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Matosinhos | Pólo de Serralves | Kazuyo Sejima


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«Pólo de Serralves desenhado por japonesa de culto». Kazuyo Sejima é a autora do projecto do New Museum of Contemporary Art de Nova Iorque.

Só consegui este pequeno excerto de uma notica que saiu no publico a uns dias, mas é suficiente para dar conta de que o novo polo de serralves em Matosinhos vai ser da alturia do atelier SANAA, tendo ganho a arquitectos como Lacaton e Vassal, Souto moura, entre outros.
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E a nova basilica em Fatima é da Paula Santos... E o CCB é do Manuel Salgado......... Todo o arquitecto estrangeiro que queira participar num concurso em Portugal tem de arranjar um atelier portugues para tratar da papelada e muitas vezes os ateliers nacionais chamam outros internacionais de renoma para participar em concursos locais. Acontece o mesmo com o Siza em Espanha tanto para o hospital de Toledo como para as avenidas que esta agora a remodelar em Madrid, onde foi convidado por gabinetes locais a participar nos concursos e ninguem lhe retira a autoria dos projectos só por ser em parceria. Não conheço o projecto que ganhou, mas penso que ao ser mostrado a público vai estar impregnado com todas as marcas e influencias de outras obras dos SANAA.

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“Um marco na arquitectura”
Proposta vencedora para edifício de Serralves na Senhora da Hora já é conhecida

Já se conhece a proposta vencedora para a construção do edifício multifuncional da Fundação de Serralves na Senhora da Hora. O projecto, que a instituição quer que seja um marco da arquitectura moderna, deverá ir agora à apreciação da fundação para ser adjudicado.

Imagem colocada

O júri do concurso para elaboração do Projecto de Arquitectura e Especialidades do Edifício Multifuncional da Fundação de Serralves na Senhora da Hora já escolheu a proposta vencedor. SANAA Jimsho Ltd. / Kazuyo Sejima & Ryue Nishizawa / Cannatà & Fernandes, Lda. foi a proposta melhor classificada de entre as oito que chegaram à fase final do concurso.

Num comunicado enviado às redacções, o júri congratulou-se com a grande qualidade de todas as propostas apresentadas. “Mais constatou que elas constituem um valioso contributo para uma reflexão sobre a requalificação do antigo local industrial e apresentam, por outro lado, um variado e interessante conjunto de possíveis soluções para o enquadramento e articulação das várias funções que o projecto da Fundação de Serralves pretende integrar de forma inovadora”, lê-se no texto.

O documento informa ainda que o relatório de apreciação vai agora ser enviado “à entidade adjudicante, a Fundação de Serralves, com proposta do resultado do concurso e, de seguida, a notificação dos concorrentes para efeitos de audiência prévia”.
Marco na arquitectura

O concurso público para elaboração do projecto do edifício multifuncional de Serralves em Matosinhos foi aberto em Maio de 2007. Do Programa de Concurso consta a “requalificação urbanística e arquitectónica da zona envolvente” e refere ainda que “o projecto será desenvolvido numa zona que se pretende muito qualificada e onde serão desenvolvidos projectos urbanísticos de qualidade, pelo que pretende a Fundação de Serralves que o novo edifício possa constituir um marco da Arquitectura Contemporânea…”.

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A saber...
O júri
O júri é presidido por Teresa Patrício Gouveia, contando om os arquitectos José Paulo dos Santos, Nuno Grande, como suplente de Gonçalo Byrne, Francisco Vieira de Campos, como suplente de Paul Robbrecht e Ulrich Loock, como suplente de João Fernandes, director do museu.


Localização (antiga EFANOR):


Link:
http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=c6b6a1e5a679e0a336caf6b47428df5b

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Eu penso que este concurso é quase um caso inédito em Portugal. Não só pelo programa, mas pelo tipo de participações e finalmente pelo vencedor. Algo que não estamos nada habituados. Aqui os concursos têm uma abrangência tão pequena que quase nem chega além fronteiras.

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  • 3 weeks later...

O atelier SANAA e as suas obras, principalmente os edificios tipo Museu, têm a fama de serem "gastadores energéticos" devido à utilização do vidro e da estrutura metálica exposta. No entanto aprecio as obras de arquitectura estéticamente falando desta dupla japonesa e penso se entrarem em acordo com a EDP vai tudo correr bem!

