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Lisboa | Edifício no Largo do Rato | Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus


Dreamer

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Num mundo onde a informação corre e escorre por tudo quanto é local, serão poucos os desconhecem a discussão que tem tido diversos palcos, desde logo na blogosfera, com petições on-line à mistura, passando concerteza pelos palcos reais da cidade.

Não conheço o local e por isso qualquer opinião pode pecar por isso, no entanto pelas imagens disponibilizadas e sem mais informação, parece-me uma cércea exagerada (7 pisos) para o lugar, abafando a envolvente, nomeadamente a fonte do largo.


o antes e o depois numa fotomontagem do expresso


origem desconhecida


perspectiva


maquete


enquadramento do local

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Existe espaço para isto? Pelo o que conheço da zona e a informação que esta disponível, sinceramente se construírem isso vai ficar mesmo fora do contexto do local! Mas também só será construído se for feito por alguém do PS... porque não estou a ver o PS deixar construir assim de qualquer maneira um edifício destes mesmo em frente a sua sede.

Josué Jacinto - Mais Fácil
My web: maisfacil.com | soimprimir.com | guialojasonline.maisfacil.com

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Autarquia trava projecto para o Largo do Rato

A Câmara Municipal de Lisboa chumbou hoje um projecto de construção de um edifício de sete andares no Largo do Rato.

O projecto, assinado pelos arquitectos Frederico Valssassina e Manuel Aires Mateus, chegou a ser aprovado em 2005, na altura liderava a autarquia Pedro Santana Lopes, mas o processo voltou para trás, depois da sindicância feita aos serviços de urbanismo da Câmara.

Agora, com os votos contra de todos os vereadores da oposição e do vereador do Bloco de Esquerda Sá Fernandes, o projecto fica inviabilizado.

Em declarações à Renascença, a vereadora independente Helena Roseta explica as ilegalidades que encontrou no projecto.

“A arquitectura foi aprovada com base em pareceres de que estaria tudo conforme e, segundo a nossa apreciação do projecto, há uma desconformidade grave em relação ao Regulamento Geral das Edificações Urbanas, que diz que a altura dos prédios não pode ser superior à largura das ruas”, diz Helena Roseta.

RV

in http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=53&ContentId=255408


Projecto polémico para o Largo do Rato chumbado
Por Margarida Davim

A Câmara de Lisboa chumbou, esta quarta-feira, o polémico projecto dos arquitectos Valsassina e Aires Mateus para o Largo do Rato. Mas o presidente António Costa deixou no ar um aviso: «Os direitos adquiridos podem levar ao pagamento de uma indemnização»

in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=103643&tab=community

Lisboa: Oposição e Sá Fernandes chumbam licenciamento de construção no Largo do Rato
Lisboa, 30 Jul (Lusa) - Os vereadores da oposição e o vereador José Sá Fernandes (BE) chumbaram hoje o pedido de licenciamento de construção de um projecto dos arquitectos Fredereico Valsassina e Aires Mateus para o Largo do Rato.

Apesar de o projecto de arquitectura ter sido aprovado por despacho, em Julho de 2005, pela então vereadora do Urbanismo, Eduarda Napoleão (PSD), durante a presidência de Pedro Santana Lopes, a oposição inviabilizou hoje que o promotor inicie a obra.

Votaram contra o pedido de licenciamento da obra situada no gaveto formado pela Rua do Salitre, Rua Alexandre Herculano e Largo do Rato, os vereadores do movimento Lisboa com Carmona, PSD, Cidadãos por Lisboa, PCP e Bloco de Esquerda.

Os seis vereadores do PS votaram a favor do pedido de licenciamento.

O projecto foi contestado pelo Fórum Cidadania Lisboa e através de um abaixo-assinado que recolheu cerca de 3700 assinaturas.

Os subscritores da petição argumentam que volumetria do projecto "rebenta totalmente com a escala do Largo e descaracterizará definitivamente esta zona lisboeta".

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-07-30 19:15:02

in http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=356904&visual=26&tema=1

Vereadores falaram em "excrescência urbana" e "ditadura da arquitectura"
Câmara de Lisboa inviabiliza novo prédio para o Largo do Rato
30.07.2008 - 18h27 Ana Henriques

A Câmara de Lisboa acabou de inviabilizar o surgimento de um prédio de grandes dimensões no Largo do Rato, junto ao chafariz, entre a rua Alexandre Herculano e a rua do Salitre. Os vereadores consideraram que o edifício desenhado pelos arquitectos Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus não se enquadra no local.

