Jump to content
Arquitectura.pt


A problemática dos estágios não remunerados.


Dreamer

Recommended Posts

Todos sabemos que existem, uma parte defende-os, alguns terão passado por isso, poucos até têm de pagar para o fazer...
Fala-se aqui da problemática dos estágios, particularizando na questão dos estágios não remunerados.

Fica aqui o relato da opinião de Peter Eisenman sobre o assunto:

Peter Eisenman on unpaid internships


Wiktionary - Snarky

In response to the deleted post here at Eikongraphia about the working conditions as an unpaid intern at SANAA, Matthew Allen has send me the following conversation between Peter Eisenman and Jeffrey Kipnis. It’s the fourth of December 2007, GSD Harvard:

Audience: ”I would really appreciate it if you could give us your perspective on the employment of unpaid interns.”

Peter Eisenman: “I think that I want to answer the question clearly because, first of all, it’s a practice that occurs in journalism, it occurs in art, it occurs in film, et cetera. I know more people that are unpaid interns, that want to get experience. First of all, we are not allowed to pay people without work permits and most of our unpaid interns are in fact foreign workers, and the way you get into our office, is - an internship is three months, you can’t do anything for three months anyway - and then we usually hire those people who survive, et cetera, and pay them, and get them working papers, and get them into graduate school, and give them seminars, et cetera. So, I don’t want to even deign to even give that question - because it was meant in a kind of snarky way.”

Jeffrey Kipnis: “No it was not!”

Peter Eisenman: “It was! It was meant snarkily.”

Jeffrey Kipnis: “I don’t think it was.”

Peter Eisenman: “I want to respond to it and say: thank god for people who are unpaid interns. When I started in architecture, I was an unpaid intern. I think the practice is fabulous. People who move up in the world all start as unpaid inters. Thank you.”

Jeffrey Kipnis, pointing to Jacques Herzog: “They don’t have any unpaid interns.”

Peter Eisenman: “No. They only pay people.”


Link:
http://www.eikongraphia.com/?p=2353

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

Link to comment
Share on other sites

Só vai quem quer!! Há pessoas que não se importam de se submeter a essas condições, outras nunca aceitarião. Mas em ateliers do "jet 7 arquitectónico", o que não falta é situações dessas, que trabalham precariamente para aparecer no CV deles o nome do atelier XPTO.

Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...

Eisenman... O que tu queres sei eu. E dpois, quem é que tem apenas três meses de estágio não remunerado?? Não é em Portugal... A propósito do Eisenman, na Faculdade de Cincinnati (desenhada por ele - imagina-se que esse facto só por si seja responsável por uma percentagem considerável das desistencias...) dizia eu, nesta faculdade, os alunos alternam 3 meses de estudo com 3 meses de trabalho prático garantido pela própria universidade e pago a recibos verdes.

Link to comment
Share on other sites

tenho uma colega que me garantiu que vai estagiar com ele...alias, segundo ela, estas férias da páscoa foi ao atelier dele acertar os pormenores do seu estágio.
também é de salientar, que antes deste tinha andado com o zumthor e a zaha hadid (ela queria era alguém famoso, basicamente) na mira.

não sei quais as condições do seu estágio..mas que está toda entusiasmada, lá isso está!

margarida duarte

Link to comment
Share on other sites

  • 3 weeks later...

Quando se vai a uma entrevista, seja para estágio ou emprego parece-me uma contradição o candidato declarar que o seu trabalho tem qualidade e ao mesmo tempo dizer que ele não vale uma remuneração. Por outro lado existe a prática corrente entre muitos patronos em considerar que os estagiários são trabalhadores já preparados e não pessoas que precisam de acompanhamento constante (pelo menos nos primeiros 6 meses) e que gastam muito tempo a ganhar experiência e autonomia. Existem patronos maçados pela inexperiência dos estagiário e patronos cansados de explicar coisas. Os estagiários são um investimento e não uma força de trabalho imediatamente acessível. Se estão num gabinete que usa estagiários em posições de trabalho muito intensivo e com grande responsabilidade de execução digo-lhes com toda a certeza que esse gabinete está a perder dinheiro e tempo. Se estão num gabinete que "formou" estagiários e agora os coloca nessas posições com condições de trabalho digo-lhes que esse escritório tem longevidade. A inexperiência é o argumento que foi usado por um meu patrono e que tem lógica a curto prazo mas que não se sustenta quando este patrono está a fazer um investimento de tempo no momento de estágio, para depois "recolher" um trabalhador adaptado ao seu atelier. Legalmente cada um fará o que entender uma vez que deploravelmente não existe legislação para este "buraco" , apenas uma recomendação por parte da Ordem dos Arquitectos- dada a quantidade enorme de estagiários actualmente o grande aparato de divulgação da Ordem deveria focar este assunto que tanto quanto saiba nunca vi mencionado no buletim ou newsletter oficiais. O Eisenman menciona os jornalistas- em Portugal desde um processo colocado contra o Jornal Expresso esta situação já não existe com a tolerância da associação profissional de jornalismo. Proteger os estagiários é ganhar a confiança de novos membros e defender a prática profissional. De modo geral julgo que se alguém pretende um estágio a tempo inteiro é legítimo que todas as pessoas nesta condição EXIJAM remuneração, se prentende algo em part-time já é aceitável que o estagiário não seja remunerado, uma vez que pode continuar a sua formação e ter outra ocupação. O que recomendo é que cada um saiba quais os seus objectivos para o seu estágio ANTES de o iniciar, de modo a garantir que está satisfeito e enquadrado no trabalho que está a desenvolver- quer trabalhar num gabinete reconhecido, por achar que se trata de uma garantia ou uma posição de prestígio (garanto que significa muito pouco e é até a situação de estágio mais precária e menos rentável que se possa esperar, salvo raras excepções); quer ter um contacto com o mundo de trabalho mas continuar a estudar?; quer explorar outras áreas de trabalho; quer participar numa instituição? É crucial planear o estágio não só para se obter melhores condições de trabalho como para poder trabalhar com satisfação.

Link to comment
Share on other sites

Please sign in to comment

You will be able to leave a comment after signing in



Sign In Now
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.