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Niemeyer vai projectar a nova Luanda.


Koolhas

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Oscar Niemeyer convidado a projectar «nova Luanda» Fonte: VOA - Editado por AD Tuesday, 31 July 2007



O convite formulado pelas autoridades angolanas ao qual terá respondido favoravelmente o reputado arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer para projectar a «Nova Luanda», segundo a revista ‘Veja’, está já a suscitar algumas reacções.

A nova cidade que seria construída no espaço da actual para uma população de 2 milhões de habitantes não vai de maneira alguma resolver os mil e um problemas da Luanda actual.

Como solução, segundo Luís Araújo da SOS Habitat, «o governo teria de desenvolver ‘inputs’ políticos, económicos e outros, que fizessem com que o cidadão que habita Luanda fosse capaz de produzir um espaço mais ordenado, mais próprio para a vida, mais adequado, porque fazer uma outra cidade é uma fuga e não a solução.»

«Não será a solução dos problemas da Luanda actual a criação de uma outra cidade, a Luanda actual continuará com os seus problemas, e como você diz é uma cidade a ser pensada para 2 milhões de habitantes. Em Luanda actualmente, conforme as estimativas, vivem 5 milhões de pessoas, portanto será um espaço em que não caberá a população actual luandense».

Luís Araújo acredita que só o governo está em condições de fazer este tipo de propostas, por isso sugeriu que deveria pensar-se a cidade como um metabolismo e que a cidade que temos é a cidade que nós mesmos produzimos, nós, os que a habitam.

Luís Araújo questionou inclusive o plano piloto de Brasília, lançado há quatro décadas, afirmando mesmo que Brasília desenhada pelo brasileiro Oscar Niemeyer é uma cidade cercada de favelas. Lamentou o facto de apenas poder opinar, mas que não tem participação nenhuma nas decisões, por falta de estruturas administrativas jurídicas e políticas que nos permitam participar e influenciar as coisas de outra maneira.

O bastonário da Ordem dos Arquitectos, António Gameiro, acredita que a solução para o problema de Luanda passa fundamentalmente pelo desenvolvimento das outras regiões de Angola.
«Assistimos em Luanda a um crescimento demográfico exponencial, uma expansão urbana exponencial, um crescimento demográfico que anda na ordem de um terço em relação à população de Angola. Esse número de pessoas transmite-nos que Luanda está a oferecer condições muito atractivas do ponto de vista do emprego, e de sobrevivência sobretudo.»

António Gameiro defende que o desenvolvimento no interior de Angola deve estar presente quando se pensa em soluções para a cidade de Luanda e questionou igualmente o plano piloto de Brasília, considerando os resultados pouco abonatórios.

O bastonário referiu ainda que para o caso de Luanda teria de se projectar uma cidade para 7 milhões de habitantes, tendo em conta os actuais 5 milhões, um número que considerou incrível e foi mais longe: gerir uma cidade com este número de habitantes é extremamente difícil, quase impossível.


in Angola Digital

Uma Brasília na África - Niemeyer irá projetar a nova capital de Angola

A cinco meses de completar 100 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer foi sondado pelo governo de Angola para elaborar o projeto da nova capital daquele país. Niemeyer aceitou o convite. Os angolanos disseram ao arquiteto que pretendem criar do nada uma cidade de 2 milhões de habitantes, quatro vezes maior do que Brasília, onde Niemeyer construiu alguns de seus edifícios mais conhecidos. Depois de trabalhar na capital nacional, ele chegou a elaborar nos anos 60 o projeto para uma cidade no deserto israelense de Neguev, mas ela nunca saiu do papel. Animado, Niemeyer espera os mapas da região da futura capital de Angola para começar a trabalhar.

