Hernandezz Posted November 22, 2007 Report Share Posted November 22, 2007 Gostava de saber, quem foi o grande impulsionador do conceito de espaço mínimo e quem é neste momento o grande "main-brain" do mesmo!Alguém que me possa ajudar...????:) Link to comment Share on other sites More sharing options...
asimplemind Posted November 22, 2007 Report Share Posted November 22, 2007 nunca ouvi falar desse conceito "espaço mínimo". De onde é que tens essa referência? Link to comment Share on other sites More sharing options...
Dreamer Posted November 22, 2007 Report Share Posted November 22, 2007 Minimalismo?... será... Ou espaços com dimensões mínimas?... Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?... Link to comment Share on other sites More sharing options...
Hernandezz Posted November 23, 2007 Author Report Share Posted November 23, 2007 Caro Dreamer, estou mais interessado em espaços de dimensões mínimas! Arquitectos como Buckminster Fuller, Walter Gropius e mesmo Corbusier debruçaram-se muito acerca deste tema, no entanto gostava de saber se houve alguém que tivesse impulsionado ou mesmo pensádo primeiramente!? Link to comment Share on other sites More sharing options...
3CPO Posted November 23, 2007 Report Share Posted November 23, 2007 Tal como o asimplemind desconheço conceitos de espaço minimo. A meu ver, estas questões surgem no momento em que se precisa de mais espaço em casa. Vejamos os Japoneses, onde existe um aproveitamento máximo de toda a área possível e imaginária... Seria interessante se especificasses melhor a tua dúvida. :) Link to comment Share on other sites More sharing options...
Bruno_Rosa Posted November 23, 2007 Report Share Posted November 23, 2007 Conceito de Espaço Mínimo não existe, e não teve nenhum impulsionador (consequentemente) Link to comment Share on other sites More sharing options...
marco1 Posted November 23, 2007 Report Share Posted November 23, 2007 realmente é uma questão estranha, mas existem normas e manuais com medidas minimas em relação aos espaços e medidas ergonomicas, de qq maneira os japoneses são peritos nessas coisas. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Sputnik Posted November 23, 2007 Report Share Posted November 23, 2007 A discussão sobre o Espaço mínimo existiu e foi bem real. "Existenzminimum", ou algo assim, era como se chamava a investigação levada a cabo pela primeira geração de arquitectos modernos, principalmente alemães e ingleses. Podes ver o Alexander Klein, penso que foi o mais importante, e daí facilmente chegas aos outros. Corbusier era altamente crítico desta modalidade, mas chegou a realizar um projecto de uma casa para operários que consistia num cubo (5 por 5, mais ou menos) cujo 2º piso era cortado na diagonal, abrindo o pé direito duplo sobre a zona de estar - a diagonal como um "truque" para ampliar a percepção do espaço confirma a sua posição crítica sobre o tema. É frequente vermos as propostas de cidade moderna serem opostas à cidade tradicional (blocos soltos num jardim versus ruas e praças) para logo lamentarmos a perda da forma, mas, na verdade, o que a cultura moderna teve de confrontar foi a primeira cidade industrial, já muito depois da cidade tradicional ter sido "engolida" pela cidade "especulativa" de finais de 1800, principios de 1900 (Londres era especialmente dramática). Foi neste contexto, observando a miséria das condições de vida da classe operária, observando as primeiras transformações descontroladas das cidades, que trabalhou a primeira geração moderna (de Tony Garnier a Le Corbusier). Ser arquitecto moderno era ser urbanísta. Arq. tinha um papel social - os materiais baratos, a industrialzação, podiam e deviam ser utilizados ao serviço das populações. Havia uma forte crença no papel social do arquitecto, altamente politizado. Vivenda mínima foi uma inovadora proposta da cultura moderna que teve como pressuposto o príncipio de que seria o Estado, todo poderoso, a intervir na melhoria das condições de vida dos seus cidadãos, e pagar o seu alojamento. Mesmo as áreas mínimas dos projectos conseguem ser melhores que as condições reais em que viviam a primeira e segunda geração de operários. Hoje é altamente criticável a construção sob índices tão baixos porque impossibilita o futuro aproveitamento das casas para o que quer que seja (há uns projectos interessantes na alemanha que unificam diversas "casas" mínimas, chamadas hoffs, numa única casa, mas isto é muito difícil acontecer porque obriga à coordenação entre diversos proprietários...). Sob o ponto de vista da metodologia, Alexander Klein inicia o trabalho medindo tudo o que existe (o "neufert" surgiu depois). Começa por conformar o espaço menor da casa: a retrete, colocada sempre adjacente à entrada, com ventilação directa; este elemento mínimo é o módulo para toda a casa; a organização é uma que dispensa espaços de circulação, contudo os espaços estão devidamente hierarquizados. Tb investiga diversas possibilidades de "flexibilizar" o uso da casa, com espaços de uso ocasional que poderiam "desaparecer" em determinadas alturas, etc. E é isso. Boa sorte Link to comment Share on other sites More sharing options...
