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Arquitectura Sustentável


FDionisio

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A procura de uma menor poluição no uso dos nossos abrigos (edifícios), leva ao aparecimento de novas noções, que alguns formulam novas directrizes, exemplo disso é o que designa por Arquitectura Sustentável. No passado longínquo imitamos os animais que nos rodeavam, na forma de encontrar ou escavar abrigos, uma época em que éramos 100% ecológicos e com custos muitos baixos, a força física. Fomos evoluindo na construção dos abrigos, aumentarmos em número e os abrigos também, a quantidade destes tornaram-nos poluentes. Como a quantidade é um parametro intocavel, resta-nos a qualidade, para reduzir a poluição. A poluição pode ser reduzida, nas formas que concebemos, no tipo de materiais que usamos, assim como nos consumos energéticos necessários para as nossas noções de vida e conforto. As soluções existem, a sua divulgação e aplicação é uma necessidade. A dificuldade está sempre na introdução da evolução, para que todos os intervenientes no imobiliário incorporem as soluções propostas. Soluções, que são pequenos passos, existentes isoladamente há décadas, e quando usados em conjunto tornaram os abrigos menos poluente. A pergunta que surge é: Porque é não foram aplicadas anteriormente!? - Eram novidades no passado, a novidade tem custos, por isso não se aplicavam. Esse custo evitou a massificação. - O futuro Habitante, pouco sensibilizado, não exigia dos Promotores Imobiliários esta premissa, e estes não as equacionavam pelo custo. Sendo este, sempre um parametro importante para o utilizador final, com a qualidade ecológica imposta por lei, a massificação de técnicas existentes vai tornar os custos acessíveis para os utilizadores. Os agentes deste sector comportam novas necessidades, e agora aplicam a expressão de “Arquitectura Sustentável” como norma de marketing, e não como noção de intervenção. Eis que, pouco nos diz esta expressão, serve para todos imaginarem ser “sabe-se lá o que!?”, e para todos querem comprar. Ana Araújo / Fernando Dionísio

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A procura de uma menor poluição no uso dos nossos abrigos (edifícios), leva ao aparecimento de novas noções, que alguns formulam novas directrizes, exemplo disso é o que designa por Arquitectura Sustentável. No passado longínquo imitamos os animais que nos rodeavam, na forma de encontrar ou escavar abrigos, uma época em que éramos 100% ecológicos e com custos muitos baixos, a força física. Fomos evoluindo na construção dos abrigos, aumentarmos em número e os abrigos também, a quantidade destes tornaram-nos poluentes. Como a quantidade é um parametro intocavel, resta-nos a qualidade, para reduzir a poluição. A poluição pode ser reduzida, nas formas que concebemos, no tipo de materiais que usamos, assim como nos consumos energéticos necessários para as nossas noções de vida e conforto. As soluções existem, a sua divulgação e aplicação é uma necessidade. A dificuldade está sempre na introdução da evolução, para que todos os intervenientes no imobiliário incorporem as soluções propostas. Soluções, que são pequenos passos, existentes isoladamente há décadas, e quando usados em conjunto tornaram os abrigos menos poluente. A pergunta que surge é: Porque é não foram aplicadas anteriormente!? - Eram novidades no passado, a novidade tem custos, por isso não se aplicavam. Esse custo evitou a massificação. - O futuro Habitante, pouco sensibilizado, não exigia dos Promotores Imobiliários esta premissa, e estes não as equacionavam pelo custo. Sendo este, sempre um parametro importante para o utilizador final, com a qualidade ecológica imposta por lei, a massificação de técnicas existentes vai tornar os custos acessíveis para os utilizadores. Os agentes deste sector comportam novas necessidades, e agora aplicam a expressão de “Arquitectura Sustentável” como norma de marketing, e não como noção de intervenção. Eis que, pouco nos diz esta expressão, serve para todos imaginarem ser “sabe-se lá o que!?”, e para todos querem comprar. Ana Araújo / Fernando Dionísio

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Interessante tema. :clap:Talvez seja este o conceito de arquitectura do futuro a curto e médio prazo.. Gostava de saber mais sobre esta tematica e exemplos reais dessa intervenção. Sem duvida que devia existir uma maior sensibilização do público para essas questões assim como a exigência por edificios com qualidade construtiva e confortáveis.

