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Arquitectura.pt


Sputnik

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  1. Pois essa excentricidade toda está a esgotar o planeta. O preço do cobre disparou de tal maneira, e com ele o preço das instalações electricas, que já nem me atrevo a afastar muito a casa do arruamento. Quem diz o cobre diz, sei lá, o pão.
  2. Mas penso que adiantamos o assunto demasiado. Esperava mais alguma participação, de forma a que o tema pudesse surgir gradualmente, coisa que não aconteceu... por enquanto Estou convencido de que a razão pela qual os estudos tipológicos são tão mal tratados pelos arquitectos, e normalmente um bicho de sete cabeças entre os estudantes, é porque não se colocam a primeira pergunta em primeiro lugar: Tipifiar o quê? com base em que critério? Diante de uma série enorme de soluções, é possível agrupá-las no que quer que queiramos: entre aquelas que utilizam janelas quadradas e das que utilizam as rectangulares, se quisermos, ou se é bloco ou se é torre... Tudo é tipificável. A questão é: com base em que critérios é que se faz a distinção? (De forma a obter uma classificação operacional para o arquitecto). Esses critérios são bem mais difíceis de definir: se muito rígidos, insuficientes, se muito brandos, demasiado. E deixo a questão em aberto...
  3. E mais: Depois de reconhecer a validade de determinada tipologia edificatória, dada a sua permanencia histórica, podemos avaliar que consequencias essa tipologia pode ter na estrutura da cidade, e é aqui que o trabalho começa a ficar interessante: Cada tipologia tem imlpícita no seu ADN uma espécie de "gene" de implantação urbana, que determina igualmente como deve ser a relação daquele objecto com a estrutura pública da cidade, como se deve reproduzir. Hoje, mais do que os Tipos puros com que trabalharam os classicos do séc. XIX, interessam-nos as miscelaneas, as fases de transição, as possibilidade poéticas desses tipos, e as suas possiblidades de sobrevivencia e transformação. Mesmo com toda a tecnologia do século XXI, os modos de vida não se alteram senão muito lentamente (Viollet Le Duc)
  4. Estou convicto de que a capacidade de ver é directamente proporcional à experiencia vivida. Principalmente para quem já FEZ, passa a ver melhor, porque irá procurar com o olhar soluções para problemas que ainda não havia pensado. Nem seria possível que tivesse pensado nelas antes delas ocorrerem no decorrer do trabalho ou da experiencia. "A musa apanha-te trabalhando" Pablo Picasso
  5. Independentemente das coisas que o Sr. Koolhaas escreve ou diz, a Casa da Música já ganhou uma estima própria entre nós, apesar do desperdício, dos espaços residuais, do elavador que não chega ao último piso... Na minha opinião a Villa D´Alva correu muito melhor e prova o valor deste arquitecto.
  6. Eisenman... O que tu queres sei eu. E dpois, quem é que tem apenas três meses de estágio não remunerado?? Não é em Portugal... A propósito do Eisenman, na Faculdade de Cincinnati (desenhada por ele - imagina-se que esse facto só por si seja responsável por uma percentagem considerável das desistencias...) dizia eu, nesta faculdade, os alunos alternam 3 meses de estudo com 3 meses de trabalho prático garantido pela própria universidade e pago a recibos verdes.
  7. Se tipicarmos as soluções arquitectónicas apenas com base na distribuição das unidades de habitações e circulações, isso significa que o estudo tipológico resume-se ao estudo do esquema distributivo, o que não é verdade. Vejamos, o objectivo é conseguir estabelecer uma base de comparação entre diversas soluções concretas, observando uma realidade concreta, de modo a ser possível tipificá-las, categorizá-las em diversos grupos. Para que esta operação de comparação seja efectiva, útil, informativa e operativa. Bem feito, um estudo de tipologia edificatória / morfologia urbana torna-se uma ferramenta real com que compreender e actuar na cidade. Penso que a base para que acha uma classificação de Tipos em Arqutiectura tem de partir em primeiro lugar dos modos de vida. Modos de vida que são peculiares a determinada cultura, que são variáveis no tempo e no espaço, tal como as casa que albergam esses modos de vida. Face a esses modos de vida, o tipo de solução pode tratar-se de um de três casos: ser um tipo que surge predeterminado; pode ser uma síntese; pode ainda ser uma tipologia "espontanea". (Gianfranco Caniggia) Existem diversas escolas que exploram as potencialidades do estudo tipo-morfológico para elaborar ferramentas operativas. Uma delas, a escola italiana de Saverio Muratori, propõe um método muito interessante: Começam por elaborar quadros com a evolução tipológica ao longo tempo, quer de edifícios públicos, quer de casos de habitação. Observando estes quadros (em simultaneo com o conhecimento dos dados históricos), torna-se imediatamente evidente que as alterações tipológicas ocorrem gradual e muito lentamente e que, geralmente coincide com as revoluções sociais e tecnológicas... Em todo caso é possível verificar uma tendência. Apenas apartir daqui já é possível actual com conhecimento de causa, sobre uma base sólida de conhecimento em tudo inverso ao "deixa ir fazendo" que se pratica na maioria das escolas. Com isto, eles propõem um método de desenho gradual que será definido por partes. Ainda ando a estudar concretamente em que consiste esta definição gradual, por ora não vos posso adiantar mais nada.