Revista Veja - Radar





Vou para Angola!!!!!:D:D:D
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Nova Capital de Angola

No site «Os Luenas» encontrámos este texto que optámos por divulgar, por termos recebido apelos nesse sentido. Não se trata de uma notícia sobre o Leste, mas mais um ensaio sobre o que poderá trazer de bom para uma terra de que todos ficámos a gostar.
Angola terá nova capital "Angólia" e será como Brasília.
Revendo uma colecção de jornais antigos deparamos com um exemplar do Expresso de Junho de 1996 em que o arquitecto Troufa Real defende uma nova capital para Angola.
Por nos parecer plena de actualidade esta questão, reproduzimos a referida notícia e pesquisámos algo mais sobre o que prestigiado Professor angolano disse do que pensou sobre o assunto.
LUANDA é um barril de pólvora prestes a explodir - afirma o arquitecto Troufa Real, que defende a construção de uma nova capital para Angola:"Angólia".
José Eduardo dos Santo recebeu a proposta, mas ainda não fez comentários.
Troufa Real não desiste e até já tem um projecto pronto para a futura sede de Governo.
Uma nova Brasília.
O plano partiu «de uma ideia académica» e do acumular de projectos, de estudos e de relatórios sobre a vida urbana da capital.
Tudo pela mão de Troufa Real, professor da Faculdade de Arquitectura da UTL. Uma solução «inevitável», segundo o próprio, uma vez que o crescimento urbano desordenado e o acumular de problemas trazidos pela guerra transformaram Luanda numa «zona de alto risco.

Cidade superlotada.
«A cidade foi pensada para 500 mil habitantes e tem mais de três milhões», afirma o arquitecto, tudo isto sem que se tenha «construído uma única canalização ou aumentado qualquer depósito de água.
Uma mistura pronta a explodir e que poderá acarretar «banhos de sangue como os do Zaire ou do Burundi».
Troufa Real conhece a região.
Director do Plano de urbanização de Luanda em 1973.
Acompanhou os desaires urbanísticos ao longo dos anos.
Assim como os atentados ao «imenso património arquitectónico» que a cidade possuía e que está em vias de dilapidação.
Hoje, ponderados os prós e os contras, «a solução mais fácil é deslocar a capital de Angola para outra região».
Como o poder político atrai sempre populações, serviços e negócios. «Seria um passo simples para evitar a catástrofe», explica.
De uma assentada, o arquitecto resolveria duas situações: «Assim se salvaria Luanda e se promoveria a qualidade de vida das populações".
Troufa Real tem igualmente pronto um projecto de candidatura a UNESCO para a preservação do património histórico e arquitectónico da cidade: «um crime que está a ser cometido diariamente e que tem de ser travado».
E não são só os monumentos e os edifícios que estão em causa, «Todo o acervo dos museus está em perigo».
Para além do excesso de humidade e das altas temperaturas da região de Luanda, para sustentar a sua Ideia o arquitecto afirma que «uma capital política implica a utilização de serviços e de equipamentos electrónicos sofisticados que precisam de aclimatização».
Acontece que o clima de Luanda não se compadece com estas exigências, implicando custos energéticos elevadíssimos.
Por isso, Troufa Real garante que a deslocação da capital para uma zona temperada conduziria, por si só, «a uma enorme poupança energética».