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  • 4 weeks later...
Cultura: Projecto do novo pólo de Serralves em Matosinhos será conhecido até final de Fevereiro

Porto, 14 Jan (Lusa) - A directora-geral da Fundação de Serralves disse hoje à Lusa que até final Fevereiro será conhecida a proposta de arquitectura vencedora do concurso internacional para a construção do novo pólo museológico de Serralves em Matosinhos.

"Foram seleccionadas oito equipas que estão a desenvolver um estudo prévio que terá de ser entregue ainda em Janeiro. Depois haverá um mês para análise das diferentes propostas", acrescentou Odete Patrício.

Segundo a responsável, a decisão definitiva sobre o projecto e o modelo de funcionamento da extensão de Serralves, que vai nascer nos terrenos da antiga fábrica da Efanor, em Matosinhos, deverão ser conhecidos até final de Fevereiro.

A parcela de terreno que foi cedida à Fundação de Serralves por 99 anos, em direito de superfície, situa-se na Avenida Senhora da Hora e tem uma área de 11.310 metros quadrados, com um valor estimado em 1,286 milhões de euros.

Este projecto conta com a parceria da Fundação Belmiro de Azevedo, através da criação de uma unidade de preservação da história e património industrial da antiga fábrica Efanor, à qual o empresário já reconheceu estar "emocionalmente ligado".

O espaço será desenvolvido, em "articulação íntima", com a Fundação Belmiro de Azevedo, já que foi naquela fábrica, encerrada em 1994, que Belmiro de Azevedo começou a trabalhar e iniciou o seu império industrial.

Está prevista a construção de um edifício para guardar, conservar e expor arte contemporânea, bem como de outras actividades, nomeadamente a criação de um núcleo de indústrias culturais e áreas de formação e um espaço expositivo destinado à preservação da memória da Efanor e da indústria têxtil em geral.

Em declarações recentes à Lusa, o presidente da Administração da Fundação de Serralves, Gomes de Pinho, disse que o novo edifício, que vai ocupar cerca de 12 mil metros quadrados e deverá ficar concluído até 2010.

Acrescentou que irá dispor de um conjunto de condições técnicas "ao nível do melhor que existe no mundo" e que terá uma vocação internacional.

A razão principal deste investimento, disse, relaciona-se com a carência de espaço de armazenagem no Museu de Serralves, que reúne actualmente mais de três mil obras de arte contemporânea.

PM.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-01-14 15:35:02

Concurso para edifício de Serralves em Matosinhos | 1º lugar para Sejima & Nishizawa - Cannatà & Fernandes

O Júri do Concurso Limitado por Prévia Qualificação para a Elaboração do Projecto de Arquitectura e Especialidades do Edifício Multifuncional da Fundação de Serralves na Senhora da Hora – Matosinhos, comunicou, a 14 de Julho de 2008, a deliberação do Júri e o Relatório de Apreciação e Hierarquização das Soluções de Projecto à entidade adjudicante, a Fundação de Serralves, com proposta do resultado do concurso:

"No 21 de Maio de 2007 e por deliberação do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, foi aberto o concurso supra referido, tendo a sua divulgação internacional sido publicada no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE) e a nacional no Diário da República, em dois jornais de grande circulação, a saber “Público” e “Expresso” e ainda no site da Fundação de Serralves.

No Programa de Concurso o objectivo subjacente a esta competição é descrito da seguinte forma: “1. Constitui objecto do presente concurso a selecção do Estudo Prévio de Arquitectura e Especialidades do Edifício Multifuncional a implementar na Senhora da Hora em Matosinhos, para a Fundação de Serralves, promovendo a requalificação urbanística e arquitectónica da zona envolvente…” e “2. O projecto referido no número anterior será desenvolvido numa zona que se pretende muito qualificada e onde serão desenvolvidos projectos urbanísticos de qualidade, pelo que pretende a Fundação de Serralves que o novo edifício possa constituir um marco da Arquitectura Contemporânea…”.

Em resultado de um processo de pré-qualificação, que contou com a participação de 42 concorrentes, foram convidados a apresentar propostas os seguintes oito concorrentes (ordenados por ordem alfabética):
- David Chipperfield Architects / António Portugal e Manuel Maria Reis, arquitectos e associados, Lda
- Degelo Architekten BSA/SAI AG
- JLCG – Arquitectos, Lda
- Lacaton e Vassal Architectes
- Paulo David – Arquitecto, Sociedade Unipessoal, Lda
- SANAA Jimsho Ltd. / Kazuyo Sejima & Ryue Nishizawa / Cannatà & Fernandes, Lda
- Sauerbruch Hutton GmbH
- Souto Moura – Arquitectos, S.A.

