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Ordem Dos Arquitectos - Processo Eleitoral Mandato 2008/2010


JVS

Em quem vai votar para as Eleicoes da Ordem dos Arquitectos?  

35 members have voted

  1. 1. Em quem vai votar para as Eleicoes da Ordem dos Arquitectos?

    • Lista A > Todos pela Arquitectura - João Rodeia
      9
    • Lista B > Por uma Ordem de valores - Luís Conceição
      26


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Ainda relativamente à revisão do Dec. 73/73, permitam-me os seguintes comentários:
1. Relativamente à questão dos projectos dos edifícios com menos de 400 m2 (entre outros) poderem ser elaborados por outros técnicos que não os Arquitectos, perece-me que esse artigo já foi retirado da última versão proposta (que julgo ser a Proposta de Lei n.º 116/X).
2. Não obstante, todas as outras preocupações suscitadas pela colega parecem‑me, mais do que prementes, serem partilhadas, em maior ou menor grau, não só por ambas as listas (também estive em Coimbra), mas, aparentemente, pela Ordem, a qual, através do seu Conselho Directivo Nacional, emitiu um Comunicado datado de 23 de Abril do corrente ano, o qual critica a referida Proposta de Lei, e do qual me vou permitir transcrever o seguinte excerto (o documento é público, encontrando-se patente no site da OA):
«(…) algumas formulações da proposta do governo remetem os arquitectos para um tratamento de inferioridade relativamente aos restantes técnicos (…) Esta visão restritiva e desconfiada do papel dos Arquitectos é agravada pela confusa definição de projecto e autor de projecto, criando-se uma distinção entre “projectos de edifícios” e “projectos de outras obras” para confinar a intervenção dos arquitectos aos projectos dos edifícios. É uma proposta incompreensível e totalmente alheia ao normativo comunitário e nacional sobre a arquitectura e o papel dos arquitectos. Seria ridículo que os arquitectos mal pudessem, ou deixassem de poder, desenhar praças, ruas, áreas de lazer, frentes de mar, ambientes urbanos, espaços públicos… Mas seria esse o resultado da manutenção da actual redacção da proposta de lei.» (sublinhado e negrito meus).
3. Para tal, basta ler a proposta de Preâmbulo da mesma, no qual está bem explícito que o campo de actuação desta Proposta de Lei abrange, na sua esfera de aplicação, «(…) a qualificação dos técnicos (…) quer na esfera privada das operações urbanísticas, quer na esfera da contratação pública (…)», sendo que, se lermos o Artigo 10.º referente aos Projectos de Edifícios, o seu n.º 2 afirma que «Os projectos de arquitectura de edifícios devem ser elaborados por arquitectos, podendo esses projectos abranger os espaços exteriores quando sejam complementares aos edifícios ou lhes sirvam de logradouro, não se destinem a utilização autónoma e a sua dimensão possa ser integrada (…) no projecto de arquitectura.», sendo que, por sua vez, os projectos elaborados por arquitectos paisagistas «(…) não incluem ou dispensam outros projectos necessários à caracterização dos elementos edificativos previstos nos projectos de espaços exteriores.» (n.º 5). (?)
Lendo, em seguida, o Art. 11.º, temos os “Projectos de outras obras”, os quais não são tão genéricos como nos querem fazer pensar: basta olhar para a definição de obra (Art. 3.º) e para proposta de preâmbulo, onde está bem escrito: incluem operações urbanísticas. E quem faz todos os Projectos de outras obras de acordo com esta proposta de Lei? «(…) devem ser elaborados (…) por engenheiros, engenheiros técnicos e arquitectos paisagistas (…)» Mais à frente: «Os projectos de arquitectura, relativamente às obras previstas no número anterior, podem (e não devem) ser elaborados por arquitectos, (…)». Ou seja, acabo de me aperceber que nem a elaboração do Projecto de Arquitectura por Arquitectos está salvaguardada. A única coisa com que ficamos, com toda a certeza, é com a exclusividade do Projecto de Arquitectura de edifícios? Mas então e os elementos edificativos dos espaços exteriores aos edifícios que façam parte do enquadramento, por ex., de um corpo edificado principal?
4. Art. 12.º, n.º 1: «Podem ainda ser elaboradas por arquitectos de interiores e designers de ambiente (…) as peças escritas e desenhadas de arquitectura respeitantes a obras de alteração no interior dos edifícios, sujeitas a comunicação prévia». N.º 3: «Podem também ser elaboradas por agentes técnicos de arquitectura e engenharia as peças escritas e desenhadas respeitantes a obras sujeitas a comunicação prévia (…)». – A expressão agentes técnicos de arquitectura e engenharia deve ser substituída por: construtores civis (não convém induzir em erro os particulares e n. potenciais clientes)…
5. Art. 14.º - Director de obra – remete para a Portaria n.º 16/2004 - onde estão os Arquitectos?
6. …

