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Arquitectura.pt


Escola De Remo


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projecto:
escola de remo
profs:
José Pages i Madrigal, José Carvalho e Mosé Ricci(prof. convidado)


embora exista uma explicação nas 4 folhas que vos apresento, eu sei que ás vezes não tão com paciência para ler...
aqui vai uma explicação, resumida, do projecto e da intervenção geral.

o objectivo do exercício era criar uma escola de remo, na margem norte da lagoa de óbidos.
teriamos de definir, escalas, programa, areas, etc,etc.

Toda a margem da lagoa de óbidos se define pela falta de desenho que, de algum modo, caracterize o lugar. Pelo contrário, as novas edificações (salvo algumas e raras execpções) contrariam o bom senso de criar algo DO lugar e criam algo PARA o lugar.
Assim, pretende-se, acima de tudo, criar um desenho que seja "forte" e que esteja, directamente ligado ao lugar...um desenho fortemente subtil.
Com esse objectivo, a escala da escola de remo, a escala do edificado, foi, rapidamente, alterada para a escala do lugar.
Esta intervenção tem 2 escalas bem definidas. a primeira escala, + urbana, pretende que se criem novos equipamentos que vão ao encontro das necessidas do lugar, enquanto a segunda escala, algo mais relacionado com a margem norte/nascente da lagoa, seja uma intervenção mais subtil e com menos impacto definida por um passadiço ao longo da lagoa.

O conceito definiu-se pelo ORGANISMO VIVO.
no sentido de relação, de desenvolvimento e de vivências espaciais.
O que se pretende é que este organismo surja a partir do ponto de chegada, principal, das pessoas à praia e que se espanda para a lagoa de óbidos.
Elementos que ligam e relacionam a vila á lagoa, que criem uma ligação entre ambos, não os afastando mas sim fundindo num único espaço.
Assim, os equipamentos criados são uma zona de restauração, bar, mercado, galeria de arte e zona de apoio a pescadores (onde é incluido, neste último, a escola de remo).
Todos estes equipamentos são relacionados com o lugar.
- restauração surje ligado à zona de praia e potencia o desenvolvimento da pesca e agricultura da região.
-a zona de bares e galeria de artes está relacionada com a cidade de Caldas da Rainha e da ESAD que é um polo de evolução da cidade, dando oportunidade aos alunos de relaxar(nos bares) e expor os seus trabalhos na galeria.
-o mercado é um ponto já existente no lugar mas sem utilização devido á falta de condições. o que se pretende é re-desenhar o espaço e dotar o mesmo de novas condições e dar uma nova função de mercado, não tradicional, mas sim, também, relacionado com a ESAD.
-a doca pesca situa-se numa zona já usada pelos pescadores da região, pretende-se assim, ajudar ao seu desenvolvimento dando ao espaço lugares de apoio aos pescadores.
Na última zona, a da doca de pescadores, localiza-se a escola de remo. é também aqui que surge a mudança de escala para uma intervenção mais subtil em direcção a nascente.

Os percursos criados intervenção geral são em solo cimento(percursos principais), betão colorido (ciclovias), entulhos ligados por resinas póxicas (percursos secundários). A intervenção tem 2 bolsas de estacionamento, desenha-se uma nova marginal ao longo da intervenção com placas de betão e passadiços em madeira. A estrada utilizada pelos carros cria tensões com os equipamentos (ver conceito/proposta_maquete conceptual).

quanto á escola, é melhor verem as folhas 3 e 4 de concretização para perceber o seu desenvolvimento e as opções tomadas.
materialmente, é criada por uma estrutura de pilares em betão inclinados para vencer algumas distâncias no seu interior. as paredes são, algumas em betão, outras em alvenaria, revestidas em alguns casos por reboco, placas de mdf, madeira e aluminio perfurado.



