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[Projecto] Casa do Voo dos Pássaros, Açores - Bernardo Rodrigues


3CPO

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Bernardo Rodrigues
Casa do Voo dos Pássaros, Açores . 2007

Esta casa unifamiliar de dois pisos, inscrita numa planta quadrada de 15m localiza-se num local de grande amplitude, fazendo ligação com um bosque na margem norte da Ilha de São Miguel nos Açores.
A vista privilegiada do primeiro piso e terraço extende-se sobre toda esta margem e dado o microclima da região a casa esconde-se por detrás de uma parede que protege do vento, mas permitindo a permeabilidade de vistas e a vivência do terraço quando o tempo o permite.

O programa desenvolve-se em torno de um espaço central de pé direito duplo, distribuindo o piso térreo em redor de uma grande transparência para o jardim; o piso superior, opaco, protege a privacidade dos quartos. A relação entre a transparência e a opacidade é acentuada através da dinâmica dos volumes opacos nas duas "asas" laterais que tocam o piso térreo, permitindo o acesso e as escadas de um lado bem como a cozinha e pátio interior do outro, rematando com dois grandes lanternins a sul.


Projecto: 2003-2005
Construcção: 2007
Área: 500 m2,
Colaboradores: James Grainger, Pedro Mosca, Natacha Viveiros, Laura von Dellemann, Nelson Ferreira, Alexandra Balona, Adriana Reguera Massague, Rita Breda, Olívia Antunes, Nuno Malheiros, Yong Shuanye, Vasco Melo, Patrícia Marchante.


Agredecemos a colaboração de Bernardo Rodrigues
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  • 1 year later...
  • 2 months later...

É pena o vídeo não mostrar outros ângulos. É curioso a metamorfose do edifício utilizando linhas orgânicas nos alçados laterais em "oposição" às linhas rectas dos restantes. Em relação às linhas orgânicas sei que são desenvolvidas pelo conceito de vôo e do movimento das asas nele efectuado. Gostava agora de saber se naquelas linhas rectas (principalmente o plano da fachada principal) é desenvolvida algum tema/conceito, pois a relação entre todos os elementos dá um contraste marcante e não menor valor plástico...

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  • 3 weeks later...

Já assisti a uma conferência deste arquitecto a falar de alguns dos seus trabalhos e, precisamente, desta casa. E que nesta conferencia o arquitecto mostrou a casa em contruçao, deu muita importancia à forma da casa como objecto e nao propriamente como acontecimentos espacial significativos, referindo-se pouquissimo às estratégias conceptuais e às qualidades do espaço criado, que é uma pena... Esperemos que chegue a publicar algo que se debruce mais sobre estas questoes que interessam à arquitectura propriamente dita.

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completamente plástico, é inútil tanto show-off, o espaço gerado não ganha nada com isso. desinserido, nada surpreendente, mostra logo as cuecas no primeiro encontro. todas as obras do arquitecto Bernardo Rodrigues parecem ter esta paixão pelo V, deve ser em homenagem à Vanessa.

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Acho que este é um arquitecto a ter em atenção no futuro, se não for pela identificação pessoal com a sua arquitectura, que seja pelo seu pensamento e tentativa de abordagem divergente do que se está a tornar comum nacionalmente (o já aqui debativo e retornado sempre que surge oportunidade-o tema da caixa habitável). Não digo que não seja show-off q.b. mas parece-me que a ideia do "completamente plástico" (como o miesogeno referiu) é algo que contemporaneamente começa a ganhar relevância na arquitectura em deteriorimento da velhinha máxima "A forma segue a função" embora continuemos alguns (e eu próprio me incluo no grupo) a olhar para estas expressões com um certo cepticismo que apenas o tempo poderá dizer se é injusto ou não. Aliás, segundo palavras do próprio arq. em entrevista à revista Pública: "Deve-se ter cuidado com os novos cânones, mas que é preciso um novo cânone na arquitectura do século XXI, sem querer parecer demasiado apocalíptico, é realmente necessário." Estamos nós a aceitar os novos desafios que este século impõe?

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o problema da forma é o problema da moda: é uma questão de tempo até se tornar ridículo. claro que quando a forma segue a função as coisas estão facilitadas, porque essa máxima é aplicada a tudo no planeta terra. isso é impossível cair em desuso. além disso prezo muito mais as experiências que a arquitectura exige (não só na viragem do século, mas em cada dia que passa) em questões de vivência do que em questões formais. idealmente, um bom arquitecto conjuga ambos, mas fica para a história pela primeira. digo eu, que sou um génio da forma..

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completamente plástico, é inútil tanto show-off, o espaço gerado não ganha nada com isso. desinserido, nada surpreendente, mostra logo as cuecas no primeiro encontro.

todas as obras do arquitecto Bernardo Rodrigues parecem ter esta paixão pelo V, deve ser em homenagem à Vanessa.


este post tem muita piada! e mais nada!! (rima hip hop)

*Existia uma série nos anos 80, que se chamava V em que os personagens eram lagartos disfarçados de humanos e até comiam uns ratinhos vivos para impressionar.
mas isso não interessa para nada........vamos nessa ò vanessa!!
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  • 4 weeks later...

Interessante enquanto elemento escultorico-plástico algo ao nível do exercício académico. Algumas das formas são exageradamente gratuitas e revelam como já foi dito um tanto show off ... Acho mais interessante a abordagem no sentido do conceito, embora não seja adepto do figurativismo... Uma obra que vale uma visita...

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  • 1 month later...