Clive Sinclair Posted November 23, 2007 Report Share Posted November 23, 2007 Conceito de Espaço Mínimo não existe, e não teve nenhum impulsionador (consequentemente) Dizes tu... Assim de repente só me lembro dos estudos do Gropius Link to comment Share on other sites More sharing options...
zero Posted November 23, 2007 Report Share Posted November 23, 2007 A discussão sobre o Espaço mínimo existiu e foi bem real. "Existenzminimum", ou algo assim, era como se chamava a investigação levada a cabo pela primeira geração de arquitectos modernos, principalmente alemães e ingleses. Exacto, nas monografias do Siza da Blau, a crítica aos edíficios de habitação, especialmente no âmbito do programa SAAL referem este conceito. Não tenho aqui o livro, mas posso entretanto pesquisar na bibliografia se há mais alguma coisa. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Hernandezz Posted November 24, 2007 Author Report Share Posted November 24, 2007 Sim...estou bastante agradado com a tua ajuda!!!! Na realidade este "conceito" começou a ser gerado, logo após a I Guerra Mundial, pois o aproveitamento das industrias metalurgicas, era consequentemente mal utilizado para armas e instrumentos de guerra. Assim, vários arquitectos começaram a gerar abrigos, refúgios e arquitectura portátil e efémera, onde esse aproveitamento pudesse ser feito, mas de uma forma mais consistente e sem o intuito de guerrilha, ou o prolongar das mesmas...(o que não se veio a suceder infelizmente!!). Já tinha pesquisado pelo EXISTENZMINIMUM e encontrei coisas que me interessavam. Uma referência para este tipo de arquitectura é por exemplo Buckminster Fuller e mesmo Walter Gropius. Ficava muito agradecido por qualquer bibliografia que me fosse recomendada. Muito obrigado por tudo. Na esperança de também despertar em vós este "conceito", com os melhores cumprimentos, Hernandezz ...para além dos nomes que relatei, existe um que surpreendentemente também fez esse estudo, mas já em Portugal!!!Foi Nuno Portas com o livro “Funções e Exigências das Áreas de Habitação”, Lisboa. LNEC 1964. Cumprimentos. Link to comment Share on other sites More sharing options...
zero Posted November 24, 2007 Report Share Posted November 24, 2007 Eu tenho esse livro!Até se arranja na FNAC. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Arq.to Posted November 25, 2007 Report Share Posted November 25, 2007 Hernandezz aqui fica um artigo publicado pelo BLDBLOG ontem, espero que ajude:http://www.arquitectura.pt/forum/f27/bldgblog-mobile-minimalism-8732.html Arquitectura, Arquitetura, Construção, Engenharia e outros Espaço de Arquitetura Link to comment Share on other sites More sharing options...
Sputnik Posted November 25, 2007 Report Share Posted November 25, 2007 Então aqui vai: Klein, Alexander - vivienda mínima: 1906 - 1917. Barcelona: editorial GG, 1980 Idem - Das Einfamilienhaus, 1934. Outros arquitectos que se dedicaram à reacionalização da vivenda mínima: Wagner-Speyer, em Berlim M. Brinkmann e van Hardenveld, na Holanda No II Congresso Internacional de Arquitectura Moderna, frankfurt, 1929, Ernast May apresentou diversos estudos de vivendas mínimas. O B. Fuller tem, de facto, diversos projectos que podemos considerar "mínimos", para situações de emergencia, excepcionais, exprimentalistas, etc, contudo a sua polémica tem muito mais a ver com o uso da tecnologia do que com a resolução dos problemas da classe operária. Abraço Link to comment Share on other sites More sharing options...
Clive Sinclair Posted November 25, 2007 Report Share Posted November 25, 2007 O B. Fuller tem, de facto, diversos projectos que podemos considerar "mínimos", para situações de emergencia, excepcionais, exprimentalistas, etc, contudo a sua polémica tem muito mais a ver com o uso da tecnologia do que com a resolução dos problemas da classe operária. Realmente não estava a associar Fuller "o visionário" com Gropius "o pragmatico"... Link to comment Share on other sites More sharing options...
Hernandezz Posted November 25, 2007 Author Report Share Posted November 25, 2007 Muito obrigado pela ajuda...acho que assim já consigo pelo menos "balizar" um pouco a minha pesquisa! Obrigado mais uma vez... :) Link to comment Share on other sites More sharing options...
Sputnik Posted November 26, 2007 Report Share Posted November 26, 2007 Ah, a pequena cabana em Cap Martin (?), onde Le Corbusier terminou os seus dias. Curioso que tenha projectado para si próprio esta unidade mínima... Link to comment Share on other sites More sharing options...
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