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Cerva, Ribeira de Pena | Casa Tóló | Alvaro Leite Siza


kaz

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Não percebo muito bem qual é o fascinio que alguns revelam por esta "casa"... É uma peça de escultura interessante, a forma como se adapta ao terreno, como através de pátios e planos se vai vencendo o declive... mas viver ali??? :? Para foi uma forma de se tentar destacar da imagem do pai... Nunca lá estive, mas também não sinto grande curiosidade em lá ir... para mim de "casa" tem pouco, imagino uma vida complicada para os donos... mas eles lá sabem...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Em relação ao que o Dreamer escreveu, gostava de lhe perguntar o que é a arquitectura para ele. É que de qualquer foram para a critica ser o mais lógica e precisa possível teríamos de conhecer irremediavelmente as motivações do arquitecto. E quer se acredite quer não ser filho de um génio é capaz de ter as suas vantagens (ou desvantagens claro). Mas porque não encarar a arquitectura como uma escultara habitável?

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My friend!! nao morro de amores pelo pai, nem nunca morri....e agora mt menos!! acho k o titulo diz tudo!!! o unico factor de interesse ali é a forma cmo ele resolveu o projecto...sejamos sinceros, se fosse outro desataria a erguer "mamarrachos" por ali a fora, a escavar e a colocar terra desenfreadamente sem nexo, só para ter akela "tipica visao porreira para o verde".... acho k a forma cmo ele resolveu é interessante, fez da sua intervenção um continuar do terreno... conseguiu implantar uma "topografia habitavel".... acho interessante neste sentido......enfim são diferentes modos de ver arquitectura! CASA....sim considero akilo casa.....não vejo cmo CASA, as casotas de cao tamanho XXL k nos poem habitar, e obrigam-nos a denominar tal, como casa!! enfim aplaudo a resolução dele nesta situação cmo apoiaria um zé manel qq k soubesse pensar o k ele pensou......

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Zuka...acho que o Dreamer nao disse que encarava ou não a arquitectura como escultura habitável. O que se quiz dizer ( no meu entender ) foi que de facto, a vivência deste "desenrolar" geométrico exterior, tem os seus resultados no interior, influenciando na vivência dos habitantes, ora se veja:

http-~~-//www.ultimasreportagens.com/tolo/imagens/c.jpg

No meu ver, em termos plásticos acho a Casa Toló EXTREMAMENTE interessante. Sem dúvida que adoraria percorrer este espaço. Mas perceba-se que em termos habitacionais :) basta olhar para o número infindável de degraus e escadarias interiores e exteriores, que em termos práticos se revela um autêntico pesadelo.

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Tem toda a razão Cinaminaminamina. O que eu acho realmente é que não se pode julgar assim a arquitectura pois acredite que há gente para tudo. Pois veja: Não sei se visitou a exposição dos irmãos Aires Mateus no CCB. A esxposição revelava-se caotica na sucessao dos espaços e na infinidade de percursos percorriveis pelo habitante. O resultado desta esposição foi estudada e pensada no decorrer da sua prática arquitectonica e desenvolvida até as ultimas consequencias. Na altura ate achei engraçado muitas das pessoas que por ali passavam que diziam "Meu Deus que confusão!", ou outras,"ai, eu não vivia aqui", quando estam num espaço super organizado e bem estruturado. Já outro tipo de pessoas achavam um sonho viver num sitio assim, num sitio de constante desoberta de espaços secretos e de uma grande riqueza. POrtanto a minha única objecção foi no intuito de a arquitectura ser o que o habitante quer. Não se pode generalizar. Eu acredito ser muito dificil percorrer escadarias imensas. Aliás eu tenho um unico lanço de escadas em minha casa e acho horrivel. Mas por muito que se diga quem habita é quem sabe e se a casa se resumi-se a dois ou tres blocos daqueles acharia fantastica a sua vivencia por muitas escadas que pudesse ter pois acho fantastico o enquadramento, a luz a sucessão de espaços e a propria ligação entre os mesmos que criam um percurso muito rico.

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Pelo menos uma pessoa compreendeu a minha posição sobre este projecto...
:clap: Cinaminaminamina:clap:

Disse e volto a repetir, acho muito interessante o desenrolar dos volumes, a adaptação à topografia, os patios e as diferentes zonas que cada volume encerra, mas a vivência do espaço para mim seria insuportável...
Como

o unico factor de interesse ali é a forma cmo ele resolveu o projecto...sejamos sinceros, se fosse outro desataria a erguer "mamarrachos" por ali a fora, a escavar e a colocar terra desenfreadamente sem nexo, só para ter akela "tipica visao porreira para o verde"....

Não defendo os aterros/desaterros, nem os mamarrachos em zonas sensíveis, não há nada que pague uma boa vista, mas não podemos destruí-la para termos acesso a ela... mas também acredito que cada um pensa à sua maneira e 1000 soluções diferentes seriam encontradas se 1000 projectos fossem encomendados a arquitectos diferentes, logo, haverá muitas outras soluções possiveis para o mesmo problema sem entrar-mos nesses extremismos de que falas...

