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Praia da Amorosa, Viana do Castelo | Habitação Unifamiliar | João Álvaro Rocha


Peter

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Ja tive a oportunidade de passar junto a essa casa... Na altura nao sabia a quem pertencia o projecto. A minha opiniao sobre este projecto é que a forma esta interessante mas a escolha de materiais foi desastrosa. A forma é muito simples e clara. uma planta quadrangular com 2 pisos em que o piso superior é uma grande varanda sobre o mar, o que na minha opiniao esta muito bom e nao se poderia esperar outra coisa devido a sua localização. E falando em localização, junto á costa existe niveis de salitro na humidade do ar que danificam rapidamente os materiais metálicos e o que acontece aqui, é isso mesmo. O material metálico que reveste todo o edificio acabou por "pintar" tudo que nao era metálico. Reparem no estado que estao as madeiras das portadas frontais. Pode-se dizer que estao uma verdadeira lástima e o edificio acaba por parecer mesmo "um barracão" a cair aos pedaços junto a uma costa lindissima e muito calma como é a amorosa. Abraços

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Sá Hélio, esta moradia esta revestida a aço corten. Uma das caracteristicas deste aço é o aspecto "ferrujento" que possui. O facto de estar a "escorrer" para as restantes peças do edifício é perfeitamente normal. De certo que o arquitecto tinha consciencia disso quando o aplicou, e não é por estar ao pé do mar que lhe confere este aspecto. Todo o aço corten tem esta caracteristica, seja junto ao mar ou afastado dele!

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Eu sei que existe este aço com aspecto "ferrugento". Ja o vi aplicado noutras obras. Agora eu pergunto.. Se fosses o cliente e construisses uma casa junto ao mar certamente gostavas de ver a tua casa com esta imagem "degredante". Nao sou arquitecto mas estudo para o ser, e como tal tenho todo o respeito por quem ja o é. Sinceramente acho que se perdeu a oportunidade de se fazer algo realmente bom. E digo isto, porque ja estive la, e aquela edificação nao é boa para a paisagem, e não acredito que seja bom para os seus habitantes. Alguem falou em uma possivel referencia aos cascos dos navios que existem em viana.. Eu pergunto, se sao cascos em degradação, que poluem o ambiente, interessam a alguem? Acho que essas "analogias" são um fracasso e procuram justificar a utilização de um material que da a ideia "estar na moda", o dinheiro que o proprietario vais gastar a recuperar aquelas madeiras podiam ser empregues num material bem mais proveitoso para a estetica da casa, para a paisagem, para o ambiente, para tudo. Porque, eu pergunto, que vantagem ou que tras de bom este material? Ate porque fico com a impressão que para o controle térmico do edificio se gastou mais uns euros largos. Mas isso é a minha opiniao

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Somos todos suspeitos ao gostar ou de determinado porjecto/obra. eu particularmente aprecio este material. Em tempos fiz um concurso para um edifício de apoio à marina de Alcântara em Lisboa no ambito da Trienal de Arquitectura e todo o edifício era revestido com este material. Claro que aqui prevalece a analogia aos cascos de navios e aos contentores de carga.. Quero com isto dizer que eu não me importava de ter uma casa com este aspecto a que chamas degradante. Mas isso são gostos e como se diz por aí, gostos não se discutem, defendem-se:)

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Somos todos suspeitos ao gostar ou de determinado porjecto/obra. eu particularmente aprecio este material. Em tempos fiz um concurso para um edifício de apoio à marina de Alcântara em Lisboa no ambito da Trienal de Arquitectura e todo o edifício era revestido com este material. Claro que aqui prevalece a analogia aos cascos de navios e aos contentores de carga..
Quero com isto dizer que eu não me importava de ter uma casa com este aspecto a que chamas degradante. Mas isso são gostos e como se diz por aí, gostos não se discutem, defendem-se:)


Sim, mas se eu te disser que tb aprecio este material será que me estou a contradizer? Eu admiro todos os materiais e não duvido que este possa ser um bom material, mas nao nesta situação especifica. Acho que quando conhecemos "ao vivo" a obra temos outro feeling, outra imagem. Acho que essa tua opiniao de que nao te importavas de ter uma casa assim não é muito sincera. (desculpa se estou errado). Porque quando as tuas portadas começassem a cair, a fazer ruido e começassem a ficar tortas e nao as conseguisses abrir devido á oxidação que escorre por elas abaixo, começavas a pensar doutra forma. Ou pensavas em tirar o aço, ou a madeira das portadas. lol

