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Arquitectura.pt


Normas de desenho


FLopes

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Boa Tarde, Gostava que alguém me ajudasse a tirar umas duvidas: A que altura se deve realizar (cortar horizontalmente) uma planta? E as escadas devem ser cortadas a uma altura de 0,90m (representação numa planta)? Aonde eu posso ver legislação, ou alguma coisa parecida que explique e/ou informe sobre as normas e o que está estipulado para desenho arquitectónico?

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A altura que se deve cortar uma planta é de 1.2m, dado que de forma inequívoca apanha sempre as janelas... foi o que me foi ensinado, nunca encontrei normas acerca do assunto.


Correcto, mas não quer dizer q não se corte a Qq outra altura, se fôr para melhor descrever o projecto.... O melhor mesmo, para não haver dúvidas é colocar um tag, com a altura do peito/ soleira ao piso respectivo, medido no limpo.

PS: Cara FLopes, "Aonde"... não existe.,..aiai... esse protuguês!!!!

Quem cria renasce todos os dias...
Agua-Mestra, Lda
Não sou perfeito, mas sou muito critico...

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Não creio que exista qualquer normalização nessa matéria. Obviamente que para além dos princípos gerais indicados pelo ARQ há que pressupor sempre que os desenhos serão destinados a orientar uma construção e que muitas vezes o pessoal que a eles recorre não tem, em matéria de desenho técnico a facilidade de leitura que seria desejável.
A técnica da etiquetagem dos vãos, referida pelo Pedro, é uma forma de minorar erros. Daí entender que no caso de ter uma janela 0.40 m de altura a 2.20 m de altura se deva representá-la juntamente com as demais, ainda que com isso não se respeite a regra do "corte horizontal a 1.10 m" . Nesta situação a etiquetagem em planta da cota do peitoril e da altura da janela é uma forma de acautelar um muito provável erro na fase de construção.

Em tempos tive uma obra em que o arquitecto optou por colocar em vários compartimentos uma solução que passava pelo "encaixar" três janelas numa mesma vertical, do tipo:

1. - janela fixa 1.20 x0.40 m junto ao chão;
2.- janela 1.20 x 1.10 e com o peitoril à altura de 0.90 m
3.- janela fixa igual à primeira, rente ao tecto.

O facto de não ter havido na planta qualquer nota que chamasse à atenção para esse facto levou a que o encarregado da mesma não tivesse acautelado, no lançamento das alvenarias, as janelas rentes ao chão. Obviamente que ele deveria ter feito a prévia leitura das plantas, cortes e alçados antes de fazer a marcação das alvenarias, mas muitas vezes não é isso que acontece e por isso, parece-me, que a representação gráfica deverá acautelar esses factos.

Creio que emn tempos houve um post em que foi (e bem) abordada esta questão.


-----------

PS: Pedro, "onde" e "aonde" são palavras que fazem parte do português. Uma tem caracter estático e outra tem carácter dinâmico. No caso da colega ela deveria ter empregue o "Onde" - no qual lugar, em que, em que lugar, em qualquer lugar que - e não "Aonde" - lugar a que ou ao qual . :)

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  • 3 weeks later...

Correcto, mas não quer dizer q não se corte a Qq outra altura, se fôr para melhor descrever o projecto.... O melhor mesmo, para não haver dúvidas é colocar um tag, com a altura do peito/ soleira ao piso respectivo, medido no limpo.

PS: Cara FLopes, "Aonde"... não existe.,..aiai... esse protuguês!!!!


Olá a todos :D

Peço desculpas. Não fiz registo no fórum para participar, só para poder procurar alguma informação com a função de pesquisa. E estava a seguir este tema e vi esta resposta do protuguês e é tão injusta que, bem, é mais forte que eu esta mola que me faz responder:

"Aonde" existe. Em bom Português. Excelente Português. Há muito tempo. "For" não leva acento circunflexo. Qualquer dicionário confirma o que acabo de dizer.

Ba.
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  • 3 weeks later...