No dia 14 de Julho 2008, o Júri do concurso acima referido, composto pela Senhora Drª Teresa Patrício Gouveia (Presidente), Senhor Arq. José Paulo dos Santos, Senhor Arq. Nuno Grande como suplente do Arq. Gonçalo Byrne, Senhor Arq. Francisco Vieira de Campos como suplente do Arq. Paul Robbrecht e pelo Senhor Dr. Ulrich Loock como suplente do Dr. João Fernandes (Director do Museu de Serralves) reabriu o Acto Público, dando a conhecer a apreciação e hierarquização das soluções de projecto apresentadas, tendo ficado hierarquizado em primeiro lugar o concorrente SANAA Jimsho Ltd. / Kazuyo Sejima & Ryue Nishizawa / Cannatà & Fernandes, Lda.

Numa análise global do concurso, o Júri congratulou-se com a grande qualidade de todas as propostas apresentadas. Mais constatou que elas constituem um valioso contributo para uma reflexão sobre a requalificação do antigo local industrial e apresentam, por outro lado, um variado e interessante conjunto de possíveis soluções para o enquadramento e articulação das várias funções que o projecto da Fundação de Serralves pretende integrar de forma inovadora."

in http://www.vitoria.com.pt/node/1026

Kazuyo Sejima em Matosinhos

O novo pólo da Fundação de Serralves, previsto para 2010, vai ser projectado pela firma japonesa Sanaa (Sejima and Nishizawa and Associates) que projectou também o New Museum de Nova Iorque e a loja Christian Dior de Tóquio.

O júri do concurso internacional, aberto em Maio de 2007, escolheu a proposta da emblemática arquitecta japonesa.

O Edifício Multifuncional que a Fundação de Serralves vai construir, num lote dos antigos terrenos da Efanor, em Matosinhos, deverá acumular as funções de depósito de obras de arte, oficina de conservação de referência e centro de exposições. O programa prevê ainda um núcleo de indústrias criativas e um espaço destinado à preservação da memória da Efanor e da indústria têxtil.


Um “marco na arquitectura contemporânea” ou “objecto de culto”são epítetos muitas vezes utilizados para descrever o trabalho de Sejima. A confirmação disso mesmo já acontecera em Nova Iorque (com o New Museum of Contemporary Art da Bowery) e em Tóquio (com a loja Christian Dior da Omotesando), mas também aqui bem perto, com a ampliação do Instituto Valenciano de Arte Moderna (a finalizar até 2011).

Agora vai acontecer a dois quilómetros do Porto com um projecto que quer promover a requalificação urbana e arquitectónica da zona envolvente (Senhora da Hora), prometendo, quem sabe, um pequeno mas enérgico “efeito Guggenheim” à semelhança da experiência da Casa da Música de Rem Koolhaas.

Fonte: Ordem dos Arquitectos
18 de Agosto de 2008
Tânia Santos

in http://www.construlink.com/Homepage/verNoticia.php/noticia.html?id=1032&offline
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  • 1 month later...
  • 6 months later...

Gostaria de ver publicados os resultados tanto para o museu como para o resto do empreendimento. É triste que em Portugal não haja a transparência a nível de concursos públicos que existe em países como a Suécia, ou a Noruega. Só para dar dois exemplos, divulgo os links para 3 concursos (2 em Oslo e 1 em Estocolmo) nos quais se pode consultar na integra as propostas finalistas, e até fazer o download dos cartazes em pdf.
Para quando a transparência no imobiliário em Portugal?

Recomendo a visita a esta mensagem:
http://www.arquitectura.pt/forum/f11/munch-stenersen-and-deichman-competition-has-spanish-and-norwegian-winners-12841.html
(vejam o meu comentário)

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Julgo que a proposta do arquitecto Carrilho da Graça, era bastante mais interessante.
Mas com certeza que o Juri, viu particularidades superiores, no projecto ganhador. Tem mérito.


Eu não vi os projectos, por isso não posso comentar, mas também já ouvi mais pessoas / arqutectos a comentar que o projecto do arquitecto Carrilho da Graça era mais interessante.

