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Seitas satânicas vandalizam património cultural


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Seitas satânicas vandalizam património cultural

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Roubam arte sacra das igrejas para realizar cultos satânicos. Polícia Judiciária acusa autoridades eclesiais de descuidarem património


As igrejas estão a ser assaltadas por seitas que usam em rituais satânicos o material furtado - peças de arte sacra e hóstias consagradas. A acção desses grupos, visível em todo o País, está concentrada, sobretudo, no Baixo Alentejo. Um responsável da diocese de Beja afirma que as autoridades estão a ter dificuldades em controlar o fenómeno. A responsável pelo Museu da Polícia Judiciária (PJ) considera que a Igreja não dá prioridade à defesa do seu património.


"Esse fenómeno do satanismo é muito complicado. Normalmente é muito rígido, ou seja, leva a destruições muito pesadas, feitas propositadamente para deixarem marcas profundas", explicou ao DN José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.



Esse tipo de ritos "passam, por exemplo, por mutilação ou incineração de imagens religiosas: cortando as orelhas, o nariz ou as mãos, pegando-lhes fogo. Passa também acções de fogo posto em monumentos religiosos. Temos vários casos em que isso tem acontecido. Por vezes assume outras manifestações, como, por exemplo, pintadas com sprays em altares, pinturas em obras de arte preciosas", acrescentou ainda José António Falcão.



Tudo isto acontece em igrejas do baixo Alentejo que o responsável não quis identificar. Segundo explicou, o fenómeno iniciou-se no anos dois mil, com a viragem do milénio. Nessa altura, o fenómeno era esperado tendo em conta o aumento de movimentos esotéricos registado em todo o mundo. Porém, eram os cemitérios os alvos preferidos das seitas. Hoje são as igrejas. Está aumentar o fenómeno das "missas negras", regista ainda o director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.
Esta diocese tem-se destacado pela sua preocupação em proteger o seu património.



Foi, aliás, das primeiras a aderir ao programa "Igreja Segura, Igreja Aberta", promovido pelo Museu da Polícia Judiciária dirigido por Leonor Sã. Esta responsável reconhece o esforço das dioceses em contrariar a onda de furtos e de vandalismo que tem assolado as igrejas, mas adverte que a maioria ainda não dá prioridade à protecção do seu património. "Há belíssimos exemplos de boas práticas, mas também há casos de muita desatenção", disse ao DN a principal promotora do projecto.


Uma das principais dificuldades é a inventariação. "Se uma peça é furtada e dela não há um registo em arquivo, uma fotografia sequer, torna-se muito mais difícil para PJ investigar", frisa Leonor Sã. "Há casos em que nem as próprias paróquias apresentam queixa dos furtos por não se aperceberem da falta da peça", adiantou.



No âmbito do projecto Igreja Segura, a PJ, em 2006, formou inspectores para, por sua vez, darem formação nas paróquias. Porém, em 2007, nenhuma acção de formação foi solicitada à PJ. "É ainda necessária uma maior sensibilização", sublinhou Leonor Sã.


http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1403516&seccao=Sul

margarida duarte

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