"Excrescência urbana" e "ditadura da arquitectura" foram alguns dos epítetos usados pelos autarcas que se mostraram contra o projecto.

Acontece que, em 2005, a autarquia aprovou o respectivo projecto de arquitectura - o que pode trazer problemas legais em relação à decisão hoje tomada. O presidente da câmara, António Costa, usou precisamente este argumento para tentar convencer os vereadores a aprovar o licenciamento, mas sem sucesso.

in http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1337069

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Mas qual é o problema! O edifício causa plémica porque é de arquitectos "conhecidos" ou porque a cidade tem que cristalizar e ser semelhante a Monsaraz, Marvão ou Óbidos. Porque mais grave do que esta intervenção são os edificios novos da Avenida da Liberdade, os construidos nesta década e os que estão na fase de licenciamento! Sinceramente proponho que o fórum organize uma viagem a Londres para todos verem arquitectura contemporanea e as relações que se estabelecem entre o "novo e o velho"!:tired:

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essa viagem a londres, é de borla??? Se for, aceito... :(



olha que boa ideia Márcio... não digo de borla... mas o arquitectura.pt poderia organizar uma viagem a um local com interesse arquitectónico fora ou dentro do país... e não estou a falar da visita ao Hotel a Viana do Castelo.... :)
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Já Margarida Saavedra não tem dúvidas sobre as questões legais: "A ser construído, o edifício será uma excrescência horrível no Largo do Rato. Mas não se trata meramente de uma questão de gosto. O número de andares baseia-se na média das cérceas [altura] dos edifícios da Av. Alexandre Herculano", para a qual o futuro imóvel também dá, "quando devia guiar-se pelas cérceas dos edifícios do Largo do Rato".
A autarca salienta que "a sindicância que foi feita aos serviços do Urbanismo da Câmara de Lisboa por uma magistrada do Ministério Público diz que o projecto contraria o Plano Director Municipal ".


In Público (28/7/2008)
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Mas também só será construído se for feito por alguém do PS... porque não estou a ver o PS deixar construir assim de qualquer maneira um edifício destes mesmo em frente a sua sede.


convinha era ser regulamentar já agora...acho que falando de lados politicos de lamentar é algo ser aprovado pelo PSD quando nao cumpre as normas do PDM...mas até podia ter colado, foi pena.


(já que apagaram o outro comment fica este, até ver.)
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Deixo aqui uma opiniao de um blogger.

Pitorescos conservadores andamos todos em roda da salvação do Largo do Rato, daquilo que é hoje um nó de auto-estrada irrespirável, intransitável, poluído, onde uma flor seria um milagre sobre o alcatrão do centro da cidade. Rejubila-se pelo indeferimento de um “mono”, dizem, que “não se enquadra”, que “rompe com a malha urbana da envolvente”, em panfletaríssima indignação por uma arquitectura puramente lisboeta.

Mas que ressoa desta entrópica algazarra?, aparte mútuas acusações de “capelismo” arquitectónico-corporativo-mediático, aparte distintos derrames de gosto, aparte a insansatez das boas-consciências, aparte a ausência da ideologia e da política. E a cidade ausente do seu próprio tráfico.

A um arquitecto é encomendado, por um cliente privado – note-se curiosamente a ausência neste debate da figura do cliente, chamado apenas para responder às acusações de explorar até ao limite o que a lei lhe concede, como um criminoso por cumprir a lei e nesse cumprimento programar lucro - um projecto para determinada parcela da cidade. O arquitecto responde à solicitação do cliente – cliente que aparentemente terá concedido total liberdade ao arquitecto, coisa rara no país da brava pataria que “sabe o que o consumidor quer” - , dentro do rigoroso cumprimento da lei, dos índices das taxas, dos pdm’s, do que se quiser. O objecto em projecto é proposto e aprovado pela administração da cidade. Por pressão mediática do bom-gosto ofendido, o objecto é desaprovado, na confirmação das políticas erráticas e casuísticas que estruturam a cidade há décadas. Eloquente.