Uma nova Brasília.
A escolha da zona para implantar a nova capital atendeu a uma multiplicidade de factores.
Desde a proximidade de afluentes à existência de vias, de comunicação, passando pela situação climatérica e pela qualidade dos solos agrícolas.
E foi tida em conta a neutralidade histórica da região para as diferentes etnias angolanas.
Estrategicamente colocada no centro dos pais, entre Luena e o Cuito, «Angólia» juntaria todas essas características.
E está tudo pronto para arrancar, com um senão.
Os políticos ainda não deram o aval ao projecto.
Facto que não desanima o arquitecto: «Seria um acto de grande coragem, mas também de emergência nacional», diz.
Quanto ao receio de que uma nova capital se transforme numa versão de Brasília, artificialmente construída, Troufa Real contrapõe: «Todas as cidades são artificiais, e é bom pensar no que seria hoje o Rio de Janeiro se Niemeyer não tivesse projectado uma nova capital».
A ideia nem sequer é original. «Luanda poderia ser uma cidade histórica como são a Baía e Angra dos Reis, ficando a parte política deslocada sem a perturbar», conclui.
Da revista "Imobiliária" de Abril de 2000 recolhemos um excerto de artigo onde se pode sentir uma convicção profunda de Troufa Real nas vantagens deste seu projecto......Quando falávamos da situação em que Luanda se encontra actualmente em termos populacionais, diz-nos que a cidade se assemelha a um formigueiro, tanto como concerne à população como em devastação.
«Está a ser dilapidado um resto de património que desaparece pela carga humana que a cidade está a sustentar.
As pessoas são como as formigas, comem tudo! Pobre daquele país se não constrói novas cidades. Todas as cidades têm um dia que aparecer».
Angólia não seria uma cidade ideal mas não à regionalização! Um sitio a partir do qual se poderia recomeçar a reconstruir um pais e a renovar uma identidade, apesar dos destroços espalhados pelo território e deixados no interior de cada cidadão.
«Angólia» seria acima de tudo uma cidade com identidade nacional.
Não há vida não há educação, amor ou religião que não tenha um espaço construído.
Ou nasce de uma forma clandestina ou é planificado com critérios que potenciem o seu desenvolvimento.
Hoje vivemos pior que no tempo dos gregos.
Eles criavam uma cidade e quando ela ficava cheia construíam outra.
Hoje a idade é mártir. E com guerra é impossível haver desenvolvimento.
Não há condições públicas nem indicadores de atitude de mudança, de criação de espaços, escolas, hospitais.
Não sou um saudosista», e como tal prefere pensar numa terra natal com novas e muitas cidades «tão bonitas como Luanda ou Benguela» e que a renovação do país passe também por uma nova capital.
Grande sonho, este do angolano Troufa Real; o futuro nos dirá se o "enfant terrible" dos tempos do Liceu Salvador Correia, conseguirá adeptos para tão ambicioso projecto que certamente projectaria a nação de Angola ao nível mundial.

in Leste de Angola
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A Nova Capital de Angola jah era referida pelo Arq. Troufa Real

A Nova Capital de Angola
Por Troufa Real 29/06/2004 às 14:22

Angola terá nova capital ''Angólia'' e será como Brasília


UMA NOVA CAPITAL PARA ANGOLA

Revendo uma colecção de jornais antigos deparamos com um exemplar do Expresso de Junho de 1996 em que o arquitecto Troufa Real defende uma nova capital para Angola. Por nos parecer plena de
actualidade esta questão, reproduzimos a referida notícia e pesquisámos algo mais sobre o que prestigiado Professor angolano disse do que pensou sobre o assunto.

LUANDA é um barril de pólvora prestes a explodir - afirma o arquitecto Troufa Real, que defende a construção de uma nova capital para Angola:"Angólia".

José Eduardo dos Santo recebeu a proposta, mas ainda não fez comentários. Troufa Real não desiste e até já tem um projecto pronto para a futura sede de Governo.

Uma nova Brasília. O plano partiu «de uma ideia académica» e do acumular de projectos, de estudos e de relatórios sobre a vida urbana da capital. Tudo pela mão de Troufa Real, professor da Faculdade de Arquitectura da UTL. Uma solução «inevitável», segundo o próprio, uma vez que o crescimento urbano desordenado e o acumular de problemas trazidos pela guerra transformaram Luanda numa «zona de alto risco.

Cidade superlotada

«A cidade foi pensada para 500 mil habitantes e tem mais de três milhões», afirma o arquitecto, tudo isto sem que se tenha «construído uma única canalização ou aumentado qualquer depósito de água. Uma mistura pronta a explodir e que poderá
acarretar «banhos de sangue como os do Zaire ou do Burundi».