não está muito clara a explicação, mas qualquer dúvida eu tiro...espero que gostem e tenham muitas questões, pois vou poder explicar melhor



lugar_

Imagem colocada

conceito/proposta_

Imagem colocada

desenvolvimento /concretização_

Imagem colocada

Imagem colocada

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Bem confesso que a ideia inicial que utilizas como conceito "organismo vivo" é muito interessante e fascina-me muito esse tipo de ideia na elaboração da arquitectura enquanto conceito e também formal, mas, pelo que vejo aqui apresentado nos teus paineis o resultado final está muito aquem do conceito...ou seja tens o conceito e depois tens um projecto que nao reflete esse mesmo conceito, acho que o projecto perde muito por isso, repara na imagen que tens da sequencias da abertura das mãos e repara no edificio que tens no painel final...nao tem nada haver...na minha opinião devias te libertar mais e nao te prenderes mto nas plantas...devias explorar muito mais o conceito em termos de maquetes e muito mais...aconselho-te ver projectos dos NOX, FOA, ate algumas coisas do Greg lynn entre outros para poderes perceber um pouco dessas questões...nao sei se me fiz perceber mas tens um bom conceito pena o resultado final nao reflectir o conceito mas na mesma parabens.

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sim, este projecto ficou aquem das minhas próprias expectativas...o resultado final não...não foi aquele poder todo que eu próprio estava á espera, ficaram n cenas para resolver, trabalhar muito mais a forma do objecto... embora a ideia era definir a escola de remo como um novo "organismo vivo" vindo do conceito geral da intervenção(esquema da mão) para algo diferente desse conceito. na minha ideia, depois não teria muita lógica continuar com esse desenho da sequencia, mas sim perceber como o conceito de organismo vivo poderia ser "re-desenhado" num objecto fisico concreto. como podes ver no esquema da maquete geral, essa sequencia das mãos(do conceito) tem mais a ver com a intervenção geral, e pouco com a escola em si. o sentido de "organismo vivo" palavra conceptual (se posso assim chamar) na escola é criada através das relações com o lugar (no painel 4, tens lá o texto que explica bem o que quero dizer ehehe mas entendo o teu ponto de vista porque também fiquei "lixado" eheh com a definição final do projecto, mas vou estudar esses arquitectos :p) e obrigado pelo conselho

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como podes ver no esquema da maquete geral, essa sequencia das mãos(do conceito) tem mais a ver com a intervenção geral, e pouco com a escola em si.
o sentido de "organismo vivo" palavra conceptual (se posso assim chamar) na escola é criada através das relações com o lugar (no painel 4, tens lá o texto que explica bem o que quero dizer ehehe

Sim, mas repara uma coisa porque nao levar o conceito geral até a proposta do objecto? teria uma melhor leitura o resultado final com a proposta geral do que a proposta que apresentas. e mais, a relação do objecto( a escola) teria mais consistência e estaria muito melhor relacionada com o lugar se a mesma sequencia que deste ao Masterplan( se é assim que posso chamar)(proposta geral), darias tb ao volume de intervenção.
O erro aqui é que tu estas a propor uma coisa para o masterplan(geral) e outra coisa completamente diferente que é a forma da escola.
Repara que "organismo vivo", pressupõe algo em movimento, algo que está em constante metamorfose, e no teu projecto nao reflecte nada disso...apenas na proposta geral podemos perceber de algo que sugere movimento, mas que na proposta final apresentas algo estatico. Reflicta um pouco nisso e olha outra vez po teu trabalho pra veres essas coisas que nao estão lá, e que deviam de la estar para assim teres uma proposta com alguma consistencia. Abraços
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sim... mas, a meu ver, esse seria o processo "tipico" que poderia acontecer, não digo certo ou errado, acho que é o processo que iria ser o mais "indicado"... a minha ideia foi afastar-me dos "clichés" da arquitectura "organica" da zaha hadid, marcos and marjan, etc... perceber até que ponto esse organismo podia "viver" num elemento quase anti-organico ehehe gosto de contradições e de criar tensões entre ideias...mas falta consistencia e força no ambito geral do trabalho, na relação que falas entre a intervenção geral e o projecto em si... sim, eu já "li" o trabalho algumas vezes mas amanhã tenho apresentação do mesmo...tenho de me consciencializar que esta é a melhor proposta de todas :p ehehe defende-la como se não houvesse amanhã.