Cada pessoa tem direito à sua opinião e se os clientes estão satisfeitos... excelente para eles... mas para cada um de nós avaliar uma obra temos de pôr limites em algum lado e esses também diferem, pelo que o que é bom para mim, pode não o ser para outra pessoa... e ainda bem que assim é... só queria saber se os clientes habitarem a casa até à velhice, ou se algum infeliz acidente acontecesse, como é que iam resolver a situação...

Como peça escultórica, como instalação é uma obra admirável, muito interessante, mas vejamos, temos cerca de 12 lanços de escadas, que a avaliar pelo corte apresentado pela Cinaminaminamina significará algo como 6 andares... 6 andares no interior de uma habitação... I rest my case...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Gostos não se discutem e são eles que fazem as conversas, porque se todos estivessemos de acordo, de pouco se falaria... Mas diz-me uma coisa, achas que qualquer pessoa PODE habitar aquela casa? Concerteza que concordas comigo quando digo que não, porque os problemas que ela trás para pessoas com mobilidade reduzida são muitos... e todos vamos para velhos... Continuo a dizer que é um excelente exercício de estilo, mas tenho alguma relutância em considerar boa arquitectura...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Dreamer, hoje em dia a nossa vida é regrada por facilitismos, temos putos obesos a custa da Playstation´s, Elevadores, pessoal que pega num carro para fazer 500 metros. Subir escadas é um bom exercício, tudo o que na vida não é estimulado atrofia. Tenho por aqui velhadas, com 70 e tal anos, que se levantam às 8:00 da matina para fazer um Km´s até a vinha. Subir escadas para eles é como ver a Telenovela. E agora pergunto, nos teus moldes, achas que qualquer pessoa pode habitar as casas correntes que se fazem por ai?

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Com tanto que se fala de falta de condições do nosso país no que à mobilidade diz respeito, é estranho ver tantos defensores ferrenhos de um projecto que pouco se preocupa com aqueles que têm pouca mobilidade... Bem sei que é um projecto privado e que pouco tenho a ver com isso (porque os donos e o arquitecto é que sabem da vida deles), mas as coisas começam aqui, na habitação... Imagina que amanhã o dono da casa tem um acidente e fica numa cadeira de rodas... Bem, sempre tem três opções, fica "enterrado" numa das divisões da casa, à espera de alguém que o carregue para outra, manda instalar mecanismos elevatórios para cadeiras de rodas, que devem ficar muito bem ali... ou simplesmente muda de casa porque naquela é impossivel viver sem adaptações de fundo... Imagina que amanhã o dono da casa tem um acidente e passa a ter de andar de canadianas... imagina o esforço necessário para se movimentar dentro de casa... Imagina que simplesmente recebem em casa alguém com mobilidade reduzida... se calhar mais vale ir para o café mais próximo... Quanto à tua questão, primeiro temos de saber o que é que tu entendes por "casas correntes", mas vou dizer algumas palavras... É óbvio que os projectos correntes não são perfeitos ao nível da mobilidade, em alguns casos bem pelo contrário, sejam eles públicos ou privados... Uma simples casa de 2 pisos não está por norma preparada para isto, mas a questão é que este projecto leva a um extremo (para mim inimaginavel) esta questão... PS: Volto a referir... é sem dúvida um projecto interessante, mas não considero de todo boa arquitectura... (são duas coisas que podem andar associadas, mas distintas)

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Infelizmente não conheço a casa "ao vivo". :) Acho, no entanto, que ela é qualquer coisa de notável. É admirável a forma como o Jr. conseguiu ultrapassar as dificuldades do terreno, independentemente das escadarias poderem condicionar em muito a mobiidade e a ocupação do espaço interior. É admirável a conjugação do construído com a envolvente natural. Eu gostaria de viver nela, se bem que isso não seja critério para adjectivar a qualidade da arquitectura. Uma última palavra para realçar a soberba qualidade das fotografias do :clap: F. Guerra,:clap: que revela nestas e noutras, uma sensibilidade muito peculiar para a fografia de arquitectura.

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1º A legislação aplicável, é apenas para Edifícios Publicos no que toca a acessibilidade condicionada. Nem percebo o ponto levantado. Nem acho que um privado tenho que ser sensível a isso, dado que a casa é dele, e o próprio seberá melhor do que ninguém quem a irá fruir. 2º Se alguém ficar cego de um dia para o outro, que casa lhe interessará! Nenhuma. Ninguém vai planear uma casa a pensar numa eventual maleita de que possa ser alvo. Isto seria ridículo. As escadas é uma contigência do local, é de louvar que não tenho feito ali um buraco, para nivelar tudo.