Para terminar, acho que é uma proposta mal resolvida. Mas é uma opiniao de um aspirante a arquitecto :p
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Pelas imagens não é possivel perceber a envolvente, nem as relações que a casa possa estabelecer com ela. Como peça, parece interessante. O aço corten, motivo desta +/- acessa conversa, é um material interessante, porém, a atender à degradação de que o colega Sá.Hélio nos fala, pode não ter sido a opção mais feliz esta relação aço corten/madeia. Se no betão aparente, como nos mostram as imagens, se pode tirar partido desse "escorrer" como opção estética, na madeira as coisas são um pouco diferentes...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Era um pouco a isso que queria chegar... O aço corten pode ser todo xpto mas se for aplicado convenientemente e com muita ponderação a meu ver. Tenho a certeza que o arquitecto considerou este fenomeno do "escorrer". Nao me parece é ter considerado correctamente todos os elementos. Dreamer a relação com a envolvente esta bem resolvida em termos de alinhamentos com outras construções que são também moradias particulares. em frente a casa tens a estrada e do outro lado dunas e praia. Se tiver oportunidade de passar la estes dias tiro umas fotos da zona.. Se alguem tiver mais info sobre esta obra sff POST. dava jeito talvez.. :p

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Ainda n visitei esta habitaçao mas contudo gostaria imenso de a ver. Pelo que foi aqui explicado, a casa procura uma inter-relação com a zona. Numa imagem abstracta, o arquitecto procurou aquilo a que podemos chamar de imagem decadente das barracas dos pescadores pelo uso dos materiais. O aço conten tem a particularidade de "babar" tudo o que lhe está adjacente. Acredito que a casa contem esta relação conceptual de um passado (pesca) e o seu estado presente de degradação (na zona). A casa n procura a imagem bonita e branca é assumidamente um barracão. E n concordo com o Sá.Hélio, pois aquilo que ele ve como negativo eu vejo-o como positivo. A abstracção atraves da materia pareceu-me um ponto interessante de partida deste projecto, acabando por agarra-lo ao lugar no seu sentido matérico e historico(memoria), pois se a casa fosse totalmente branca, n suscitava o interesse e discusao que está a gerar. A casa observada de longe é um cubo de Richard Serra plantado por entre as arvores e areia.

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Ainda n visitei esta habitaçao mas contudo gostaria imenso de a ver. Pelo que foi aqui explicado, a casa procura uma inter-relação com a zona. Numa imagem abstracta, o arquitecto procurou aquilo a que podemos chamar de imagem decadente das barracas dos pescadores pelo uso dos materiais. O aço conten tem a particularidade de "babar" tudo o que lhe está adjacente. Acredito que a casa contem esta relação conceptual de um passado (pesca) e o seu estado presente de degradação (na zona). A casa n procura a imagem bonita e branca é assumidamente um barracão. E n concordo com o Sá.Hélio, pois aquilo que ele ve como negativo eu vejo-o como positivo. A abstracção atraves da materia pareceu-me um ponto interessante de partida deste projecto, acabando por agarra-lo ao lugar no seu sentido matérico e historico(memoria), pois se a casa fosse totalmente branca, n suscitava o interesse e discusao que está a gerar. A casa observada de longe é um cubo de Richard Serra plantado por entre as arvores e areia.

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Concordo que essa procura por uma relação com a decadência do sector das pescar seja real e até a acho bem interessante, apenas contesto quando essa intenção esbarra com a existência de outros materiais, que acabam por se degradar em virtude dela. A questão aqui, tanto quanto me parece, não são as bases conceptuais da proposta, mas a forma como elas influenciam a vivência da casa, a menos que a intenção do arquitecto e dos proprietários fosse levar essa relação de decadência tão longe, que as próprias madeiras, como acontecerá nos barracões dos pescadores, revelem essa degradação e inclusivamente funcionem mecanicamente mal. Seria interessante perceber como é que os proprietários vêm esta evolução do projecto, como encaram a degradação precoce das madeiras, tendo em conta que certamente que já estariam à espera do "babar" do aço corten...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Concordo que essa procura por uma relação com a decadência do sector das pescar seja real e até a acho bem interessante, apenas contesto quando essa intenção esbarra com a existência de outros materiais, que acabam por se degradar em virtude dela. A questão aqui, tanto quanto me parece, não são as bases conceptuais da proposta, mas a forma como elas influenciam a vivência da casa, a menos que a intenção do arquitecto e dos proprietários fosse levar essa relação de decadência tão longe, que as próprias madeiras, como acontecerá nos barracões dos pescadores, revelem essa degradação e inclusivamente funcionem mecanicamente mal. Seria interessante perceber como é que os proprietários vêm esta evolução do projecto, como encaram a degradação precoce das madeiras, tendo em conta que certamente que já estariam à espera do "babar" do aço corten...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Não dá para ver a totalidade da volumetria e até mesmo a sua organização interior, mas é nitido que esta casa foi feita para estar fechada durante grande parte do ano. O material, certamente foi o mais adequado na altura da escolha e o cliente foi alertado, de certo que tb lhe foi explicado o envelhecimento da obra. Não acredito em analogias aos barcos ou o que quer que seja.