Sustentar todo um debate no “mono” desagradável à vista será tão intelectualmente sofisticado como acusar o cliente de cumprir todos os índices exigidos a que está sujeito o lote que possui. A acusação do pecado original do querer lucro, como arma retórica, é tão elucidativo como as motivações psicológicas e estéticas que sustentam todo a crítica ao “mau gosto” deste edifício. Inquinar a discussão com acusações de corporativismos, “amiguismos”, conluios, é, de todo em todo, lamentável. Existirão quatro coisas que Deus não conhece: o pensamento dos Jesuítas, os bens e propriedades dos Franciscanos, o número de congregações religiosas femininas existentes e as motivações do discurso e críticas arquitectónica urbanística portuguesa.

Voltando ao objecto, depois do processo.

O objecto de Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus, que poderá até nem ser o mais estimulante, e isso aqui é irrelevante, será certamente mais interessante que o paupérrimo edifício que naquele lugar vai morrendo. Se a cidade é feita de tempo, é do tempo em que se sobrepõe a História, a técnica, a cultura. São as camadas de hábitos e de habitares que vão adensando os lugares, em continuidade e em rupturas. O argumento da ruptura, como momento negativo, como contraponto à modorrenta continuidade quotidiana é pois, soterrado no andamento histórico. Em ruas contíguas ao Lg. do Rato, (que não a Av. Álvares Cabral, porque a escala será outra), procurem-se cassianos, procure-se neles essa continuidade para onde a burguesia se inclina.

E a Garagem Vitória?, o brado que daria alguém hoje querer instalar uma garagem para automóveis no centro da cidade, com aquela “volumetria”. Mas o que aqui nos prende? A vista para o xafariz do Sr. Procurador? Pela própria geografia, ele estará sempre visível. As cérceas? Lisboa não tem cérceas, tem perspectivas – e é sempre curioso e preguiçoso este truque retórico da “altura”, do temível mono que nos rouba o sol, arcaico apego ao piso raso, colados à lama de Inverno e pó de Verão.

A cidade necessita, vive, destes encontros e desencontros. Mas há qualquer coisa de inefável neste debate, sobretudo a partir de um objecto que será certamente muito mais interessantes que os paupérrimos edifícios ainda ontem construídos ali ao lado – ouço já as vestais que guardam sacrossanto Ventura Terra – e porque os debates sobre a cidade são ocasionais, aleatórios, erráticos, como no fundo tem sido a administração da cidade – onde anda o Arqtº. Salgado? - sem qualquer relevância que a nossa paixão opinativa.

Desçamos do Rato ao Marquês. E desçamos do preconceito que pretende que a arquitectura tenha lugares apropriados à sua contemporaneidade. Como se a vida, a cidade, pouco mais fossem que comportamentos e gostos “museologisados”.

in http://khiasma.blogspot.com/2008/08/da-museologisao-dos-costumes.html#links


Os comentarios feitos ao texto do blogger:

Anonymous

4.8.08
Para repor alguma justiça (naturalmente inflamada por motivos familiares), permitam-me o esclarecimento:
O Arqt.º Salgado anda a bulir que nem um cão, tirando do papel, ponto por ponto, aquilo a que se propôs no respectivo programa eleitoral.
Não há que enganar... e se falta debate sobre a cidade, tal deve-se apenas à (ainda maior) falta de tempo, face a tudo quanto hà a pôr em prática.
Não ponho em causa a beleza e melodia das palavras do post em referência, mas sinceramente, mais errático me parece o seu conteúdo do que a administração da Cidade no presente mandato.
Porque é mais fácil criticar (onde andas, Salgado... como se se tivesse demitido das funções para as quais foi eleito!) do que fazer, estudar, pensar, aturar, levar na touca, e continuar...
Impôs-se o desabafo.
Cmpts,

