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Jeddah International Airport - OMA


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Artigo Original publicado em AspirinaLight.com

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A localizar-se entre Jeddah e Mecca, o novo aeroporto Saudita visa sobretudo facilitar a viagem dos cerca de dois milhões de peregrinos que ano após ano se deslocam até Mecca durante as celebrações do periodo sagrado, incluíndo também um terminal único para a familia Real.

Ambos os terminais funcionam de forma complementar um ao outro e ao próprio esquema de implantação, centrando-se a especulação formal nos dois grandes vazios operados sobre os volumes construídos e que constituem a base de circulação interior dentro das duas estruturas que constituirão o aeroporto apesar de funcionarem de forma autónoma uma da outra.

Ficam algumas imagens e o texto que acompanhou a divulgação do projecto por parte do OMA:

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NEW JEDDAH INTERNATIONAL AIRPORT

For 33 days per year the new Jeddah Airport will host the influx of two million Muslims for the holy Hajj period in Mecca. No other airport in the world can claim such overwhelming specificity of its use. These programmatic requirements form the base for a new approach to both the organization of the airport and its architecture.
Predictability over indeterminacy
Airports come in two sizes: too big and too small. Fundamentally compromised by the necessity to accommodate unpredictable future expansions, airports are ultimately forced to ‘gamble’ on their right size. In terms of its design the airport is condemned to a permanent open end.
With the Hajj as one of the main defining elements, the new Jeddah International Airport presents a unique situation: its expansion is a given in advance, occurring at a fixed moment for a fixed length of time. This relative predictability allows the design of the Jeddah airport to acquire a level of specificity unheard of in a ‘regular’ airport: allowing the rehabilitation of the particular over the general, of centrality over linearity, and of character over blandness.
Arrival over departure
Airports are primarily places one leaves from. With the business trip and the vacation as the airport’s main, perhaps even only, use, the excitement of going away generally outweighs that of coming back.
This discrepancy is also expressed in the design of the airport, with departures generally located in a ‘grandiose space’ on top (mostly under a billowing roof) and arrivals located in a flat utilitarian luggage-collect-space below, making the first acquaintance with a new destination often one of disappointment.
The unique condition and purpose of the new Jeddah International Airport presents us with a compelling reason to consider arriving with the same consideration as leaving. (Mecca you don’t leave, to Mecca you go!)
The surface required by the Hajj equals that of the airport itself. Accommodating the Hajj theoretically means building the same volume twice, with one volume being empty for most of the year. In the current situation this is solved by having the Hajj section as a temporary structure in the form of a big tent.
Design Proposal.
The initial proposal resulted in six different schemes with an emblematic quality. The final design follows the organizing principal of ‘the ring’. Both the main terminal and Royal pavilion with their crescent-like shape enclose an internal oasis that can accommodate different forms of use. The layout of the airport is organized in such a way that Airport and Hajj become a single integrated whole without forcing the airport to double in size.
The design realizes departures and arrivals on the same level allowing both to benefit from the same spatial conditions. The realization of departure and arrival on a single level creates a large surface that equals that of the Hajj, allowing the Hajj to be accommodated on the same footprint as the airport itself. No longer realized as a separate section, the Hajj becomes the almost casual by-product of a particular airport design. The Hajj becomes the invisible twin that – at fixed moments – allows the airport to expand its size. [>>]

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este projecto é formalmente muito apelativo. Creio que é difícil afirmar o contrário, no entanto, na El Croquis do OMA observa-se um fenómeno no mínimo estranho. Para este projecto foram feitas dezenas de propostas, cada uma com formas totalmente distintas e únicas sendo que no final escolheram esta, que a mim também me agrada. A questão que se coloca é: Estaremos cada vez mais próximos da moda ao nível do vestuário que mesmo os arquitectos têm de criar um catálogo de "vestidos" de forma a ser escolhido um que sirva o gosto do cliente? Deverá ser assim a arquitectura? Uma coisa que me intriga é que de entre todas estas propostas formais, a organização funcional é sempre semelhante, se não mesmo, igual. Agora o OMA já tem propostas de aeroportos para qualquer cidade do mundo!

