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Angra do Heroísmo | Biblioteca Pública e depósito legal de Angra do Heroísmo | Inês Lobo


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Nova biblioteca de Angra do Heroísmo vai custar 13 M€

A primeira pedra para a construção da nova Biblioteca Pública e depósito legal de Angra do Heroísmo é lançada no próximo dia 22, disse hoje à Lusa fonte da Direcção Regional da Cultura.

Na cerimónia, presidida pelo chefe do executivo açoriano Carlos César, está presente a responsável pela arquitectura do novo edifício, Inês Lobo, que apresentará os pormenores do projecto orçado em 13 milhões de euros.

O novo edifício, que terá características da arquitectura contemporânea, vai substituir as actuais instalações do Palácio Bettencourt, fica localizado nos terrenos anexos ao Palacete Silveira e Paulo actual sede da Direcção Regional da Cultura.

De acordo com o projecto, o novo edifício, com três pisos, um dos quais cave, vai albergar todo o arquivo da biblioteca e depósito legal, zonas de leitura infanto-juvenil e investigação, áreas de consulta bem como gabinetes dos técnicos e serviços administrativos.

A sede da Direcção Regional da Cultura transita para as novas instalações ficando o Palacete Silveira e Paulo destinado a exposições e apresentação de colecções temáticas de personalidades que doaram o seu espólio ao governo.

A obra, que deverá estar concluída em dezanove meses, foi adjudicada ao consórcio constituído pelas empresas FDO-Construções, SA e Construções Couto e Couto, Lda.

Diário Digital / Lusa

in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=382666&page=1

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  • 1 year later...

A nova biblioteca"

Publicado na Quarta-Feira, dia 17 de Novembro de 2010, por Miguel Azevedo

A nova biblioteca e arquivo de Angra bem podia - e devia - ter sido mote para quilómetros de escrita e minutos de discussão. Podia, mas não foi, com a natural excepção de meia dúzia de cronistas regulares que, por mor dos seus conhecimentos sobre diversas matérias, vão tentando alertar o poder instalado para os passos em falso. Que abundam na Terceira, e que vão tendo o condão da invencibilidade e o carimbo do desgosto futuro. A nova biblioteca e arquivo, por mais belo que seja o projecto da conceituada Inês Lobo, é um desses passos, e a sua apreciação estética nunca sequer poderá afirmar-se porque, simplesmente, não se pode ver todo o edifício, sobressaindo apenas que nasceu qual verruga no arruamento do Morrão, estrangulando a perspectiva de quem – que são poucos – até olha para Angra com um resquício do que foi traçar uma cidade com lógica e equilíbrio.

A esse respeito lembro apenas dois factos muito simples, fazendo um paralelo com o edifício de excelência que é o novo arquivo do Funchal, uma moderna estrutura, com vários pisos e uma ideia de futuro pensada a séculos de distância para albergar o legado impresso do que será a nossa história pelos tempos. Em Angra, e contrariando a variância internacional, optou-se por continuar com a biblioteca acoplada ao arquivo, assim bem ao jeito das novas escolas com milhares de alunos, que por essa Europa se deixam de construir e que, por cá, nascem como cogumelos gigantes. Pois é, somos mesmo únicos.

Também a passagem de todo o histórico legado, material que o arquivo legal - que Angra também tem… – do Funchal foi recebendo, mereceu uma operação que durou anos de preparação. Sendo hoje possível, num completo sitio que a instituição disponibiliza na net, aferir essa realidade, percebendo-se quão o complexo é lidar com material daquele calibre. Pelo que sempre podemos imaginá-lo a encher a rodos o edifício escavado no chão fronteiro ao bairro piscatório do Corpo Santo. Só não se sabendo bem como…

Recordo também horas passadas na Biblioteca Almeida Garrett, um edifício com menos de uma década, que embeleza a entrada superior dos jardins do Palácio de Cristal, no Porto. Espaço, luz, acessibilidades, transportes, árvores à vista e muito movimento de pessoas, suas famílias, passantes e beleza, exactamente o que nunca será possível concretizar no sumptuoso edifício desenhado pela conceituada Inês Lobo. Como a própria refere sobre o dito, “desenhado não pelos seus volumes mas pelos seus vazios”, porque foi preciso “pensar os espaços gerados para lá da forma, a sua face pública e a ligação aos percursos da malha urbana exterior. Assim nasce uma arquitectura intimamente relacionada com as especificidades da sua própria situação”. E essa situação é má e continuará a ser. Porque quem insistiu que a estrutura deveria localizar-se ali foi apenas e tão só teimoso.

A nova biblioteca e arquivo de Angra bem podia - e devia - ser um orgulho de futuro e uma bandeira contemporânea de valor para a nossa cidade. Podia, mas não vai ser…


in http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=22025
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