Jump to content
Arquitectura.pt


Piodao | Edificio Multifuncional | Eduardo Mascarenhas de Lemos


JVS

Recommended Posts

http-~~-//aldeiafornea.planetaclix.pt/images/piodao2006c.JPG


Este ano, abriu um novo estabelecimento comercial, um bar apetrechado de uma vistosa esplanada e de um Restaurante muito convidativos ao consumo.
Fiquei bem impressionado com a infra-estrutura criada, com o novo espaço, alternativo aos já existentes, e que, sem dúvida, é uma mais valia, para o contínuo crescimento de procura turística que se prevê para esta típica aldeia histórica. Não lhe achei qualquer pecado arquitectónico, mas como bom Pilatos, deixo o julgamento para quem de direito…


in http://aldeiafornea.planetaclix.pt/ferias.htm
Link to comment
Share on other sites

  • Replies 112
  • Created
  • Last Reply

Top Posters In This Topic

Memória Descritiva


Pretende o proprietário construir um edifício destinado a restaurante e bar no terreno (lote) que possui na aldeia do Piódão , freguesia de Piódão, concelho de Arganil , assinalado na planta de localização.

Enquadramento histórico

A aldeia do Piódão, conjuntamente com um alargado grupo de outros lugares ermos serranos, constitui hoje uma memória colectiva de um passado histórico bucólico.
Cidades mortas formalizam-se em museus abertos, públicos, muito apreciados pelas populações que aí se deslocam por umas horas, para visitar o passado.
Sobre o passado destes aglomerados, pouco se sabe. Reminiscências de velhos castros, mais tarde ocupados por mosteiros de culto de eremitério, desenvolveram uma economia baseada na pastorícia que resistiu até ao principio do século XX, data a partir da qual, a maior parte da população emigrou, procurando melhores condições de vida.

Estrutura
Topograficamente alpendrada em socalcos virados a Sul, a aldeia tem uma estrutura labiríntica, de caminhos pedonais, que interligam as casas e o largo principal, Cónego Manuel Fernandes Nogueira, e a Igreja Matriz, com outras duas capelas, assim como com outros equipamentos de caracter comunal, designadamente a fonte, a eira e algum lagar, que o tempo fez desaparecer.

Largo Cónego Manuel Fernandes Nogueira
A formalização deste espaço é bastante recente. Trata-se de um área cuja necessidade advém da utilização de veículos automóveis, e deve ter sido regularizada quando da construção da estrada que dá acesso à aldeia, construída na ultima metade do século XX (anos 60 e 70).
A edificação do grande muro de suporte de terras é uma necessidade da mesma altura, para constituir a plataforma de cota, que suporta o largo.
Existido fotografias anteriores à construção do largo, pode-se constatar que se tratava de um descampado desnivelado, rodeado de construção e limitado por uma linha de água, existente, que servia um lagar/alambique, ainda existente em ruínas, que com a construção do referido muro de suporte, ficou separado fisicamente, da aldeia.
Também é interessante verificar que a actual Igreja, não tinha a visibilidade de hoje, já que era rodeada por construção.
Recentemente foi construído o Posto de Turismo e Junta de Freguesia, assim como ampliado o pequeno Café Restaurante "Solar dos Pachecos", um com uma linguagem vernácula, e o outro de caracter efémero em pré fabricado.