O problema é que o Carrilho da Graça tem uma caracteristica que lhe criava alguma dificuldade no Porto. É português e não é da escola do Porto.
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CBN não vale a pena, nos dias que correm, continuares a afirmar os ódios a escola do Porto. a "escola do porto" não é mais do que um grupo dos bons praticantes desta coisa da arquitectura, e sem dúvida que o Carrilho da Graça é um dos melhores "membros" dessa "escola", a escola da boa arquitectura.

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Reconheço que com o meu comentário infeliz, coloquei-me a jeito ... :D

Foi mais um desabafo de um pré-conceito que tenho, levado mais pela minha ignorância do que por uma argumentação estruturada, ou qq outra coisa.

Origem do preconceito - No Porto, Matosinhos ou outros locais próximos, não conheço obras de bons arquitectos que não sejam do Porto ou estranjeiros (Ignorância minha pura, admito).

Também não desejo a ninguém do Porto que o Taveira /ou parecido vá para lá fazer as suas obras (Peço desculpa se ofendo alguém que goste dos projectos dele)

Antes de mais quero agradecer os comentários. Só prova que este blog tem capacidade de se auto-regular na qualidade da informação aqui colocada :D.

Em relação a kwhyl, acho que tens toda a razão, na verdade os meus ódios deveriam centrar-se mais nos "maus praticantes" do que em bairrismos idiotas.

Obrigado
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CBN agradeço o teu assumir de ignorância,se por vezes é sempre bom um comentário desses para espicaçar a discussão, torna-se demasiadamente repetitivo o "bairrismo idiota", principalmente uma vez que assumiste essa lacuna na tua formação. não me cabe, nem interessa para o caso, defender seja o que for ou explicar a necessidade dos críticos em catalogar e fazer "grupos" para explicar a arquitectura da segunda metade do sec XX em Portugal acho necessário referir um ponto de honra: de facto existe algum bairrismo, se o Porto tem uma boa escola é natural que as obras praticadas na zona sejam de oriundos dessa escola, é natural que um pais, uma cidade, uma região, aposte nos "seus" em detrimento de outros, sem que isso queira representar alguma animosidade em relação aos "outros" è ainda natural, que Lisboa, capital do Pais, tenha uma responsabilidade extra de promover o país, mais que a sua própria produção, por isso encontras nela "objectos" de arquitectos nacionais e não só de Lisboetas ponto 2: se observares a Lista dos 8 concorrentes finalistas, 3 são portugueses, e um só do Porto Souto Moura, os outros dois é o próprio Carrilho da Graça e um seu antigo colaborador, o Paulo David, o que ainda reflecte uma maior importância ao arquitecto também como formador. por tudo isto e muito mais, deixe-mo-nos de bairrismo próprio do século passado, que essa cantiga já não tem razão de ser

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Kwhyl, a humildade tb não faz mal a ninguém. Quando se erra, admite-se:)

Sou apenas um curioso de arquitectura, por isso tb admito que possa ser um bocado imaturo a entrar em alguns temas, mas tb como curioso admito que possa evoluir.

Admito tb que não tinha reparado na lista de finalistas, o facto do Souto Moura estar lá não me surpreende (e não é por ser do Porto, é pela arquitectura que faz), fiquei foi muito surpreendido com o Paulo David ! É um arquitecto muito discreto com poucas obras que ainda vai dar muito que falar. Já estive na casa das Mudas e fiquei muito surpreendido pela positiva (Em algumas coisas fez-me lembrar os ambientes das termas/piscinas de Peter Zumthor na Suiça).
De acordo com a informação que me deste e realmente é de formação Lisboeta "Licenciado em Arquitectura pela F.A./U.T.L em 1989. Colaborou com Gonçalo Byrne entre 1988 e 1996, e com João Luís Carrilho da Graça em 1989." realmente o feitiço (o meu comentário) está a virar-se contra o feiticeiro :D

Concordo que o Porto sempre teve uma boa escola, com uma qualidade superior ao resto do país (foi que foi salvando o país durante bastantes anos), mas, não querendo espicaçar bairrismos, acho que hoje em dia a qualidade está bastante nivelada em Portugal, onde poderíamos incluir Universidades de outras cidades como a Coimbra. Mas acho muito bem que cada um defenda aquilo em que acredita, principalmente se for com o objectivo de lutar pela excelência e pelo bem comum.
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concordo contigo, a qualidade hoje está mais nivelada e o denominador escola, já pouco tem a ver com o assunto, ainda mais agora que entramos nos tempos de bolonha.