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Deixo aqui umas imagens que acho muito atraentes plásticamente, para que um bom desenrolar de discusão continue, podendo também satisfazer a curiosidade acerca do projecto da Casa Tólo ( nos esquissos é curioso reparar que havia outra proposta ...) ! :)

http-~~-//www.ultimasreportagens.com/tolo/imagens/a.jpg

http-~~-//www.ultimasreportagens.com/tolo/imagens/b.jpg

http-~~-//www.ultimasreportagens.com/tolo/imagens/f2.jpg

http-~~-//www.ultimasreportagens.com/tolo/imagens/e2.jpg

http-~~-//www.ultimasreportagens.com/tolo/imagens/d2.jpg

Fonte:http://www.ultimasreportagens.com/tolo/

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Mas isso mesmo foi o que eu disse...

(porque os donos e o arquitecto é que sabem da vida deles)

Bem sei que a lei refere-se aos edifícios públicos...

Agora tenho todo o direito de não gostar do projecto, de não perceber o porquê de tamanha admiração... A única coisa que quis dizer é que para mim não é um bom exemplo de arquitectura... interessante, mas com problemas graves...

PS: ARK, estás-te a mostrar limitado ao insinuar que ou era assim, ou era o "buraco" para nivelar tudo... Tenho a certeza de que tu conseguirias encontrar uma outra solução para aquele local sem entrar em aterros/desaterros...

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É chato ter de andar sempre a dizer as mesmas coisas...

É uma peça de escultura interessante, a forma como se adapta ao terreno, como através de pátios e planos se vai vencendo o declive...


Como solução estética, "resolução" do terreno, é uma solução bem "esgalhada", mas a arquitectura não pode ser feita apenas disso... e não é por uma forma de resolver o terreno ser interessante que a arquitectura é boa...

PS: A casa já está construida à algum tempo... por isso gostava de ouvir os proprietários a pronunciarem-se sobre ela...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Bom tanta confusão para nada!!! A casa se hj está de pé, é porque foi aprovada pelo habitantes dela... e tds nós temos maneiras de habitar difrentes, porque somos diferentes, sofremos influencias difrentes e vamos criando os nossos valores ao longo da vida... A casa é uma continuação do nosso EU... se ela tem mtas escadas ou nao isso nao interessa.... O cliente gostou kis assim, sente-se bem assim, e temos de respeitar isso..... se nos pusermos com SE e mais SE e SE por td e por nada, entao nunca iremos a lado nenhum, e estagnamos na vida..... enfim é a maxima de sempre... As pessoas qnd nao compreendem as coisas, rejeitam logo e criam um muro á volta de tal assunto....parece k vira tabu!! a casa é deles foi feita para eles, eles k a gosem da maneira k kerem....aki o k se discute é a inclusao na paisagem e nao se o toni da casa vai fazer pinos na parede da cozinha até ao ultimo piso.....

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A intenção ali, é projectar, e deixar na medida do possível a envolvente intocável, eu quase que aposto que aquela clareira de árvores a descer a vertente, foi factor para a casa ficar assim! É este gesto, que demonsntra inteligência e compreênsão do Genius Locci.


Isto não é uma solução estética, é uma premissa da Arquitectura.
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Bem, depois de ter lido tanta coisa, expresso a minha opinião... Concordo com grande parte das opinioes aqui descritas... Em termos de objecto arquitectonico é discutivel, pois todos nós temos maneiras de pensar a arquitectura, de a viver e de a expressar... Em termos de inclusão na paisagem, os meus mais sinceros parabens ao arquitecto que decidiu não destruir a topografia, mas antes aliar-se a ela e desenrolar um mar de volumes que funcionam como habitação (independentemente da quantidade de degraus, lances, alturas & larguras e/ou profundidade, etc...) É uma proposta válida como tantas outras que encontramos no nosso quotidiano e é passivel de ser discutível... afinal, as nossas opiniões valem o que valem... Tal como o |||ARK||| mencionou, se eu fosse a pensar que ia ter um acidente amanha então fazia uma casa terrea que se adaptasse a esse meu pensar, e sujeitava se calhar a ter uma casa (agora exagerando) num poligono de 1000X1000... enfim... O que mais admira, é que o Arquitecto tenta seguir uma linha semelhante à do seu pai, contudo já numa vertente mais contemporânea... espero para ver mais trabalhos deste arquitecto para poder opinar um pouco mais... Abraços Arquitectonicos

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'Bonito', mas não muito 'confortável. Muito bom jogo com o terreno, volumetria e traçado. Habitável? Bom... todo o espaço é habitável, resta saber se um casal de idosos por exemplo gostaria de ali 'habitar'. Uma casa sim, mas com um público, a meu ver, bastante restrito, devido à 'louca' escadaria ali presente. Ao menos nisso, o filho não saiu ao pai, pois é o 'sénior' com as rampas, e o 'júnior' com as escadas.

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