  8. Não é uma revista, é um livro, e dos grossos.Em Inglês e espanhol. "Cidades X Formas. a new lens for the urbanistic project", editado por Joan Busquets, em colaboração com Felipe Correa. Sei que esteve à venda na Trienal, em Lisboa. Não sei se estará na FNAC. É um tanto ou quanto caro... Deverás encontrá-lo nas bibliotecas das Universidades de Arquitectura, possivelmente. Sobre a situação em Portugal, a "Cidade e Democracia" de Álvaro Domingues, ou "Políticas Urbanas" de Nuno Portas são os melhores. A questão da mobilidade é fucral para o planeamento urbanístico. Valoriza-se cada vez mais os terrenos que dispõem da possibilidade de escolha em termos de deslocação e mobilidade, e retalha-se sem cessar a cidade existente para que se adapte a uma nova hierarquia resultante de uma nova forma de utilizar as infraestruturas. É um tema muito fascinante, espero que lhe faças juros.
  9. "Cidades X Forma" Uma edição espanhola sobre novas soluções de urbanismo, uma delas precisamente sobre grandes interfaces. Se não encontrares, diz, que eu envio-te os autores, ano de publicação e todo o resto. De qualquer forma podes sempre dar uns passeizitos no google sobre as grandes capitais europeias - as grandes estações saltam à vista. Daí podes dar um tratamento às imagens que evidencie a posição estratégia das infra-estruturas. Bom trabalho
  10. Não sei se viram a crítica do professor martelo, na RTP1, domingo à noite, mas pareceu-me bastante razoável: Antes a educação e cultura era dada pela família, pela escola (quando o prof tinha autoridade) e um grupo comunitário confinado. Hoje, com ambos os pais a trabalhar, com as famílias divididas, a cultura vem da televisão, do grupo de amigos com quem os putos passam a vida e se referenciam. Escola é um mero protocolo.
  11. Boas noites. Concordo que a intervenção foi completamente infeliz, tal como a encomenda do cliente. Por vezes é difícil julgar o que acontece, porque imagino que o "arquitecto" não quereria ou não poderia perder o cliente, por mais idiota que seja. Por outro lado, a Camara só poderia recusar o projecto caso o processo estivesse em clara contradição com a lei, ou com os planos, ou caso o imóvel estivesse protegido por algum estatuto de património, que não foi o caso. Não sei se tratando-se de um armazem poderia ter sido evitado, uma vez que existem zonas reservadas para essa actividade... Quanto à alteração das fachadas da cidade, isso normalmente é muito complicado de conseguir - senão não duvido que teria ido tudo abaixo. Normalmente abrem excepções quando se trata de introduzir estacionamento no lote, ou rasgar uma vitrine para fazer uma loja ao nível do rés-do-chão, e havendo tantos exemplos desses é difícil negar mais um... Mas a verdade é que a malha da cidade está em permanente e gradual transformação. As coisas tem um tempo de vida e depois morrem. Só espero que o novo venham com a mesma ou mais qualidade do que o que é destruído.
  12. as folhas, talvez... Encontrar defeitos é tipo "encontra o wally"
  13. O título é uma redundância: "Habitação humanizada"? Se não é humana, não merece o título de "habitação"... Ou talvez seja uma provocação
  14. Tal como aconteceu em Brasília, ao lado da cidade projectada, expandiu-se a "favela". Muitas áreas recentes são ainda autenticos desertos, com saída imediata de barco. Talvez deveriam apostar tb em transporte público marítimo...
  15. Obrigado, Marius, pela tua participação. Apenas alguns reparos: Essa citação final é transcrita pelo Rossi no seu livro, mas não é dele. É do Quatremère de Quincy, honestamente identificado lá no princípio do parágrafo... Aliás, esses estudos não são nada recentes. O livro foi publicado em 1966, e recorre-se de estudos muito anteriores. Também acho que não servem apenas a cidade contemporânea. A tipologia é uma forma intemporal de ver a arquitectura e aplica-se em qualquer época a qualquer objecto (cidade, bocado de cidade ou arquitectura). Mas então, em resumo, a única "informação bruta" que identifico no teu texto sobre Tipologia é que ela não é um modelo. É um objecto, mas com características imprecisas... Também não cheguei a perceber como é que ela pode contribuir para a realização de inumeros outros objectos diferentes entre si...