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Acho piada ao último comentário... Mas não estou de acordo, e explico porque; Um aeroporto é um programa que obedece a um esquema funcional de engenharia aeronáutica muito preciso; este esquema não tem que ver com as questões formais, mas pode influenciar; Não sei qual é o propósito de fazer varas imagens do mesmo aeroporto, nem entendo porque as publicam, para tornar a revista mais espessa? Deveríamos, como muito, questionar a editorial uma vez que esta revista "vive" mais da imagem que do texto... Estratégias de vendas? Não sei mas também não me quero meter nisso. Mas adiante, o projecto é sem duvida muito atractivo, mas também não é o primeiro, sem querer tirar a originalidade do mesmo, mas como dizia não é o primeiro que vejo, recordo aqui uma das propostas para o novo aeroporto de Santiago de Compostela de ADPI, não ganhadora. Parabéns ao grupo OMA pela sua criatividade e por serem muitos ponteiros no mundo da arquitectura. Quanto à questão que o companheiro anterior coloca, no que se refere à moda na arquitectura, acho que vivemos uma época de "pronto a usar", quero dizer, hoje em dia existe no mercado (esse big brother) uma série de empresas que nos lançam uma série de produtos prontos a usar e com um desenho atractivo, por exemplo : ZARA, IKEA, ... Etc. Estas empresas acertaram no alvo porque dispõem ao uso dos consumidores um produto acabado com um forte componente de desenho e facilmente adquirido, outra coisa é qualidade, mas como a moda é efémera ... E nessas vamos andando correndo atrás das modas e dos saldos.... he he he ... já agora a título de curiosidade o IKEA Inglaterra laçou-se no mercado imobiliário, produzindo casas e com um desenho muito interessante. Mas francamente penso que o grupo OMA não tem nada a ver com isto. Um abraço, Alberto Santos

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Alberto: Mas então afinal estás de acordo comigo. Não é a questão da revista publicar ou nao as diversas propostas, a questão é a do atelier fazer uma dezena de propostas formais baseadas na mesma estrutura funcional só para agradar a gostos. Mas afinal para que serve o arquitecto? Não é a nossa função também de educar um gosto, de saber aquilo que é melhor para determinado local? Ou então agora teremos de fabricar um conjunto de ideias distintas para que uma série de magnatas que nada entendem de arquitectura escolham uma, mesmo que para nós essa não seja a mais adequada? Para mim as questões são essas. E francamente o OMA é talvez o atelier que mais tem a ver com modas.

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Caro colega, Não estou de acordo consigo, pelo seguinte, primeiro porque é a revista que promove essa adoração pela imagem, quero dizer que o arquitecto na sua profissão e formação, tornou-se um mitómano, e vejo por aí em estúdios e escolas de arquitectura muitas revistais destas, onde predomina o culto pelas imagens... Enfim eu nem queria entrar nesta discussão porque sinceramente nem acho que seja produtiva nem conclusiva; segundo num projecto um projecto de um aeroporto deve cumprir uma série de requisitos que são estabelecidos pelo engenheiro aeronáutico, não é ele quem desenha o projecto, mas é o responsável pelo funcionamento do mesmo. Ora desta maneira, posso assegurar-lhe que o desenho de um aeroporto está directamente relacionado com a estratégia do estudo aeronáutico, que está relacionado com fluxo de passageiros, equipagens, aeronaves, ... etc. Tenho vistos aeroportos em forma de "T", "Y", "U". E asseguro que não tem nada que ver com questões formais nem estilísticas. Por outro lado devo dizer-lhe que me surpreende muito a sua franca convicção que os arquitectos estão aqui para educar, determinar o gosto das pessoas, não sei caro colega, mas penso que não tenho vocação de adivinho nem de decorador. E se me apetece vestir todo de vermelho não tem porque vir agora um estilista dizer-me que me vista de verde ou amarelo... não é assim? Um projecto tem que cumprir um programa, nesse processo, e em função da dimensão do projecto, interferem muitas disciplinas, até um resultado final. Enfim o quero dizer-lhe é que tem muitos arquitectos por aí fazendo decoração, olhando mais para o aspecto formal, do que para o programa de arquitectura. E já agora qual seria a função social do arquitecto? Agora que cada vez mais se relacionam diferentes disciplinas. Um abraço, Alberto Santos.

