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Milão | Projecto urbanístico para Milão | Alvaro Siza Vieira


Peter

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O arquitecto Álvaro Siza Vieira vai assinar um projecto de intervenção em Milão, Itália, que inclui a remodelação da Avenida Sempione e a criação de um museu dedicado a Leonard Da Vinci e a Bramantino. O convite foi feito a Siza Vieira pela presidente da câmara municipal de Milão, Letizia Moratti, no âmbito de um plano de reestruturação de pontos vitais da cidade italiana para acolher a Exposição Internacional Milão 2015, a mesma que Saragoça realiza este ano. O arquitecto italiano Roberto Cremascoli, há vinte anos a viver em Portugal e que irá trabalhar neste projecto com Siza Vieira, explicou à agência Lusa que as obras de intervenção irão decorrer entre 2010 e 2014, mas escusou-se a revelar o montante financeiro. O projecto, ainda em fase de estudos, incidirá sobre a Avenida Sempione, semelhante à dos Campos Elíseos, em Paris, mandada construir por Napoleão no século XIX e que tem cerca de dois quilómetros de comprimento. Esta avenida, que terá mais espaços pedonais e faixas laterais para os veículos, liga o largo do Arco da Paz a um espaço arborizado onde ficará o futuro museu dedicado a Leonard da Vinci e a Bramantino. O projecto de Siza incluirá ainda a recolocação na Avenida Sempione da famosa estátua Grande Cavalo, que Da Vinci projectou em bronze com mais de sete metros, mas nunca chegou a ver construída. "Milão vai fazer aquilo que foi feito em Lisboa por altura da Expo'98: dar vida a partes da cidade que estavam mais decadentes", disse Roberto Cremascoli, milanês de nascimento. Segundo Cremascoli, que diz ser "uma honra participar neste projecto", o trabalho de Siza Vieira para Milão é semelhante ao que desenhou para o eixo Prado-Recoletos de Madrid. "Não vai ser nada fácil", alertou o arquitecto italiano, referindo-se ao facto de este projecto, tal como o de Madrid, mexer com o espaço público, com a vida da cidade e dos seus habitantes. Ainda assim, Roberto Cremascoli recorda que "Siza Vieira é um dos melhores arquitectos do mundo, que consegue sempre perceber e interpretar os locais de forma pragmática e dar-lhes vitalidade". Siza Vieira e o gabinete de arquitectura de Cresmascoli estão ainda a trabalhar num complexo habitacional próximo do aeroporto de Milão cuja construção arrancará em 2009. Álvaro Siza Vieira, 75 anos, Prémio Pritzcker em 1992, já assinou vários projectos arquitectónicos em Itália, nomeadamente em Roma, Vicenza, Caorle e Palermo. Entre as obras mais recentes que contam com assinatura de Siza Vieira contam-se o Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, Brasil, e a Biblioteca Municipal de Viana do Castelo. Fonte: Lusa

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  • 2 weeks later...

é saboroso ver arquitectos portugueses com tanto reconhecimento no estrangeiro, é pena ser sempre o mesmo, mas antes o mesmo que nenhum...dá me tanto orgulho... DÀLHE SIZA!!!!!!!!!!!!! :D

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porque em portugal ele diz que se lhe criam ainda mais entraves do o já existente pesadelo burocrático... é o poder concentrado nas pequenas secretárias, que até podem andar, mas precisam de combustivel... como hei de explicar...no tropa de elite, aparece lá um policia que se assemelha bem ao que é uma parte da função publica e do dia a dia das autarquias...

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O siza tem a partida 4 obras em Lisboa, 2 no chiado, mais o Pavilhao de Portugal e um edificio de habitacao e escritorios na Rua do Alecrin.

De resto nao tem muitas obras no Sul, nao sei se por opcao propria ou se por mero acaso.


... e mais um em Miraflores/Algés (vê-se da CRIL) dos jovens empresários q nunca aparece referenciado como sendo obra do Siza na sei porquê ...

A bem da verdade quando falamos arquitectura contemporânea em Lisboa, lembramo-nos de q obras assim de maior referência? ... uma imensa maioria de autores anónimos, Taveira (vários edifícios), Carrilho da Graça em Benfica (um mais velho e outro acabado de nascer), Mateus (Reitoria da Universidade Nova) ... e pouco mais :D
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a verdade, pelo menos para mim, e sabido da minha falta de confiança no português médio, quer este seja o povo, o autarca ou o magnata, em Portugal estamos longe de saber avaliar e admirar o trabalho dos nossos "bons e dos nossos "génios" se quisermos compreender a evolução da obra de Álvaro Siza temos de perceber que primeiro começou com casas, e nas cidades (porto e Lisboa) a moradia unifamiliar advém sempre de um lote standard e pouco digno ás reais capacidades dos mestres e por isso as "casas" do Siza e dos outros, acredito, também por vontade do autor, são sempre em terrenos mais, digo, interessantes depois, houve o 25 de Abril e o SAAL, claro, no Porto, porque Siza é do Porto, onde tem 2 bairros sociais em terceiro, a habitação colectivo, reconhecendo a genialidade de Siza, simplesmente, ele não a sabe| não a quer fazer...eu não gosto dos seus prédios quarto, o museu, obra pública, Serralves no Porto, o pav. Portugal em Lisboa, as cidades portuguesas não necessitam de muitos museus, muito menos recentes, pois o museu, arrisco, é uma coisa de tradição, e o melhoramento do existente chega quinto, o urbanismo, Siza, a meu ver erra sempre no urbanismo resumindo Portugal, Lisboa e Porto, tem muita obra de Álvaro Siza, a obra possível, (financeiramente e de interesse para o autor), tem casas (nas periferias e em ambiente natural de férias ou 2º habitação, tem habitação colectiva, chiado, terraços de Bragança...aviz...) tem museus (....), tem urbanismo (chiado, aliados...)

