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Arquitectura.pt


Arquitectura invasiva...


Koolhas

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Arquitectura evasiva, o que é? Como se relaciona com o desenho da cidade? Ela produz espaço público? Que consequências têm para a evolução da cidade? É boa ou má? Como surgem na cidade? Ao acaso? Que relação estabelecem com a envolvente consolidada???? Eis algumas questões interessantes para ser debatida aqui no forum...O que acham e que opiniões tenhem acerca deste tema?
Ficam aqui algumas imagens que possam ajudar...
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Este tema faz parte de um dos capitulos da minha tese final de curso...gostaria de ouvir opiniões acerca desse tema...

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Koolhas, pelas imagens que apresentas, parece que consideras essa arquitectura invasiva como algo que de alguma forma se destaca do tecido urbano predominante. Vê-se isso particularmente na planta (última imagem), onde a forma de intervir no território é completamente diferente das áreas urbanas que envolvem este espaço. Nas outras imagens vêm-se edifícios que se relacionam com a via pública de uma forma que ainda é diferente daquilo que se pode considerar como "normal", se bem que cada vez mais se vejam edifícios desses a povoar algumas áreas urbanas. É curioso se pensarmos que desde sempre houve construções assim, pelo menos desde que a sociedade se estabeleceu e começou a existir uma hierarquização do volume construído consuante a sua função. Os mescados, os fóruns, os teatros, as igrejas, os locais de culto, entre outros, todos podem ser considerados como elementos dissonantes do restante edifícado. Convém salientar que dissonante não quer dizer necessariamente que este tipo de eficado não está integrado na malha urbana.

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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É curioso se pensarmos que desde sempre houve construções assim, pelo menos desde que a sociedade se estabeleceu e começou a existir uma hierarquização do volume construído consuante a sua função.
Os mercados, os fóruns, os teatros, as igrejas, os locais de culto, entre outros, todos podem ser considerados como elementos dissonantes do restante edifícado.

Convém salientar que dissonante não quer dizer necessariamente que este tipo de eficado não está integrado na malha urbana.


Sim em certa parte tb estou de acordo contigo, mas será este o caminho certo para a cidade do séc. XXI??
Se voltamos um pouco atraz na historia, na antiguidade classica, na epoca medieval, no Renascimento, podemos ver que nesta altura a cidade era para as pessoas, com espaços públicos de referências tais como ja referiste "Ágora, praças, igrejas, Foruns" mas se repararmos como deve ser, podemos ver que esses espaços tinham relações geometricas muito forte com a envolvente. Com o surgimento da epóca industrial e com a filosofia do modernismo todos esses conceitos praticamente desapareceram, a cidade nesta altura passou a ser algo vazio(exemplo de Brasilia)...as pessoas praticamente desapareceram das ruas para dar lugar ao automovel, os espaços públicos um tanto quanto estereis, enfim uma cidade para o carro...Ultimamente tem-se notado nos projectos contemporâneos um certo recuar da historia em relação a essas questões de caracter social que é os espaços públicos e a cidade para as pessoas, o que mostra também que o Modernismo foi algo de "pessimo" para a cidade e que agora há um certo cuidado ao projectar e pensar a cidade e os espaços públicos.
Não podemos nos esquecer é claro que as coisas têm as suas epócas, as suas filosofias e maneira de interpretar o mundo, mas é com a história que construimos o amanha.
repara neste projecto dos NL architects, ganharam o concurso com este projecto, olha para o desenho urbano envolvente. o que te parece?????
Imagem colocadaImagem colocada

Palavra chave : :* no passado desenhava-se atraves do paradigma Cartesiano até nos dias de hoje ainda assim se faz.....mas há alguns arquitectos que trabalham com as Non-forms(pessoalmente eu tb prefiro projectar com essa filosofia ou ferramenta de interpretação da forma) ou por assim dizer com o diagrama não-euclidiano(que na minha interpretação pessoal nao passa nada mais do que reviver a maneira de projectar da epoca Medieval...é claro num tom contemporâneo) de uma maneira espontânea mas com ordem(Teoria do Caos)
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Exacto, não se pode imaginar uma cidade feita de excepções, tal como em tempos uma cidade não existia cidade que só tivesse fóruns, praças, ágoras, adros das igrejas, etc, como espaços públicos.

