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Arquitectura.pt


Memória Descritiva


AnaRodrigues

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Estou a terminar um trabalho e foi pedido pelo meu professor uma memória descritiva para finalizar, alguém me sabe dizer o que devo escrever e que partes relacionadas com o trabalho desde o inicio devo abordar? O trabalho em si consiste na reabilitação de alguns espaços vazios localizados na zona histórica da cidade da Covilhã.:*

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Esta foi sempre a parte que eu mais detestei e continuo a não gostar de fazer!!! Mas conheço malta muito boa nessa parte... como me disseram... Se fizeres algo que explique muito bem o porque das coisas e ao mesmo tempo explicares pormenores que imaginas mas acabas-te por não por em desenho... são algumas das coisas que costuma dar bom resultado... Mas digo isto porque me disseram... se é ou não... não sei...

Josué Jacinto - Mais Fácil
My web: maisfacil.com | soimprimir.com | guialojasonline.maisfacil.com

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No meu tempo de estudante, gostaria muito que os nossos professores nos mostrassem elementos concretos (desenhados e escritos) de projectos profissionais reais ... Infelizmente, nunca tive esse privilégio. Se calhar não lhes interessava (eles os professores de arquitectura), pq o objectivo há muito que deixou de ser formar bons quadros, mas sim nulificar teoricamente futuros concorrentes ... Fiquei com uma péssima impressão da qualidade (?) de ensino da arquitectura (e não só!) em Portugal ... As universidades brotam licenciados mto mal preparados para o mercado ... mas isso daria para outra discussão. Face ao pedido de ajuda, envio em anexo um modelo tipo de memória descritiva profissional, actualizado à data c/ a legislação em vigor. Em termos profissionais, hoje em dia, deves seguir esse modelo ... Em termos académicos, podes sempre fazer algo mais "light", mais apelativo para as apresentações ... com "Design", mesmo q o conteúdo não diga nada ... há q impressionar!, certo?! :*

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resumindo e concluindo...ehehe é como tudo, ou é ou não é, ou se tem algo a dizer ou não, não acredito muito nisso de impressionar. assim como a desenhar não é preciso ser eximio é preciso é que se consiga dizer algo, transmitir a ideia, não é preciso um traço muito certinho, Assim então uma boa memória descritiva em termos académicos será aquela que de uma forma directa e sintéctica se possivel, consiga transmitir e explicar o projecto, a sua ideia, as suas intenções, objectivos etc...

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Sinceramente não concordo nada com o Refs, a memória descritiva tipo que a presenta pode até ser boa para apresentar na câmara, mas em termos académicos, da experiência que tive, o importante é transmitir a poética do espaço, o imaginário a que se recorreu para chegar à solução: o ideal é deixarmo-nos enamorar pelo projecto e deixar passar para o papel as relações estabelecidas entre forma e lugar, entre o conjunto na sua volumetria, as tensões, os pontos de harmonia, a busca de referências. Não me parece que a memória descritiva sirva para quantificar em metros quadrados a ocupação.

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Cristina ... não vejo nenhum ponto de discórdia. 1 - enviei um exemplo simples de uma Memória Descritiva, com os requisitos daquilo q actualmente é exigido na prática ... (experiência profissional) 2 - fiz as devidas ressalvas para as memórias descritivas dos trabalhos académicos ... q necessariamente terão de ser diferentes Cada um é livre de redigir a sua memória, independentemente do tipo ou fim a q se destina (profissional, académico, concurso, etc). Podemos inclusive escrever poesias, poemas, prosas, compôr músicas, editar filmes, pintar quadros, etc, para complementar a comunicação do nosso projecto ... tudo é valido. Se precisarem de inspiração para escrever as vossas memórias, viajando na "poética do espaço", podem sempre ler o romance Memorial do Convento, do Saramago. :p

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  • 2 weeks later...
  • 10 months later...
No meu tempo de estudante, gostaria muito que os nossos professores nos mostrassem elementos concretos (desenhados e escritos) de projectos profissionais reais ...

