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Justizzentrum - Leoben - Josef Hohensinn


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  • 1 year later...

Ministro apresenta reforma do sistema

O novo mapa aposta na humanização dos estabelecimentos prisionais e na reinserção social.

O ministro da Justiça apresentou o novo mapa das prisões portuguesas, esta sexta-feira, em Viseu. Ao todo, vão ser construídos 10 novos estabelecimentos prisionais, com capacidade para 14 mil reclusos. Com o novo mapa, Alberto Costa aposta na reinserção social e na humanização das prisões.

A reestruturação vai mudar o cenário das prisões em Portugal e passa, para já, pelo encerramento de 28 estabelecimentos prisionais. As novas prisões estão previstas para Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria e Almeirim. Para o Alentejo estão previstos dois novos estabelecimentos prisionais, um no interior da região e outro em Grândola. Algarve, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo também vão ter novas prisões.

O estabelecimento prisional de Lisboa vai finalmente fechar as portas. Os reclusos serão transferidos para Grândola e Almeirim. A organização do espaço também será diferente. A prisão será composta por unidades autónomas definidas em função do tipo de crime e do grau de delinquência.

O ministro da Justiça quer tornar mais útil e mais humano o tempo que os reclusos passam nas prisões. Está, por isso, previsto a existência de salas de cinema, campos de jogos e bibliotecas. No novo mapa prisional consta também a criação de espaços autónomos para visitas e uma unidade de regime fechado para os casais.

O Estado prevê gastar mais de 300 milhões de euros na construção das 10 prisões. Os novos estabelecimentos prisionais deverão começar a funcionar até 2013 e terão capacidade para albergar 14 mil pessoas.

in http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=966789



Como devem ser os estabelecimentos prisionais?

Eh uma pergunta que pode levar a uma primeira questao. O que eh uma Prisao? Quem vai habitar uma Prisao? Deverah ela ter os mesmo nivel de conforto de uma Habitacao ou simplesmente o oposto?

Aqui deixo um exemplar de uma prisao na Austria.

Justizzentrum Leoben - Estabelecimento Prisional, Austria 2004. Arq. Josef Hohensinn - Ver aqui as imagens

Deixo aqui uma reflexao de um blogger:


Recentemente pensei na possibilidade (remota mas possível) de um dia, como arquitecto e antes de tudo cidadão do mundo, aceitar ou não uma encomenda para projectar um estabelecimento prisional.

Muitos colegas de profissão certamente não teriam grandes problemas, muitos mais nem tão pouco pensariam em qualquer problema, o certo é que em mim me causa drama apenas pensar em tal possibilidade.

Se arquitectura é antes de tudo pensamento, intimamente ligado aos processos da vida, lidando directamente com questões motoras e emocionais do ser humano impondo-lhe maior ou menor qualidade de vida, esta apenas deveria potenciar assim a estados de felicidade dos seus habitantes ou utilizadores.

A Arquitectura será então, como mais uma actividade da vida do homem, um feito que busca e/ou propõe um caminho para a harmonia e consequentemente para estados de Felicidades. Expondo uma ideia de arquitectura ligada a uma ideia de ser humano, e suas relações inter-pessoais, ideais, sonhos.

Serve, ou deveria servir, para sermos felizes, encontrando a harmonia e beleza em tudo o que temos que fazer. Mas sabendo, à priori, que a felicidade não é uma constante na vida, um estado emocional uniforme, só poderei dizer que a arquitectura serve para estarmos em sintonia com a beleza.

Não chego a evidentes conclusões nem tão pouco a princípios de actuação razoáveis. Como humanista já toda a leviana e incipiente arquitectura capitalista contemporânea me irrita demasiado e me incapacita em muito de “peneirar” o menos mau do péssimo... fazemos casas como covis... hospitais como centros de tortura para seres estranhos, shoppings como templos e no fim em nada sobra de arquitectura e pensamento... apenas dinheiro e egoísmo.

Hoje, como sempre, “a arquitectura serve para gerar uma mais-valia” (1), contudo, tendo em consideração os vários intervenientes que actuam actualmente num projecto – promotores, políticos, clientes, arquitecto, técnicos, etc – essa catalisação do valor para a ideia de mercadoria constitui-se como problema fundamental da arquitectura. Mas afinal que mais-valias?

Segundo o historiador Paulo Varela Gomes, o arquitecto e a arquitectura em geral apenas “serve hoje para resolver esteticamente problemas técnicos da construção”. Aos quais se associa a vertente sentimental e económica.

A arquitectura continua a ser um acto de inteligência mas é subserviente de um mercado e de uma sociedade; face a essa realidade “a arquitectura se comodificou e se transformou em mero valor acrescentado de produto inteiramente transaccionável. De facto, num contexto de consumo conspícuo, a arquitectura arrisca-se hoje a não servir para muito mais do que adicionar valor económico à construção, nomeadamente através do markting passivo dos seus próprios autores” (2). Que se constitui a par das concessões ao(s) cliente(s) e restantes intervenientes como o maior obstáculo da luta contra a degeneração.

Então como pensar numa prisão... seria justo e humano e coerente projectar um cárcere para uma sociedade que não se procura corrigir mas apenas remediar e alhear-se de si própria? Não sei...

Mas o facto é que sempre que visito antigos cárceres medievais ou salazaristas ocultos hoje pela brancura de uma parede ou pelo regozijo de uma jornada turística – quase sempre por ocasião de visitas a castelos – a primeira sensação é de inferir que a sociedade evoluiu para melhor. Não estaremos então a impedir o avanço da sociedade hoje?

(1) Gonçalo Byrne no seguimento da sua apresentaão no Seminário “Para que Serve a Arquitectura”. Guimarães 12 Outubro 2006
(2) Gadanho, Pedro; “Para que serve a Arquitectura?”. Texto apresentado no Seminário “Para que Serve a Arquitectura”. Guimarães 12 Outubro 2006.

in http://arkitectos.blogspot.com/

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um pouco off topic, mas acho que dentro deste tema de espaços "de castigo" nem sei que lhe chamar, deixo aqui um link para um blog com um texto que faz pensar e muito.

http://epiderme.blogspot.com/2005/11/interromper-o-corpo-e-ali-estava.html

:nervos:

(nem sei se esse blog é de algum dos utilizadores deste fórum, mas acho essas reflexões muito boas)

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  • 3 weeks later...

Criei um Topico de Guetto Auto-Suficiente que pode ajudar na reflexao do que pode ser uma Prisao. Mas aqui vou reflectir numa prisao. Como deverah ser uma prisao? Tenho aqui algumas referencias: A Forma Os Interiores O Interior O sistema prisional Tudo branco. http://civil.eng.monash.edu.au/its/itsmonashpublications/parkingbook/parking2005.jpg Interiores Uma prisao A malha do edificado

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nesse caso comecemos pelo definicao de recluso, e neste sentido temos uns poucos deles, e decerto que nao queremos juntar assassinos a a devedores de multas de estacionamento... o que e que se pretende na avaliacao do estado de reclusao, e ate se essa a melhor forma de lidar com "desajustados" da sociedade? aproveito para deixar desculpas pois nao segui este topico por algum tempo e de certa forma postei algo de completamente desajustado no outro topico.

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EXTERIOR http://www.devoran-metals.co.uk/steel-reinforcement-pics/jurby-prison INTERIOR http://www.iresist.org/prison-media/roundhouse.jpg http://www.politicalfriendster.com/images/442.jpg http://blogs.guardian.co.uk/joepublic/wakefield_prison_cropped.jpg CELA http://www.visitingdc.com/images/alcatraz-prison-picture-3.jpg

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