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Enfim o quero dizer-lhe é que tem muitos arquitectos por aí fazendo decoração, olhando mais para o aspecto formal, do que para o programa de arquitectura.


E então voltamos a continuar a estar de acordo nas nossas opiniões. Afinal de contas estamos os dois a criticar o facto de partindo de uma organização funcional feita por outrém, este atelier se decidiu criar uma panóplia de formas e imagens que pudessem conter esse programa e por conseguinte que pudessem agradar ao cliente. Não será esta então uma atitude de decoração, de olhar mais para o aspecto formal do que para o programa de arquitectura?

para mim é claro
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Caro colega,
Está claro que você não "gosta" (será que estamos aqui a discutir gostos?) você não concorda com a arquitectura destes tipos, pronto é lá consigo, eu não me vou meter nisso.
Eu não posso estar de acordo consigo no seguinte: "este atelier se decidiu criar uma panóplia de formas e imagens que pudessem conter esse programa", porque o trabalho do arquitecto, num programa tão grande como este, não se limita a decorar, então onde fica o dimensionado dos espaços? O dimensionado da estrutura? A definição da tipologia estrutural? não não posso estar de acordo. Por outro lado quando eu falo de projectos interdisciplinares quero dizer que o resultado final é fruto do trabalho em equipa, e não de uma sequência, ou de um processo de montagem.
Já agora se não agradar o cliente, a quem vai agradar a você (arquitecto), não está muito a olhar para o umbigo? Eu acho que aqui não tem nada que agradar a ninguém, nem a você nem ao cliente, tem que cumprir um programa, e linguagem em que se expressa é livre; agora já virá o tempo, com o desgaste dos materiais, o bom comportamento do edifício, a opinião dos utentes, aí sim vemos se a arquitectura é valida ou não. Ou será que o trabalho d arquitecto é impor o seu gosto ou gradar clientes, nada disso. Acha que um dentista agrada-me quando me diz que me tem que tirar um dente? Eu também não, mas cumpre a sua função, não é verdade?
Por outro lado também estamos a esquecer-nos do seguinte, que como noutra época se construía grandes catedrais financiadas por mecenas para salvar as almas ou para passarem para a posteridade, hoje construem-se aeroportos, museus, até hotéis. Acho que aqui estamos a esquecer-nos de um aspecto importante o factor escala; este edifício está pensado para milhares de passageiros a ano, que vão ver e vão maravilhar-se, como antes passava com as catedrais, e se calhar este aspecto está inscrito no programa (?); não se esqueça que os arquitectos não fazem politica.
um abraço

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estive aqui a pensar se me havia de meter na conversa/discussão ou n...ms a realidade é que n dormiria descansado se não contribui-se para a sua continuação...pois sem dúvida que esta é uma discussão interessante tocando alguns pontos pertinentes da reflexão critica sobre o panorama arquitectonico contemporaneo que todos deveriamos fazer.

antes de entrar em devaneios deixo ja um abraço qer ao Ivo Sales Costa, qer ao asimplemind, quer ao alberto

agora sim:.

"onde nada existe tudo é possivel".....quem disse isto?

sugiro que deem uma vista de olhos ao SMLXL e também ao "delirious new york" e perceber um pouco o que vai no cerebro do koolhas e como se fundamenta/estrutura o modo de actuar da plataforma OMA.

por enquanto n tinha intençao de dizer + nada ...ms n qeria deixar desvanecer a discussao...sendo assim:.começemos pelo fim>>>

bom... estamos a falar cada um para o seu lado. Não me estou a fazer entender nem estou a ser entendido. Não tenho nada contra o OMA. Não sou do contra nem sou consumista da sua arquitectura.