Troufa Real conhece a região. Director do Plano de urbanização de Luanda em 1973. Acompanhou os desaires urbanísticos ao longo dos anos. Assim como os atentados ao «imenso património arquitectónico» que a cidade possuía e que está em vias de dilapidação.
Hoje, ponderados os prós e os contras, «a solução mais fácil é deslocar a capital de Angola para outra região». Como o poder político atrai sempre populações, serviços e negócios. «Seria
um passo simples para evitar a catástrofe», explica.
De uma assentada, o arquitecto resolveria duas situações: «Assim se salvaria Luanda e se promoveria a qualidade de vida das populações".

Troufa Real tem igualmente pronto um projecto de candidatura a UNESCO para a preservação do património histórico e arquitectónico da cidade: «um crime que está a ser cometido diariamente e que tem de ser travado».

E não são só os monumentos e os edifícios que estão em causa, «Todo o acervo dos museus está em perigo». Para além do excesso de humidade e das altas temperaturas da região de Luanda,
para sustentar a sua Ideia o arquitecto afirma que«uma capital política implica a utilização de serviços e de equipamentos electrónicos sofisticados que precisam de aclimatização» Acontece que o clima de Luanda não se compadece com estas exigências, implicando custos energéticos elevadíssimos. Por isso, Troufa Real garante que a deslocação da capital para uma zona temperada conduziria, por si só, «a uma enorme poupança energética».

Uma nova Brasília

A escolha da zona para implantar a nova capital atendeu a uma multiplicidade de factores. Desde a proximidade de afluentes à existência de vias, de comunicação, passando pela situação climatérica e pela qualidade dos solos agrícolas, E foi tida em conta a neutralidade histórica da região para as diferentes etnias angolanas. Estrategicamente colocada no centro dos pais, entre Luena e o Cuito, «Angólia» juntaria todas essas características.

E está tudo pronto para arrancar, com um senão. Os políticos ainda não deram o aval ao projecto. Facto que não desanima o arquitecto: «Seria um acto de grande coragem, mas também de emergência nacional», diz.

Quanto ao receio de que uma nova capital se transforme numa versão de Brasília, artificialmente construída, Troufa Real contrapõe: «Todas as cidades são artificiais, e é bom
pensar no que seria hoje o Rio de Janeiro se Niemeyer não tivesse projectado uma nova capital». A ideia nem sequer é original. «Luanda poderia ser uma cidade histórica como são a Baía e Angra dos Reis,
ficando a parte política deslocada sem a perturbar», conclui.

Da revista "Imobiliária" de Abril de 2000 recolhemos um excerto de artigo onde se pode sentir uma convicção profunda de Troufa Real nas vantagens deste seu projecto......Quando falávamos da
situação em que Luanda se encontra actualmente em termos populacionais, diz-nos que a cidade se assemelha a um formigueiro, tanto como concerne à população como em devastação. «Está a ser dilapidado um resto de património que desaparece pela carga humana
que a cidade está a sustentar. As pessoas são como as formigas, comem tudo! Pobre daquele país se não constrói novas cidades. Todas as
cidades têm um dia que aparecer».

Angólia não seria uma cidade ideal mas não à regionalização! Um sitio a partir do qual se poderia recomeçar a reconstruir um pais e a renovar uma identidade, apesar dos destroços espalhados pelo território e deixados no interior de cada cidadão. «Angólia seria acima de tudo uma cidade com identidade nacional. Não há vida não há educação, amor ou religião que não tenha um espaço construído. Ou nasce de uma forma clandestina ou é planificado com critérios que potenciem o seu desenvolvimento. Hoje vivemos pior que no tempo dos gregos. Eles criavam uma cidade e quando ela ficava cheia construíam outra. Hoje a idade é mártir. E com guerra é impossível haver desenvolvimento.