S. Salgado
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joão amaro correia

4.8.08
a minha interrogação relavitamente ao arq. salgado será mais um desabafo por expectativas depositadas em alguém que, lamento, as está a defraudar - um ano e no passa nada. (quero acreditar que um zum zum sobre uma praia de ondas no tejo será piada de silly season) mas sei bem também o estado deplorável em que se encontra a cãmara, mas, já disse, já passou um ano.
lamento que pessoalize o debate, como se de ataque à pessoa do arq. salgado fosse, quando o mesmo é, na nossa narrativa, tão só e "apenas" verador do urbanismo da cidade de lisboa - com todas as responsabilidades inerentes. sendo que acredito piamente que o arq. salgado ande "a bulir que nem um cão" para pôr de pé alguma coisa desta cidade. e sendo que também já passou um ano, repito, um ano, sobre a tomada de posse do verador - mas talvez esta "desilusão", se assim lhe pudermos chamar, tenha apenas a ver com as elevadas expectativas sobre a actuação de alguém que já demonstrou que conhece de cidades.
quanto ao seu último argumento, acho-o lamentável, eivado do costumeiro autoritarismo rançoso ao melhor estilo valentim loureiriano: "você só fala, você nunca fez nada".
até porque falar já não é pouco, e sabe deus como o nosso espaço público de debate anda deserto, segundo porque o senhor não me conhecerá de lado algum e não poderá provar se passo o dia todo sem fazer nada ou a fazer alguma coisa. "estudar, pensar, aturar, levar na touca, e continuar...", sabemos todos o que é isso. ou alguns. ou não fossem alguns desejarem ser conscientes arquitectos - coisa difícil e pesada, mas alegre. e mais lamentável ainda porque esa lógica anti-intelectualista, se quiser, pesa e abre debates através da capacidade de tentar desqualificar alguém como se fora crime dizer alguma coisa.
voltando à vaca fria, ainda não se percebeu a actuação do arq. salgado neste processo - se tanto insiste.
atenciosamente,
j
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AM

5.8.08
Caro João
Gostei de ler a tua posta mas (como anteciparás) não concordo com tudo o que escreves.
Para mim o mais "relevante" sempre foi o projecto. Aquele projecto, aquela solução em concreto, como "caso" único, mas também como "modelo", como hipótese, para a "mudança" da cidade (de Lisboa, neste caso).
Não percebo quando afirmas que o projecto proposto é "certamente" mais "interessante" (?) do que a construção existente. Acho que não fazes a "prova" dessa evidência (mas se calhar é mais uma questão de fé-zada...)
O teu discurso (principalmente na "conclusão") parece-me ainda "contaminado" pela "febre" das "novidades" (pela novidade...) e das "rupturas" (pela ruptura...). Uma "febre" recuperada pelos "contemporâneos" todos "trans-modernos" (e pseudo "vanguardistas"...) aos "modernos" (propriamente ditos) das vanguardas heróicas...
É um discurso (vide o projecto para o novo museu dos coches...) adoptado por tudo quanto é ministro (ou "alto quadro"!...), e que serve para justificar (para mascarar...) as maiores prepotências e atrocidades.
É uma posição cómoda e simplista, tão preguiçosa como as dos "conservadores" (e reaças) que tudo querem "preservar".
E não é preconceito (porque é que há-de ser preconceito!?) continuar a acreditar que existem "lugares apropriados" (e "boas maneiras"...) para a construção do "nosso" tempo e para a transformação da cidade de acordo com as nossas necessidades e os nossos desejos.
Não me quero repetir...
O Siza, salvo erro, e salvo erro a propósito do projecto para o Condes, dizia que por vontade dele "fechava" (dava por "fechada" e "acabada", ou qualquer coisa parecida com isso...) a cidade "histórica" anterior a 1950...
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joão amaro correia

