Jump to content
Arquitectura.pt


O Silencio na Arquitectura


JVS

Recommended Posts

o silêncio na arquitectura mais ou menos.
os ritmos de fachadas por exemplo, não é sonoridade de pautas musicais?
não com bases solidas, mas não considero a arquitectura silênciosa nem estatica, a obra de arquitectura é ideia, é vida.


Sim.
A Ausencia de Sons e de Barulho.
Barulho visual e sonoro.
Silencio conjugado com vazio.
Vazio conjugado com sons naturais de fundo.
Sons agradaveis e acolhedores.
O silencio puro nao existe tal como nao existe vazio completamente vazio.
Existe o silencio ideal como tambem existe a ideia de vazio.
Resta saber entao como criar o involucro ou palco para criar um vazio/silencio.
E eh este involucro/palco conjugado com o vazio/silencio que acaba ser vida.
Link to comment
Share on other sites

Qnt a mim, não caracterizo o fazer barulho ou não.....o que muitas vezes sugerem, e como eu costumo chamar de, ruido visual!! esses sim, são munidos de imensas cargas dinâmicas que postos num conjunto de dois sentidos a visão e a audição sugerem barulho, movimento frenético, que não só os olhos o apreendem como também os nossos ouvidos o percepcionam no espaço envolvente.....

Link to comment
Share on other sites

O livro "Retratos de Siza" de Valdemar Cruz que é um conjunto de entrevistas realizadas a Siza Vieira tem uma pequena referencia relativamente ao silencio na arquitectura, o arquitecto é apelidado por "Arquitecto do Silencio". "Há um silencio visual que é muito necessario" "não é a mnha arquitectua que precisa de silencio. Pelo contrario, suscita-o porque isso é natural em mim." De certa forma concordo que ha obras que suscitam o desenho , como o Museu de Serralves que visito frequentemente por essa mesma razao, as aberturas racionais por parte do arquitecto que interrompem o percurso de visita para nos levar a ver certas partes do jardim envolvente ajudam a que o silencio exista. O branco sempre presente de certa forma ajuda a que o espaço seja mais calmo e silencioso. Outro ponto onde é pedido o silencio é a biblioteca deste mesmo museu onde o janelao é colocado muito acima do leitor de forma a que o visao seja o ceu e nao a paisagem, criando assim poucas distracçoes e a contemplaçao de um elemento que muitas vezes admiramos em silencio. Ha edificios que tal como o ENGENHOKAS referiu mostram um silencio de forma paradoxal, no museu do holocausto em Berlim existe um silencio mas uma emergente necessidade de gritar, quase como houvessem "Gritos Mudos" sempre presentes. A Casa da Musica no Porto tem tambem o silencio presente mas nao consigo explicar porque , talvez pela sua forma "diferente" ou pelo pe direito excessivo à entrada que parecer absorver a nossa atençao e o nosso ruido devido à estupefaçao. Ja agora recomendo a leitura do livro "Retratos de Siza" de Valdemar Cruz, pode ser um bocado off-topic mas é um livro muito desfrutante de ler, revela um bocado mais sobre este arquitecto de muito respeito

Link to comment
Share on other sites

  • 1 year later...

É bastante interessante o tema do Silêncio na Arquitectura. O Miguel Sousa tocou em pontos fundamentais. Quero também mencionar outra obra do Arq. Siza, a Adega Mayor... que para mim é o auge do Silêncio em Arquitectura, no qual muito ajuda a paisagem em que se insere harmoniosamente, como se pousasse naquela enconsta magnífica, encenando em segredo, numa dualidade apaixonante. Alguém sabes mais sobre este tema? Livros, Artigos, Teses... etc. etc. etc.?

Link to comment
Share on other sites

Um edificio que no espaço interior "é silencio" é como um bunker ou um cofre de um banco em que não existe qualquer tipo de ruido, nem vento, nem água, nem passarinhos, nem automóveis, nem....... o conceito de silencio por aqui anda um bocado confuso!

Link to comment
Share on other sites

A minha dissertação de bolonha abarca esse tema, tens um livro espanhol muito bom em relação a isso que se chama Silencios Elocuentes, de Carlos Martí Arís, mesmo o livro do Siza Imaginar a Evidencia também refere esse assunto...entre outros...

