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Porto | Museu de Serralves | Alvaro Siza Vieira


3CPO

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Museu Serralves - Álvaro Siza Vieira
1991-1999 - Porto

O Museu Serralves está implantado na Quinta de mesmo nome, onde várias edificações são circundadas por um grande parque. O projeto de Álvaro Siza Vieira estabelece um novo núcleo - autônomo e independente das construções anteriores - para absorver a maior parte das funções antes centralizadas no edifício principal, a Casa Serralves, que durante dez anos abrigou exposições.


A nova construção foi erguida em uma parte do terreno não arborizada e próxima à grande avenida que corta a área, facilitando o ingresso de visitantes.
O projeto de Siza Vieira desenvolve-se ao longo de um eixo longitudinal, orientado na direção norte-sul. O prédio tem um corpo principal, do qual partem duas alas assimétricas em direção ao sul, com um pátio entre ambas. Orientado para o norte, outro volume, em forma de L, cria com o bloco principal um segundo pátio, precisamente na zona de acesso do público.

Exteriormente, o edifício é definido por superfícies verticais cobertas de pedra e estuque. A cota superior das paredes se mantém em nível constante, enquanto a parte inferior acompanha as variações do terreno (a diferença de cotas ao longo da zona de intervenção é de 9 m, o que corresponde a um declive de 5,3%, no sentido norte-sul).

O nível mais elevado corresponde à entrada do público no museu, através de uma abertura no muro que circunda a quinta. Essa abertura conduz a um pátio, para o qual convergem a escada e o elevador do estacionamento subterrâneo (em dois níveis), e ainda aos caminhos que ligam os diferentes jardins.

Um percurso coberto leva à bilheteria e, desta,
a um segundo e amplo pátio que permite o acesso tanto ao interior do museu quanto ao foyer do auditório, no piso inferior, por uma entrada independente. Logo na entrada do museu, foram colocados o balcão de informações e o foyer da recepção, com chapelaria.

Dali, parte um corredor que leva ao grande átrio de planta quadrada e duplo pé-direito, com iluminação zenital, situado no centro dos eixos de orientação longitudinal e transversal que definem o edifício.
A posição das aberturas dessa sala e dos compartimentos adjacentes prolonga visualmente a axialidade do projeto para o exterior em todas as direções. O átrio funciona, assim, não apenas como pólo ordenador da geometria do edifício, mas também como centro de orientação para os vários serviços oferecidos pelo complexo.

No nível de acesso, além das salas de exposição, estão a livraria e a loja de lembranças (que podem funcionar em horários diferentes dos do museu, pois dispõem de acesso independente); no superior, café e terraço; no primeiro nível inferior, estão biblioteca, auditório e estacionamento; e, no segundo, estacionamento e pátio.

As salas de exposição ocupam a maior parte do nível de acesso, estendendo-se por uma das alas do primeiro piso inferior. Elas têm diferentes características de escala, proporção, luz e tipos de aberturas, e estão conectadas por uma ampla galeria em forma de U. As portas que ligam essas salas podem ser utilizadas para criar diferentes rotas ou para organizar exposições distintas, de forma simultânea.

A passagem para o nível superior - com café para 80 pessoas, aberta para uma esplanada e para os jardins do parque - é feita por escadas e elevadores localizados na galeria próxima ao átrio principal. Essa galeria se conecta ainda com duas salas polivalentes, utilizadas para as atividades educativas do museu.

No primeiro nível inferior, também com acesso por escadas e elevadores que partem da mesma galeria, foi implantado o foyer da biblioteca, que se prolonga para o exterior por meio de uma área ajardinada. Ainda nesse piso estão os lavabos de público, biblioteca, foyer e auditório. A biblioteca, dividida em dois pisos, é destinada a diversos tipos de público e especializada em artes.

Além de sala de leitura, dispõe de videoteca, espaços para pesquisas, depósito de livros e equipamentos para informática. O auditório, para 290 espectadores, foi projetado para funcionar de maneira autônoma.