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Interessante tema. :clap:Talvez seja este o conceito de arquitectura do futuro a curto e médio prazo.. Gostava de saber mais sobre esta tematica e exemplos reais dessa intervenção. Sem duvida que devia existir uma maior sensibilização do público para essas questões assim como a exigência por edificios com qualidade construtiva e confortáveis.

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F.Dionisio Ainda bem que trouxeste este tema aqui à discussão. Espero aprendamos com os erros do passado. Estou plenamente de acordo que os monopólios já se apropriaram da marca ecológica e sustentável sem terem as mínimas condições para o serem. Nem sabem do que falam. A culpa não é de quem permite este tipo de anarquia, ou seja, a culpa é solteira. É a como a nova geração na alimentação dos "ligths, bifidos activos milagrosos, etc". Sim, é necessário pensar o projecto no seu todo como sustentável e e também utilizar aí os materiais que são ambientais. E casos desses materiais há muitos. Basta é que todos os que participam na concepção do projecto estejam receptivos, o que não acontece. A maioria dos arquitectos, engenheiros, empreendedores ainda não estão sensibilizados para este tipo de soluções. Falta de informação? VDCDL

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F.Dionisio Ainda bem que trouxeste este tema aqui à discussão. Espero aprendamos com os erros do passado. Estou plenamente de acordo que os monopólios já se apropriaram da marca ecológica e sustentável sem terem as mínimas condições para o serem. Nem sabem do que falam. A culpa não é de quem permite este tipo de anarquia, ou seja, a culpa é solteira. É a como a nova geração na alimentação dos "ligths, bifidos activos milagrosos, etc". Sim, é necessário pensar o projecto no seu todo como sustentável e e também utilizar aí os materiais que são ambientais. E casos desses materiais há muitos. Basta é que todos os que participam na concepção do projecto estejam receptivos, o que não acontece. A maioria dos arquitectos, engenheiros, empreendedores ainda não estão sensibilizados para este tipo de soluções. Falta de informação? VDCDL

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É verdade que as palavras bioclimática e sustentável, quando aplicadas à arquitectura nacional, servem mais para marketing do que como garantia real de que uma determinada edificação foi construida de forma a manter o melhor ambiente interno com o menor consumo possível de energia. A arquitectura bioclimática não é um conceito tão recente como a sua actual divulgação pode levar a crer e tem regras muito objectivas e claras. Grande parte do que hoje se pretende chamar bioclimático ou sustentável é na verdade gato por lebre.
Eu moro numa casa bioclimática e sei o quanto isso é agradável e barato quando comparado com a construção tradicional.
Deixo aqui 3 links interessantes sobre aplicações práticas do conceito em Portugal:
http://www.construcaosustentavel.pt/
http://tironenunes.pt/page/index.php
http://www.almaverde.com/
ZM

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É verdade que as palavras bioclimática e sustentável, quando aplicadas à arquitectura nacional, servem mais para marketing do que como garantia real de que uma determinada edificação foi construida de forma a manter o melhor ambiente interno com o menor consumo possível de energia. A arquitectura bioclimática não é um conceito tão recente como a sua actual divulgação pode levar a crer e tem regras muito objectivas e claras. Grande parte do que hoje se pretende chamar bioclimático ou sustentável é na verdade gato por lebre.
Eu moro numa casa bioclimática e sei o quanto isso é agradável e barato quando comparado com a construção tradicional.
Deixo aqui 3 links interessantes sobre aplicações práticas do conceito em Portugal:
http://www.construcaosustentavel.pt/
http://tironenunes.pt/page/index.php
http://www.almaverde.com/
ZM