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Eu não compreendo como é que se pode falar de projectar urbanisticamente e ligar isso a teorias euclidianas e afins...se já tiveram Urbanismo perceberam que os Arquitectos tem uma abordagem puramente estética no desenho Urbano, por outras palavras, não percebem nada de Urbanismo em larga escala (EU INCLUIDO). Urbanismo é essencialmente, colocar os diversos edifícios/praças/espaços públicos/e afins num todo autônomo (no sentido em que não necessitam de ligações entre si de enorme distância) que seja viável economicamente, que tenha sentido endogéneo, participação das população nas decisões, que por fim, seja sinónimo de Desenvolvimento. O próprio acto de numa rua, colocar determinadas estabelecimentos comerciais, ao lado de uma livraria, que por sua vez é ao lado de um café, é um exemplo de pensamento estratégico do ponto de vista urbanístico, uma rua só com cafés, será sempre uma rua a ser fruida principalmente pelo primeiro café em termos de potenciais clientes, uma rua com múltiplas actividades comerciais, será sempre bafejada por uma maior diversidade de clientes, isto é um exemplo à escala da rua...que poderá como exemplo ter aplicação em maior escala. A diferença é, nas ciências clássicas (até ao século XIX), o objecto era analisado isoladamente, hoje em dia com as teorias da Complexidade, não só conta o objecto de análise, mas como o contexto e as ligações de troca que o mesmo estabelece, é este pensamento que preside ao Urbanismo Moderno. P.S. O resto do tópico em cima, não passam de umas tretas, que já não tem sentido nenhum, teorias sem nexo, que olham o puramente estético..."Arquitectura Evasiva"

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- Que formação tens tu em Urbanismo para dizer o contrário? Que posso eu dizer, depois de uma conversa em que tudo gira em torno do euclidiano/não euclidiano, como se isso tivesse algum nexo com o Urbanismo, como se tal fosse puramente uma questão de forma!
- O Urbanismo é uma disciplina recente, custa a muitos ver o papel de Arquitecto arredado dos PU´S e afins, mas a verdade é que os Urbanistas são os únicos a ter uma sólida formação base para desempenhar estas funções, há muitos PU´S feitos por Arquitectos da Praça Pública, as intervenções na Expo são um exemplo disso devido ao seu relativo sucesso...mas agora vejamos, dado um determinado contexto urbano com determinadas valências numa escala de dezenas de Km´s, pedem-nos para escolher a melhor localização para um Hospital, uma Escola Primária e um Equipamento Desportivo... que formação é que um Arquitecto tem, para decidir sobre futuras localizações de equipamentos públicos como os citados, isto não é apenas ver as lacunas e supri-las com equipamentos, não é apenas pintar manchas em mapas, muito menos é apenas (como se fazia na faculdade), consultar as últimas estatísticas, ver os índices e propor equipamentos de forma a contribuir para a sua correcção futura, Urbanismo é muito mais profundo do que isso, as soluções não são históricas, não são citações de outros contextos e muitos menos se obtém por experiência, as soluções são matemáticas (devem ser, pelo menos) e resultado das contigências encontradas (cada caso é sempre um caso e nunca há semelhanças).
- Se um edifício é preto ou branco, castanho ou às riscas, formalmente moderno ou completamente rocóco, isto para o Urbanismo é secundário, para um Urbanista interessa as ligações aos equipamentos existentes, as trocas que estabelece, as relações de sinergia, competição, predacção e simbiose (Ver livros O Método Edgar Morin), a forma como induz desenvolvimento, a forma como obriga à participação da população local, por fim, a forma como se liga ao todo existente e o modifica, é caso para dizer, é muito complexo, fazer projectos de Arquitectura é muito mais fácil e célere, é isto que os Arquitectos fazem.

P.S.

- Isto lembra aquelas opiniões sobre o novo aeroporto, toda a gente tem uma opinião, por mais idiota que seja...eu sinceramente não sei onde deve ser, deixo isto para os especialistas.

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O urbanismo procura, sobretudo, consensos entre todas as entidades envolvidas: o proprietário, os promotores, os investidores, projectistas, políticos, utentes, etc. Só assim poderão levar um plano avante.
Os consenos são de tal forma difíceis que nem faz grande diferença tratar-se de uma Camara Municipal Comunista ou de Centro Esquerda - todos farão a mesma coisa, só o que difere é a forma como o fazem.


Monumentos?, sei o que é.
Terraign Vague?, sei o que é.
Arq. evasiva? não sei o que é.

