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Cerva, Ribeira de Pena | Casa Tóló | Alvaro Leite Siza


kaz

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o que está mal tem a ver com a questão da funcionabilidade, mais concretamente, mobilidade não ser resolvida correctamente.
mobilidade está mal. não falo de relações com o lugar bla bla bla, mobilidade, apenas isso.
desculpem, se isto for dificil ver....então não sei..




nao. plo contrario....é bastante fácil de ver....a maneira como esta discução ta a ser conduzida..
os gostos nao se discutem, obviamente que nao...mas educam-se! e o primeiro passo para educar uma "mente" virada para a arquitectura, é tirar as palas e olhar em volta, e nao apenas para a frente!
alem de ser na funcionalidade, na concepção do espaço e na integridade com a envolvente é tambem na irreverência que se ve e aprende, não só novos estilos de arquitectura mas tambem novas concepções de espaço.
se calhar com uma passadeira rolante ficava mais atrativo para todos aqueles que acham que a obra nao é funcional....se calhar suspenso por pilares ficava mais interessante para quem nao gosta de descer e subir tantos degraus....enfim!
nao se pode agradar a gregos e a troianos mas é de referir que a obra está em lista para ganhar um prémio.....porque será???? ui!!gandes malucos, esses jurís! :p:)

"é na irreverencia que se marca é a diferença...é na diferença que se faz história"

bem...irreverente já a obra é...será que fará história? aqui no fórum já está a deixar as suas marcas ;)

margarida duarte

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nao. plo contrario....é bastante fácil de ver....a maneira como esta discução ta a ser conduzida..
os gostos nao se discutem, obviamente que nao...mas educam-se! e o primeiro passo para educar uma "mente" virada para a arquitectura, é tirar as palas e olhar em volta, e nao apenas para a frente!


Desculpa a incursão pelos campos da psicologia, mas não vou resistir...
Eu não acho que seja uma questão de tirar as palas, é mais uma questão de as afastar um pouco dos olhos... porque até as mentes com os gostos mais educados continuam a te-las, é inevitável. Ter limites faz parte da nossa condição humana, a unica coisa que podemos fazer é expandi-los... mas atenção que isto não é o equivalente a eliminar os limites.

alem de ser na funcionalidade, na concepção do espaço e na integridade com a envolvente é tambem na irreverência que se ve e aprende, não só novos estilos de arquitectura mas tambem novas concepções de espaço.


Até agora, por várias razões, tenho-me mantido muito calado em relação a este tópico, porém estas ultimas intervenções - e por fim esta tua ultima- deram-me a vontade dar a minha opinião sobre o que vi até hoje desta casa.
Antes de continuar tenho de confessar que nunca fui ao local, não conheço as condicionantes do projecto, porém pelo resultado final acho que dinheiro não foi propriamente um problema.

Estéticamente apelativa, a aproveitar uma situação dificil do terreno, integrando-se na paisagem, enfim... o sonho molhado de um arquitecto.

De facto um mimo...

Porém pessoalmente acho que se o factor funcionalidade não fosse um factor tão importante para mim, esta seria uma habitação verdadeiramente espetacular.

Só é pena aquele pequeno "se" que me chateia, que incomoda a perfeição desta obra magnifica...

Contudo aquele pequeno "se" assume uma importância tal, que se torna a fronteira entre o considerar que esta é uma excelente habitação (e assim for é uma obra de referência da arquitectura nacional) ou o considerar que esta é uma linda escultura em ponto grande (falhando na sua permissa enquanto habitação).

Agora... tenho de admitir que é um obra a que ninguem fica indiferente, e que sem dúvida tem o merito (ou infortúnio) de lançar a velha questão "até que ponto a funcionalidade é uma questão a ter em conta nos projectos de referência actuais?"

se calhar com uma passadeira rolante ficava mais atrativo para todos aqueles que acham que a obra nao é funcional....se calhar suspenso por pilares ficava mais interessante para quem nao gosta de descer e subir tantos degraus....enfim!
nao se pode agradar a gregos e a troianos mas é de referir que a obra está em lista para ganhar um prémio.....porque será???? ui!!gandes malucos, esses jurís! :p:)


Epa essa das escadas rolantes é uma ideia peregrina que se faz favor... enfim é melhor passar em frente.