Concluindo (e muito mais haveria a dizer): perante tudo isto, também eu considero que, antes de termos andado com esta discussão toda à volta da revisão deste Decreto, devíamos era ter, primeiro que tudo, feito prevalecer os Estatutos da Ordem, figura juridicamente superior (Decreto-Lei), designadamente o seu artigo 42.º, exigindo a imediata revogação, implícita nos n. Estatutos, dos artigos do Dec. 73/73 que contrariassem os mesmos; e daqui ter, então, partido para uma discussão fortalecidos. – Sobre este assunto, vide:
http://www.porumaordemdevalores.net/arquitectosaordemparaque.pdf

Lista B!
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Gostava só de deixar aqui a seguinte informação:

"Esta terça-feira, 21h
Candidatos debatem programas em Lisboa
Os candidatos à presidência do Conselho Directivo Regional do Sul vão marcar presença na sede da Ordem para um debate sobre os programas eleitorais.
Leonor Cintra Gomes, que encabeça a lista A, e Nuno Malheiro, candidato à presidência pela lista B, são duas das presenças num debate entre as listas candidatas (terça-feira, 16 de Outubro, 21h, no auditório da sede da Ordem dos Arquitectos).
Prevê-se que ambos os candidatos apresentem os programas e equipas para o mandato 2008/2010 e prestem todos os esclarecimentos que a plateia solicitar.
Embora o debate se centre nos programas para a Secção Regional Sul, os candidatos que encabeçam as listas para o Conselho Directivo Nacional, João Rodeia e Luís Conceição, vão estar, também, presentes.
16 Outubro
21h

Auditório da sede da Ordem dos Arquitectos
Travessa do Carvalho, 21-25
Tel. 213 241 140-5"

fonte: http://www.oasrs.org/conteudo/agenda/noticias-detalhe.asp?noticia=883

P.S.: Presumo que seja só para arquitectos, não me devem deixar entrar :p ... tava a pensar ficar no cafézito da Ordem a coscuvilhar o que por lá se vai falar. Se alguém se quiser juntar, eu pago o café :D

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Quanto ao 73/73, e tendo em conta que o Pedro Barradas defende tão fervorosamente que devemos todos ter uma visão mais alargada do Mundo, deixo só aqui alguma últimas considerações: 1. Quanto à "solução de compromisso" que esta revisão do decreto apresenta: a Ordem é um organismo corporativo criado para defender os direitos e deveres dos arquitectos, não para abrir mão desses mesmos deveres para classes que não têm competência para tal. Os arquitectos têm como direito fazer projectos de arquitectura e desenho urbano, os paisagistas têm como direito fazer projectos de parques e jardins, os engenheiros têm como direito fazer engenharia. E mais nada! Os construtores civis não têm, nem podem ser autorizados a assinar projectos de arquitectura, e muito menos assiná-los enquanto Agentes técnicos de Arquitectura e Engenharia quando existe um acórdão do Supremo Tirbunal que exige que eles se apresentem como construtores civis. O que eu acho espantoso é que a Ordem tenha aceite este projecto de decreto que vai contra os seus estatutos e retira competências básicas aos arquitectos, nomeadamente no que à coordenação e ao desenho urbano diz respeito (desde quando é que um paisagista tem formação para fazer planos de pormenor? Ou um engenheiro agrónomo?). O seu a cada um. 2. Não entendo como é que a direcção cessante da Ordem lança esse comunicado depois de ter participado na revisão do decreto. O que se passou? Não foram às reuniões? Não se aperceberam do que estava a contecer? Abriram mão de uma série de direitos que, segundo o estatuto da Ordem são, e muito bem, inalienáveis à condição de arquitecto e depois queixam-se? 3. Eu não sei se a Lista B é boa ou não, mas como é que é possível que a Lista A, que é em parte composta por pessoas que já estavam nos órgãos directivos da Ordem, e que se afirmou como um movimento de continuidade relativamente À direcção anterior vir agora defender que estão preocupados com a revisão? Não foram tembém às reuniões da revisão do decreto? Não leram o que lhes apresentaram antes de assinarem? É que esta revisão foi acompanhada pela Ordem... E quanto às minhas outras dúvidas? A trienal, os estagiários, o acesso à ordem, o Inquérito, quais são as posições das duas listas?