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Terraign Vague como espaços de EVASÃO da cidade, espaços que fogem à sua lógica organizadora, resistem teimosamente inserir-se nos espaços produtivos da cidade. Talvez seja isto que imaginas como espaços de evasão...
Senão, suspeito que o título da tua prova possa ser a sua desgraça.
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- Que formação tens tu em Urbanismo para dizer o contrário? Que posso eu dizer, depois de uma conversa em que tudo gira em torno do euclidiano/não euclidiano, como se isso tivesse algum nexo com o Urbanismo, como se tal fosse puramente uma questão de forma!
- O Urbanismo é uma disciplina recente, custa a muitos ver o papel de Arquitecto arredado dos PU´S e afins, mas a verdade é que os Urbanistas são os únicos a ter uma sólida formação base para desempenhar estas funções, há muitos PU´S feitos por Arquitectos da Praça Pública, as intervenções na Expo são um exemplo disso devido ao seu relativo sucesso...mas agora vejamos, dado um determinado contexto urbano com determinadas valências numa escala de dezenas de Km´s, pedem-nos para escolher a melhor localização para um Hospital, uma Escola Primária e um Equipamento Desportivo... que formação é que um Arquitecto tem, para decidir sobre futuras localizações de equipamentos públicos como os citados, isto não é apenas ver as lacunas e supri-las com equipamentos, não é apenas pintar manchas em mapas, muito menos é apenas (como se fazia na faculdade), consultar as últimas estatísticas, ver os índices e propor equipamentos de forma a contribuir para a sua correcção futura, Urbanismo é muito mais profundo do que isso, as soluções não são históricas, não são citações de outros contextos e muitos menos se obtém por experiência, as soluções são matemáticas (devem ser, pelo menos) e resultado das contigências encontradas (cada caso é sempre um caso e nunca há semelhanças).
- Se um edifício é preto ou branco, castanho ou às riscas, formalmente moderno ou completamente rocóco, isto para o Urbanismo é secundário, para um Urbanista interessa as ligações aos equipamentos existentes, as trocas que estabelece, as relações de sinergia, competição, predacção e simbiose (Ver livros O Método Edgar Morin), a forma como induz desenvolvimento, a forma como obriga à participação da população local, por fim, a forma como se liga ao todo existente e o modifica, é caso para dizer, é muito complexo, fazer projectos de Arquitectura é muito mais fácil e célere, é isto que os Arquitectos fazem.

P.S.

- Isto lembra aquelas opiniões sobre o novo aeroporto, toda a gente tem uma opinião, por mais idiota que seja...eu sinceramente não sei onde deve ser, deixo isto para os especialistas.

Lol, levas isso mesmo a sério... se calhar devias tirar urbanismo...
Eu nunca disse que o arquitecto tem a mesma função ou as mesmas aptidões que um urbanista, aconcelho-te a ler o meu comentário. Simplesmente acho ridículo dizer que um arquitecto, no contexto urbano só tem um papel estético! Se calhar devias perguntar que formação tens tu para fazer tal afirmação não?
Concluindo, dizes-me que o Rem Koolhas quando projectou a Casa da Música, não afectou a cidade do Porto muito mais do que pela estética? Num contexto urbano?

E repito: eu não tenho formação para dizer nada! Mas tenho o sentido crítico para duvidar de tudo.
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Rem Koolhas projectou um edifício à escala da uma Praça, com os arranjos exteriores, acho muito bem, até esta escala o Arquitecto ainda é determinante.
Eu acho que o impacto (muito bem conseguido) na malha urbana foi essencialmente estético, embora se encaixe nas hierarquias típicas de uma cidade:

Edifíco Marcante/Praça

Eu reconheço aos arquitectos uma grande qualidade, a capacidade de organizar o espaço em várias escalas, mas à escala da cidade, as coisas tornam-se de tal forma complexas, que a ingerência de um Urbanista é de capital importância.

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Em relação à Casa da Música, acho que se pode estabelecer uma união entre as várias opiniões se pensarmos que do ponto de vista urbano, a escolha daquele local para a implantação do equipamento terá partido de uma equipa multidisciplinar, concerteza com arquitectos e urbanistas, etc, mas o edifício em si, com a sua relação com o terreno e envolvente, terá sido um acto do Rem Koolhas, possivelmente também com outras "especialidades" por trás...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Concordo plenamente com IIIARQIII. Os arquitecto tendem a planear a cidade com base em critérios de estética.

Limitam em plano a cércea dos edifícios a níveis irrealistas, conforme lhes apetece ou acham bonito, e não em função da procura económica que aqueles locais podem ter a médio prazo, até porque os planos só se realizam muitos nos depois do seu planeamento.
Vejam o Plano de ampliação sobre o mar da cidade de Macau, do Siza... Um desastre!

A Casa da Música não é exemplo: é uma operação simples em que se contracta um "archistar" para reforçar e renovar a imagem e atractividade do segundo grande centro do Porto, bastante descaracterizado.
Ironia do distino para o Autor da célebre frase "f*ck the context", aparecer um projecto para um banco nas traseiras da Casa da Música que ameaçava cortar o grande eixo visual desta peça monumental...

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