Enquadramento Estético
Coabitam aqui várias épocas construtiva e arquitectonicamente distintas sobre uma base comum, fruto de um certo crescimento económico turístico, da reconversão das habitações, da reconversão de funções, da chamada modernização, adaptação ás novas solicitações do final do século a que eu chamo de contemporaneidade.
Sobre o olhar do leigo, tudo parece na mesma. Já no olhar do residente, é bem clara a mudança.
Uma já longa actividade de projecto leva-me a algumas considerações sobre a filosofia de intervenção, assim como à sua análise estética.
O “pitoresco”, é algo de dificilmente definível. O mais que se pode dizer sobre o Piódão, para além do que aqui já foi dito, é que mantém uma imagem forte sobre o indivíduo urbano. Trata-se de uma descrição inocula do passado, no sentido em que não fere. Parece organizada, é bonitinha, está composta, não envergonha, sobretudo não ofende.
No imaginário beirão, corresponde a um lugar inicial, habitado por uma população saudável e feliz. É o mítico local da avó, ou se houvesse um Peter Pam português, o seu local de residência.
Transmite a ilusão de se viver num ambiente com uma arquitectura genuinamente local, quase vernácula.
O actual modelo mental da aldeia, transposta para o aldeamento turístico, é uma resposta contra a ocupação maciça do território por grandes extensões construídas. É o regresso à partilha da natureza, ao regional, ao português, ao local, algo que não fira a natureza nem ofenda a arquitectura da região. Transmite a ideia de que estamos numa zona em que a arquitectura tem uma ocupação ecológica ou sustentável.
A harmonia do conjunto, sobretudo pela aproximação lenta e seriada de quem se lhe dirige, em confronto com o caos urbano da cidade portuguesa, identifica o homem com o lugar.
A imagem do conjunto sobrepõem-se à arquitectura. Esta é de deplorável qualidade construtiva, não reúne condições de habitabilidade e de conforto, compatível com as actuais exigências dos nossos dias.
Mas nada disso importa ao visitante. Este não entra nas habitações, não sofre o desconforto das patologias construtivas, nem a interioridade da localização.

Conclusão
No entanto é uma aldeia bonita, com futuro turístico e a conservar.
De uma forma geral de fraca qualidade arquitectónica, mantém no entanto uma certa coerência de materiais, formas, revestimentos, cor, etc., que juntamente com a capacidade económica e a vaidade individual de cada proprietário, cristalizou num conjunto que obteve o reconhecimento público de zona típica ou de qualidade de espaços como conjunto.
Intervir no Piódão é intervir na excepcionalidade. E para isso a única regra a ter em conta é a contemporaneidade do pensamento arquitectónico e urbanístico, integrado no contexto das intervenções em malhas históricas.
Pode-se considerar como uma zona turística especial.
Torna-se difícil aplicar a legislação a toda uma área que cresceu sem regras. Aqui cada caso é um caso.

Intervenção
No seguimento do que foi dito, a construção em questão, foi profundamente reflectida em termos de conceitos.
Trata-se de um equipamento de apoio ao turismo.
Tem grande visibilidade em termos de imagem postal da aldeia, mas pouca ou nenhuma importância, vista do seu interior.
O edifício abaixa-se em relação à praça, esconde-se atrás de outros edifícios, e a sua imagem arquitectónica é minimalista.
A linguagem arquitectónica é contemporânea, mas escolhe materiais tradicionais. Assim aplica-se como revestimento principal o xisto.
As cores e os tons escolhidos nos restantes materiais exteriores, são neutros. Só o branco pontual sobressai.
Como toda a obra no momento em que é acabada, tem vida e ressalta. Mas contra esse facto nada se pode fazer. É a própria definição de arquitectura – o dia de festa, numa vida de trabalho.

Proposta:
O programa resume-se a um restaurante bar, com duas esplanadas, que interligam o Largo, com a via pedonal que dá acesso ás piscinas naturais.
No logradouro, separado do edifício existe um pequeno arrumo de vasilhame e um bar de apoio à esplanada.
O edifício desenvolve-se em 3 pisos.
A cércea proposta é inferior à existente confinante com o Largo.
O presente projecto é, como todos os projectos, um compromisso entre as expectativas do proprietário, a opinião que o técnico pensa válida para o local e o normativo que as entidades competentes consideram de estipular para a zona.

Integração, Cércea, volumetria, Alinhamentos e Acesso

Propõe-se um edifício cujo acesso se faz pelo Largo, com uma cércea de cota inferior à cota do Largo, com um pequeno volume de construção, de cota idêntica à do "Solar dos Pachecos", no piso de acesso.
O alinhamento da construção mantém os alinhamento existentes que o cercam, e mantém os afastamentos normais na povoação.
O acesso é feito entre as arvores existentes. O facto de existirem arvores de médio porte acentua a integração do edifício, enquanto novo.
Em termos de linguagem arquitectónica propõe-se uma intervenção actual na forma e nos materiais, recorrendo à utilização dos materiais tradicionais da zona, em termos de revestimento exterior.


http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0125.jpg

Uma vista total do edificio.

http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0118.jpg

O Edicio e respectiva envolvente.

http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0132.jpg

http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0136.jpg

O Interior

http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0135.jpg

http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0148.jpg

http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0149.jpg

http-~~-//i84.photobucket.com/albums/k39/nop57751/Piodao/PICT0150.jpg

Vistas do Interior para o Exterior

As fotografias sao da autoria do arquitecto.

in http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=398036
Link to comment
Share on other sites

Este caso já foi apresentado num noticiário da SIC. Na aldeia segundo me lembro não existiam assim tantas pessoas contra.

pois.. é que nessa zona as oportunidades de crescimento económico não são abundantes e para quem lá vive, esse restaurante foi algo de importante..