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Mas, na revisão do 73/73, os ATAE e afins... não vão poder assinar projectos de Arquitectura e/ ou Especialidades... Os planos não são só desenho urbano... muitas vezes de desenho urbano nada têm... A coordenação pode ser efectuada por outro técnico, com competências, experiência demonstrada, desde quando um ARQUITECTO , tem formação de base para coordenar um Plano de gestão territorial?!? Tal não se coloca a m Urbanista, um Arquitecto de planeamento de gestão territorial, etc....

Quem cria renasce todos os dias...
Agua-Mestra, Lda
Não sou perfeito, mas sou muito critico...

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Mas, na revisão do 73/73, os ATAE e afins... não vão poder assinar projectos de Arquitectura e/ ou Especialidades...

Os planos não são só desenho urbano... muitas vezes de desenho urbano nada têm... A coordenação pode ser efectuada por outro técnico, com competências, experiência demonstrada, desde quando um ARQUITECTO , tem formação de base para coordenar um Plano de gestão territorial?!?
Tal não se coloca a m Urbanista, um Arquitecto de planeamento de gestão territorial, etc....


Epá, tem piada, mas lá na minha terra os únicos cursos que têm preparação específica em urbanismo e planeamento urbano do ponto de vista do desenho e da montagem de estratégias de desenvolvimento territorial são os de Arquitectura, mas eu devo ser de um sítio diferente que o Pedro, que defende os pontos 1 do artigo 11º da proposta de revisão do 73/73 que afirma, e parafraseando:

1. Os projectos de outras obras não previstas no artigo anterior (os que não são de edifícios, espaços exteriores, estruturas e restantes engenharias) devem ser elaborados, em equipa de project, por engenheiros, engenheiros técnicos e arquitectos paisagistas, com epsecialização adqueada à natureza do projecto em causa, sem prejuízo de outros técnicos a quem seja reconhecida, por eli especial, habilitação para elaborar o projecto.

Isto foi mesmo uma simpatia da Ordem dos Arquitectos, deixar que um loteamento ou os Planos de Pormenor sejam feitos por engenheiros e paisagistas, e, se calhar, porventura, com alguma sorte, com a participação de um arquitecto na equipa.
Num mercado saturado, em que há ateliers de gente experiente a fechar por falta de trabalho e jovens arquitectos que não conseguem ter uma carreira, o melhor é mesmo oferecer os nossos campos de acção a outras áreas que para isso não têm competências.
Pode ser que a Virgem de Fátima ao ver a bondade dos arquitectos faça o milagre da multiplicação dos projectos como recompensa.
Isto é que foi a defesa dos interesses dos arquitectos que a Ordem teve? É isto que a Lista A defende? É que a lista B, pelo site e publicidade já foi bastante contundente a dizer que isto não pode ser.

Quanto aos ATAE, bem, lá lhes deu também a Ordem um período de cinco anos a contar da publicação da legislação (não sei se prorrogável ou não por mais cinco anos) para irem fazendo arquitectura à vontade.
Nós no fundo somos é uns tipos porreiros que gostamos de de ajudar toda a gente, até a dar-lhes trabalho na nossa área.
Sim, devia existir um período de transição, mas tendo em conta que o Estatuto da Ordem, equivalente a decreto-lei ou lei (não me lembro) e a directivas europeias afirmam (há pelo menos 20 anos) que só os arquitectos podem fazer arquitectura, é uma aberração que estes casos ainda sejam contemplados.
Estas eleições são mais de que uma mera contagem de votos: a próxima direcção terá de levar a cabo o que restará das negociações desta revisão, e, se possível, limpar a borrada feita pela última direcção neste campo.
Não só é preciso e urgente que as pessoas votem, para que a direcção eleita tenha maior peso político, como é preciso que os eleitores digam de sua justiça que caminho querem seguir.