o acesso livre à informação, a internet, a proliferação de boas bibliotecas e fnac´s, revistas e livros de arquitectura, a facilidade em viajar e conhecer, dentro e fora do pais, wokshops e concursos para estudantes, faz com que a escola tenha perdido o seu protagonismo no percurso do arquitecto
hoje compreendemos que saem bons profissionais de todas as escolas e que o bairrismo tende a desaparecer, não somente porque nunca teve razão de existir mas porque a arquitectura se tornou mais democrática e menos elitista e capaz de ser praticada e bem praticada por todos

voltando ao tópico, ainda não vi uma única imagem do projecto em questão mas muito me orgulho de vir a ter um projecto dos SANNA no meu país...

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  • 1 month later...

Destak.ptNovo pólo multifuncional do Museu de Serralves em Matosinhos deverá estar concluído em 2012


A próxima fase de crescimento do Museu de Arte Contemporânea de Serralves (MACS) é o pólo multifuncional Serralves 21, a construir em Matosinhos nos próximos três anos, com um custo estimado de 25 milhões de euros.


"O projecto Serralves 21 nasceu da necessidade premente e imperiosa de criar espaço para o crescimento da colecção, porque já não temos espaço para a nossa colecção, temos já espaços alugados", disse hoje à Lusa o director do MACS, João Fernandes.
As reservas (zonas de armazenamento) de Serralves estão preparadas para acolher obras de arte, mas são insuficientes para a actual colecção, com mais de 1500 obras a que se somam trabalhos em papel, fotografias e filmes, que exigem condições específicas de armazenamento.


"Isto obriga a criar diversas climatizações, em termos de temperatura e humidade, e exige um edifício sofisticado com condições de guardaria muito diversificadas, o que representa um grande investimento ", disse João Fernandes.


Os responsáveis da Fundação concluiram que o novo edifício teria de prestar serviços à comunidade por forma a gerar receitas que ajudem ao financiamento, nomeadamente oferecendo a possibilidade de guardar colecções particulares.


O projecto do edifício que inicialmente se dedicava sobretudo à guardaria (depósito e preservação) da colecção de arte, foi assim evoluindo para um pólo multifuncional com um conjunto de missões mais vasto e diversificado.


"Ter ali colecções de arte e não as rentabilizar seria um crime e além disso queremos que ali trabalhem pessoas e circule muita gente", disse a directora-geral da Fundação de Serralves, Odete Patrício.


Uma consulta a várias autarquias culminou na escolha de Matosinhos, que ofereceu o terreno a custo zero, com direito de superfície por 99 anos. Em troca, Serralves 21 prestará um serviço cultural a Matosinhos, materializado numa galeria de exposições.
O director do MACS referiu que Serralves 21 poderá proporcionar aos coleccionadores um serviço de fotografia e catalogação das respectivas colecções e uma série de outros serviços como o restauro.


No mesmo complexo ficará instalado um núcleo museológico de arqueologia industrial, uma vez que naquele terreno funcionava a antiga Efanor, uma importante industria têxtil da região, cujos vestígios serão mantidos.


"Ali poderão ser organizadas actividades que têm a ver com esse sector, onde a indústria têxtil poderá apresentar os seus produtos actuais, nomeadamente com desfiles de moda, a cruzar os universos da indústria e da cultura", disse João Fernandes.


O concurso de arquitectura internacional foi ganho por um consórcio dirigido pelo atelier SANAA, dos arquitectos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, que propôs uma estrutura em pavilhões, densa e compacta, traduzindo a multifuncionalidade do conjunto.
Os vários edifícios estarão ligados entre si por um só piso subterrãneo com 7.500 metros quadrados, onde se situarão os espaços destinados às reservas do museu e guardaria de colecções privadas.


À superfície, os edifícios - ligados por um conjunto de ruas pedonais e jardins interiores - terão uma recepção comum, galerias de exposição, um edifício multifuncional para actividades didácticas, áreas de comércio ligado à arte e fixação de indústrias criativas e para serviços administrativos.


in http://www.destak.pt/textos.php?art=30788&id=3202

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