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Peneda-Gerês | Casa no Gerês | Graça Correia + Roberto Ragazzi


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Casa no Gerês - Graça Correia + Roberto Ragazzi

The otherworldly landscape of Peneda-Gerês National Park, which lies just a stone’s throw from the Spanish border in Portugal’s northernmost tip, is home to the remarkable Casa no Gerês. The house is the first project by Porto-based architectural duo Graça Correia (a protégé of Souto Moura, who in turn was the star pupil of Álvaro Siza, the Portuguese Pritzker laureate) and her new partner, Italian Roberto Ragazzi.
The house's story begins back in 2003 when Micé and Eduardo Pinto Ferreira, clients of Correia since the early 1990s, discovered by chance the 5,000 sq m site by the Cávado river while water-skiing in the region. 'It was just what we were looking for: forested, flanked by a stream and with absolutely no buildings nearby,' says Micé. Correia was the obvious choice for designing the weekend retreat that would replace the existing ruins on the plot. 'We knew Graça Correia from previous projects. She had always surprised us with the beauty and originality of her work.'
Correia and Ragazzi were given a qualified carte blanche: they were allowed to do anything, providing they didn't cut down any of the trees on site and managed the tricky balancing act of building the house in concrete while not isolating its inhabitants from their surroundings. The structure also had to house the couple and their grown-up child, although the planning permission allowed for a maximum size of just 60 sq m.
To read about the architects' canny solution to this conundrum, buy the magazine, on sale now. For exclusive images of the exterior and interior of Casa no Gerês


http-~~-//img162.imageshack.us/img162/2995/testuser5may2007am11050xi0.jpg

http-~~-//img162.imageshack.us/img162/153/testuser5may2007am11050ey4.jpg

http-~~-//img162.imageshack.us/img162/5683/testuser5may2007am11050xp7.jpg

http-~~-//img360.imageshack.us/img360/4596/testuser5may2007am11050yq9.jpg

via: http://www.wallpaper.com

http://www.correiaragazzi.com
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Gostava apenas de exprimir a minha opinião: Cada vez vejo mais casas destas, inseridas em plena Natureza, como que um estilo, como é evidente gosto do objecto em si que parece muito bem desenhado, mas sinto qq coisa nestas abordagens que se repetem em que parece-me que se perdeu aquela forma ´bucólica de integração com a natureza. Talvez recorrendo a um exemplo simples o possa explicar: imaginem uma casa pequena feita em madeira neste local, a sua identificação com a natureza parece imediata e de alguma forma logo consensual, será dos materiais? Enfim uma opinião

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A maneira como este paralelepipedo se desprende do chão, é bastante elegante.
...Não critico, nem questiono o potencial do elemento, o qual me interessa bastante.

Agora questiono...a inserção do mesmo está assim tão bem conseguida?
Não será, mais um elemento de betão que decide relacionar-se com o meio natural...

Como já alguem criticou...se o paralelepipedo utiliza-se madeira como material da forma ou outro ( não querendo reduzir a potencialidade da casa a este única hipotese matérica ) não absorvia melhor esse "espirito do lugar ( genius loci )" ...


?!

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Cinaminamina: bom essas questões são bastante interessantes no contexto desta casa e de casas deste género. Se nos lembrarmos por exemplo da casa da cascata, qualquer pessoa dirá "tem uma inserção perfeita". Mas perfeita até que ponto? Penso que aqui se deverá pensar sobre quais os valores da paisagem. Nós podemos ter vários tipos de paisagem, seja ela natural, artificial, urbana, ... ou mesmo a paisagem natural modificada que, poderá neste caso fazer sentido quando pensamos em obras como esta. Será que determinada paisagem só faz sentido quando nós intervimos nela? Penso por exemplo no Monte de Santa Luzia em Viana do Castelo. É um monte como tantos outros, belo por si só, no entanto a basílica construída por Ventura Terra trouxe um toque de magia àquela paisagem, tornou-a única em si mesma e valorizou-a. Outro exemplo bastante interessante de se analisar é o Palácio da Pena e os seus jardins. Quando o palácio da pena foi erigido sobre um antigo convento, toda a paisagem da serra de sintra era completamente diferente daquilo que vemos hoje. Era um monte desarborizado, vazio, rochoso. Teria uma visão certamente sublime, no entanto, foi todo ele artificialmente "naturalizado", com plantações de espécies arbóreas que complementassem a construção do palácio. Com isto criou-se paisagem, única e distinta. Estes exemplos são bastante mais impositivos que esta obra no Gerês, no entanto penso que não haverá uma nem duas formas de intervir na paisagem. Na minha opinião esta obra foi feliz pela sua implantação e forma de se relacionar com a paisagem (porque o relacionar pode ser ou bom ou mau), mas claro está que não é uma obra que surge do nada, certamente terá uma grande análise por detrás e aspectos que a justificam como tal.