Link to comment
Share on other sites

A minha dissertação de bolonha que está agora no seu início, pois estou no 5ºano também vai com toda a certeza centrar-se nesse tema. Já tinha ouvido falar nesse livro e já o tenho nas minhas referências bibliográficas, aliás, os dois! Tens mais algumas recomendações? :)

Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...

Sim.
A Ausencia de Sons e de Barulho.
Barulho visual e sonoro.
Silencio conjugado com vazio.
Vazio conjugado com sons naturais de fundo.
Sons agradaveis e acolhedores.
O silencio puro nao existe tal como nao existe vazio completamente vazio.
Existe o silencio ideal como tambem existe a ideia de vazio.
Resta saber entao como criar o involucro ou palco para criar um vazio/silencio.
E eh este involucro/palco conjugado com o vazio/silencio que acaba ser vida.


O título "O silêncio em arquitectura" remeteu-me logo para a ideia de uma atitude silenciosa por parte do arquitecto (os silêncios de Paulo Gouveia), mas já vi que colocam em termos de audição. Talvez fosse pertinente também um tópico com "O cheiro em arquitectura". Enfim, tudo o que não seja visual, que visual já ela é demais.
Aqui fica a sujestão: "Introdução à Cultura Tectónica" de Kenneth Frampton. O conceito de Metáfora Corpórea - a noção de quer o homem apercebe-se do mundo através da sua apropriação táctil, auditifa, olfactiva, sensitiva, e outros ivas mais.
Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...

Em primeiro lugar temos de perceber o que se entende por silêncio e este é todo o volume de som que achamos confortavel ao ouvido. Isto significa dizer que por vezes nem sempre o silêncio absoluto é confortavel, o mesmo acontece na arquitectura. Desta forma cada um tem uma escala de acordo com os seus valores que permintem caracterizar um determinado ambiente arquitectonico.

Link to comment
Share on other sites

  • 1 month later...

Lembrei-me agora da Capela de Rochamp de Le Corbusier como uma tectónica criada a partir de uma ideia de sonoridade - duas enormes conchas acústicas e simultaneamente estruturais. Esta ideia não está isente da experiencia vivida nas catedrais medievais onde o som era naturalmente ampliado pela dimensão do espaço. Ou talvez dos teatros gregos cuja localização era já escolhida em função das capacidades de amplificação acusticas naturais.

Link to comment
Share on other sites

  • 4 months later...
  • 5 months later...

Boas, seria interessante primeiro estabeleceres para ti, o teu conceito de silencio na arquitectura, se no teu entender se enquadra mais na atmosfera poética que a luz ao incidir em certo espaço pode criar, na materialidade das obras e a sua consequente confrontação e integração na paisagem, na utilização do branco como cor neutra e tranquilizante e de que forma arquitectura ganha o caracter silenciador.......enfim N coisas que podes abordar. Se residires em Lisboa, na Gulbenkian e sua respectiva Biblioteca de Arte encontrarás imensa bibliografia. Espero ter ajudado :)

Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...

O silêncio é ausência... Um vazio concepção arquitectónica!

Eu não concordo que o silêncio na arquitectura, seja ausência... um vazio na concepção, tambem depende como caracterizamos esse "vazio" mas considero que uma obra conceptualmente tranquila, equilibrada e limpa nos transmita esse tal silêncio.
Faz-me lembrar uma frase que me agrada especialmente "Belo, é tudo quanto agrada desinteressadamente"
Link to comment
Share on other sites

Peter Zumthor diz: "Acho muito bonito construir um edifício e pensá-lo a aprtir do silêncio." É nesta perspectiva que surge a ideia de silêncio. Não podemos aproximar este conceito do vazio, nem dissociá-lo do som. Som e silêncio complementam-se. O ritmo existe na arquitectura, mas existem simultaneamente as pausas. Se nao houvessem pausas jamais se daria valor ao ritmo, se não houvesse ritmo, não existiam pausas. Temos de encarar o silêncio como complemento e não de forma solitária. Existe o silêncio do pensamento onde se enraíza a criatividade e onde o arquitecto encontra as ideias da sua obra. É fundamental entendermos o conceito e não nos limitarmos à definição do dicionário. A criatividade, a imaginação, a utilização dos conhecimento, o ultrapassar o limite do domínio da visualidade, transformar-nos-á em arquitectos distintos, que marcam pela diferença.

Link to comment
Share on other sites

Please sign in to comment

You will be able to leave a comment after signing in



Sign In Now
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.