Bom isso desta casa estar listada para ganhar um prémio não me espanta, mais 90% dos prémios que existem servem para avaliar a parte escultórica da arquitectura, veja-se o caso dos Prémios Valmor. Mas ja agora estou curioso não sabes que prémio é esse? É que os Prémios Valmor não são propriamente o que eu chamo como um exemplo a seguir para prémios de arquitectura.

"é na irreverencia que se marca é a diferença...é na diferença que se faz história"

bem...irreverente já a obra é...será que fará história? aqui no fórum já está a deixar as suas marcas ;)


Epa essa da irreverência marcar a diferença... não sei até que ponto consigo concordar com isso.
Pessoalmente sempre achei que a diferença era marcada pela qualidade. E para dizer a verdade neste caso não consegui ver mais qualidade para além da qualidade escultórica.


Estava agora aqui a reflectir sobre qual será o futuro desta casa.
Será que num futuro mais ou menos próximo, diria mesmo a longo prazo, será demolida como aconteceu nos casos que vimos em tópicos recentes?
New England’s First Modernist House Destroyed
Paul Rudolph Is Razed
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epa... por acaso os gostos discutem-se...perceber, por exemplo, o porque de se gostar de punk do que pop pode ser interessante....e levar anos a discutir... epa já disse tanta coisa e não me apetecia repetir muitas vezes... uma "mente" virada para a arquitectura é criar uma casa cheia de intenções e "poéticas"(como lhe chamam) e onde funcionalmente peca, porque peca... mais uma vez digo, a arquitectura de revista é demasiado usual...cada vez mais, é preciso perceber o que está para além da fotografia bem tirada e de formas cativantes...a fotografia mostra-nos o momento, não o tempo... essa de tirar as palas foi... engraçadinha, mas pronto...não me apetece mesmo comentar... porque a da passadeira foi muito melhor... e que o Alvaro Siza ganhe esse tal prémio...deve ser o da Secil praí....ou é outro?... adicição... o GinSoakedBoy tocou no ponto! a peça escultórica!

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em relação ao concurso, caso tivessem seguido com atenção os comentários que se fizeram teriam lido que o vitor nina disse:

De facto, esta casa não pára de me surpreender pela positiva.

Pois bem, ela está nomeada para o prémio da revista Wallpaper na categoria de Best New Private House.;)

O resultado do concurso sai amanhã e vamos ver se começa aqui o reconhecimento internacional desta pequena maravilha.

Informações adicionais em

http://www.wallpaper.com/news/Design...ew:_day_5/1247


-----

em relação ao termo "escadas rolantes" não fui a pioneira...mais uma vez, caso tivessem realmente estado com atenção, veriam que areffoios referiu isso mesmo, obviamente em tom sarcástico e eu aproveitei o mesmo tom para concluir algumas das minhas ideias!

entretanto gostaria de sugerir uma reflexao sobre, por exemplo, o já referido Museu Guggenheim...aposto que para muitos de voces, o arquitecto deve picar-se todos os dias para ter tido "uma ideia estapafurdia" daquelas (diriam alguns de voces, a avaliar com o que se disse por aqui).

penso que não é pela poética ou pela falta dela....por tratar uma peça arquitectónica por escultura ou nao, que neste caso especifico, a casa fica a perder...é de relembrar que a arquitectura é uma arte, considerada por muitos a maior (sendo isso discutivel, o que não me apetece entrar por ai)

ora juntando todas estas peças, nao é de estranhar que neste caso, arquitectura e escultura se possam misturar, o que, acontece em IMENSOS casos por esse mundo fora, sendo inclusive essa a referencia para alguns arquitectos reconhecidos mundialmente......estarao eles todos errados? :)

margarida duarte

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Tal como se viu no tópico "Uma casa e um mercedes...", nem sempre a arquitectura de vanguarda, aquela que por um motivo ou outro é inovadora é sinónimo de exemplo de algo funcionalmente correcto...

Na mesma posição desta casa, sem fazer juízos de valor de um ou outro projecto, temos a villa Savoya e a casa da cascata, dois exemplos máximos da arquitectura mundial, dois ícones que marcaram e continuam a marcar gerações, e que funcionalmente... para ser simpático diria que não cumprem a permissa de habitação...
Concerteza que iniciamlmente os clientes dessas 3 casas terão ficado satisfeitos com o resultado (vertente escultórica), mas pelo menos nestes 2 casos internacionais sabe-se que os problemas começaram a aparecer e as habitações deixaram de o ser (vertente funcional)...
Outros exemplos do sr. Corbusier seguiram os mesmos caminhos, sendo icónes de uma corrente sociológica que acabou por não se impôr (não interessam os motivos)...

