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Évora | Remodelação de uma Quinta | Ventura Trindade arq.tos


3CPO

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Quinta em Évora
Remodelação
Ventura Trindade arq.tos . 1999 - 2005

A CASA DUPLA
título do texto de José Mateus sobre o projecto

Num loteamento de origem duvidosa, uma casa, executada sem projecto ao longo de muitos anos, apresentava diversos problemas de construção. As partes somadas insistiam em manter a sua independência e o conjunto revelava os vários problemas internos.
A proposta, solicitada para se proceder ao licenciamento da obra, foi quase só um processo de demolição das partes em excesso.

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Desmontaram-se telhados e mantiveram-se as lajes sob os mesmos, permitindo o isolamento contínuo da cobertura. Transformou-se a garagem em sala e demoliu-se uma sala interior, originando o pátio em torno do qual a nova casa se contorce e articula. Um limite rectangular veio recintar esta forma retorcida, desenhando alpendres que reúnem e abrigam as aberturas da casa.
Entre o interior, quase inalterado, e o exterior confrontado com a proximidade de casas vizinhas, existe agora uma espessura, habitável, que devolve à casa um sentido mais reservado, mediterrânico.

Sobreviveram elementos que faziam parte dos espaços anteriores, como a lareira que agora surge no alpendre a Sul, reivindicando memórias. O pavimento, em madeira reciclada, confere um suporte denso e texturado a estes ‘entreriores’, que constrasta com a austeridade do pavimento interno em betão.

O trabalho de Fernanda Fragateiro veio adensar estes espaços-sombra a partir do texto L’attente L’oubli de Maurice Blanchot, onde a única personagem constrói diálogos entre dois heterónimos imaginados. Como nesta casa dupla.

Fonte: EuropaConcorsi

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Interessante!

Uma duvida, o acesso aos quartos é feito pela cozinha?


Tens o Alpendre Sul para aceder aos quartos, ou se entrares pelo Alpende poente, terás que passar pela sala (ou pela cozinha) para aceder ao pátio que dá acesso aos quartos.

:)
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E pq n equacionam esta falha na perspectiva programática exigida pela parte do cliente?Estamos a falar de uma recuperação.(não estou a defender ninguém.Apenas tento perceber a posição dos nossos colegas. Devem ter noção da complexidade processual q um projecto de recuperação exige.Envolve mtos actores, mtas opiniões...nem tudo corre como queremos.).

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Quase de certeza que foi por "dar jeito" como referes. Mas o respeito pela implantação anterior, e a criação de ambiências interessantes no "core" da habitação em detrimento de uma opção funcional mais profícua (a existência de uma antecâmara de acesso aos quartos pela parte da cozinha e os acessos directos pelo exterior atenuam essa falha)fazem desta recuperação (e insisto na recuperação)uma peça de arquitectura mto interessante.

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  • 1 year later...

Estou no 2º ano, na Universidade Lusíada de Lx. No 1º semestre tive como professor o arq. Pedro Domingos que trabalhou durante vários anos no atelier do arq. Carrilho da Graça. Neste 2º semestre tenho como professor o arq. João Maria Trindade que tb foi aprendiz do arq . CGraça. Na semana passada o professor deu uma conferencia para os alunos da faculdade e apresentou o projecto desta casa. Como disseram posteriormente: "O trabalho de Fernanda Fragateiro veio adensar estes espaços-sombra a partir do texto L’attente L’oubli de Maurice Blanchot, onde a única personagem constrói diálogos entre dois heterónimos imaginados" O arq. CGraça fez a mesma coisa com a ajuda da intervenção do artista plástico Michael Biberstein na parede de aço cor-ten da piscina da casa Julião Sarmento uns anos antes da intervenção do arq. JMTrindade na casa dos seus sogros. Estamos perante um legado do arq. Carrilho da Graça?

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"dar jeito" é sem dúvida um comentário. Mas creio que um mau comentário. Certamente que o projecto tinha sobretudo como ponto de partida a recuperação do imovel. Creio que se percebe muito bem o porquê desta solução. Creio, mas sou eu, porque os comentários não se fazem apenas para "dar jeito" assim como qualquer solução de projecto não se toma apenas porque "dá jeito".

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