Infelizmente, nunca tive esse privilégio. Se calhar não lhes interessava (eles os professores de arquitectura), pq o objectivo há muito que deixou de ser formar bons quadros, mas sim nulificar teoricamente futuros concorrentes ...

Fiquei com uma péssima impressão da qualidade (?) de ensino da arquitectura (e não só!) em Portugal ... As universidades brotam licenciados mto mal preparados para o mercado ... mas isso daria para outra discussão.

Concordo plenamente contigo .Na faculdade os professores, parecem que teem medo de ensinar , porque sabem que hoje para amanha somos arquitectos e arquitectas que nos faz logo os novos concorrentes para eles.
Infelizmente esta é a realidade , os professores de projecto pedem muita coisa, não ensinam nada, e porque que estão lá a dar aulas ?!
São poucos , os bons professores de projecto.
Não ajudam em nada , ate qualquer leigo pode ir dar aulas , porque estar o professor e não estar é a mesma coisa e ganha-se assim um ordenado ao final do mês sem suar muito.
E também sao poucas as pessoas na faculdade que ajudam colegas do mesmo curso , o curso de arquitectura basicamente é lixar o próximo , e quanto menos estiverem acabar o curso , melhor ainda .
Essa não é a minha politica , mas sim da maioria .

Em relação à memória descritiva ,tens muitos exemplos nas revistas de arquitectura ,vê o que eles escrevem e como escrevem e faz a partir daí a tua .
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Existe legislacao para a elaboracao de memorias descritivas. Muito honestamente aos trabalhos que se fazem em Projecto, tambem nao vejo grande necessidade da mesma, acho porem, que quanto menos tivermos de escrever na memoria descritiva, melhor, o nosso trabalho e desenhar, e aquilo que escrevemos deve de sobretudo orientar as pecas desenhadas e assinalar aquilo que nao conseguimos transmitir nos desenhos, essencialmente alguma decisao mais controversa. a parte disto, o melhor e esquecer. lembro-me de alguem dizer que uma memoria descritiva deve de caber num A4

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As Memorias Descritivas, são a redenção Artística possível, no trabalho de Arquitecto. Um mau projecto, pode ser salvo, por uma Memória Descritiva digna. Quem não tem talento para projectos, deve esmerar-se na Memória Descritiva, de tal forma, que seja incompreensível para os técnicos camarários (brio!). P.S. A frustração é tanta, que de facto, o que importa é uma boa Memória Descritiva.

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Para que conste... o que considero uma boa MD: - situação Académica - MD o mais sintética possivel (1 A4, chega e sobeja) - situação profissional - MD o mais pragmática, analitica e descritiva construtivamente e legislativamente possível. [As minhas MD, tem sempre no mínimo 12 paginas (letra 10)... para o licenciamento/ comunicação prévia] PS: É uma tristeza, é indignante, a q habitual e qualidade técnica de muitas MD, elaboradas por Arquitectos (dos outros técnicos, nem falo...), que continuam a copiar e a elaborar MD, com textos tipos utilizados à 20 e 30 anos atrás... completamente descontextualizados da realidade actual e até da legislação em vigor.. e que para cúmulo.. para nada servem ( nem sequer para uma caracterização sumária da construção) Abraços

Quem cria renasce todos os dias...
Agua-Mestra, Lda
Não sou perfeito, mas sou muito critico...

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Doze páginas Pedro Barradas... o técnico, quando se depara com uma das suas memórias descritivas deve sentir-se compelido para fazer um deferimento automático/tácito. Acho que sim, devemos induzir tédio pela extensão e chatear com vocábulos que não dispensam a consulta de um dicionário. Agora a sério, acho que devem ser muito objectivas e explicarem que as coisas são como são, não apenas porque sim!

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