 a 80 cm e o vão não era assim nada de estrondoso para a obra em questão. P.S. A laje fungiforme, do ateliê onde trabalho, deve ter cerca de 35 cm de intradorso (negativo interior), para vencer um vão de 6/7 metros.

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esse tipo de laje é um caso à parte! até porque têm as vigas incorporadas, se não me engano! existem especialemnte para habitações para evitar, precisamente, as vigas nos tectos. Mas em estacionamentos, onde existam grandes vãos não estou a ver aplicarem uma laje dessas, seia um desperdicio de dinheiro (1.2m de espessura).

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Como tu dizes Ark, são mais vigas a funcionar como lajes do que outra coisa qualquer... porque o sistema de suporte são as vigas e não uma estrutura de laje... Vais ver o parque de estacionamento do arranjo da marginal de Matosinhos, do ESM e tens um exemplo assim. Para vencer um vão de talvez 18m, numa extensão grande, são aplicadas vigas sucessivamente com intervalos pequenos e com uma boa altura... a laje acaba por ser baixa em relação à altura total dos dois elementos em conjunto...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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  • 5 months later...

Portugal sofreu no sec XVIII um sismo, considerado como um dos quatro maiores desde que há memória histórica, que destruiu totalmente a Lisboa de então e provocou graves danos no Sul do país. O risco sísmico é (deveria ser), em Portugal, uma realidade sempre presente e isso condiciona (deveria condicionar) em muito a arquitectura e as estruturas que aqui se fazem.
Edifícios como o Banco do Brasil em Porto Alegre, ou muita da arquitectura de Oscar Nemeyer, como exemplos, não seriam passíveis de serem executados por não se coadunarem com esse risco sísmico(*).

A viga-parede não é uma boa solução estrutural, dado apresentar um péssimo comportamento - fraca ductilidade- face aos sismos.
Apesar da regulamentação as não proibir explicitamente (se bem que indirectamente questione o seu emprego em regiões sísmicas), elas são, felizmente, pouco utilizadas na edificação portuguesa.
O mesmo não acontece com outras más soluções (do ponto de vista sísmico, claro) como é o caso das lajes fungiformes – conhecidas aí no Brasil por lajes cogumelos – que estão largamente difundidas de Norte a Sul de Portugal devido ao facto de serem simples de executar e porque em projecto evitam as guerras antigas entre engenheiros e arquitectos, com os primeiros, em nome da segurança, a exigirem a colocação de vigas impossíveis de esconder e os segundos, brandindo a bandeira da estética e do bom gosto, a negarem essa hipótese.


(*) Contrariamente à ideia partilhada pela maioria dos arquitectos e dos engenheiros, ainda penso que a segurança sísmica, em projecto, é condicionada em 70% pela arquitectura e o restante pela engenharia.

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