A altura da secção em planta está convencionada para Portugal a 1.50m, no entanto no Brasil essa altura passa para 1.20m. A altura de 1.50 faz mais sentido pois algumas janelas como "gateiras" por vezes se encontram com um peitoril acima do 1.50m. No entanto pode-se em caso especiais representar nos cortes a linha da secção em planta de forma a dar a compreender o critério de corte (inclusive mudança de altura) , existindo situações de construções que possuem um pé-direito elevado, a necessidade de várias plantas apesar da vista ser semelhante. Assim o meu conselho para estas situações é usar um critério de 1.50m e caso haja necessidade de alterar essa altura marca-la em planta tal como se faria num corte vertical, o conceito é o mesmo. Espero que tenha esclarecido a duvida.

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Existe mesmo uma flexibilidade na altura, e a que reune consenso e é aceite é aquela que melhor explicitar o projecto. Uma nota: quando a representação em planta corresponde ao plano sob a cobertura a sua representação é um corte horizontal efectuado a uma altura de 1,30m acima da cota do pavimento, devendo assinalar-se a tracejado as zonas da planta onde o pé-direito for inferior a 2,00m. Com isto pretende-se ilustrar a real habitabilidade do espaço.(A fonte é a mesma da imagem anexada: Calvat, Gérard - Edições Cetop - ISBN 972-641-525-1)

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Julgo poder constactar que a temática da a/representação de uma peça de arquitectura tem registado evoluções, mantendo contudo o essencial. Subscrevo o conceito de alguma flexibilidade, designadamente no sentido de melhor definir a coisa projectada com vista à sua execução física. Soluções de pé direito duplo ou triplo carecem porventura de várias plantas. Em situações correntes, mais ou menos 10 cm, penso que a representação em planta se pode empíricamente associar à de um corte horizontal efectuado à altura da vista do observador. O princípio da escala humana e da anatomia do ser é para ser usada em todos os sentidos. Será assim?

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A normalização da altura a que se deve cortar uma planta é desnecessária e contra-producente. Um desenho técnico, tal como qualquer outro desenho é uma representação e deve ser moldado e adequado de modo a conter o máximo de informação e de maneira que esta seja lida da forma mais clara possível. O que é fundamental é perceber de que maneira se pode representar aquilo que projectámos. A representação em planta tem muitas limitações e é óbvio que se deve previligiar a informação que só se consegue perceber em planta. Distâncias e ângulos entre paredes, eixos ou alinhamentos, localizações de portas, janelas e escadas, armários, etc... Quanto mais se escrever nas plantas mais baralhado vai ficar o empreiteiro. A informação deve ser sucinta. Há situações em que a representação de elementos arquitectónicos em planta é muito difícil, por exemplo quando duas janelas se sobrepõem. Nestes casos não me parece producente desenhar muitas plantas e é por isso se desenham alçados, cortes, cortes construtivos, mapas de vãos e pormenores. Se as representações forem simples, qualquer empreiteiro sem grande formação as consegue perceber. E se não conseguir lá estará o arquitecto para prestar esclarecimentos técnicos à obra. Há, inclusivamente, a possibilidade de usar maquetas e modelos virtuais. Que em tipos de arquitectura mais complexos é mesmo indispensável. O que é importante é que esteja tudo claramente representado e sem incoerências, porque se não estiver até problemas legais podemos vir a ter.

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  • 1 month later...

:clap: Desde já agradeço a todos, as contribuições dadas (incluindo as correções do 'português') para me ajudar a tirar a duvida sobre a que altura se deve cortar uma planta. Descobri recentemente, melhor dizendo, indicaram-me um livro sobre normas arquitectónicas. Neste livro vem indicado na página 620: "...a planta corresponde ao corte feito por um plano horizontal situado a 1 m do chão ou 0,10 m acima do peitoril das janelas." O livro é o seguinte, se alguém o quiser consultar, "Desenho Técnico", de Luis Veiga da Cunha, Fundação Calouste Gulbenkian.

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  • 2 weeks later...

O Veiga da Cunha é uma boa referência sim, onde também podes encontrar na bibliografia outros livros de referência sobre códigos e procedimentos de representação. Mas é consensual que a planta (que também é um corte) deva ser feita de forma a representar os vãos, tomando estas como referência para estabelecer a altura da secção.

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  • 1 month later...

Na verdade, existe sim uma regulamentação que é tomada como base, claro que sofre algumas alterações dependendo do projeto, são as regras ABNT, pelo menos aqui no Brasil existe isso sim... e acho válido para que haja um padrão compreensivo nos projetos.

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  • 3 months later...

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