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Carrissimos, Achei muito interessante este tópico, trabalho com produtos reciclados e/ou ambientalmente correto, tanto para Arquitetura (Madeira Biosintética e Piso de Borracha Reciclada), quanto para construção civil (Madeira Biosintética e Tapumes Reciclados), mas o novo causa medo nas pessoas, mesmo que tenhamos desenvolvido algo que preservará ou aumentará a nossa existência, já que evitar o corte de arvores, ou o lançamento de pneus velhos no meio ambiente ou até mesmo tirar dos lixões, os plásticos e pets que são descarregados diáriamente no solo é um feito fantástico, mas ainda caro para a maioria dos consumidores. Venho percebendo uma mudança, discreta, mas evolutiva e percebo que isto se tornou viável pela consciência socio-ambiental dos arquitetos e engenheiros, que tentam implantar em seus projetos, produtos que tenham a consiciência sustentável e é claro sempre averiguando a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Tenho certeza que juntos poderemos melhorar a qualidade de vida de nosso planeta. Abraço a todos. Vladson Campos

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Há coisas que nos apercebemos e não falamos, o mérito está em traze-las à superficie. Parabéns.

É um tema que me inquieta há algum tempo, embora olhe com desdem, um pouco castigado pela mediocridade das pessoas na sua constante preocupação pelo marketing sem mérito e conteúdo. Como "sustentável" e "ecológico" existem milhares de outras palavras mal utilizadas (aproveito para lembrar que não é um fenómeno Português). Quantas intervenções denominadas "ecológicas", "bioclimáticas" e "sustentáveis" baseiam-se na utilização de um único recurso/tecnologia (entre os vários que podia cumulativamente utilizar) , e de vez em quando mal utilizado, para recorrer ao apetecido termo. Mais um pouco do que é a nossa realidade.
Sinceramente não acho que sejam ainda produtos acessiveis (infelizmente sem apoio do estado), não acho que haja muita informação, não acho que a população se importe, nem acho que os promotores liguem (estes estão em piloto automatico e com ligação directa à caixa registadora).

Agora, cabe-nos alterar essa mentalidade. Primeiro, recorrendo a concepções económicas e sustentáveis (gestão de desperdicios, escolha de materiais, aproveitamento energético renovável, etc), introduzindo novas tecnologia, e claro...esforçando-nos por demonstrar aos promotores que o produto final é mais viável economicamente, ou seja, vende mais e melhor!!...enquanto isso não for possível, lá vamos experimentando com uns poucos clientes "iluminados" e endinheirados que devem representar 0,5% do mercado.

http://planeamentopontocom.blogspot.com

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tenho até um docomento que li á bem pouco tempo: está no pluridoc e deixo-o aqui em anexo, em que o autor afirma que a sustentabilidade é um conceito no limiar da utopia... o que na minha opinião é bem verdade, sendo que nos ultimos anos o discurso sustentavel tem aparecido mais vezes aplicado e realizado, mas muito ainda há para fazer, compreender, estudar e realizar... isto sou eu que digo... :)

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Tens um texto engraçado da Arq.ª Helena Roseta sobre o "quadrado perfeito da sustentabilidade". Aqui não tenho, mas vou tentar encontrar (deve haver algures na net`- já tem uns largos anos).

Mas o principal é mesmo o conceito genérico, que não aparece nesse documento anexo, e que é este:

Humanity has the ability to make development sustainable – to ensure that it meets the needs of present without compromising the ability of future generations to meet their own needs.” (Bruntland, 1987)

http://planeamentopontocom.blogspot.com/2007/12/notas-soltas-1.html

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  • 3 weeks later...

Ze maria muito obrigado pelo teu post... acho que as questões que deixas no ar são realmente muito importantes e também estou desejoso de saber a resposta, pk nao sei... De qualquer forma penso que estes métodos e preocupações nao sao mais vezes adoptados muito porque provalmente não existe ainda a capacidade da grande parte dos arquitectos, de resolver estas questões. Eu sinto que será um dos pontos que ainda contribui para isso... Porque, estas questões variam consideravelmente de projecto para projecto, de regiao para regiao, de necessidades para necessidades e ate de carteira para carteira.. H.Sá

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  • 4 weeks later...

Tendo em conta que a questão da escassez da água está cada vez mais presente no nosso quotidiano, apresento no link abaixo um equipamento que permitirá reduzir o consumo de água potável numa residência até 50%. Este equipamento com uma instalação muito simples, aproveita a água da chuva para utilização em cisternas de sanitas, máquina de lavar roupa, lavagens gerais, rega de jardim e lavagem de carros. O sistema é composto por um depósito enterrado no solo e um sistema de bomba que distribui a água pelas dependências da habitação.
Parece-me ser uma solução muito eficaz para que as gerações futuras possam aproveitar também esse precioso recurso que é a água.

o link :D
www.grafiberica.com

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  • 2 months later...