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Se nos lembrarmos por exemplo da casa da cascata, qualquer pessoa dirá "tem uma inserção perfeita". Mas perfeita até que ponto? Penso que aqui se deverá pensar sobre quais os valores da paisagem.


Toda esta região de Pittsburgh, muitas vezes associada à artificialidade da histórica industria, é abundantemente rodeada de extensas florestas.

De tons acastanhados/acizentados, a textura da rocha sobre a qual se insere a Casa da Cascata, as tonalidades de uma natureza "crescida" e desenvolta...é prolongada tanto no EXTERIOR ( penso que as fotos que aqui coloco esclarecem bem a da inserção exemplar da casa ), como na inserção no INTERIOR da mesma.

http://img501.imageshack.us/my.php?image=70258805tu9.jpg

http://img501.imageshack.us/my.php?image=58097597pb2.jpg



Nós podemos ter vários tipos de paisagem, seja ela natural, artificial, urbana, ... ou mesmo a paisagem natural modificada que, poderá neste caso fazer sentido quando pensamos em obras como esta


Compreendo a tua opinião, e concordo.
Mas normalmente, e no meu caso, não tendo visitado o local, pensamos no Gêres, como uma reserva natural...uma sensação de ambiente natural ainda por explorar ( assim como podemos pensar na Casa da Cascata, toda aquela envolvente natural, fielmente pertencente ao local, e que aos anos se ali preserva! )

Será que determinada paisagem só faz sentido quando nós intervimos nela? Penso por exemplo no Monte de Santa Luzia em Viana do Castelo. É um monte como tantos outros, belo por si só, no entanto a basílica construída por Ventura Terra trouxe um toque de magia àquela paisagem, tornou-a única em si mesma e valorizou-a.


Tenho uma opinião oposta.
È pelo facto de estar inserida no Monte de Santa Luzia, que a igreja se torna mágica. Não é o facto de todo aquele revivalismo estilistico existir, que nos remete a todo um mundo misterioso e imaginario...
( só se! nesse caso associarmos essa imagem romantica e eclética de Ventura Terra, sabor revivalista que te fez lembrar do Palacio da Pena, suponho )

Outro exemplo bastante interessante de se analisar é o Palácio da Pena e os seus jardins. Quando o palácio da pena foi erigido sobre um antigo convento, toda a paisagem da serra de sintra era completamente diferente daquilo que vemos hoje. Era um monte desarborizado, vazio, rochoso. Teria uma visão certamente sublime, no entanto, foi todo ele artificialmente "naturalizado", com plantações de espécies arbóreas que complementassem a construção do palácio.


Confesso, que desconheço essa versão. Não a confirmo, nem a desminto.
No entanto, a criação cenográfica de toda uma ambiência criada em Sintra, me parece toda muito oportuna, toda esta artificialidade, criada de raiz!
Os jardins "fantásticos" da Regaleira ( assim como os da Pena), teletransportam-nos para uma relação muito próxima entre os elementos desenhados a própria natureza artificial, para um mundo imaginário que foi criado de raiz.


AGORA,...

Na minha opinião esta obra foi feliz pela sua implantação e forma de se relacionar com a paisagem (porque o relacionar pode ser ou bom ou mau), mas claro está que não é uma obra que surge do nada, certamente terá uma grande análise por detrás e aspectos que a justificam como tal


Sendo esta proposta mais próxima de uma naturalidade que de uma artificialidade...voltaria a questionar/validar o contexto em que a Casa Kauffman se deixou levar e absorver pela envolvente.