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Olá pedro.. antes de mais queria dizer... que gostei bastante do conceito pelo qual abordas-te o teu trabalho, embora de certa forma concorde tambem com o que o Koolhas disse, talvez o projecto da escola esteja um pouco desarticulado ou desligado do conceito extremamente forte pelo qual nasceu a prosposta .... crias ali no meu ponte de vista um elemento de exepção ou rotura com a restante intervenção, não sei se foi essa a intenção ou nao... Mas de qualquer modo queria fazer uma pergunta, estou tambem a desenvolver um trabalho de projecto final que é um clube de Remo para o novo parque da cidade em Viana do Castelo, e estou neste momento a desenvolver uma pesquisa em paralelo, sobre a propria modalidade em si, como tambem o tipo de embarcações (yolle's ... sheel's) ...blá .. blá... por ai.. fora.. queria saber se eventualmente fizes-te alguma pesquisa sobre os mesmos ou se conheces (caso exista) alguma publicação sobre dimensões e tipos de embarcações existentes para a pratica do remo. ??

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Viva.. asimplemind, infelizmente só soube á relativamente pouco tempo desse trabalho apresentado a 9 de Março de 2007, já tentei inclusive consulta-lo na biblioteca mas ainda não está disponivel....:p (o que de certa forma faz algum sentido) as minhas duvidas.. neste momento são relativas a dimensionamentos máximos das embarcações de competição...dos yolle's ... sheel's... terão.. ai.. uns 14.. 16... 20 metros de comprimentos ??? Foste praticante de Remo onde? Ainda conheces alguem que esteja disponivel para fazer uma visita guiada.. aqui ao menino? .... hehehehe..... Cumprimentos,

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Aqui no Porto há bastantes clubes de Remo. Eu fui remador no Infante D. Henrique. Certamente se lá fores eles poderão mostrar-te até o novo edifício que inaugurou ha pouco tempo com armazem de barcos, restaurante, etc. O Arquitecto é o Joaquim Bragança que trabalha em S.Cosme junto à câmara de Gondomar. Se quiseres dou-te o contacto dele. Quanto aos dimensionamentos dos barcos não sei ao certo porque nunca medi, mas há vários tipos de embarcações: tens o skiff (acho que é assim que se escreve) que tem 2 remos para 1 remador, o Double Scull que tem 4 remos para 2 remadores, o Quadri que tem 8 remos para 4 remadores, o Shell Oito com 8 remos para 8 remadores e 1 timoneiro (é o maior, usado nas regatas de oxford e cambridge), o Shell Dois Sem com 2 remos, 2 remadores, o Shell Dois Com com 2 remos 2 remadores e 1 timoneiro, o Shell Quatro Sem com 4 remos e 4 remadores, o Shell Quatro Com com 4 remos, 4 remadores e 1 timoneiro. São estas as diferentes embarcações de competição. Cada embarcação é composta pelo elemento do casco do barco mais as aranhas que são o suporte para os remos. Também há diferentes tipos de remos. O Yole que referiste não é um barco tão usual como os outros. É uma embarcação antiga, dos primórdios do desporto, que os clubes normalmente mantém 1 ou 2 barcos para exibições. Quanto ao local de armazenamento dos barcos e de treinos convém pensar em dois tanques para remar dentro do edifício, zona para ergómetros, um ginásio com zona de musculação. Depois tem de haver oficinas para reparação de barcos, balneários, gabinetes da direcção, bar/restaurante.... Aconselho-te mesmo a visitar as instalações do Infante D.Henrique em Valbom (junto ao Lugar do Desenho do Júlio Resende) pois acabaram agora o novo edifício que certamente tem tudo o que estive aqui a falar.

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