_joao n entremos por ai...ou n vamos sair por ai...vamos antes falar d que realmente importa vamos ao tutano do tema ou temas apresentados atraves do projecto

Caro colega,
Está claro que você não "gosta" (será que estamos aqui a discutir gostos?) você não concorda com a arquitectura destes tipos, pronto é lá consigo, eu não me vou meter nisso.

_alberto n entremos por ai...ou n vamos sair por ai...vamos antes falar d que realmente importa vamos ao tutano do tema ou temas apresentados atraves do projecto

parece-me que o interessante aqui, que realmente se deveria discutir tal como voces o começaram a fazer será a questao da arquitectura como soluçao especifica para determinado local/situaçao ou arquitectura como soluçao generica para locais/situaçoes genericas. bem, eu diria que este projecto do estudio OMA n é nem uma coisa nem outra...assim como n o é o resto da obra deste estudio...
e por isso mesmo eu pergunto Será a fixaçao de uma diferenciaçao entre os dois modos tao importante? Será que n têm interesse ambos os modos?Provavelmente quem atirar ao meio acerta!!!...Existe terceira via?Claro que sim ...e o trabalho do estudio OMA é um bom exemplo disso...

onde qero chegar com isto(nem eu sei bem...sao 6h da manha e estou a morrer de sono...)...Nao vejam so preto e branco...existem cores, existe a escala de cinzentos toda no meio...existem filtros...smooths...gradients...

bem, joao e alberto deixo-vos duas questoes em jeito de provocaçao:.

A questão que se coloca é: Estaremos cada vez mais próximos da moda ao nível do vestuário que mesmo os arquitectos têm de criar um catálogo de "vestidos" de forma a ser escolhido um que sirva o gosto do cliente? Deverá ser assim a arquitectura?


_a questao do catalogo é interessantissima na arquitectura contemporanea...tem a ver cm a diversidade, com a maior interacçao/participaçao no processo projectual do publico a quem este é dirigido...Toca no tema da previsao de varios cenarios...trabalhar com a incerteza(ver também a teoria do principio de incerteza de Heisenberg;e se possivel ler texto de eduardo arroyo na croquis NOMAD_"principios de incertidumbre"), flexibilidade de processos, sistemas abertos...enfim tudo isto para dizer que acho este conceito de catalogo bastante interessante e com bastante potencial.

_moda_aqui está um conceito que tenho sérias dificuldades em entender...alias ja num outro post(casa da musica 2) tivemos uma conversa sobre isso(um pouco ao de leve)...ms fica para se desenvolver aqui...

Um projecto tem que cumprir um programa, nesse processo, e em função da dimensão do projecto, interferem muitas disciplinas, até um resultado final.
Enfim o quero dizer-lhe é que tem muitos arquitectos por aí fazendo decoração, olhando mais para o aspecto formal, do que para o programa de arquitectura.
E já agora qual seria a função social do arquitecto? Agora que cada vez mais se relacionam diferentes disciplinas.


_n sei se um projecto tem que cumprir só um programa...o que sei é que realmente o estudio OMA desenvolve um trabalho que andara em volta do que se poderia chamar um programWORKER/MIXER/GENERATOR...e realmente a referencia é sem dúvida o programa...ms n se fica por ai...

E já agora qual seria a função social do arquitecto? Agora que cada vez mais se relacionam diferentes disciplinas.

_aqui sim amigo alberto fez a pergunta com que irei fechar este comentario...n irei responder ms prometo que irei pensar nisso...talvez sonhar(ms dado que estou de feria talvez tenha + que sonhar...)e prometo que voltarei com desenvolvimentos na reflexao...

abraço enorme desde aqui ao lado(ah ja tinha saudades de dizer isto)

|backHome.BackInTheGame
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