Quanto à Trienal, afinal aquilo é de quem? Da Ordem? Mas então a Lista A diz que só vai ajudar a organizar. Ajudar como? Dinheiro? Logística? A Trienal deu lucro? Foi vista por muita gente? Quantos eram arquitectos?

O Inquérito vai-se manter nos mesmos moldes para obras no estrangeiro? Nome do autor e data? Nem um pingo de análise crítica? E as restantes obras em Portugal que não foram inventariadas?

Os estagiários vão continuar a servir de mão-de-obra grátis para ateliers que não se conseguem manter sem eles? Ou a fazer de maquettistas e rapazes de fotocópias e cafés?

O sistema de acesso à Ordem vai ser revisto como? Facilitando ainda mais a entrada de pessoas cujos cursos são mal estruturados e com corpos docentes sem qualificações?

A situação é grave, toda a gente o afirma, da Lista A, com excepção do Pedro, (e apesar de já terem estado na direcção cessante que levou a esta situação) à Lista B, mas convinha que ambas as listas esclarecessem bem estes pontos e muito mais.

Votem, gente. É necessário e muito importante. Nem que seja em branco.
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Não há resposta de nehuma das listas? Nem sua, Pedro? Parece que é o único representante de uma das listas a passar por aqui, e dar o desconto com reticências em vez de responder não é bom para ninguém, nem para si, que parece que não está para se dar ao trabalho de defender os seus, nem para quem tem dúvidas porque fica menos esclarecido. Já votaram por correio?

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... tenho sempre muitas reticências... não sou politico... Não tenho mais nada a defender... Porque é que a FADADOLAR não se mobilizou para apresentar uma Lista ALTERNATIVA... PS: Não se pode ter tudo... não se pode concordar com tudo... uns são melhores nuns pontos, outros noutros... cabe aos MEMBROS da Ordem dos Arquitectos decidir.

Quem cria renasce todos os dias...
Agua-Mestra, Lda
Não sou perfeito, mas sou muito critico...

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Hoje, pelas 18:40, vai haver um debate na Rádio Clube entre o Luís Conceição e o João Rodeia.
Frequências:
Lx - 104.3
Porto - 90.0
Coimbra - 98.4
Faro - 106.1
(P/outras frequências, é favor consultar o site da Rádio Clube).
Rute



Perdi.

Afinal as eleicoes sao amanha??? Li no Meia Hora e fiquei assustado...

CANDIDATURAS MANDATO 2008/2010
14-10-2007
As listas e respectivos programas estão afixados nas sedes da Ordem desde 21 de Setembro último.
No acto eleitoral do próximo dia 18 de Outubro os membros da Ordem votarão os órgãos nacionais e os órgãos regionais para o mandato 2008/2010. A Norte realizam-se, na mesma data, as eleições para os Núcleos de Aveiro, Braga e Coimbra.


Afinal era engano.
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Caro Pedro, eu até me mobilizava, mas como afirmei no meu primeiro post, nem sequer votar posso.
Não que não quisesse, mas não posso.
Isso não me impede, no entanto de me preocupar e muito com as questões à volta da minha profissão, sobretudo quando o que está em causa é o retirar de competências, ou melhor, distribuir competências que deviam ser exclusivas dos arquitectos (o urbanismo é da exclusiva competência dos arquitectos, não dos paisagistas, não dos engenheiros e muito menos dos engenheiros técnicos).
Para afirmar tal coisa, baseio-me no Estatuto da Ordem dos Arquitectos, que tem o valor de lei ou decreto-lei, continuo sem me lembrar:

Artigo 42º - Exercício da profissão
1. Só os arquitectos inscritos na Ordem podem, no território nacional, usar o título profissional de arquitecto e praticar os actos próprios da profissão.
2. Para efeitos de inscrição na Ordem devem os arquitectos demonstrar possuir as capacidades e os conhecimentos descritos no artigo 3º da Directiva nº 85/384/CEE, do Conselho, e respectivo diploma de transposição.
3. Os actos próprios da profissão de arquitecto consubstanciam-se em estudos, projectos, planos e actividades de consultadoria, gestão e direcção de obras, planificação, coordenação e avaliação, reportadas ao domínio da arquitectura, o qual abrange a edificação, o urbanismo, a concepção e desenho do quadro espacial da vida da população, visando a integração harmoniosa das actividades humanas no território, a valorização do património construído e do ambiente.
4. A intervenção do arquitecto é obrigatória na elaboração ou avaliação dos projectos e planos no domínio da arquitectura.


Acho piada é que a Ordem não tenha sequer tentado fazer valer este ponto e o tenha dado ao desbarato.
As soluções de compromisso são boas, mas nunca, jamais, em tempo algum, pode uma ordem abrir mão do âmbito das competências dos seus membros para outros partidos.
Chama-se a isso defender os direitos e deveres de uma classe profissional, Pedro.
Foi para isso que foram eleitos.

Quanto às eleições, o que a Lista B pensa disto eu já sei, já o afirmaram publicamente, acham que foi um erro tremendo, já a Lista A, tendo em conta que eram em parte os que lá andavam quando foi apresentada esta proposta, não sei o que defendem ao certo.

Eu acredito que tenha muitas reticências, todos temos, aliás, tem tantas que é provavelmente o único membro da Ordem dos Arquitectos que acredita veementemente que não só os arquitectos não têm competência para fazer planeamento, como o deviam deixar aos urbanistas (que cá em Portugal são arquitectos), aos paisagistas e aos engenheiros.
Agora olhe, aguentemo-nos à bronca e que, ganhe quem ganhar, consiga ainda dar a volta à asneira.

Houve hoje um debate no Rádio Clube Português, não sei se dá para ouvir uma retransmissão ou podcast pela net, mas foi no programa apresentado pela Ana Sousa Dias.
Vou ver se consigo ouvir, já que não apanhei a tempo.

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Não fala em exclusividade, fala de competências... urbanismo não é competência exclusiva do Arquitecto.

Se calhar sou... mas já falei com colegas Arquitectos e Arquitectos "urbanistas", não vêm motivo para a exclusividade, aliás nunca é exclusivo, o URBANISMO é pluridisciplinar, particpam muitas disciplinas.. tanto que não deve haver um Autor, existe um coléctivo autor.

Esta a confundir as coisas...
Acho eu de Q.

As posições foram defendidas... o compromisso possível, foi o q está em cima da mesa.

Quem cria renasce todos os dias...
Agua-Mestra, Lda
Não sou perfeito, mas sou muito critico...

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Pedro, Pedro, Pedro, Pedro....
Estamos a falar de coisas diferentes.
É certo que o urbanismo é uma área pluridisciplinar, mas só existem em Portugal duas classes com preparação específica para tratar os problemas do território: os arquitectos e os geógrafos, só que estes últimos tratam o território do ponto de vista da análise, não da proposição, e falta-lhes competência ao nível do desenho.
Ninguém está a defender que um plano tenha de ser feito somente por arquitectos, o que aliás, não é possível nem faz sentido (não sei se alguma vez fez planeamento na vida, mas para dividir os arquitectos entre “arquitectos” e “arquitectos urbanistas” aposto que não).
Obviamente que alguém tem de fazer projectos de infraestruturas ou espaços públicos num plano (estou a falar à micro-escala), ou analisar o desenvolvimento infra-estrutural e ecológico (à macro-escala) e não são os arquitectos com certeza, mas a coordenação tem de ser feita por alguém que saiba ler o território: os arquitectos (é que não sei se sabe, mas os paisagistas não sabem fazer nem isso nem enquadramento urbano, por muito que jurem a pés juntos que sim, e os engenheiros também não) e a presença de arquitectos devia ser obrigatória na elaboração de qualquer plano.
O problema não está na pluridisciplinaridade das equipas, está naquilo que a Ordem aprovou como proposta de revisão do 73/73: que haja planos que sejam feitos sem terem um arquitecto na equipa (já nem digo enquanto coordenador, que era o lugar deles).
Se isto for para a frente, o Pedro passa a ter loteamentos, Planos de Pormenor, PDM ou quaisquer outros feitos por equipas compostas por paisagistas (que, lá está, só têm preparação para desenhar espaços públicos, praças, jardins, parques,coisas do género), engenheiros técnicos e engenheiros, sem qualquer recurso a um arquitecto.
Já os arquitectos, se quiserem fazer um plano vão ter de, obrigatoriamente constituir equipas com essas três classes.
Isto para si faz sentido, mas não faz nem para o candidato da sua lista, nem para o da Lista B, nem para o Estatuto da Ordem dos Arquitectos, nem para a legislação europeia, nem para a restante classe, nem para a direcção da Ordem da qual faz parte:

Esta visão restritiva e desconfiada do papel dos arquitectos é agravada pela confusa definição de projecto e autor de projecto, criando-se uma distinção entre “projectos de edifícios” e “projectos de outras obras” para confinar a intervenção dos arquitectos aos projectos de edifícios. É uma proposta incompreensível e totalmente alheia ao normativo comunitário e nacional sobre a arquitectura e o papel dos arquitectos. Seria ridículo que os arquitectos mal pudessem, ou deixassem mesmo de poder, desenhar praças, ruas, áreas de lazer, frentes de mar, ambientes urbanos, espaços públicos…Mas seria esse o resultado da manutenção da actual redacção da proposta de lei.

Só me pergunto se andaram a dormir nas reuniões com as outras ordens profissionais para terem deixado isto passar, e um dia, esfregaram os olhos, acordaram e disseram: "Epá, fizemos asneira, esta proposta que também é nossa não é nada favorável aos arquitectos. Vamos lá escrever um comunicado em tom de indignação e fingir que não tivemos nada a ver com estas decisões".

Como já disse atrás, cada macaco no seu galho: os arquitectos fazem arquitectura e urbanismo, os paisagistas tratam da paisagem e os engenheiros das engenharias, mesmo que aplicadas a um plano, mas a coordenação tem de pertencer a alguém que consiga interpretar o território e montar a sua estatégia, e adivinhe lá quem, em Portugal, é formado para isso? Os arquitectos.....

O melhor é abrir um thread sobre este tema do 73/73, já que este era sobre as eleições.
Alguém ouviu o debate? Ninguém quer dar a sua opinião?Sabem onde é possível ouvi-lo? Não fui a tempo.
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Eu fui ao debate na Ordem, embora não possa votar, pareceu-me uma boa oportunidade de perceber o nível de sinceridade dos candidatos à Secção Regional Sul, coisa que é mais fácil de ler nas caras do que em textos. Cheguei à conclusão que a maioria dos membros da lista A, que estão ainda no activo neste mandato, só acordaram agora para a vida. É preciso haver eleições para se começarem a mexer. Estavam cerca de 30 pessoas, apenas duas eram arquitectos não pertencentes a nenhuma das listas... e eu, que como mero estudante não posso votar. Mas isso não impediu de ser um debate muito interessante e revelador. A lista A foi preparada para um debate político enquanto que a lista B preferiu a discussão de soluções para os problemas actuais da classe profissional, demonstrando uma grande segurança na sua intenção resolver os problemas de um modo pro-activo, antecipando-os e prevenindo-os. Algo que achei interessante foi uma questão levantada pelo Arq. Ricardo Aboim Inglez (da lista A) onde, apoiado por um dossier com decretos-lei, afirmava que a Ordem não pode fazer nada relativamente aos estágios não-remunerados, "...não podemos ir contra a lei...". No entanto, um dos objectivos dessa lista é a de elaborar uma tabela de honorários de referência, onde já demonstram alguma criatividade para rodear a lei. Noto aqui alguma incoerência, se há criatividade para uma coisa também deveria haver para a outra, pelo menos a vontade. Agradou-me ouvir a preocupação do Arq. Nuno Malheiro (lista B )no que diz respeito às despesas internas da SRS, demonstrando a sua intenção (caso seja eleito) de não estar interessado em receber nenhum sub-vencimento, senhas de presença ou seja o que for, tal como os restantes colegas que o acompanham nessa lista. Demonstrou também preocupação com o valor das cotas, por crer que a Ordem não está a devolver retorno suficiente ao investimento feito pelos seus membros. No fim, o Arq. João Belo Rodeia (lista A) e a maioria dos presentes acabou por concordar com o lema e objectivo principal da lista B, a Ordem precisa de iniciar um novo ciclo. Estas são apenas as minhas opiniões, valem o que valem. cya l8r

