Verifico com agrado que a minha questão proporcionou uma discussão tão interessante.
O livro "A árvore em Portugal" é realmente uma espécie de Cânone dos paisagistas, mas como já foi dito é um livro "geral", que analisa o paisagismo e a importância das espécies no nosso eco-sistema. O PDF que foi sugerido é uma ajuda valiosa, na realidade é um bom documento e sugiro a leitura por parte de todos.
Alguns dos livros que tenho focam-se mais na identificação das espécies. O Deodendron é nesse campo um dos melhores que conheço (mais uma vez os meus conhecimentos em relação a livros não são extensos). Outras publicações a que tenho acesso centram-se mais na plantação de flores e na sua manutenção, não aprofundando o mesmo em relação ás árvores.
Em relação à outra sugestão que foi dada (a de me relacionar com outros paisagistas) devo dizer que isso é bastante dificil no meu caso, pois não tenho conhecimento de outros na minha cidade, e apenas consigo manter contacto com uma engenheira florestal que trabalha também na Câmara (o seu conhecimento das espécies é bastante bom, mas limitado quanto á sua aplicação nos espaços).
Pela pouca experiência que tenho, reparo que as caldeiras de 1mx1m são realmente suficientes desde que a árvore tenha bastante espaço para se desenvolver. quando tal não acontece o normal é as raízes subirem e destruirem o pavimento. A "regra" dos 4m da afastamento em relação aos edifícios parece-me também acertada e nos casos em que isso acontece as árvores desenvolveram-se melhor.
Aproveitando o último post coloco uma questão mais específica:
Num separador com 2m de largura a árvore a colocar não deverá ter uma copa de grandes dimensões (carros passam de ambos os lados) nem uma árvore cuja raiz se desenvolva a mais de 2m de profundidade, isto porque as redes de saneamento encontram-se a essa distância. Nesse caso a opção por arbustos (tipo Ilex) parece mais acertada, no entanto temos de ter em conta que o espaço terá um fluxo de tráfego elevado e praticamente constante ao longo de todo o dia. Uma das espécies que me foi indicada foi Quercus Robur Piramydalis, mas tenho receio de optar por uma árvore. Será que os colegas têm, através das respectivas experiências conhecimento de alguma situação idêntica e da sua solução?