( obrigada pela oportunidade de discussão asimplemind )
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bom se analisarmos bem, a casa da cascata tem realmente aquele carácter organicista que a torna única na relação com o local pelo facto da casa se expandir ao longo da topografia. No caso da casa do gerês, considero-a não organicista (está claro), mas sim casa miradouro, com os seus pontos positivos e negativos. Neste caso a casa apenas pousa no local, tentando tocar o mínimo possível, contrariamente à casa da cascata que absorve toda a natureza em volta. Para mim estas duas atitudes são possíveis, necessitam é de uma grande análise e grande sensibilidade perante o lugar. Quanto ao palácio da pena, aquilo que relatei é verdade, foi escrito pelo José Augusto França e reproduzido nos volumes de História da Arte em Portugal

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Neste caso a casa apenas pousa no local, tentando tocar o mínimo possível, contrariamente à casa da cascata que absorve toda a natureza em volta.


Objecto arquitectonico muito elegante, como já tinha referido.
Ninguem lhe tira a delicadeza que querer se desprender do espaço que lhe confere.

Por isso mesmo!,...

bom se analisarmos bem, a casa da cascata tem realmente aquele carácter organicista que a torna única na relação com o local pelo facto da casa No caso da casa do gerês, considero-a não organicista (está claro), mas sim casa miradouro, com os seus pontos positivos e negativos.


...à sua contextualização directa não atribuo ( em termos de opinião) a este projecto uma inserção ao local necessariamente espetacular!
O que no entanto, não lhe retira todo o valor, interesse e potencial que à partida revela demonstrar...e que me interessa.

(:


Quanto ao palácio da pena, aquilo que relatei é verdade, foi escrito pelo José Augusto França e reproduzido nos volumes de História da Arte em Portugal


São aqueles livrinho A5 certo ?
Está no "O Pombalismo e o Romantismo" de JAF ?
Vou dar uma olhadela para poder satisfazer a curiosidade de querer saber mais qualquer coisinha (:
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Está um projecto muito muito interessante. Como já afirmaram, a subtileza da forma e o sublime enquadramento, não de forma super camuflada, mas marcando uma presença fabulosa. O conceito que lhe está adjacente e a forma como foi conseguida é fantástico.

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só mais uma pequena achega

imaginem a casa da cascata num bosque sem a cascata,
e agora esta casa do gerês numa qualquer arriba das margens do rio tejo ou modego (que poderá ser mais parecido), podia la estar á mesma.


Bem...se entendes que esta casa não estabelece um diálogo com o lugar... o que dirás da Casa da Música do Porto...

...então e as piscinas de Leça da Palmeira de Siza Vieira?... colocando-as também noutra marginal... também "encaixavam" bem?
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Bem...se entendes que esta casa não estabelece um diálogo com o lugar... o que dirás da Casa da Música do Porto...



( resposta simples ) De acordo com o Marco, esta casa não estabelece uma relação de inserção directa com a envolvente que seja de realçar, assim como a Casa da Música ( tendo esta um caracter, claramente de referência e objectual )
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Posso estar a ser redutor ou ponho mesmo a hipotese de não ter uma apreciação arquitectónica com qualidade, mas esta casa mais me parece apenas um exercicio de estilo. Eu aqui gostava de estar a ver o rio, não a ter como que um "binoculo"(muito na moda) definido pelo paralelipipedo, opiniões...

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Pode-se gostar mais ou menos, mas parece-me sem dúvida um projecto cuidado. No entanto gostaria de levantar a questão dos extremos e da(s) moda(s). Parece-me que valorizamos muito as respostas extremas ao sítio, do qual esta casa seria um exemplo ao assumir-se como objecto que quase flutua, evitando tocar no terreno, e daí sua colocação transversal à pendente. No extremo oposto estaria outra hipótese que facilmente nos ocorre, a da casa semi-enterrada, que tenta desaparecer na paisagem, e que se implantaria acompanhando as curvas de nível... Estas respostas extremas parecem-me conter um desejo de simplificação, muito distante da casa da cascata, que na sua complexidade consegue afirmar-se simultâneamente como objecto e integrar-se na natureza envolvente, de tal forma que uma valoriza a outra, e vice-versa. E daí a reflexão que muitas vezes me ocorre...porque valorizamos (onde me incluo) estas respostas extremas ao sítio ?

