3CPO Posted October 20, 2007 Report Share Posted October 20, 2007 Edifício De Habitação Colectiva Aj99 _ FunchalAbstracto, furtivo e cívico - Texto escrito num golpe de memória sobre uma visita breve A expansão urbana e a construção não planeadas afectam o território de uma forma amplamente negativa. A destruição em larga escala da leitura do território natural, que não chega a ser substituída por uma ordem construída reconhecível, não só desqualifica objectivamente o meio ambiente, como empobrece a possível relação entre o homem e o seu próprio habitat. Esta ausência de planeamento, a par com a imposição de planeamentos medíocres, ou vazios de ideias, constroem infelizmente a maioria dos nossos novos territórios urbanizados. Nesses contextos, uma arquitectura de qualidade deve ajudar, embora operando numa escala distinta, a solucionar, ou pelo menos a minorar, o impacto negativo inerente a essa génese inquinada. O interesse destas experiências é que transportam para a arquitectura um sentido de serviço, de grande exigência e total comprometimento com a realidade. A arquitectura é, desta forma, compelida a actuar não no contexto ideal, nem com o programa ideal, mas sim inserida nessa continuidade concreta, onde pode, e deve, fazer a diferença. O edifício AJ.99, de Paulo David, é um exemplo rigoroso de inserção; não porque se relacione com o contexto ou lhe dê continuidade, mas porque perante ele assume uma posição critica. Essa posição não se reflecte propriamente na estrutura espacial, que corresponde a um banal programa de apartamentos esquerdos e direitos sobrepostos em pisos sucessivos, embora estes sejam obviamente resolvidos de forma exímia, com um desenho coerente e exemplar. Essa crítica é fundamentalmente veiculada pelo papel urbano do edifício, através de uma imagem abstracta e de uma presença furtiva. A imagem do edifício assume-se como uma critica à escala atingida pelo somatório dos diferentes caprichos que grassam na sua envolvente e, em simultâneo, propõe um “buraco negro”, cuja temperatura nos transporta para um imaginário mais próximo da natureza anterior do sítio. Rigoroso, elaborado com elementos reconhecíveis na arquitectura contemporânea, sem excessos formais ou construtivos, o projecto resolve o problema como um todo, numa verdadeira lição cívica e profissional.Manuel Aires MateusArquitectura: Paulo DavidColaboração: Luz Ramalho, Patrícia Faria, Raquel Viúla, Carlos Aguiar, Jorge GilEstruturas: PsicivilConstrutoras: D.D.C. Construtora Imobiliária; Colinas no Charco Construtora Imobiliária; Soares da Costa Fotografia: FG+SG Fotografia de arquitectura © Fonte: EuropaConcorsi Link to comment Share on other sites More sharing options...
3CPO Posted October 20, 2007 Author Report Share Posted October 20, 2007 Desenhos Técnicos Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gadjet Posted October 31, 2007 Report Share Posted October 31, 2007 Olá, tive a oportunidade de visitar este edificio ainda na sua fase de construção, e permitam-me que diga, que dentro do contexto de Edificio de Habitação Colectiva, este veio marcar a diferença para os demais existentes na ilha da Madeira, pelos materiais empregues e obviamente pela sua arquitectura. É de saudar a introdução de conceitos inovadores em edificios deste género, ainda para mais numa ilha como a Madeira que de há uns anos para cá tem vindo a acompanhar a evolução da arquitectura quer a nivel nacional quer internacional.:clap: Link to comment Share on other sites More sharing options...
ricardo Posted November 1, 2007 Report Share Posted November 1, 2007 muito engraçado e ver que o s prédios á volta estão vendidos e esses têm muitos para venda...não consigo perceber mas tudo bem.... dá para ver o numero de apartamentos vendidos pelos vasos de plantas nas varandas:D Link to comment Share on other sites More sharing options...
Delly Posted November 1, 2007 Report Share Posted November 1, 2007 Que grande controlo geométrico Link to comment Share on other sites More sharing options...
JAG Posted November 6, 2007 Report Share Posted November 6, 2007 Tem um "ar" muito simples, moderno e inovador. Se todos os novos prédios tivessem este estilo e qualidade... upa upa... Josué Jacinto - Mais FácilMy web: maisfacil.com | soimprimir.com | guialojasonline.maisfacil.com Link to comment Share on other sites More sharing options...
taniar Posted December 15, 2007 Report Share Posted December 15, 2007 Pelas aberrações que tenho visto aqui na ilha e que se denominam penthouses, finalmente vi algo que faça juz ao termo, ocupando o topo do edificio. Sim, pq para quem não sabe um duplex com sotão não é uma penthouse!!! Parabéns!!!!! :icon14: Link to comment Share on other sites More sharing options...
JVS Posted December 16, 2007 Report Share Posted December 16, 2007 O Sexto Piso nao cativa muito. Para ir para os quartos preciso de passar pela sala. Nao obrigado. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Portix Posted October 5, 2010 Report Share Posted October 5, 2010 qual foi feito primeiro? este ou o edificio do adalberto dias n porto?? é que acho-os iguais Link to comment Share on other sites More sharing options...
joaopedrosilva Posted October 5, 2010 Report Share Posted October 5, 2010 a sério?... tens de os estudar melhor meu caro... não são sequer parecidos em absolutamente nada. Link to comment Share on other sites More sharing options...
onil Posted October 5, 2010 Report Share Posted October 5, 2010 Conheço um "artista" que ia logo catar minudências e propunha chumbo por o QB dar directamente para um espaço não fechado relativamente à sala. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Miguel CJ Posted October 21, 2010 Report Share Posted October 21, 2010 Podem me explicar o porquê de duas casas de banho no wall de entrada? Penso que uma servia bem o espaço. Link to comment Share on other sites More sharing options...
rodrigouz Posted December 6, 2010 Report Share Posted December 6, 2010 Não acho nada de especial este projecto...O Paulo David já fez melhor... este e uma moradia que projectou recentemente são as obras mais "pobrezinhas". Dá a sensação que está desenquadrado com a envolvente, ou melhor, a envolvente torna-o ainda mais insignificante Link to comment Share on other sites More sharing options...
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