Confesso que a inicio me fez confusão, pois contrastava com o velho casario, mas sinceramente faz-me mais confusão as casas brancas de telha vermelha que esse restaurante..
Link to comment
Share on other sites

Sinceramente eu não vejo o porquê de tanta polémica. No mínimo este projecto até pretende afirmar-se de forma segura no local. Não querendo ser protagonista, parte de uma linguagem local para uma formalização contemporânea (com opções que podem ser discutíveis) mas no geral é uma obra que se insere claramente no conjunto e que sem grandes dramas coabita com os edifícios adjacentes. A maior parte das críticas destrutivas que vejo a esta intervenção vêm de gente que não pensou minimamente naquilo que está a criticar e que o faz apenas pela primeira impressão, ora isso tanto dá para um lado como para o outro. Se me vierem perguntar se entre esta intervenção, onde até uma vontade de enquadramento através da utilização da pedra da implantação e volumetria e uma intervenção completamente alheada do local onde tanto dava ser reboco branco ou betão aparente, prefiro claramente uma intervenção deste tipo porque sempre é mais segura e ao fim e ao cabo até nem é nenhuma aberração.

Link to comment
Share on other sites

asimplemind peço desculpa mas não é polémica , eu pura e simplesmente continuo a dizer que é um caso de virtuosismo arquitectónico (bem desenhado) mas para mim arquitectura não é só isso e acho que esta intervenção não se adequa ao local, ainda assim o JAG sugeriu e bem que aquele corpo branco ( despropositado) poderia ser tb em pedra e talvez assim a coisa melhorasse, mas isto é a minha opinião e penso que para além da qualidade do arquitecto, não somos obrigados a aceitar a "coisa" pelo facto.

Link to comment
Share on other sites

marco1: eu entendo perfeitamente, referia-me mais na minha crítica aos comentários no outro blog nem era tanto ao que se tem comentado aqui.. Quanto ao volume branco poder ser melhorado com pedra acho que isso é um pouco trivial porque se fizessem aquele vlume branco com pedra não ia trazer mais nada à obra, o problema está antes no desenho da forma, se se justifica ou não. Mas como disse é uma intervenção que joga pelo lado do seguro e que pretende estabelecer relações pacíficas no local, é credível. Mas tambem discutível! e eram esses aspectos que gostava de ver aqui referenciados e discutidos muito mais do que se o edifício em pedra é que está integrado ou não.

Link to comment
Share on other sites

Subscrevo o que o asimplemind escreveu em cima. Acho que até é saudável a aldeia comunicar com o mundo. Não isolar-se. Se a aldeia queria turistas, é com a polémica e, consequentemente, publicidade que este edifício tem proporcionado que os vai conseguir. ...hehe, "mini" efeito Guggenheim de Bilbao. :) cya l8r

Link to comment
Share on other sites

sejamos coerentes, é sim o volume branco pois na minha sensibilidade arq. , acho que numa intervenção neste local os volumes opacos deveriam ser o mais discretos possivel e enquadrados com os materiais predominantes da envolvente, já aquela parte com envidraçados e estrutura mais escura parece-me mais pacifica e poderia ter sido apenas por ai, não sei se consigo exprimir-me melhor mas tb pretendo ser mais um executante de que um teórico e assim pura e simplesmente não gosto desta intervenção muito precisamente pelo volume branco aqui nesta aldeia pois noutro local com uma envolvente mais diversificada , não tinha nada a dizer de mal.