6.8.08
caro antónio,
será talvez mais o que nos aproxima do que o que nos distingue. desculpa o cliché, mas a esta hora, neste mês, não se consegue melhor.
não afirmo que o projecto será a única ou sequer a melhor proposta para aquele bocado de cidade. em todo o caso não conheceremos mais nenhuma. terei até reservas sobre isso. e também não condeno à fogueira do horrendo o que actualmente lá existe. tudo terá o seu valor e o que lá está, quanto mais não seja, ainda que não muito rico, terá o valor de quem o trabalhou - é preciso amar um pouco todas as coisas (esta soou demasiado católica, mas é o que a casa gasta). talvez por isso perceba que tenhas entendido este post como uma irredutível crença no prgresso e no novo. não. aliás sou bastante céptico sobre o nosso, português, discurso do progresso. sobretudo no domínio político - já sabemos que serão os buldozers a avançar sem dó nem piedade, nem amor nem desamor.
mas o outro lado será o da passividade. o do preservacionismo bacoco. o do conservadorismo sem nexo nem riqueza cultural. presumo que aqui, como talvez em tudo, haja um ponto de equilíbrio.
e se nas consciências modernas o progresso seria imparável, no nosso miserável e reaccionário pós-modernismo, o progresso é capaz de ser um monstro. (teremos provas irrefutáveis das duas tendências). não há, portanto, aqui, nem heróis nem vilões. haverá, presumo, repito, um justo equilíbrio.
o mesmo direi relativamente aos lugares "apropriados" à contemporaneidade. e aí distanciar-me-ei do discurso do mestre siza. ressoa a algum afastamento do presente (verificável), e temor ao futuro (imprevisível). porquê "fechar" a cidade "histórica" circa 1950? acaso o mundo parou de girar? acaso a História findou? - bem o desejariam os comunas e os mais impenitentes "capitalistas". mas para nossa ventura a História ainda não fechou os livros (que faltam escrever).
a histeria toda à volta do "mono" é que surpreende. mas mais surpreendente seráo alguns argumentos do "manifesto" para salvar o rato - e sabe deus e quem lá passa todos os dias, como o rato necessita de salvação. tudo me parece descabido e assaz conservador, no que este conceito terá de ultra-montano e anti-cosmopolita - e a actuação da câmara.
mais uma vez a sensação que há algo que não bate certo no clamor que alastra nas multidões (ignorància? medo?), na "forma" da administração (ausència da política? desaparecimento da ideologia? errância urbanística?) e em nós, arquitectos (e eu que até não suporto o corporativismo da classe), em mantermos um debate decente e culturalmente rico sobre o objecto em causa.
continuemos, então.
abraço,
j
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Anonymous

6.8.08
devo ser dos poucos que acham uma certa piada ao rato, ao episódio absurdo de uma largo que não o chega a ser, uma espécie de largo que nasceu aleijado pela topografia e os seus desníveis, pelos edifícios que o confinam desajeitadamente, uns de esguelha como se tivessem sido apanhados desprevenidos, outros convictos à espera de um 'parterre' que não aconteceu, outros no deixa ver o que isto vai dar...e a verdade é que com um pouco mais de artereoesclerose viária, isto é, com o alargamento de passeios, a criação, quem sabe?, de uma ilha, o rato aleijado pudesse passar a hamster amestrado, com carros a rodar e espaço onde o mortal pedestre parasse, sentasse e até dissesse: porra, uma ***** destas só mesmo em Lisboa ,baril!
Isto a propósito de ali poder nascer seja o que for porque o que lá está não presta...
JFC (o pedestre- não confundir com 'pedrasta' que é uma coisa completamente diferente)
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joão amaro correia

6.8.08
"Isto a propósito de ali poder nascer seja o que for porque o que lá está não presta..." - que exagero.
a única coisa que lá está e que não presta é o partido da mãozinha cerrada e a imundície da tasca ao lado da fernandes (compensada talvez pelas belas doses de frango assado que se podem adquirir na frangaria ainda mais ao lado em dias apressados).
(é curioso que ninguém traz à colação o belo edifício que se ergue atrás da sede dos socialistas - suponho que do frederico george: magnífica geografia, melhor topografia, inteligentíssima implantação, moderníssima aparência, que apenas se deixa ver a quem desce a álvares cabral, mas que, paradoxo, domina toda a lisboa. uma presença ausente.)

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é por isso que um gajo deve manter se a parte dessas politiquices, vem o santana aprova, na volta o PS até vota contra, vem o PS aprova o PSD chumba..cada um pucha a obra ao seu mandato PDM´s á parte..nao percebo nada, só sei que á pala dakilo deve andar muita gente bem de vida... sem julgar bem ou mal porque nao tenho conhecimento da situação para isso, a politica neste país nao anda a par da arquitectura como um meio de evolução da sociedade, mas como manietação desta mesmo a seu belo prazer..