Para a arquitectura mundial são grandes exemplos, assim como a casa toló também o é, pelo menos a nível nacional, os únicos prejudicados foram os clientes (não sei se no caso português isso acontece), esses que têm(tinham) de a usar para aquilo que elas deviam ser usadas... habitar...

...ver de fora é muito fácil... agora queria ver essas pessoas, que defendem a casa toló de unhas e dentes, a viverem lá durante algum tempo...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Esta discussão já vai longa e já andamos todos a serrar presunto, não se acrescentando grande coisa em cada novo comentário, mas não resisto a deixar bem claro que, tanto quanto me foi possivel perceber pelas fotos e plantas conhecidos (não tive oportunidade de visitar a casa), do ponto de vista formal eu sería um feliz habitante deste edifício. Digo-o com profunda convicção. A única reserva que mantenho é no aspecto do isolamento térmico, que me parece inexistente. Eu gosto particularmente de casas com vários andares, gosto de escadas dentro de casa, gosto de andar nos telhados, gosto de vistas abertas. Esta casa reúne tudo isso. Se fosse toda forrada a Dry-Vit, eu era um sério candidato a ser seu ocupante. Acho um projecto apaixonante, com um desenho de facto inovador mas, do meu ponto de vista (sinceramente), absolutamente habitável. Aliás, muito mais habitável que outros projectos iconográficos que foram aqui muito menos discutidos, nomeadamente os mais arrojados dos Aires Mateus, como a casa de Azeitão. Esta é a minha opinião, mas admito outras :-) ZM

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em relação ao concurso, caso tivessem seguido com atenção os comentários que se fizeram teriam lido que o vitor nina disse:



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Por lapso da minha parte não vi esse comentário. Ja agora é de referir que quem ganhou foi a Baron house de John Pawson.

em relação ao termo "escadas rolantes" não fui a pioneira...mais uma vez, caso tivessem realmente estado com atenção, veriam que areffoios referiu isso mesmo, obviamente em tom sarcástico e eu aproveitei o mesmo tom para concluir algumas das minhas ideias!


Como disse a minha resposta foi ao teu comentário, mas foi motivada pelas ultimas respostas deste tópico, e isso inclui as escadas rolantes.

entretanto gostaria de sugerir uma reflexao sobre, por exemplo, o já referido Museu Guggenheim...aposto que para muitos de voces, o arquitecto deve picar-se todos os dias para ter tido "uma ideia estapafurdia" daquelas (diriam alguns de voces, a avaliar com o que se disse por aqui).

eu não estou a argumentar contra as formas menos usuais, ou que quebram a monotonia artistica, eu estou é a argumentar contra os casos em que o preço a pagar por isso é a funcionalidade.
Eu ja estive no Museu Guggenheim em Bilbao (calculo que te estejas a referir a esse), e de facto ao nivel formal é diferente, contudo pelo que me foi possivel perceber ao nivel funcional esta minimamente razoavel. Apesar de algumas das soluções adoptadas serem no minimo discutíveis...

penso que não é pela poética ou pela falta dela....por tratar uma peça arquitectónica por escultura ou nao, que neste caso especifico, a casa fica a perder...é de relembrar que a arquitectura é uma arte, considerada por muitos a maior (sendo isso discutivel, o que não me apetece entrar por ai)


Recentemente tive que procurar o conceito de arquitectura para um glossário, e de facto tens razão a arquitectura vem definida como arte.
Pessoalmente acho que quem defeniu a arquitectura como uma arte cometeu um erro terrivel, para mim a componente artistíca é apenas uma parte de um todo que pode ser definido como arquitectura. Outras componentes, são a componente ciêntifica, ou a componente construtiva. Mas pronto isto são apenas algumas reflexões pessoais e por isso valem o que valem.

ora juntando todas estas peças, nao é de estranhar que neste caso, arquitectura e escultura se possam misturar, o que, acontece em IMENSOS casos por esse mundo fora, sendo inclusive essa a referencia para alguns arquitectos reconhecidos mundialmente......estarao eles todos errados? :)


Não estão errados, porém a componente artistica não é de todo a unica componente, e isso vê-se nos seus trabalhos, muitas vezes questiono-me se será inclusivé a mais importante... é pelo menos a mais visivel...