Link to comment
Share on other sites

Mas podemos ser pragmáticos ao ponto de dizer "ah cortinas de vidro não podem ser, têm de ser janelas como os edifícios adjacentes" e afinal de contas o vidro não choca ninguém por ser transparente e por não ser rebocado a branco... Acho que para criticar vamos partir da ideia global de intervenção e sustentarmo-nos em aspectos de coerência projectual antes de apontar aspectos formais que serão subjectivos. Para mim a opção de rebocar a branco aquele volume que se solta é de certa forma contraditória em termos da aposta na linguagem projectual. No entanto vamos lá ver... Os arquitectos decidiram criar uma espécie de excepção na sua obra, no meio de tanta coerência (com a envolvente) decidiram soltar um grito e evidênciar o edifício perante o aglomerado (é uma opção discutível), rebocaram então de branco, evidência este carácter excepcional e de forma verdadeira demonstra que aquilo que está ali é assumidamente contemporâneo. Revestir isso a pedra só porque é o material das casas ao lado acho que se torna ridículo porque estamos no domínio da decoração, podemos pensar que se trata de uma questão de coerência formal, mas para mim isso poderá ser sim uma falta de coerência que é a de estar a querer dar uma aparência tradicional a algo assumidamente contemporâneo... É discutível. Agora as casas brancas acima, muito antes de terem sido construídas nunca na vida deveriam ter sido aprovadas, por mim até ficavam assim como estão como forma de demonstrar a nossa falta de esperteza e o exemplo que corre por Portugal fora. Por outro lado o correcto seria demoli-las e construir novas casas assentes numa ideia de se integrarem com a envolvente. Prefiro estas opções a irmos agora colar pedras nas paredes só para tornar o postal mais bonito...

Link to comment
Share on other sites

O que eu queria destacar, é que existe muitas formas de fazer uma arquitectura moderna, mas manter uma linha tradicional. Ou seja, pode-se fazer um edifício completamente novo, mas que se enquadra perfeitamente no tradicional da região.

É quase a mesma coisa quando um arquitecto desenha uma casa de campo que se enquadra perfeitamente no local onde esta.

Temos o exemplo da Casa da Cascata, não estraga a natureza.
Também temos o exemplo de diversas Pousadas de Portugal, com por exemplo: http://www.pousadas.pt/historicalhotels/PT/pousadas/Portugal/Alentejo/FlorDaRosa/gallery/florderosaGALLERY.htm
http://www.pousadas.pt/historicalhotels/PT/pousadas/Portugal/Alentejo/DAfonsoII/gallery/dafonsoIIGALLEY.htm
http://www.pousadas.pt/historicalhotels/PT/pousadas/Portugal/Acores/ForteSSebastiao/gallery/fortessebasti%C3%A3oGALLERY.htm

Como já disse e já foi referido, não acho este edifício mau! Ate esta enquadrado... Mas mesmo assim acho que poderia estar mais.

Josué Jacinto - Mais Fácil
My web: maisfacil.com | soimprimir.com | guialojasonline.maisfacil.com

Link to comment
Share on other sites

Continuo a achar que somos um país cheio de gente abrutalhada, somos criticos de tudo e raramento conseguimos ser criticos de nós próprios. Um edificio banalissimo que não choca em nada com a envolvente (conheço a coisa em questão) se for observado à escala do lugar. E no contexto funciona muito bem. Não percebo como se questiona isto e não o verdadeiro esventrar da enconsta a Poente... Isto é o lugar do choradinho, e muito dificilmente se virá a inverter esta tendência. Desapareceu o Sebastião, chorámos. Fomos governados pelos espanhois, chorámos. vem o terramoto, chora-se. vai-se a monarquia, fazemos escandalo, e choramos também. Vem a ditadura e calamo-nos, mas há quem chore por ela... caramba, não tenho pachorra para isto. No país das greves gerais à sexta feira, há ainda muito a aprender ( a 1000 e picos kilómetros para cima há quem faça, numa economia próspera, greves de 11 dias...). E ainda há quem se preocupe com apendices destes ? Por amor de Deus

Link to comment
Share on other sites

Calma Ivo... lol Eu pelo o menos não me estou a queixar de nada e muito menos a "chorar"... Acho muito bem, este tipo de construções em locais como este. Eu simplesmente dei uma opinião. E acho que todos nos devemos opinar sobre as coisas, independentemente de serem ou não importantes. Também acho que uma coisa é ser comentado pelo o publico, como em fóruns ou especialistas na área... outra é ser noticia... mas isso já é outra questão.