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  • 3 weeks later...

assim como há um bloqueio por parte dos arquitectos de lisboa em relação ao siza. Digo-o dando o exemplo das torres para alcantra - o homem foi crucificado. Talvez bloqueio não seja a palavra certa. Talvez passividade. Penso que na região do Porto ele será mais apoiado pelos seus amigos mais próximos e pela escola do Porto ser bastante inspirada nele. Mas também é verdade que no Porto cidade até há bastante pouco tempo haviam apenas meia dúzia de obras do Siza: Bouça; FAUP; Serralves;... Hoje além da estação do Metro em S.Bento, o arranjo (que guardo algumas críticas e alguns aplausos) da Avenida dos Aliados, entre outros, tem ainda em projecto o Museu da cidade do Porto junto à Sé. Falta Rui Rio cumprir a promessa que fez!

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"assim como há um bloqueio por parte dos arquitectos de lisboa em relação ao siza" nunca percebi porquê...não é decerto por não lhe conhecerem as obras e não viverem diariamente nelas, aqui no porto realmente temos poucas, mas vivemos nelas diariamente e ainda hoje nos surpreendemos com ela. não me apetece, nem a ti, discutir a relação da faup com o siza, é obvio que passa além da linguagem e do braco, é obvio que tem a ver com o método, com o desenho, com o espaço, com a vivência diária dos nossos professores e patrôes com ele,directa ou indirectamente ainda hoje, e ainda bem, não compreendo completamente o siza, nem preciso,preciso de me formar tentando aprender com ele, com as suas obras e o seu método. as torres de alcantara são o reflexo de qualquer obra polémica, tal como os aliados. não conheço a história, mas não a queria reduzir a natural animosidade porto-lisboa, escola do porto-arquietectura de lisboa, norte-sul, dor de coto... acho que o aires mateus, o carrilho, o byrne e o teotónio e o próprio athouguia, homens de lisboa, arquitectos de lisboa adoram o siza, não sei porque continuas a afirmar isto acho que já passamos por cima disso...

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Eu não continuo a afirmar nada. O senhor não me conhece de lado nenhum.
Talvez não tenha lido a parte da "passividade".
Quanto às torres de alcantra, lembro-lhe a proposta para um edifício (não me lembro a função, talvez hotel) à beira Tejo. Uma torre de Norman Foster. Não houve contestação comparável à que foi feita às torres do Siza (por sinal bem esgalhadas, talvez utópicas). No caso dos Aliados, acabou por ser feito (se bem que é uma obra de outra dimensão, mas de uma importância comparável para as cidades) ficando apenas de parte a famosa proposta do cavalo que infelizmente não foi para a frente. Talvez não sejam os arquitectos em Lisboa... a opinião pública? Não sei. Também se pode dizer o mesmo sobre o que se passava há alguns anos quando Siza, arquitecto portuense, tinha tão poucas obras na cidade. Porquê? E hoje tantos arquitectos se queixam que todas as obras serem atribuídas ao "grupinho do Siza". Não sei, talvez seja tudo imaginação.
No entanto, estou convencido que não basta ser-se fantástico para se construir. São necessários contactos, quer para nos darem garantias, quer para nos angariar projectos. Não é assim?
Acho que devia ter dito talvez ao início de tudo. Seria mais correcto! Desculpem.
Mas não descarto a possibilidade.

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"Eu não continuo a afirmar nada. O senhor não me conhece de lado nenhum." ó meu amigo,por isso é que estamos neste forum, se te conhecesse não vinha para aqui discutir contigo, falávamos directamente, e não me trates por senhor. "E hoje tantos arquitectos se queixam que todas as obras serem atribuídas ao "grupinho do Siza". Não sei, talvez seja tudo imaginação." atribuição de obras? o que é isso? privados que escolhem determinados arquitectos que lhes agradam para lhes fazerem o projecto? isto tem outros nomes chama-se escolha pessoal, ainda bem que neste caso não precisa de haver concursos... "No entanto, estou convencido que não basta ser-se fantástico para se construir. São necessários contactos, quer para nos darem garantias, quer para nos angariar projectos. Não é assim?" è, e então?parece-me óptimo, parece-me um mundo extremamente justo, é preciso lutar para conseguir as coisas, e quantas mais pessoas se conhecer melhor...sempre foi assim...

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peço desculpa então...trata-lo-ei mais respeitosamente, de acordo com o seu pedido, caso continuemos a ter algum tipo de discussão neste forum, desde que respeite o meu de ser tratado por tu.. atenciosamente, mais uma vez, peço desculpa te-lo confundido com outro qualquer utilizador

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A todos que gostam de ajuizar sobre o mestre recomendo a leitura do livro - Álvaro Siza. Imaginar a evidência – Edições 70.

Este livro foi escrito numa linguagem leve e acessível e é um testemunho directo de Siza que em vários encontros e conversas com Guido Giangregorio (um napolitano) resulta numa publicação de textos e esquissos.
Sem esquecer ainda o prefácio de Vittorio Gregotti.
Uma boa leitura a todos!

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