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Pode-se gostar mais ou menos, mas parece-me sem dúvida um projecto cuidado.
No entanto gostaria de levantar a questão dos extremos e da(s) moda(s).
Parece-me que valorizamos muito as respostas extremas ao sítio, do qual esta casa seria um exemplo ao assumir-se como objecto que quase flutua, evitando tocar no terreno, e daí sua colocação transversal à pendente.
No extremo oposto estaria outra hipótese que facilmente nos ocorre, a da casa semi-enterrada, que tenta desaparecer na paisagem, e que se implantaria acompanhando as curvas de nível...
Estas respostas extremas parecem-me conter um desejo de simplificação, muito distante da casa da cascata, que na sua complexidade consegue afirmar-se simultâneamente como objecto e integrar-se na natureza envolvente, de tal forma que uma valoriza a outra, e vice-versa.
E daí a reflexão que muitas vezes me ocorre...porque valorizamos (onde me incluo) estas respostas extremas ao sítio ?


Realmente o teu comentário faz sentido, era um pouco isso que procurava estabelecer na minha reflexão.

Considero esta casa "estranha" ao terreno, na medida em que se assume como objecto artificial pousado num contexto natural. Não pretende integrar-se rigorosamente nas irregularidades, pretende antes estabelecer um diálogo pacífico na medida em que se solta ao máximo da terra. É uma caixa, é uma moda. Poderá ser... mas se o é então ainda bem que não é branca e que tomou realmente uma posição perante a paisagem.

Considero esta abordagem tão válida quanto uma casa da cascata que pretende agarrar e fazer parte do terreno propriamente dito, criando uma relação extrema com o lugar e tornando-se ela própria o lugar.

Vejo qualidades em cada uma das posições, tudo depende da sensibilidade e trabalho do autor. Mas também considero que tanto uma como a outra posição a partir do momento em que implantam no local, marcam de tal forma uma área que se torna impossível fazer outro tipo de intervenção dentro de um raio de distância do objecto inicial.
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Realmente o teu comentário faz sentido, era um pouco isso que procurava estabelecer na minha reflexão.

Considero esta casa "estranha" ao terreno, na medida em que se assume como objecto artificial pousado num contexto natural. Não pretende integrar-se rigorosamente nas irregularidades, pretende antes estabelecer um diálogo pacífico na medida em que se solta ao máximo da terra. É uma caixa, é uma moda. Poderá ser... mas se o é então ainda bem que não é branca e que tomou realmente uma posição perante a paisagem.

Considero esta abordagem tão válida quanto uma casa da cascata que pretende agarrar e fazer parte do terreno propriamente dito, criando uma relação extrema com o lugar e tornando-se ela própria o lugar.

Vejo qualidades em cada uma das posições, tudo depende da sensibilidade e trabalho do autor. Mas também considero que tanto uma como a outra posição a partir do momento em que implantam no local, marcam de tal forma uma área que se torna impossível fazer outro tipo de intervenção dentro de um raio de distância do objecto inicial.


Concordo consigo quanto a validade das posições, dependendo, como sempre da qualidade da resposta de cada autor. Concordo também quanto a necessidade deste tipo de objecto possuir uma área livre de outras intervenções ao seu redor, e desejo sinceramente que isto aconteça neste caso...

A minha reflexão sobre a moda ia no sentido de questionar o porque da proliferação de um determinado tipo de resposta, enquanto outras abordagens (como a da casa da cascata) raramente são vistas. Claro que a casa Kauffman é um projecto excepcional, uma das melhores obras de um arquitecto que considero genial, e portanto não pretendo estabelecer comparações. Penso no entanto que é consensual que o conceito da "caixa(s)", um ou mais volumes simples, tem sido claramente predominante na produção mais recente.

Por fim, também concordo em outro ponto: ainda bem que não é branca !
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