Tal como se viu no tópico "Uma casa e um mercedes...", nem sempre a arquitectura de vanguarda, aquela que por um motivo ou outro é inovadora é sinónimo de exemplo de algo funcionalmente correcto...

Na mesma posição desta casa, sem fazer juízos de valor de um ou outro projecto, temos a villa Savoya e a casa da cascata, dois exemplos máximos da arquitectura mundial, dois ícones que marcaram e continuam a marcar gerações, e que funcionalmente... para ser simpático diria que não cumprem a permissa de habitação...
Concerteza que iniciamlmente os clientes dessas 3 casas terão ficado satisfeitos com o resultado (vertente escultórica), mas pelo menos nestes 2 casos internacionais sabe-se que os problemas começaram a aparecer e as habitações deixaram de o ser (vertente funcional)...
Outros exemplos do sr. Corbusier seguiram os mesmos caminhos, sendo icónes de uma corrente sociológica que acabou por não se impôr (não interessam os motivos)...

Para a arquitectura mundial são grandes exemplos, assim como a casa toló também o é, pelo menos a nível nacional, os únicos prejudicados foram os clientes (não sei se no caso português isso acontece), esses que têm(tinham) de a usar para aquilo que elas deviam ser usadas... habitar...

...ver de fora é muito fácil... agora queria ver essas pessoas, que defendem a casa toló de unhas e dentes, a viverem lá durante algum tempo...


Falas da Ville Savoy como um exemplo em que a questão funcional não corresponde à permissa de habitação... Tendo em conta toda a componente intelectual de Le Corbusier, uma pessoa estranha ler isso, porém ele tem mais obras em que essa disfunção é gritante. Portanto o que se passou aqui?

O que gera essa incoerência entre a obra e o pensamento?

Será que foi a questão de evolução de conceitos e padrões de qualidade?

Julgar os arquitectos do passado (independentemente da sua qualidade) pelos padrões do presente é no minimo injusto, porque há uma evolução nos conceitos. Por exemplo cada habitação ter uma casa de banho (por vezes até mais que uma) é um conceito que até há não muito tempo era considerado como um luxo, portanto algo completamente desnecessário, e hoje em dia como é?

Esta discussão já vai longa e já andamos todos a serrar presunto, não se acrescentando grande coisa em cada novo comentário, mas não resisto a deixar bem claro que, tanto quanto me foi possivel perceber pelas fotos e plantas conhecidos (não tive oportunidade de visitar a casa), do ponto de vista formal eu sería um feliz habitante deste edifício. Digo-o com profunda convicção.
A única reserva que mantenho é no aspecto do isolamento térmico, que me parece inexistente.
Eu gosto particularmente de casas com vários andares, gosto de escadas dentro de casa, gosto de andar nos telhados, gosto de vistas abertas. Esta casa reúne tudo isso.
Se fosse toda forrada a Dry-Vit, eu era um sério candidato a ser seu ocupante.
Acho um projecto apaixonante, com um desenho de facto inovador mas, do meu ponto de vista (sinceramente), absolutamente habitável. Aliás, muito mais habitável que outros projectos iconográficos que foram aqui muito menos discutidos, nomeadamente os mais arrojados dos Aires Mateus, como a casa de Azeitão.

Esta é a minha opinião, mas admito outras :-)

ZM


Pois la está não conheço a forma como esta habitação foi construida, portanto não me posso pronunciar sobre a qualidade de construção, porém tendo em conta a solução adoptada e o seu possivel custo não me passa pela cabeça que a construção seja "menos boa".
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Falas da Ville Savoy como um exemplo em que a questão funcional não corresponde à permissa de habitação... Tendo em conta toda a componente intelectual de Le Corbusier, uma pessoa estranha ler isso, porém ele tem mais obras em que essa disfunção é gritante. Portanto o que se passou aqui?

O que gera essa incoerência entre a obra e o pensamento?

Será que foi a questão de evolução de conceitos e padrões de qualidade?

Julgar os arquitectos do passado (independentemente da sua qualidade) pelos padrões do presente é no minimo injusto, porque há uma evolução nos conceitos. Por exemplo cada habitação ter uma casa de banho (por vezes até mais que uma) é um conceito que até há não muito tempo era considerado como um luxo, portanto algo completamente desnecessário, e hoje em dia como é?