Josué Jacinto - Mais Fácil
My web: maisfacil.com | soimprimir.com | guialojasonline.maisfacil.com

Link to comment
Share on other sites

penso que não se pode ver a arquitectura como uma arte estática, ou seja, algo intocável como um quadro que se pendura numa parede qualquer e observa-se de passagem. os lugares são "coisas" vivas, evoluem e mutam-se consoante os tempos, e nesse sentido não me choca esta obra. apesar de a ver como apenas mais uma no panorama contemporâneo, não me parece que choque com a aldeia, pelo contrário, até me parece que lhe atribui um novo carácter, mais virado para o mundo exterior. queriam o quê? que se continuasse a ter uma aldeia à antiga com construções novas à antiga para falsamente podemos contemplar uma ideia de passado?

Link to comment
Share on other sites

realmente Ivo qual choradinho qual quê aqui comenta-se pura e simplesmente o que está postado e dá-se opinião que, pelo facto de não por vezes não ser favorável já não vale? já só estamos a dizer mal só por dizer ? estamos apenas a ser mauzinhos? não me parece , acho que há que ter calma e tentar compreender o que se diz. e repito, para uma zona que acho classificada, não concordo com a opção do volume branco, acho que está bem desenhado mas esta intervenção merecia ter outra sensibilidade e com isto não estou a declarar guerra ao mundo

Link to comment
Share on other sites

realmente Ivo qual choradinho qual quê

aqui comenta-se pura e simplesmente o que está postado e dá-se opinião que, pelo facto de não por vezes não ser favorável já não vale? já só estamos a dizer mal só por dizer ? estamos apenas a ser mauzinhos? não me parece , acho que há que ter calma e tentar compreender o que se diz.

e repito, para uma zona que acho classificada, não concordo com a opção do volume branco, acho que está bem desenhado mas esta intervenção merecia ter outra sensibilidade e com isto não estou a declarar guerra ao mundo


Em piodão, o que não falta são vãos banais e fachadas brancas. O que faz o lugar é o que o caracteriza, e isso está lá na tectónica dos edificios e no que aquilo representa. Seria de uma demagogia brutal considerar que um mero volume com um bocadinho mais de tique de arquitecto poderá desvirtuar a essência do lugar.
E a questão é precisamente a do choradinho. Isto é país onde, por vontade de todos, cheira-me que mesmo de arquitectos e muitos deles bem jovens, o lobby do desenho da casa do imigrante perduraria para os séculos que aí viessem, porque no fundo isso é favorável a toda a gente, é que se torna muito dificil educar o cliente no que à noção estética diz respeito.
Vejo em tantos lugares recortes de arquitectura moderna a serem extraordináriamente bem articulados com a construção local..

E paradoxalmente vejo nascer um Centro Cultural em Sines que não levanta questão nenhuma...

E a questão que o JAG poderia levantar dava-nos pano para mangas, mas pelos vistos não vale a pena entrar por aí.
Link to comment
Share on other sites

Antes de mais, bem vindo Eduardo. Há realmente uma grande diferença entre as duas imagens, a que apresentas e a aldeia actual... Acho que ninguém aqui está contra o crescimento, muito menos a evolução e é de saudar o investimento que apareceu... Como já disse antes, nunca estive em Piodão, apenas a conheço pelas imagens divulgadas, e a minha opinião será sempre muito limitada por esse factor. Realmente o projecto poderia ser diferente, mas como se costuma dizer, se se entregar um projecto a 100 arquitectos, teremos 100 propostas diferentes, e algumas questões que aqui foram levantadas podem-se referir a isso... É certo que aqui foram levantadas hipóteses, mas só quem fez o projecto é que sabe o porquê de todas as opções. Gostava que depois de tudo o que leu/ouviu fizesse você mesmo um avaliação pessoal. Obrigado desde já por se ter juntado a nós para analisarmos o seu projecto. PS: Na imagem mais antiga, e corrija-me se estiver enganado, parecem existir mais contruções rebocadas a branco do que na actual, pelo menos algumas das que já existiam nessa altura parecem ter sido reconvertidas.

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

Link to comment
Share on other sites

Façam lá o favor:

Imagem colocada

Isto resolve o problema de quem já agora?
Eu peço desculpa pela insistência, mas de repente estamos a julgar meramente com base na imagem que um determinado gesto pode, eventualmente proporcionar. Pessoalmente prefiro que a coisa seja sincera e se assuma do que ande ali a brincar a não se sabe bem o quê...

Link to comment
Share on other sites

Please sign in to comment

You will be able to leave a comment after signing in



Sign In Now

×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.