2- casa palhaço
3- pdr_borges e tomascorreiadasilva
4- Um espaço por maior que seja, torna-se pequeno quando
o conseguimos abarcar num único olhar.
Um espaço pequeno torna-se bem maior se não tiver um
horizonte bem marcado, se este se for alterando à
medida que o percorremos, como se num mesmo espaço,
conseguíssemos estar em inúmeros.
O espaço interior provoca um volume exterior, criando
um lugar.
A casa é contorcida, para que não ocupe mais volume do
que o permitido, e o que gera é um páteo com dez
centímetros de largura que não parece ser habitável,
pelo menos para nós humanos, permite a passagem da luz
e da paisagem para debaixo de dois vãos de escadas, e
que acolhedores que são!
A matéria que reveste tanto o exterior como o interior
é aglomerado de resinoso branco e “enrola-se” em volta
de uma estrutura em aço. Confere assim unidade ao
aconchego habitacional que se contorce em si mesmo.
Um espaço é habitável se for confortável e estimulante
para os seus utilizadores.
Um programa mínimo é fundamental, para que o
desperdício de espaço seja nulo.
Um programa imaginativo, para que a casa não se resuma
a quatro paredes.
A casa serve os hábitos de quem lá vive, socializar é
fundamental, uma sala com cinema; um espaço acolhedor
para adormecer e acordar, um quarto horizontal com
chuveiro e janela. A cozinha, esquina-corredor, serve
o quarto e a sala e a latrina a meio caminho de quem
vive e visita.
A utilização por um espaço curto de tempo define assim
o seu carácter temporário para city-users ou world
todo o terreno-users.