O que eh a Arquitectura Sustentavel?

Noutro dia vi um doc sobre o Watercube.
Um edificio surpreendente cujo conceito eh simples e brilhante. Eh um Cubo de Agua formado de bolhas de agua. Podem ver [ame="

"]AQUI[/ame] um video sobre isso.

O edificio tem uma estrutura que se pode ver [ame="
"]AQUI[/ame].

E eh revestido por um plastico inovador que produz aquelas bolhas de agua. Agora aqui eh que entra a razao pela qual eu escrevo este thread.

Antes de ver aquele doc eu pensava que as bolhas era grandes pecas de plastico em que se colocavam na estrutura. Mas nao. Nao se trata nada disso. Aquelas bolhas existem gracas a um sistema de ventilacao. Gracas a maquinas que ventilam o ar sempre que houver necessidade.

Eu vejo o Watercube uma peca de performance e nao de arquitectura. Nao acho que exista aqui uma inovacao arquitectonica. Tal como o Watercube podemos referir na Dinamic Tower. Tratam-se de edificios que precisam de maquinas para viver.

Sao como pessoas em coma que vivem gracas a maquinas ligadas aos principais orgaos do organismo. Sao edificios muito pouco inteligentes pois necessitam de outros para viver normalmente. Sao deficientes.

O Watercube nao deixa de ser uma especie de Balao Insuflavel ligado a uma maquina. A unica coisa fisicamente interessante a nivel arquitectonico naquele edificio eh a estrutura. Porque aquela visao espectacular de estarmos dentro de um edificio de agua eh recriada atraves de uma performance com um plastico e de uma maquina de ventilacao.
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Para mim, a maior parte dos argumentos do que hoje se vende como arquitectura bioclimática, arquitectura sustentavel, eco-arquitectura, etc, mais não passam do que argumentos de boa arquitectura... sim a boa arquitectura não é a que ganha concursos porque tem uma "poesia" fantástica , tb deve ter sim, mas nos últimos anos, tem-se esquecido muitas pequenas coisas que fazem um BOM projecto, tudo em nome da IDEIA, do CONCEITO, enfim... da "ARTE"... mas a realidade é que o arquitecto não é apenas um artista, deve ser TAMBÉM um técnico, e um técnico competente deve saber fazer boa arquitecutura (que "por acaso" também deve ser sustentável)

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Estou de acordo. É justamente ai que bate o ponto. Há poucos arquitectos que tenham a coragem de comprometer o plano estético em função do "energético".
A propósito, espreita o post que coloquei ontem no meu blog: http://arrumario.blogspot.com/2008/07/dos-eis.html
Esta obra é um exemplo paradigmático dessa falta de coragem.
Resta-nos esperar que a nova geração de arquitectos venha com mais vontade de investir nessa vertente, porque dos que estão no terreno pouco mais se pode esperar.

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Muito mais se poderia dizer sobre isso... o que é triste, é que os chamados arquitectos da moda, são-no porque são "artistas"... mas a maioria dos projectos que ganham concursos, e aparecem nas revistas não só respondem mal aos paradigmas da sustentabilidade, como são pouco funcionais, não respondem às necessidades dos programas, tem soluções construtivas de pormenor que logo à partida eu olho para aquilo e digo: isto vai estar muito bonito no dia da inauguração, mas passados uns meses vai estar uma desgraça! enfim... muito se poderia dizer sobre isto, mas este não é o tópico...

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  • 1 year later...

Desculpe, mas até estava a apreciar os seus tópicos.. os quais me estão a ser uteis para o meu proximo trabalho... Mas não podia deixar passar o facto de ter dito de uma forma subtil que os arquitectos são uns descuidados...isto será mesmo porque não é arquitecto e não o sabe o quanto é dificil convencer um cliente, nos dias de crise e ainda para mais numa zona rural, que a eficiencia energética é fulcral numa construção... acredito que se se deparasse tanto com este problema como eu perceberia que afinal não é assim tão fácil responder à questão de: o mundo da sustentabilidade não depende só dos arquitectos...

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