.... continuo sem perceber o que fazem ou devem fazer os arquitectos, artes plasticas ?esculturas noutra escla ? especialistas em conceitos ? vendedores ? É habitação, e viver nela, é o ponto ? ( viver o bom e o mau). Precisaria viver nesta casa um mês no inverno e outro no verão, na sua estreia, e verificar da sua manutanção e despesas de funcionamento ao fim de 10 anos, Conforto Funcionalidades, Segurança, Sustentabilidades económica, ambiental, evoluçao dos materiais e sua manutenção, valor patrimonial (bastará neste caso às "arquitecturas" o nome do seu arquitecto ?) - a inovação não requer ainvenção do alibi de conceito aliado ou não à poesia das artes plasticas este não em merece qualquer atenção.

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Chaveiro não é o arquitecto que quer, mas sim o cliente! Quando te deslocas a um restaurante não comes o que te poem na mesa, escolhes o que vais comer :palmas:

Num projecto de arquitectura acontece o mesmo, o programa é debatido com o cliente e a partir desse ponto desenvolve-se. Agora é dever do arquitecto, chamar a atenção para certos factos inerentes á boa qualidade de um projecto.

Agora também é verdade que há restaurantes que servem hamburgueres e outros comida vegetariana, há que saber escolher o que é melhor para 'nós'. :p
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Penso que o comentário do show-off é pertinente. A verdade é que este arquitecto, com apenas duas casinhas construídas e uma capelinham, todas na desconhecida ilha de São Miguel. lançaram-no para projectos megalómagos na China e EUA. Foi, portanto, uma pessoa que se soube publicitar, soube vender bem o seu peixe. Como já foi dito, os próprios clientes querem lá saber se a casa é habitável ou não, aliás, querem lá saber o que é arquitectura! Querem é investir o dinheiro num objecto que se valorize mais do que os juros do banco. O Rem Koolhaas tem a mesma estratégia: faz projectos alucinante não para serem contruídos, mas para impressionar, para se por em contacto com os "chefões" que lhe hão de encomendar qualquer coisita. Quanto a esta casa propriamente dita, está ainda na fase dos acabamentos, mas já se pode ver que as lagezinhas fininhas de 20 cm vão ter de engrossar e bem com as camadas isolantes, pladures e tal, e que a realidade será bem diferente daqueles 3ds todos simples, todos limpinhos, que, aliás, nem sequer revelam as "caixas de vidro" do rés-do-chão. O que parece é que o arquitecto desenhou umas formas, mas depois viu-se grego para enfiar lá o programa e para o construír. Esta é a diferênça entre comentar um projecto e comentar a construção - na construção descobre-se a eficácia do projecto.

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Sempre achei este projecto muito interessante, tanto o conceito como as "formas" e a relação entre os espaços criados entre elas! Mas sou suspeito porque sempre considerei o Bernardo Rodrigues o arquitecto mais inovador da sua geração e que procura fundamentar as suas opções conceptuais. Penso que não estarei a ser injusto mas acho que os críticos e as redações das revistas de arquitectura portuguesa estão mais interessados em divulgar "os lobbys" e os amigos do que quem verdadeiramente merece! Tenho dito, obrigado e parabéns Bernardo!:p

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A Arquitectura é essencialmente (a meu ver) a criação de espaço através da atribuição de certas características ao mesmo por forma a proporcionar-lhe diferentes modos de vivência. Parece-me claro que a utilização de elementos escultórico-plásticos nesta caracterízação é valida, aliás temos exemplos disso por toda a história e só há cerca de 100 anos com o aparecimento do modernista e o repudio das formas clássicas é que passamos para uma arquitectura depurada e isenta de elementos acessórios. Ainda hoje vivemos a consequência dessa mudança e pouco a pouco nos vamos libertando com o aparecimento do desconstrutivismo (por ex.)...mas isso já é outra conversa...:palmas: Por outro lado concordo plenamente com as questões da utilização prática. Não podemos apenas viver um obra no dia da inauguração com tudo "bonitinho" e uma semana depois termos problemas de infiltrações ( como aconteceu na Ville Savoy do Corbusier...) porque as soluções técnicas não acompanharam o desenvolvimento da linguagem arquitectónica. Não quero dizer que esta obra terá problemas dessa ordem, mas se a arquitectura é espaço para ser vivido... que o seja sem problemas construtivos. As soluções técnicas deverão acompanhar essa evolução dos mais diversos modos, quer por iniciativa e proposta do projectista, quer por uma colaboração multidisciplinar que visa encontrar novas e melhores soluções construtivas. Há que lembrar que o arquitecto quando assina um projecto, não o faz sozinho. Trás consigo uma equipa... Isso de "Super-arquitectos" é fantasia...:p

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  • 2 weeks later...
A arquitectura portuguesa sem dúvida alguma está passar um novo capítulo, que me agrada!!!
Os métodos de construção evoluíram. Podemos fazer uso deles, devemos fazer uso deles, para nos satisfazer, sentirmo-nos bem numa habitação desejada, com curvas, ou com um sentido plástico, não interessa, desde que seja o que desejamos :p
O que acaba por ser diferente, será sempre diferente e do agrado de alguém…
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Agrada-me as formas e a volumetria do objecto, no entanto gostava de ver mais informação do ambiente em que o mesmo se insere. Gostava de perceber a sua relação com a sua envolvente.


Curioso... Penso que esta casa foi construída num local diferente para o qual havia sido projectada, no entanto o projecto não sofreu qualquer modificação. Aquele jogo de rampas e escadas da memória descritiva foi, provavelmente, à vida.
Continua envolvida por uma zona arborizada, com algumas vistas sobre a costa da ilha, e até se vê o mar ao longe lá de cima do terraço, por isso penso que não fez qualquer diferença para o arquitecto a alteração do cenário.
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  • 3 weeks later...
  • 3 weeks later...

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