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Não dá para ver a totalidade da volumetria e até mesmo a sua organização interior, mas é nitido que esta casa foi feita para estar fechada durante grande parte do ano. O material, certamente foi o mais adequado na altura da escolha e o cliente foi alertado, de certo que tb lhe foi explicado o envelhecimento da obra. Não acredito em analogias aos barcos ou o que quer que seja.

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Concordo que essa procura por uma relação com a decadência do sector das pescar seja real e até a acho bem interessante, apenas contesto quando essa intenção esbarra com a existência de outros materiais, que acabam por se degradar em virtude dela. A questão aqui, tanto quanto me parece, não são as bases conceptuais da proposta, mas a forma como elas influenciam a vivência da casa, a menos que a intenção do arquitecto e dos proprietários fosse levar essa relação de decadência tão longe, que as próprias madeiras, como acontecerá nos barracões dos pescadores, revelem essa degradação e inclusivamente funcionem mecanicamente mal.

Seria interessante perceber como é que os proprietários vêm esta evolução do projecto, como encaram a degradação precoce das madeiras, tendo em conta que certamente que já estariam à espera do "babar" do aço corten...


Dreamer é exactamente isso que eu critico, o armonia entre materiais, que neste caso parece me existir esse erro com as madeiras. Foi colocada uma foto em que vemos o escorrer da oxidação pelo betao junto ao pavimento. Achei interessante e realmente nao afecta em nada o material seguinte.
A questao é essa ate porque comecei por referir que formalmente a peça esta muito bem.

Sinceramente, não me parece que a degradação precoce das madeiras fosse propositado. Temos que pensar que a madeira reage por dilatações com as variaçoes de temperatura, temos de ver que ainda hoje não existe nehum verniz ou tratamento que evite a manutenção das madeiras em exteriores por periodos superiores a 3/4 anos, e portanto o objectivo é sempre prolongar ao máximo a sua durabilidade, temos que pensar também que estamos junto ao mar e o sal também aumenta a degradação dos materiais, esta fachada apanha sol grande parte do dia. E muito mais... Isto tudo pra dizer que não me parece ter sido propositado.

Sem duvida que a opiniao do proprietario era perfeito. Ha... E depois olhar também para a memoria justificativa do arquitecto :)
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Seria interessante perceber como é que os proprietários vêm esta evolução do projecto, como encaram a degradação precoce das madeiras, tendo em conta que certamente que já estariam à espera do "babar" do aço corten...


Dreamer é exactamente isso que eu critico, o armonia entre materiais, que neste caso parece me existir esse erro com as madeiras. Foi colocada uma foto em que vemos o escorrer da oxidação pelo betao junto ao pavimento. Achei interessante e realmente nao afecta em nada o material seguinte.
A questao é essa ate porque comecei por referir que formalmente a peça esta muito bem.

Sinceramente, não me parece que a degradação precoce das madeiras fosse propositado. Temos que pensar que a madeira reage por dilatações com as variaçoes de temperatura, temos de ver que ainda hoje não existe nehum verniz ou tratamento que evite a manutenção das madeiras em exteriores por periodos superiores a 3/4 anos, e portanto o objectivo é sempre prolongar ao máximo a sua durabilidade, temos que pensar também que estamos junto ao mar e o sal também aumenta a degradação dos materiais, esta fachada apanha sol grande parte do dia. E muito mais... Isto tudo pra dizer que não me parece ter sido propositado.

Sem duvida que a opiniao do proprietario era perfeito. Ha... E depois olhar também para a memoria justificativa do arquitecto :)
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O aço corten é... adorável (estou a exagerar)... Foi o primeiro material que usei numa proposta do 1º ano. A característica de se adaptar (mais ou menos) conforme o ambiente, ficar com características que podem diferir um pouco tanto em tempos de cor como de textura é inesperado dentro do controlável. Claro que foi propositado e uma escolha cuidadosa do material respira-se pormenor neste "barracão" hahaha onde é que vivemos todos? Em barracões uns mais giros que outros ou mais sofisticados... que outros. As escadas de entrada num único elemento formal que quase toca na casa e resolve os problemas que se teria ao encostar aqueles dois materiais estando eles em bruto, e ao mesmo tempo se desenha esse mesmo pormenor/ solução é de uma grande riqueza, na semelhança, entre muitos exemplos temos a casa no Alentejo dos Aires Mateus com a mesma pedra de entrada (um único degrau) monolitizando a forma, deixando também uma fresta desta vez para aquele enorme “portão” deslizar entre este e a habitação. Não percebo tanto os muros mais altos. Se calhar com as plantas percebia. N li todos os comentários... peço desculpa se já foi respondido mas há plantas desta casa? Sem ser no livro... cumps

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