Jump to content
Arquitectura.pt


desenhos...


Rake de Rama

Recommended Posts

Não.
Rama deixou bem claro a sua questão, ou melhor, a sua incompreensão, e foi esta a frase que revoltou todos vós:
"arquitectura é fútil"
Porque é que não tentamos raciocinar um pouco sobre isto, e APENAS sobre isto?
Em primeiro lugar, vamos exprimentar substituir a palavra arquitectura ela palavra arte. "Arte é fútil"! assim ainda choca mais.

Desde que o Homem é Homem que é tb artista. Porque pinta as cavernas? Porque pinta os seus próprios corpos? Futilidade?? Aconselho-o a ler os "Tristes Trópicos" de Levi Strauss.
Arte é a prova da nossa humanidade, porque não há certezas de que algum outro animal seja capaz de sentir a beleza sublime, nenhum outro animal é capaz de ser poeta.
É a prova de que demos um passo em direcção a Deus.

Ok, não é tão necessário como o pão. Mas tb o ar é mais necessário do que o pão. Porventura isso faz o pão algo "fútil"?
Arte é Vida! Alguns já reconheceram, outros ainda não, ou nunca o farão. Mas mesmo os que não sabem isso conscientemente, são capazes de sentir aquela pele de galinha arrepiar-lhes o corpo inteiro.

Agora, que nem tudo o que fazemos é arte, isso é um assunto completamente diferente.


Não querendo entrar em discussões alheias...
Pessoalmente choca-me mais a afirmação de que a arquitectura é fútil do que a arte é fútil.
Primeiro: quem diz que a arquitectura é fútil ou tem grandes argumentos ou então não sabe o que diz. Neste caso, baseado no que li, a afirmação que levou a tudo isto enquadra-se na segunda hipótese.
Segundo: assumir que a Arquitectura é uma arte sem reflectir muito sobre isso e sem argumentar sobre isso é em si uma barbaridade, porque é algo que ainda hoje não reúne consenso entre os próprios arquitectos.
Terceiro: (e aqui já é a forma como eu encaro a arquitectura e a arte) A arquitectura não é uma arte. A arte faz parte da arquitectura, sem dúvida, contudo a arquitectura tem que abranger outros campos diferentes, tanto técnicos como científicos, como até legais. É no saber controlar esta transdisciplinaridade que se encontra o desafio da arquitectura.
Link to comment
Share on other sites

O melhor exemplo para explicar isso é o facto de existirem regras para a composição musical. Há um sentimento perante uma Música, um sentimento poético, que foi laboriosamente e cientificamente trabalhado. Um pouco como um mágico, que impressiona, mas aquele impressionar deu-lhe muitíssimo trabalho.

Link to comment
Share on other sites

O melhor exemplo para explicar isso é o facto de existirem regras para a composição musical. Há um sentimento perante uma Música, um sentimento poético, que foi laboriosamente e cientificamente trabalhado. Um pouco como um mágico, que impressiona, mas aquele impressionar deu-lhe muitíssimo trabalho.

Link to comment
Share on other sites

A arte está intrínseca á arquitectura porque ao projectar um espaço proporcional, confortável, belo, estamos a criar arte, estamos a praticar o "saber fazer" e jogamos com o lado emocional das pessoas. No entanto não é esse o único objectivo, nem mesmo o proncipal objectivo da arquitectura. Daí a afirmação do GinSoakedBoy penso;) Mas este é um assunto que se discute há demasiado tempo para chegarmos a uma conclusão hoje. Por muito racionalista que sejas nunca vais arranjar argumentos que cheguem a uma única conclusão neste assunto.

Link to comment
Share on other sites

A arte está intrínseca á arquitectura porque ao projectar um espaço proporcional, confortável, belo, estamos a criar arte, estamos a praticar o "saber fazer" e jogamos com o lado emocional das pessoas. No entanto não é esse o único objectivo, nem mesmo o proncipal objectivo da arquitectura. Daí a afirmação do GinSoakedBoy penso;) Mas este é um assunto que se discute há demasiado tempo para chegarmos a uma conclusão hoje. Por muito racionalista que sejas nunca vais arranjar argumentos que cheguem a uma única conclusão neste assunto.

Link to comment
Share on other sites

Eis como te enganas:
A arte faz parte da arquitectura
Como é isso possível?
Se me explicares esta pequena parte da tua mensagem, eu explico-te porque é que arquitectura é arte.
Considero-me um racionalista.