Fotos:
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Desenhos Tecnicos:
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Aguardo mais contribuições para completar este tópico...
Abraços
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Com todo o respeito asimple esta é das obras mais esbanjadoras do Siza (tirando o pavilhão de portugal, p mim fica em 1º lugar) e para mim o facto de ser um edificio com vocação cultural não justifica luxos como aluminios em cave que custaram um balúrdio quando poderiam ser executados muito mais generosamente. Recentemente visitei outro santuário de desperdicio do € do contribuinte, o centro de artes de Sines do Mateus.. mete gente sem dúvida, mas gastar 280 contos/m2 SÓ NA ESTRUTURA para se ter um espaço de exposição sem estrutura a 'maçar' a vista. Este tipo de coisas contribui em muito para aquela coisa do défice...

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deisler: estou de acordo contigo, mas isso deixa de ser um problema quando serralves é um museu com um sucesso incrivel que mais nenhum em portugal o iguala. Sinceramente preocupo-me mais com outros ediificos publicos que gastam toneladas de dinheiro e depois no final n leva a nada...

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Asimple eu nao coloco em causa a mais valia do edificio a todas as escalas em q está implicado.. com toda a sinceridade eu acho-o belissimo, mas não posso admitir que essa mesma mais valia por si só justifique a desconsideração de um qualquer outro método construtivo que não fosse este debitar de betão para a cofragem.. é ridiculo quando existem outras soluções igualmente (ou ainda mais) eficientes. Ainda para mais quando são os construtores quem mais contribui p manter o país na bancarrota...

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ninguém tira, obviamente, o valor que o museu de serralves tem, mas realmente...quando vi as fotos de tosco, fiquei a pensar "onde raio está o betão?? então se não era para ser à vista...para quê usar o betão?" será que traz alguma vantagem que nós à primeira vista não consigamos descobrir? lol

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Betão assim usava-se em bunkers, quando eram precisos... Fora isso eu acho uma obra fascinante. A cada nova exposição percebe-se a funcionalidade dos espaços, a diversidade de ambientes, a versatilidade do museu, e não é isso que se quer numa obra destas? O que é certo é que a afluência é cada vez maior (museu e jadim de serralves), e é uma grande mais valia para a cidade...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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  • 2 months later...

Ai ai, vocês portugueses reclamam por nada. Vocês teriam um infarto se vivessem no Brasil. Aqui, o projeto é ruim, a obra é superfaturada e a construção pára na metade!! Até chegar um outro governo, que reaproveita a estrutura e dá outro uso totalmente diferente! Já pensaram um museu se transformar em um hospital?? Pois é... festejem os seus gastos, poderia ser bem pior.

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  • 2 months later...

Quanto ao texto, ou à obra, apenas acho que é uma das maiores referências da arquitectura Portuguesa contemporaneo (se não a maior).
abraço



Sem duvida alguma na minha opinião.
Uma obra recheada de pedagogia, onde conceito,percurso, espaço,etc
tudo é explorado de uma forma coerente e unificativa, na minha opinião uma obra que deveria fazer parte de todos os programas de todas as universidades de arquitectura deste portugal.
(sempre que falo acerca desta obra penso que disse pouco acerca dela)
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Por alguma razão lhe chamam o 5º alçado...lá por não se ver, não quer dizer que não se trate a superfície...
Se o orçamento o permite... :p


Sinceramente na minha opinião, não axo que neste projecto fosse necessario um 5 alçado já que nao se tratra de um terreno muito acentuado nas cotas, ou seja esse alçado não existe para quem habita o espaço, há projectos em que o 5 alçado é importantissimo, como por ex projectos de baixa cota onde o percurso existente ou traçado percorre em cotas superiores e seija possivel a directa/indirecta interacção com o 5 alçado.

Mas em geral isso acaba por ser um defeito que quase nao se nota, pois com tanta virtude, acabamos por elogiar... pois erros todos temos, e neste caso nem erro certo é, talvez um detalhe que nao fosse necessario, mas...
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