Não há condições públicas nem indicadores de atitude de mudança, de criação de espaços, escolas, hospitais. Não sou um saudosista», e como tal prefere pensar numa terra natal com novas e
muitas cidades «tão bonitas como Luanda ou Benguela» e que a renovação do pais passe também por uma nova capital.

Grande sonho, este do angolano Troufa Real; o futuro nos dirá se o "enfant terrible" dos tempos do Liceu Salvador Correia, conseguirá adeptos para tão ambicioso projecto que certamente projectaria a nação de Angola ao nível mundial.



in CMI Brasil
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Tomara a muitos chegar aos 90 e continuar a trabalhar. O primeiro arquitecto que eu conheci tinha 70 e tal e estava reformado por causa da perna... outro arquitecto trabalha a meio gas e outro... tomara a muitos ser como o Niemeyer... e se o Siza chegar aos 99 tambem vai ser assim... imaginem a arquitectura do siza quando ele tiver 99 anos... agora eh impossivel imaginar, o homem muda todos dias de .... como hei-de dizer... estah sempre a mudar... Mas vendo bem a nossa realidade de arquitecto... por este andar soh aos 90 anos eh que comecamos a trabalhar por conta propria...:D:D:D

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Pessoalmente acredito que a nossa realidade de mercado nos apontará no futuro dois caminhos: o primeiro de ficar pelo nosso país e lutar pelos nossos direitos e obrigaçoes enquanto arquitectos, melhorando a nossa cultura e patrimonio arquitectonico, um outro por explorar mercados como o de Angola. Porém acredito que as cidades vao nascendo como um tecido vivo e que a solução passa por melhorar as infra estruturas da luanda que hoje conhecemos e nao por conceber uma nova cidade. Conheço Brasilia e a cidade parece uma cidade fantasma onde nao se respira uma identidade que nao seja a d um exercicio pratico de arquitectura...as cidades teem um tempo que as identifica e luanda deve viver com o seu passado adaptando-se as exigencias da sociedade futura, nunca antecipa las Cumprimentos

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  • 2 months later...

O Niemeyer completará 100 anos em dezembro. Acham mesmo que ele teria condições de se debruçar sobre um projeto desse porte, fazer várias viagens à Angola, discutir projeto com um monte de políticos e representantes da sociedade, etc.? No máximo ele fará um belo croqui e defenderá alguns conceitos. O projeto em si, não será feito por ele. Eu morei por mais de 1 ano em Brasília (que foi projetada por Lúcio Costa, e não por Niemeyer) e a tenho como uma excelente cidade para se viver. Extremamente organizada, verde, agradável e bela. Tem seus problemas, claro, como a dependência do automóvel, mas isso se torna pequeno frente às qualidades de Brasília. Brasília é belíssima, única e um grande orgulho para o Brasil.

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Pessoalmente acredito que a nossa realidade de mercado nos apontará no futuro dois caminhos: o primeiro de ficar pelo nosso país e lutar pelos nossos direitos e obrigaçoes enquanto arquitectos, melhorando a nossa cultura e patrimonio arquitectonico, um outro por explorar mercados como o de Angola.


O problema de Ângola é nunca ter reconhecido o que Portugal fez por ela, vozes como Troufa Real, sempre tiveram uma espécie de mesquinhez profunda da forma como Portugal trata Ângola, como se devessemos alguma coisa à antiga colónia. Ângola é uma paraiso de corrupção, atávico e atrasado por culpa própria apenas, fruto ainda de uma mentalidade tribal de familias previligiadas e troca de favores. Ir para Ângola trabalhar é pessimo pá, tenho pessoas na familia que o fazem por obrigação profissional, não guardam boas recordações.
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  • 7 months later...