Conheces alguma arte que tenha de cumprir com tudo o que a arquitectura tem de cumprir? Eu não conheço. Nenhuma arte, como a musica ou como a pintura tem de responder directamente sobre as opções ali tomadas, alias vive muito das interpretações que os críticos resolvem fazer a partir delas enquanto que a arquitectura não se encerra nisso.
eu enquanto arquitecto tenho de responder sobre todas as opções que tomei no projecto, desde a sua localização até ao parafuso que utilizo na porta.
Até hoje nunca conheci um artista que fizesse isto, e acredita que já conheci bastantes e de grande nome na nossa praça.
Link to comment
Share on other sites

Eis como te enganas:
A arte faz parte da arquitectura
Como é isso possível?
Se me explicares esta pequena parte da tua mensagem, eu explico-te porque é que arquitectura é arte.
Considero-me um racionalista.


Conheces alguma arte que tenha de cumprir com tudo o que a arquitectura tem de cumprir? Eu não conheço. Nenhuma arte, como a musica ou como a pintura tem de responder directamente sobre as opções ali tomadas, alias vive muito das interpretações que os críticos resolvem fazer a partir delas enquanto que a arquitectura não se encerra nisso.
eu enquanto arquitecto tenho de responder sobre todas as opções que tomei no projecto, desde a sua localização até ao parafuso que utilizo na porta.
Até hoje nunca conheci um artista que fizesse isto, e acredita que já conheci bastantes e de grande nome na nossa praça.
Link to comment
Share on other sites

Cada uma das artes joga com a sua especificidade. O Músico tem centenas de instrumentos possíveis com que jogar e deveria ser um expert em todos eles. Isso não dá trabalho? Em todo o caso, e para quem me acusa de falar sem fundamentar, convido-vos a ler uma carta que Corbusier escreveu a Meyer intitulada "Em defesa da Arquitectura". Penso que poderão encontrar isso nos Textos da Arquitectura da Modernidade, de Montaner, se não me engano. Seja como for, não estou aqui para responder às vossas questões, mas às do Rama. Este tópico é dele. E aproveito que estou a falar com um dos colaboradores para denunciar uma situação que ocorreu aqui e que considero absolutamente inaceitável, que é a identidade da pessoa ter sido revelada sem o consentimento do próprio. Se fosse administrador, não esitaria em expulsar o membro que cometeu essa barbaridade.

Link to comment
Share on other sites

Cada uma das artes joga com a sua especificidade. O Músico tem centenas de instrumentos possíveis com que jogar e deveria ser um expert em todos eles. Isso não dá trabalho? Em todo o caso, e para quem me acusa de falar sem fundamentar, convido-vos a ler uma carta que Corbusier escreveu a Meyer intitulada "Em defesa da Arquitectura". Penso que poderão encontrar isso nos Textos da Arquitectura da Modernidade, de Montaner, se não me engano. Seja como for, não estou aqui para responder às vossas questões, mas às do Rama. Este tópico é dele. E aproveito que estou a falar com um dos colaboradores para denunciar uma situação que ocorreu aqui e que considero absolutamente inaceitável, que é a identidade da pessoa ter sido revelada sem o consentimento do próprio. Se fosse administrador, não esitaria em expulsar o membro que cometeu essa barbaridade.

Link to comment
Share on other sites

olá sputnik :)
esse colaborador que na verdade, é assistente, que te referes sou eu. a partir do momento em que no perfil, cada um poe a informação que quer e ele é público não entendo qual é o teu problema. já várias vezes, o nome verdadeiro de várias pessoas foi usado e referido por imensa gente da equipa...talvez fosse melhor estares mais atento, se existem certas coisas que te chateiam... não querem que se saiba o nome? simples, não o coloquem no perfil público do fórum
:)

margarida duarte

Link to comment
Share on other sites

olá sputnik :)
esse colaborador que na verdade, é assistente, que te referes sou eu. a partir do momento em que no perfil, cada um poe a informação que quer e ele é público não entendo qual é o teu problema. já várias vezes, o nome verdadeiro de várias pessoas foi usado e referido por imensa gente da equipa...talvez fosse melhor estares mais atento, se existem certas coisas que te chateiam... não querem que se saiba o nome? simples, não o coloquem no perfil público do fórum
:)

margarida duarte

Link to comment
Share on other sites

Cada uma das artes joga com a sua especificidade.
O Músico tem centenas de instrumentos possíveis com que jogar e deveria ser um expert em todos eles. Isso não dá trabalho?
Em todo o caso, e para quem me acusa de falar sem fundamentar, convido-vos a ler uma carta que Corbusier escreveu a Meyer intitulada "Em defesa da Arquitectura". Penso que poderão encontrar isso nos Textos da Arquitectura da Modernidade, de Montaner, se não me engano.

Seja como for, não estou aqui para responder às vossas questões, mas às do Rama. Este tópico é dele.
[...]