  16. Tb nunca lá estive. Vi uma reportagem em que aquilo parecia uma cidade fantasma, inabitada... Suponho que assim são todas as cidades emergentes, mas será que nem quatro séculos de fundação de cidades serviram para alguma coisa??!!! Mesmo entre os árabes... Estamos perante um fenómeno pimba e a vontade arbitrária de quem tem o poder económico, e, contudo, não tenho dúvidas de que fará lucro e de que irá funcionar.
  17. Quem diria que foram os portugueses a introduzir a pólvora na china e, consequentemente, no Japão?... Apenas uma correcção: as pedras não se destinam apenas a "conter a explosão". Sem elas não haveria explosão, uma vez que a pólvora só explode se estiver comprimida. Caso contrário, apenas queima. Continuações
  18. É uma questão que penso que pode ser fecunda para todos o que nela participarem. O que é a "tipologia" ?
  19. É necessário construí-lo sim Mas "o artista não cria como vive, mas vive como cria."! (Lescure, citado em "Poética do Espaço", pg. 17. Veja-se Fernando Pessoa. A sua maior proesa foi viver como poeta, ser poeta em primeiro lugar, que depois teve de escrever umas coisitas para ganhar a vida - resconstituir a beleza de um momento... E o mesmo se poderia dizer de Beethoven, cujas magníficas improvisações nunca chegarão aos nossos ouvidos, excepto por relatos históricos, e por algumas passagem das suas obras.
  20. No contexto da arquitectura, poderás considerar o ritmo como a modulação do edifício. Terá um ritmo base consoante a modulação estrutural, expressa ou não na linguagem do edifício. Podes falar em ritmo da decoração, ou em "ritmo do alçado", que será tanto maior ou menor conforme o espaçamento e proporção dos vãos, por exemplo. Pode-se falar em acelaração do ritmo quando, por algum efeito perspectico, as dimensões são alteradas ou distorcidas (perspectiva acelarada ou retardada). Se nos referimos a um edifício concreto, e descrevemos algum aspecto, a palavra a empregar deverá ser "ritmo". Se nos referimos à metodologia que foi aplicada à sua concepção, os processos através dos quais foi feito e desenhado, provavelmente "ritmica" será mais adequado. Seja como for são palavras emprestadas da Musica para falar de arquitectura, é sempre de evitar quando existem termos concretos que satizfazem a necessidade de comunicação.
  21. Olá Lacerda. Eu conheci imensa gente que iniciou o curso de Arquitectura sem os devidos conhecimentos de Geometria e nem de História da Arte / Arquitectura - tiveram alguma dificuldade a principio. Eventualmente repetiram o primeiro ano, o que compensa mais do que recomeçares do 10º ano agora... E com tempo apanharam o barco. A chatice é que, se não me engano, ser-te-há pedida a específica de Geometria Descritiva para qualquer curso de arquitectura. Essa só por si vale mais do que toda a média do Liceu, e valia a pena começares a ler uns livros sobre isso. Incluso penso que está muitíssimo mais facilitado do que o que era, acho que até retiraram a "perspectiva cónica", que era a mais interessante... É isso, boa sorte, e vê lá em que é que te estás a meter...
  22. Estatísticas... Números que são factos reais, e, no entanto, não dizem nada. E Provo: Esse número suponho que é o número de inscritos na ordem (também vi esse relatório dois meses atrás), quando existem muitos mais a praticar (os estagiários gratuitos, e são cada vez mais). Dos que estão inscritos, inumeros trabalham no estrangeiro, ou mudaram de profissão. De todos, podem ser: empresários, trabalhadores por conta de outro, por conta própria, trabalhadores da função pública, professores, teóricos, ou desempregados. Sobre a população, podem ser aqueles que irão fazer a única casa ao longo de toda a sua vida, como podem ser aqueles que mandam vir uma todos os meses. Isto para dizer que as estatísticas são reais, mas interpretá-las é outra história.
  23. Parece-me que ambos conseguiram manter a sua modernidade.... A qualidade é eterna.
  24. Até mesmo os artistas não conseguem ser sempre artistas. Só o são por uma rara e improvavel coincidencia de circusntancias. Mas o que ocorre, fica eterno! Não me considero nenhum artista. Aliás, tentei, inutilmente, aprender a tocar três instrumentos: Violino, piano e guitarra. Cheguei ao nível básico de tocar a sonata patética de Beethoven. Raras vezes senti uma emoção maior. Mas na verdade sou só mais um.
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