Não fui eu que "disse" aquelas palavras do outro tópico, apenas me limitei a descrever um texto que encontrei na net e que parece ter alguma credebilidade, já que foi inicialmente escrito para um jornal madeirense...

Uma das coisas que constam nesse texto é simplesmente que a villa Savoya metia água por vários locais...
Não me parece relevante neste tópico falar do modo de reflexão de Le Corbusier (sendo que talvez valha a pena falar dos seus conceitos de cidade/habitação), mas uma casa (abrigo) que mete água, não é uma questão temporal, porque desde o início dos tempos enquanto civilização, que aquilo que o homem procura num abrigo é tão pura e simplesmente uma coisa... protecção...

É lógico que se o projecto da villa Savoya fosse construído hoje, a pormenorização seria completamente diferente, com toda a certeza mais eficaz do ponto de vista técnico... mas se fosse construída agora, nunca seria conhecida como um dos marcos da arquitectura mundial, precisamente por essa relação arquitectura/tempo...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Assino por baixo dos post da ultima pagina...

Apos analisar este topico, chegei a uma conclusão logica e que é a mais correcta para haver tantas opiniões negativas em relação a este edificio...

O problema aqui é ter no nome Siza... ou seja, ser filho do Siza Vieira.

PS: Acho que o homen não tem culpa de ter um pai arquitecto e que seja o Siza Vieira...

Josué Jacinto - Mais Fácil
My web: maisfacil.com | soimprimir.com | guialojasonline.maisfacil.com

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A Ville Savoy não tem um problema funcional, tem apenas uma construção deficiente e imberbe para à época/novidade de tipologia que a mesma apresentava...Quanto a fallingwater, teve uns problemas estruturais nas consolas e pouco mais ouvi de problemas... E mais uma vez bate-se num tipo que inventou a habitação que temos...

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Assino por baixo dos post da ultima pagina...

Apos analisar este topico, chegei a uma conclusão logica e que é a mais correcta para haver tantas opiniões negativas em relação a este edificio...

O problema aqui é ter no nome Siza... ou seja, ser filho do Siza Vieira.

PS: Acho que o homen não tem culpa de ter um pai arquitecto e que seja o Siza Vieira...




essa nao percebi...qual é o problema? :)

margarida duarte

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Assino por baixo dos post da ultima pagina...

Apos analisar este topico, chegei a uma conclusão logica e que é a mais correcta para haver tantas opiniões negativas em relação a este edificio...

O problema aqui é ter no nome Siza... ou seja, ser filho do Siza Vieira.

PS: Acho que o homen não tem culpa de ter um pai arquitecto e que seja o Siza Vieira...


Não percebi esta... Porque é que ficaste com essa impressão?

Não achas que os argumentos que põem em causa a funcionalidade desta casa não tem o minimo de fundamento?

Pessoalmente não acho que esta casa seja conhecida por ser do filho do Siza Vieira, nem que seja criticada por ser do filho do Siza Vieira.
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Ok... aqui vai... Para mim, a arquitectura não é um simples edificio onde nos moramos diariamente. Claro que tambem é importante nesse nivel, claro que as casas onde nós moramos normalmente, devem ter uma arquitectura mais funcional e pratica. Quando falo em "casas onde nós moramos normalmente", as casas nas cidades. Um predio, as habitações devem ser realmente bastante praticas e funcionais, pois 1º o arquitecto não sabe quem ira la morar e 2º fica mais barato e é mais facilmente vendido. Mas, quando se fala de uma vivenda, encomendada por uma certa pessoa, ai o arquitecto tem mais liberdade, quando essa é dada pelo o cliente, para realmente fazer aquilo que tem em mente e criar algo mais artistico do que fazia normalmente. Voltando ao predio, claro que este deverá ser extremamente funcional e caso não o seja poderá dizer-se que realmente tem uma má arquitectura. Mas em relação a vivenda, já é um pouco diferente... Numa vivenda, a liberdade criativa, poderá ser mais visivel e já se pode realmente realizar uma planta que aparente mente não é tão funcional, para os que não vão la viver, mas provavelmente para o cliente será bastante funcional. E o cliente irá ficar bastante satisfeito em ter tanto uma casa onde possa morar como um edificio esteticamente bonito e diferente dos outros, unico. Claro que a FallingWater, realmente perde a funcionalidade se o morador estiver numa cadeira de rodas... mas quando foi projectada, o cliente não andava em cadeiras de rodas. Sim... a qualquer momento poderia ficar... mas se pensarmos sempre assim... não viviamos. Em relação a esta casa... poderá se dizer o mesmo. O cliente é o unico que poderá dizer se é ou não funcional... mas certamente dira que é, para ele. Acho que a maioria dos arquitectos hoje em dia, estão muito agarrados as cidades... as "filosofias" de Le Corbusier. Sim, ele foi um grande arquitecto e as suas teorias, aplicadas ainda hoje, são bastante boas. E concordo com elas plenamente. Mas acho que essa arquitectura é para as cidades e é uma arquitectura em serie. Mas, a arquitectura é uma arte, e não são os "banais" predios construidos nas cidades e as "banais" vivendas construidas nos arredores das cidades e por pessoas com menos dinheiro, que mostra realmente o lado artistico da arquitectura. Por isso, digo, que se vir-mos o lado artistico desta casa, é realmente boa. E lembrem-se uma casa não é uma peça de design...