Sputnik: Enquanto que o Musico so tem de saber tocar instrumentos (e na maioria dos casos, para não dizer todos não sabem tocar todos os instrumentos, mas sim especializam-se nuns poucos, e isto so para não dizer que é so em um) e saber as regras para harmonizar os sons. Não precisa de responder a coisas como o porque de por a nota ali ou acolá, se foi por motivos estéticos ou porque a recta do arco do violino bate com a 5ª corda da guitarra da severa. No final desde que soe bem é o que interessa porque na realidade não precisa de dizer mais nada, nem de justificar mais nada em relação àquela musica. No caso do arquitecto já não é bem assim. E até percebo que assim seja.
A musica tem hoje em dia um papel muito mais efémero do que a arquitectura. Enquanto que na musica se não gostamos é uma questão de mudar de rádio ou carregar num botãozinho para passar à seguinte, na arquitectura temos de viver e conviver com o que está construído e que por várias razões (normalmente) é algo com um tempo de vida muito prolongado.

Ja agora um pequeno toque... quando falei em falar sem fundamentar não me referia especialmente a ti, mas tudo bem.

Concordo contigo que fique tudo por aqui neste tópico, contudo, se quiseres podemos continuar a falar sobre isto em Mensagem Privada.
Link to comment
Share on other sites

Cada uma das artes joga com a sua especificidade.
O Músico tem centenas de instrumentos possíveis com que jogar e deveria ser um expert em todos eles. Isso não dá trabalho?
Em todo o caso, e para quem me acusa de falar sem fundamentar, convido-vos a ler uma carta que Corbusier escreveu a Meyer intitulada "Em defesa da Arquitectura". Penso que poderão encontrar isso nos Textos da Arquitectura da Modernidade, de Montaner, se não me engano.

Seja como for, não estou aqui para responder às vossas questões, mas às do Rama. Este tópico é dele.
[...]


Sputnik: Enquanto que o Musico so tem de saber tocar instrumentos (e na maioria dos casos, para não dizer todos não sabem tocar todos os instrumentos, mas sim especializam-se nuns poucos, e isto so para não dizer que é so em um) e saber as regras para harmonizar os sons. Não precisa de responder a coisas como o porque de por a nota ali ou acolá, se foi por motivos estéticos ou porque a recta do arco do violino bate com a 5ª corda da guitarra da severa. No final desde que soe bem é o que interessa porque na realidade não precisa de dizer mais nada, nem de justificar mais nada em relação àquela musica. No caso do arquitecto já não é bem assim. E até percebo que assim seja.
A musica tem hoje em dia um papel muito mais efémero do que a arquitectura. Enquanto que na musica se não gostamos é uma questão de mudar de rádio ou carregar num botãozinho para passar à seguinte, na arquitectura temos de viver e conviver com o que está construído e que por várias razões (normalmente) é algo com um tempo de vida muito prolongado.

Ja agora um pequeno toque... quando falei em falar sem fundamentar não me referia especialmente a ti, mas tudo bem.

Concordo contigo que fique tudo por aqui neste tópico, contudo, se quiseres podemos continuar a falar sobre isto em Mensagem Privada.
Link to comment
Share on other sites

Há algo que queria apenas salientar, e toma isto apenas como uma critica construtiva. Ser arquitecto é muito mais do que gostar de desenhar umas coisas... os objectos (projectos) não surgem de forma autónoma, nem surgem desligados de um suporte fisico, ou seja, cada projecto é desenvolvido num determinado contexto, e respondendo a determinadas necessidades. Muito mais importante do que desenhar algo agradavel à vista, ser arquitecto é responder a "questões" que são apresentadas aquando de um programa que te é proposto. Cada projecto é elaborado para um determinado lugar, com um determinado objectivo. O que resulta numa praia de vila do conde poderá resultar numa montanha no gerês???? cumprimentos

Link to comment
Share on other sites

Há algo que queria apenas salientar, e toma isto apenas como uma critica construtiva. Ser arquitecto é muito mais do que gostar de desenhar umas coisas... os objectos (projectos) não surgem de forma autónoma, nem surgem desligados de um suporte fisico, ou seja, cada projecto é desenvolvido num determinado contexto, e respondendo a determinadas necessidades. Muito mais importante do que desenhar algo agradavel à vista, ser arquitecto é responder a "questões" que são apresentadas aquando de um programa que te é proposto. Cada projecto é elaborado para um determinado lugar, com um determinado objectivo. O que resulta numa praia de vila do conde poderá resultar numa montanha no gerês???? cumprimentos

Link to comment
Share on other sites

Guest
This topic is now closed to further replies.
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.