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O que me irrita nestas discussões é sempre em redor de leis, de regulamentos, ... já não bastam os regulamentos que temos que aturar no dia a dia ainda temos que debater sobre regulamentos e leis e mais leis... A ideia com que fico destas eleições é que temos uma Lista do Poder e uma Lista Revolucionária. A Direita e a Esquerda. O interessante é que a dita Direita não é da direita... Amanhã vou votar... se não houver fila...

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JVS, esta será provavelmente a lei mais importante que terá de debater enquanto arquitecto: aquela que dirá que trabalhos poderá, e todos os outros 15000 arquitectos, ter. É nesta revisão do decreto que decidiremos que tipo de profissão pretendemos representar, se uma com poder e capacidade criativa, fundada na pluridisciplinaridade e cooperação entre áreas de projecto, se uma de subordinação a ofícios sem competência para lidar com o espaço. Se a revisão for aceite tal como está, com que cara entrará o JVS num estaleiro de uma obra desenhada por si só para descobrir que o construtor civil vai alterar materiais, vãos e até o espaço e que não pode fazer nada por isso, porque é ele o coordenador do projecto, escolhido pelo dono da obra? Mais do que o Poder ou a Revolução, a Esquerda contra a Direita, cada um terá de escolher se prefere a continuidade ou dar o benefício da dúvida aos que falam de mudança. Cada um terá de fazer o seu balanço do trabalho da Ordem nos últimos anos, se os grandes projectos ( a Trienal, o IAPXX, o acesso à Ordem, a divulgação dos arquitectos portugueses -todos, não só alguns- a revisão do 73/73) correram bem ou mal. Mais curioso que a Direita não ser de direita, é a Lista A ter nos lugares cimeiros críticos e professores de arquitectura que não exercem há muitos anos, se é que exerceram alguma vez. Vote, vote, mesmo que haja fila, é muito importante.

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"Vote, vote, mesmo que haja fila, é muito importante." Normalmente eu diria: que se lixe o voto, porque tudo há-de regressar ao mesmo... Todavia, vivemos tempos de mudança. tudo passa, tudo muda, mesmo a uva passa a passa. A "velha" Associação dos Arquitectos, egrégora dos antigos alunos da ESBAL e da ESBAP, está em extinção: TEMOS TODOS MAIS DE 50 ANOS! (todos nós ouvimos Joni Mitchel, Ravi Shankar, James Taylor, Bob Dylan e os Conchas! para os francófilos, Georges Brassens, Léo Férré, Jacques Brel, Barbara, Juliette Gréco e Adamo!)... alguns ainda estudámos pelas sebentas do Palma Fernandes enquanto palavras como sputnick, laika, ou the shadows ecoavam nos nossos ouvidos... Jack Kerouac e Allen Ginsberg tinham já desbravado a americana saloiada de Dean Moriarty (Neil Cassidy) e Louis Khan afirmava-se no território da Arquitectura, para além de Mies, de Gropius ou de Wright. Walden dava lugar a Groucho e este a Bogart como Guthrie e Dylan se destilavam em Parker e em Chet Baker... tudo o resto está aí para as curvas... nós apenas daremos uns pontapés... certeiros e ordeiros!

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Parabéns aos vencedores... espero que cumpram os objectivos prometidos. À outra lista, parabéns também pela determinação e vontade que demonstraram de mudar para melhor ... alguns ainda conseguiram perceber isso, acredito até que foi por isso que votou muito mais gente do que à 3 anos atrás. cya l8r P.S.: parabéns ao Pedro Barradas :D

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Parabéns a TODOS... aguardo os resultados oficias e respectivas estatisticas. Vasco... avizinham-se mais 3 anos... de trabalho "pro bono publico". :D (Não fui aluno da ESBAL ou ESBAP, tenho menos de 35 anos e trabalho/ vivo no interior deserto do país)

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