Josué Jacinto - Mais Fácil
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Ok... aqui vai...

Para mim, a arquitectura não é um simples edificio onde nos moramos diariamente. Claro que tambem é importante nesse nivel, claro que as casas onde nós moramos normalmente, devem ter uma arquitectura mais funcional e pratica. Quando falo em "casas onde nós moramos normalmente", as casas nas cidades.

Um predio, as habitações devem ser realmente bastante praticas e funcionais, pois 1º o arquitecto não sabe quem ira la morar e 2º fica mais barato e é mais facilmente vendido. Mas, quando se fala de uma vivenda, encomendada por uma certa pessoa, ai o arquitecto tem mais liberdade, quando essa é dada pelo o cliente, para realmente fazer aquilo que tem em mente e criar algo mais artistico do que fazia normalmente.


Eu não estou a reduzir a arquitectura ao simples edifício de habitação da cidade. Longe de mim fazer algo assim.
Agora... há determinados padrões de qualidade que devem ser assegurados, seja no edifício de habitação, seja na vivenda.
A funcionalidade, neste caso a mobilidade, é um deles. Que numa vivenda, até por ter um cariz mais definitivo por se tratar de um projecto mais personalisado, ainda mais deve ser respeitado e acautelado.

Voltando ao predio, claro que este deverá ser extremamente funcional e caso não o seja poderá dizer-se que realmente tem uma má arquitectura. Mas em relação a vivenda, já é um pouco diferente...

Numa vivenda, a liberdade criativa, poderá ser mais visivel e já se pode realmente realizar uma planta que aparente mente não é tão funcional, para os que não vão la viver, mas provavelmente para o cliente será bastante funcional. E o cliente irá ficar bastante satisfeito em ter tanto uma casa onde possa morar como um edificio esteticamente bonito e diferente dos outros, unico.


Pessoalmente encaro o desafio para o arquitecto o aliar a funcionalidade à estética, quando este negligência um em prol do outro está a produzir má arquitectura. Seja numa vivenda, seja num edifício de habitação, seja no que for.

Claro que a FallingWater, realmente perde a funcionalidade se o morador estiver numa cadeira de rodas... mas quando foi projectada, o cliente não andava em cadeiras de rodas. Sim... a qualquer momento poderia ficar... mas se pensarmos sempre assim... não viviamos.


Quando querem falar de mobilidade condicionada deixem o estigma da cadeira de rodas.

Olha o meu avô - que infelizmente já faleceu- na ultima parte da sua vida não conseguia andar mais do que 5 minutos sem se cansar ao ponto de ter de se sentar. Nunca andou de cadeira de rodas.

Quanto à visão do futuro... bom para mim grande parte do trabalho do arquitecto é olhar para o futuro. E idoso, e com as nossas capacidades reduzidas vamos ficar todos.


Em relação a esta casa... poderá se dizer o mesmo. O cliente é o unico que poderá dizer se é ou não funcional... mas certamente dira que é, para ele.


E no dia em que o cliente chegar à conclusão que aquela moradia por não ser funcional já não lhe serve, será que o arquitecto acautelou os interesses do cliente?
Bem sei que isto é uma questão complicada e nem sempre é possivel fazer isso, mas a funcionalidade é uma questão básica.