Acho que não há necessidade de se ir buscar o Niemeyer, enquanto que há malta mais jovem e igualmente capacitada para se empenhar neste tipo de projecto, antes de mais é sempre necessário conhecer a cultura dos povos (cidades), coisa que está a ser cada vez mais deixada para tras. Concordo com a ideia do colega acima, quando se refere que é necessário melhorar as infra-estruturas da cidade velha ao em vez de se pensar uma nova luanda, julgo mais interessante que se desenvolvam outras cidades do país, igualmente potenciais, pois nós aqui em Luanda estamos sufocados, é muita gente! Já chega...

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humm....
tal com o ark diz. luanda é uma cidade "comandada" pelos Sr dos diamantes e petróleo.
eu sei de pessoas, familiares que visitaram a cidade e em termos de corrupção instalada no próprio governo o Pinto da Costa é um menino por lá....por isso tão a ver?
uma pequena história de um amigo meu angola. uma empresa chinesa(quem mais) tencionou criar um centro de tratamento de lixo. os "impostos" (vulgo pagamento extra a ministros, amigos deles, familias etc) eram tantos que daria prejuizo.
e o grande problema é que a mentalidade dos que lá vivem está a ser, todos os dias, definida pelos poderosos do sítio.
para se ter uma noção, as filhas de ministros,etc vão de jacto particular às compras em paris ou ny.
muito dificilmente luanda!(E apenas a cidade) conseguirá rejuvenescer. Acredito que Angola e os outros povos consigam, mas o estado de pobreza e devastação do país é tal (salvo algumas execpções no sul do país) que só daqui a 3 ou 4 gerações alguma coisa se irá alterar.

vejam o pequeno vídeo de 2004 para se perceber que desde essa altura até agora nada foi feito para alterar o destino angolano.

[ame="

"]www.youtube.com/watch?v=kMOxUZAHNLk[/ame]

quanto ao arquitecto escolhido para a "nova luanda" não votava num Sr que não tem idade para viajar(tal como já foi dito) 10x ao lugar. (ps. existem projectos chineses em luanda de torres totalmente em vidro...num país com as temperaturas que tem...)
e não acredito que brasilia se adequa a uma cidade com as condicionantes actuais. sustentabilidade? escala humana?
uma coisa que foi dita num comentário atrás diz tudo- dependência do carro.
e isso é algum impensavel numa sociedade que se autoproclama sustentável..
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e não acredito que brasilia se adequa a uma cidade com as condicionantes actuais. sustentabilidade? escala humana?
uma coisa que foi dita num comentário atrás diz tudo- dependência do carro.
e isso é algum impensavel numa sociedade que se autoproclama sustentável..


Há de considerar que Brasília foi projetada e construída durante um período de grande euforia econômica no Brasil, quando a indústria automobilística crescia em velocidade nunca vista, o preço dos automóveis despencava, a gasolina era barata e se acreditava que em poucos anos cada brasileiro seria dono de um automóvel (o que seria uma tragédia mas, avaliando as condições anteriores no Brasil, é compreensível o deslumbramento que caiu sobre todos naquela época frente a esta possibilidade). Por isso Brasília foi projetada (novamente reforço: Por Lúcio Costa, não por Niemeyer!) considerando que os principais deslocamentos seriam feitos via automóvel, porém reservando grandes áreas verdes, assim como pequenos setores de comércio local entre as superquadras residenciais, onde o deslocamento seria feito a pé.

O que agravou muito a situação foi crescimento da população brasiliense muito acima do esperado, junto com a falta de investimento público em sistemas de transporte coletivo. Analisando rapidamente o plano piloto de Brasília nota-se que a estruturação de um sistema de transporte coletivo é simples. A estrutura viária o facilita.

O sistema de metrô resolveria boa parte dos problemas, mas está com as obras quase concluídas, porém paradas, há anos. A instalação de um uma linha de VLT na via W3 também é uma promessa antiga.

Uma outra providência seria o fortalecimento das cidades satélite afim de que diminua a sua dependência do Plano Piloto, para que os seus moradores fiquem em seus territórios e não sobrecarreguem tanto Brasília.

Enfim, falta vontade política.
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