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pessoal, nós mais cedo ou mais tarde vamos ter grandes reponsabilidades em levar a arquitectura para um patamar a cima, como kem estudamos agora teve...vamo nos focar nas pessoas que é para elas que estudamos como eles cresceram... pah e o que nao percebem, é...quando essas pessoas forem akelas que podem pagar 2500 euros por m2 muito bem, quando forem pessoas que nem 2.5euros por m2 podem pagar isso nao invalida a arquitectura como papél social...como já ouvi aki falar, inclusivamente em exclusao do governo em termos de apoio para elas...acho que este é o paragrafo que explica a função social do arquitecto enquanto habitante do mundo...porque uma arquitectura de 2.5E por m2 pode ser bem melhor que uma de 2500E...façamos é o melhor para em distintas ocasioes retirarmos o melhor do que aprendemos com a historia e o passado... vamos nos deixar de politicas que ja nos apercebemos que funcionam como factor de atraso e em conjunto vamos pensar em novas necessidades e respostas... se nos alienar mos numa fase academicista a necessidades e nos ligarmos a lados politicos nao vamos a lado nenhum... a discussao aki seria, melhores propostas para o sitio e nao discussao para o show off politico da zona...

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Concordo plenamente contigo Ruce

Mas no que se refere a este projecto, e o que conheço do local, sinceramente não é um bom projecto para ali! Por diversos factores e não só políticos, mas sim a nível estético e ate mesmo histórico do local.

Quem conhece a zona, notara que todo o envolvente tem uma arquitectura, podemos-lhe chamar estilo Neo-Clássica, logo um predido principalmente nessa forma, não iria valorizar o local, antes pelo o contrario.

O que vou dizer, pode chocar alguns, mas caso se construi-se um edificio moderno ali, a meu ver talvez se fosse um edifico vidrado seria melhor, de forma a tornar-se um espelho da rua e assim dar alguma continuidade ao envolvente e não puxando o destaque todo para si.

Josué Jacinto - Mais Fácil
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- comunicar publicamente que a proposta de indeferimento de um processo de licenciamento, com os fundamentos apresentados, constitui um caso de discricionariedade extemporânea e lesa a confiança dos cidadãos nos actos da administração pública e que constitui, igualmente, uma situação que coloca em causa todo o meritório trabalho desenvolvido por um conjunto alargado de técnicos da administração pública que avaliou o projecto;

discrioridade extemporanea...parece o nome de um jogador de baseball coreano, ou um prato de nouvelle cuisine...

acho piada ao se constatar um facto, e conseguir-se com tantas palavras caras dar se uma conotação negativa ao sucedido, como se o facto em si já nao fosse algo negativo...entao se aquilo nao foi aprovado queriam que se escondesse? se nao queriam cair nesta situação, deveriam ser os primeiros a revelar os verdadeiros factos da nao aprovação...nao deixar este fosso temporal de especulação á mao de semear, e vir critica lo passados 3 meses...


mas desta é de vez...dia 9 cá estamos..
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Jag, nota-se que não és Arquitecto neste teu último comentário.


Só por ter falado em edifício espelhado? Gostos amigo... gostos.

Mas para ali nem edifício era... um belo jardim com um quiosque e esta andar! Espera... quiosque, já existe... só se muda-se de sitio...

Josué Jacinto - Mais Fácil
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Está a ser debatido aquilo ser bonito ou feio. Aqui, estou a lançar a questão do porquê a Ordem enviar comunicados sobre esta situação, quando esta é corriqueira na nossa actividade; comigo já aconteceu um par de vezes. Devia era ter ido para engenheiro, pelo menos não tinha políticos a votarem se a minha ponte iria cair...

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Acharia louvável que o Conselho Directivo Regional Sul da OA tivesse vindo a público em defesa deste projecto se tal fosse prática corrente. Curioso notar que a argumentação apresentada se refere apenas à legitimidade (ou falta dela) de procedimentos administrativos, algo que qualquer advogado poderia fazer, nada referindo quanto à qualidade arquitectónica do projecto. A defesa que a OA faz do projecto assenta em argumentos jurídicos, enquanto que o ataque público que tem sido feito assenta em argumentos estéticos e de inserção urbana e, sobre estes que são matéria intrínseca da arquitectura, a Ordem dos Arquitectos nada diz... Não acredito que os dirigentes da OA não saibam de alguns outros casos de discricionariedade dos que diariamente se passam por todo o país, e não dou por eles virem a público denunciar essas situações. Infelizmente a Ordem só é para todos quando toca a pagar quotas...

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