Acho que a maioria dos arquitectos hoje em dia, estão muito agarrados as cidades... as "filosofias" de Le Corbusier. Sim, ele foi um grande arquitecto e as suas teorias, aplicadas ainda hoje, são bastante boas. E concordo com elas plenamente. Mas acho que essa arquitectura é para as cidades e é uma arquitectura em serie.


Como é que os arquitectos não vão estar muito agarrados às cidades?
Aconselho-te a ler esta noticia do Diario de Noticias .

Porém hás de me explicar o que é que a questão da funcionalidade (neste caso até mais mobilidade) tem a ver com a habitação estar inserida no contexto urbano ou não.
A funcionalidade, (neste caso mobilidade) não está lá para fazer o jeito à cidade, ou à aldeia, está la por causa do outro factor... o ser humano.

Já agora dou-te os parabens, consegues fazer o que eu não consigo. Estar de acordo com todas as teorias do Corbusier.

Mas, a arquitectura é uma arte, e não são os "banais" predios construidos nas cidades e as "banais" vivendas construidas nos arredores das cidades e por pessoas com menos dinheiro, que mostra realmente o lado artistico da arquitectura.

Por isso, digo, que se vir-mos o lado artistico desta casa, é realmente boa. E lembrem-se uma casa não é uma peça de design...


Nunca neguei que o lado artistico desta casa é realmente bom. Mas quando eu quero uma escultura não vou necessáriamente ter com o arquitecto...

Lembra-te tu que uma casa não é uma peça de arte, é uma peça de arquitectura.
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Mas, a arquitectura é uma arte, e não são os "banais" predios construidos nas cidades e as "banais" vivendas construidas nos arredores das cidades e por pessoas com menos dinheiro, que mostra realmente o lado artistico da arquitectura.


Por princípio não há nada banal num prédio construído na cidade ou numa vivenda dos arredores. E o dinheiro da obra por princípio também não é determinante da qualidade da obra. Alguns dos mehlores edifícios portugueses do século XX correspondem a habitação social, logo simultaneamente prédios (ou habitações geminadas), feitos em cidades e com muitíssimo pouco dinheiro.

Era só um reparo, porque compreendi o sentido da afirmação.
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Lembra-te tu que uma casa não é uma peça de arte, é uma peça de arquitectura.


A arquitectura é arte. Pelo o menos assim a encaro.


---
PS.: Peço desculpa por alguma coisa que disse, reconheço que eu talvez tenha uma visão muito diferente ao nivel da arquitectura, pois realmente apesar de gostar de arquitectura e gostaria de ser arquitecto, não o sou. Acredito que talvez aquilo que imagino, na realidade "da vida" seja complicado de por em pratica na arquitectura... Mas mesmo assim, pelo o que já vi nesta minha vida... acho que aquilo que imagino, relamente possa ser possivel.

Josué Jacinto - Mais Fácil
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A arquitectura é arte. Pelo o menos assim a encaro.


Eu não consigo encarar a arquitectura como uma arte, (indo contra o que está nos vocabulários e dicionários), para mim a arte é apenas uma componente da arquitectura
Para mim arquitectura é algo maior... um conceito transversal a outros conceitos.
Ou seja, reune em si propria, de uma forma mais ou menos equilibrada, o conceito de arte, o conceito de construção, o conceito de função, etc.
Dai quando me dizem que a arquitectura é arte fico sempre com a sensação que estão a definir a arquitectura de uma forma redutora, quando na realidade é muito mais.


---
PS.: Peço desculpa por alguma coisa que disse, reconheço que eu talvez tenha uma visão muito diferente ao nivel da arquitectura, pois realmente apesar de gostar de arquitectura e gostaria de ser arquitecto, não o sou. Acredito que talvez aquilo que imagino, na realidade "da vida" seja complicado de por em pratica na arquitectura... Mas mesmo assim, pelo o que já vi nesta minha vida... acho que aquilo que imagino, relamente possa ser possivel.


Eu acho que não disseste nada de ofensivo ou pelo qual devas pedir desculpa no meio desta conversa.
Pessoalmente acho positivo que existam conversas com diferentes pontos de vista,e até agora gostei bastante da conversa mantida contigo.
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